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TJAC nega revisão criminal e mantém condenação de mulher a 32 anos de prisão por latrocínio e corrupção de menor

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Ré teria atraído vítima para que fosse morta por comparsas no Ramal da Zezé, na zona rural da Rio Branco; grupo pretendia trocar veículo por armas na Bolívia

 

O Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) decidiu não conhecer a Revisão Criminal postulada pela defesa de ré condenada pela prática dos crimes de latrocínio (quando a morte da vítima é o meio utilizado para consumar um roubo) e corrupção de menor, mantendo, assim, sentença condenatória a pena de 32 anos de prisão, em regime inicial fechado.

A decisão monocrática, que teve como desembargadora Regina Ferrari, publicada na edição nº 7.127 do Diário da Justiça eletrônico (DJe), desta quarta-feira, 17, considerou que o pedido carece de razões, uma vez que não foram apresentadas, nos autos, novas provas aptas a fundamentá-lo, impondo-se a rejeição.

Entenda o caso

Conforme os autos da Revisão Criminal, a denunciada teria cometido o crime de latrocínio em participação com outra mulher e dois homens, além de um adolescente. A vítima, um analista do Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Acre (TRE-AC), teria sido atraída para uma emboscada pela ré, que seria integrante de rede de prostituição, enquanto, aos demais, coube o planejamento e a execução da ação criminosa.

De acordo com a representação do Ministério Público do Acre (MPAC), foram subtraídos um veículo Toyota SW-4, um celular e R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais) em espécie. A intenção dos denunciados, segundo o MPAC, seria trocar o veículo por armas na Bolívia.

A sentença foi proferida pelo Juízo da 4ª Vara Criminal da Comarca de Rio Branco após a comprovação, durante instrução processual, da participação da ré nos crimes. O decreto condenatório foi confirmado pelo TJAC, que, à unanimidade, negou primeira Revisão Criminal e manteve a sentença inalterada, por seus próprios fundamentos.

Decisão

Ao analisar o pedido de nova Revisão Criminal formulado pela defesa da ré, a desembargadora relatora Regina Ferrari entendeu que o procedimento teria como objetivo nova análise das provas, sob alegação de equívoco na sentença. Nesse sentido, foi sustentado que a denunciada não sabia da intenção dos demais réus em matar a vítima, tendo sido, na tese apresentada ao TJAC, usada pelo grupo criminoso, na execução da ação delitiva.

A desembargadora relatora considerou que a intenção da defesa seria o reexame dos fundamentos da decisão que transitou em julgado e já foi objeto de outra Revisão Criminal. “Trata-se, na verdade, de reiteração de análise de provas já constantes nos autos da ação originária, uma vez que as fotos e documentos apresentados pela revisionanda, já constam e foram apreciadas nos autos da ação penal, inclusive quando da prolação do Acórdão”, registrou Ferrari.

A relatora destacou, ainda, que as circunstâncias foram devidamente fundamentadas, tendo sido “claramente desfavoráveis à revisionanda, dada a sua culpabilidade exacerbada, pois além de ter premeditado o delito, atraiu a vítima para emboscada”.

Dessa forma, a desembargadora relatora decidiu não conhecer da nova Revisão Criminal postulada pela defesa, assinalando que o Código de Processo Penal prevê a possibilidade do pedido revisional, “porém, somente se alicerçado em novas provas”, o que não ocorreu no caso.

Revisão Criminal nº 1000884-42.2022.8.01.0000

Márcio Bleiner | Comunicação TJAC

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Sesacre aponta números e ações que marcaram a saúde pública do Acre em 2025

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Foto: Reprodução

A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) divulgou um balanço destacando números e ações que marcaram a saúde pública acreana ao longo de 2025. De acordo com os dados apresentados, o ano foi caracterizado pela ampliação do acesso aos serviços e pela interiorização dos atendimentos especializados.

