Acre
Ulysses classifica declaração de secretário como covarde: “Não precisamos nos acostumar com mortes”
Ulysses classificou a declaração do secretário como ridícula e inaceitável
O coronel da Polícia Militar do Acre (PM/AC) e pré-candidato ao governo do Estado, Ulysses Araújo, rebateu a declaração do secretário de Segurança Pública, Vanderlei Thomas, de que os acreanos precisam se acostumar com a onda de violência que já matou quase 200 pessoas somente em 2017 no Acre.
Ulysses classificou a declaração do secretário como ridícula e inaceitável. “Isso é ridículo. Isso é inaceitável. Isso é rir da cara das pessoas de bem do nosso Estado. Isso é BANALIZAR A MORTE e dizer que a vida das pessoas que morreram (maioria jovens) não tem nenhum valor. O pior de tudo é querer que o povo se familiarize com o crime”, escreveu o coronel.
Confira o artifo na íntegra:
NÃO PRECISAMOS NOS ACOSTUMAR COM A GUERRA ENTRE FACÇÕES COISA NENHUMA.
Nos últimos dias o Acre virou um palco sangrento da criminalidade, foram 14 mortes violentas por execução e mais 18 pessoas feridas a balas num intervalo de 48 horas.
Se não bastasse o falta de gestão e incompetência do Governo do Estado em combater o crime, o atual Secretário de Segurança Pública em entrevista à Rádio CBN Rede Amazônica, superou o limite da racionalidade ao dirigir a palavra a sociedade dizendo que: “Precisamos nos acostumar com a guerra entre facções”.
Isso é ridículo. Isso é inaceitável. Isso é rir da cara das pessoas de bem do nosso Estado. Isso é BANALIZAR A MORTE e dizer que a vida das pessoas que morreram (maioria jovens) não tem nenhum valor. O pior de tudo é querer que o povo se familiarize com o crime.
Todo policial militar faz o juramento de sacrificar a própria vida para defender a sociedade, sendo da nossa natureza combater o crime todos os dias, mas como cidadão e como pai de família estou perplexo e indignado, assim como muitos acreanos que esperavam do seu governador uma atitude de pulso e não uma palavra de covardia diante do crime que aterroriza o cidadão de bem.
O GOVERNADOR é o responsável pela segurança e pela vida das pessoas sobre a qual ele governa. Não pode vir a público através do seu Secretário de Segurança Pública falar para “nos acostumar” com a violência, enquanto ele mesmo aumenta a sua segurança pessoal e ainda coloca policiais da rua para fazer segurança em frente ao seu Gabinete enquanto a população continua refém da marginalidade.
Fica aqui minha solidariedade a toda a população acreana que vem sofrendo à míngua com toda essa falta de segurança, e venho aqui dizer pra vcs que não devemos nos acostumar com essa situação coisa nenhuma.
O Acre precisa de um Governador que tenha pulso, braço forte, coragem para enfrentar o crime e principalmente que chame para si a responsabilidade de impor ações enérgicas para devolver ao nosso povo o direito à vida, a liberdade de ir e vir, o restabelecimento da paz social para as pessoas de bem!!
Comentários
Acre
Indígena acusado de abuso sexual contra chilena se apresenta à polícia
Após ser acusado de abusar sexualmente da turista chilena Loreto Belen, durante um retiro espiritual em aldeia no Acre, o líder indígena Isaka Ruy Huni Kuî foi preso preventivamente na quarta-feira (9), ao se apresentar voluntariamente à Polícia Civil no município de Feijó, interior do Acre. Acompanhado por advogados, ele prestou depoimento ao delegado Dione Lucas, negou as acusações e teve a prisão decretada cumprida.
Nesta quinta-feira (10), Isaka passou por audiência de custódia e foi liberado para responder ao processo em liberdade, conforme decisão da Justiça. Durante o interrogatório, o líder indígena afirmou que desconhecia a denúncia até deixar a aldeia, após o encerramento de uma vivência com turistas. Segundo a polícia, ele alegou que procurou advogados assim que foi informado do caso e negociou sua apresentação às autoridades.
Isaka confirmou que esteve com a vítima em uma área isolada da aldeia, mas negou qualquer ato de violência. Ele disse que a turista teria tentado se aproximar e que recusou. A esposa do líder indígena teria tomado conhecimento da situação e a tensão gerada causou tumulto entre os presentes. “Segundo ele, a esposa não chegou a agredir a turista, pois foi contida por outras pessoas. O exame de corpo de delito, no entanto, apontou vermelhidões no corpo da vítima”, disse o delegado.
A denúncia foi registrada por Loreto no dia 23 de junho. Ela relatou ter sofrido ao menos três episódios de abuso sexual, sendo o último no dia 17 do mesmo mês. A chilena chegou à comunidade em 15 de maio, após adquirir um pacote de vivência espiritual na floresta por cerca de R$ 5,5 mil.
Em vídeos divulgados nas redes sociais, ela afirmou que resolveu falar sobre o caso para evitar que outras mulheres passem pela mesma situação. “Não quero difamar ninguém, mas quero que outras pessoas não passem pelo que passei. Acho que tive coragem e força espiritual para enfrentar isso. Que outras mulheres também possam levantar a voz”, afirmou.
O caso segue sob investigação. Segundo informações, cinco pessoas já foram ouvidas, entre elas o próprio suspeito e turistas que estavam na aldeia. O celular de Loreto segue desaparecido. A Polícia Civil informou que tenta rastrear o aparelho por meio do iCloud, mas ainda aguarda informações da vítima para avançar.
Loreto também recebeu atendimento no hospital de Feijó e passou por exames, como avaliação sexológica e de lesão corporal. Além disso, foi acolhida pelo Departamento Bem Me Quer e pelo Organismo de Políticas Públicas para Mulheres (OPM), que oferecem suporte a mulheres vítimas de violência no estado.
Comentários
Acre
Estado do Acre é condenado a indenizar família por morte em ação policial em Brasileia
Justiça considerou desproporcional uso de força letal contra homem em crise, mesmo com relatos de agressividade; indenização por danos morais é fixada em R$ 50 mi

O Estado do Acre afirmou que o ato não foi ilícito, pois a guarnição agiu em legítima defesa para o estrito cumprimento do dever legal. Foto: captada
A 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Acre responsabilizou o Estado pela morte de um homem durante uma intervenção policial em Brasileia, determinando o pagamento de R$ 50 mil em danos morais à mãe da vítima. O caso ocorreu quando a Polícia Militar atirou contra o homem, que estava em crise psicológica e portando um terçado em via pública.
O homem portava um terçado em via pública. A testemunha ocular que chamou a polícia, afirmou que ele estava em evidente estado de perturbação mental, munido com o terçado e que chegou a golpear o capô de um veículo que transitava na rua. A versão policial relatou que a situação era de alta periculosidade, representando uma ameaça aos populares e aos próprios agentes públicos.
Na abordagem, a Polícia Militar realizou disparo com arma de fogo. O Estado do Acre afirmou que o ato não foi ilícito, pois a guarnição agiu em legítima defesa para o estrito cumprimento do dever legal.
Ao analisar a questão, o relator do processo, desembargador Roberto Barros, afirmou que embora a intervenção policial fosse necessária, a escolha pela medida letal, diante da possibilidade de técnicas menos agressivas, rompeu com o requisito da proporcionalidade da legítima defesa, portanto não está configurada a excludente de ilicitude.
A pessoa em crise de saúde mental necessita de auxílio. São opções de menor potencial ofensivo: espargidores de pimenta ou armas de eletrochoque, logo o disparo na região torácica revelou-se como uma solução drástica. “Mesmo motivada por uma situação de perigo real, foi desproporcional à ameaça, considerando-se a condição de saúde mental da vítima e o dever do Estado de proteger a vida”, ratificou Barros.

A versão policial relatou que a situação era de alta periculosidade, representando uma ameaça aos populares e aos próprios agentes públicos. Foto: captada
Em seu voto, o relator discorreu ainda sobre a dor da mãe que perdeu o filho de forma trágica e violenta, o que justifica o dano moral e a imposição do dever de indenizar. A decisão foi publicada na edição n.° 7.814 do Diário da Justiça (pág. 1), desta quarta-feira, 9.
Com Ascom TJAC
Comentários
Acre
Morre o radialista acreano Sales Júnior, aos 64 anos
Faleceu na manhã desta quinta-feira, 10, o radialista acreano João Batista Sales Filho, mais conhecido como Sales Júnior, aos 64 anos, em Rio Branco. Ele havia passado por uma cirurgia neurológica e, após o procedimento, apresentou complicações no pós-operatório.
Com uma carreira marcante no rádio acreano, especialmente nas décadas de 1980 e 1990, Sales Júnior conquistou o público com sua voz. Atuou em emissoras como a Rádio Difusora Acreana, 94 FM, além de participar de canais televisivos e integrar o Programa Beth Passos. Nos últimos anos, esteve à frente de programas na Rádio Flora, localizada no Terminal Urbano de Rio Branco.
O velório ocorre nesta quinta-feira, 10, a partir das 12h, e o sepultamento está marcado para sexta-feira, 11, às 9h30, no cemitério Morada da Paz, em Rio Branco.