Entre os principais resultados, a Sesacre informou a realização de mais de 27 mil atendimentos por meio do programa Saúde Itinerante, que levou serviços de saúde a municípios do interior do estado. Outro dado destacado foi a execução de mais de 12 mil cirurgias pelo programa Opera Acre.

O balanço também aponta a retomada de centros cirúrgicos, ampliação da oferta de exames, fortalecimento da rede hospitalar e avanços considerados históricos na área da oncologia. Segundo a secretaria, houve ainda recorde de atendimentos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) ao longo do ano.

A Sesacre mencionou, ainda, a implantação de programas voltados ao atendimento de urgência e à redução da mortalidade, como o Conecta Coração e o AVC – Segundos Importam, voltados para situações críticas em que o tempo de resposta é determinante.

Os dados foram divulgados em um vídeo publicado nas redes sociais da secretaria, que apresenta um resumo das ações realizadas em 2025 e projeta a continuidade das iniciativas para o próximo ano.

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Nível do Rio Acre se aproxima dos 11 metros após fortes chuvas na capita

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Foto: David Medeiros

As fortes chuvas que atingem Rio Branco nas últimas horas provocaram alagamentos em diversos pontos da cidade e elevaram rapidamente o nível do Rio Acre. Entre as áreas mais afetadas estão a Estrada do Calafate, a região da Igreja da Pista do Poço e a Baixada da Sobral, especialmente nos bairros Boa União e Plácido de Castro, onde a água invadiu várias residências.

Durante acompanhamento ao vivo feito pela equipe, foi constatado que, apesar de uma breve trégua na chuva, o volume de água nos rios segue aumentando. Imagens mostram que o nível do Rio Acre se aproxima dos 11 metros e continua em elevação, embora, até o momento, a Defesa Civil Municipal ainda não tenha divulgado boletim oficial atualizado.

Na região da Ponte Metálica, a força da correnteza chamou atenção pelo grande volume de balseiros descendo pelo rio, indicando que a chuva atingiu toda a bacia hidrográfica.

Mesmo diante da situação de risco, moradores dos dois lados do rio aproveitaram a cheia para pescar. Durante a transmissão, duas pescadoras foram flagradas capturando peixes da espécie pintado. Segundo elas, apesar de alguns peixes serem pequenos, a pescaria rendeu o suficiente “para garantir o caldo”.

Outro episódio inusitado chamou a atenção durante a cobertura. Um homem foi visto dormindo sobre um dos pilares da Ponte Metálica, próximo à marca de medição do Rio Acre, onde há registro histórico de até 16 metros. Mesmo com o fluxo intenso de veículos sobre a ponte, o homem permaneceu dormindo tranquilamente, despertando surpresa entre os que acompanhavam a transmissão.

A equipe segue monitorando, em tempo real, os pontos de alagamento pela capital acreana. Novas informações sobre o nível do Rio Acre e ações da Defesa Civil devem ser divulgadas a qualquer momento.

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Governo do Acre entra em alerta total com monitoramento de rios e auxílio a famílias

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Foto: José Caminha/Secom

O governo do Estado do Acre, por meio da Defesa Civil Estadual e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), emitiu um alerta sobre a intensificação do período chuvoso na região. Nas últimas 24 horas, o volume de precipitação causou uma elevação rápida no nível dos principais mananciais.

Em Rio Branco, o Rio Acre registrou uma elevação rápida, de quase três metros nas últimas 24 horas mobilizando equipes de socorro para prestar assistência imediata às famílias atingidas.

De acordo com o coordenador estadual da Defesa Civil, Cel. Carlos Batista, a bacia do Rio Acre vem sendo monitorada, pois o nível das águas está subindo.

“Esta é uma subida muito rápida, provocada pela grande quantidade de chuvas em toda a calha do Rio Acre, desde Assis Brasil até a capital, passando por Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri e a área rural de Capixaba”, explicou o Coronel.

Além do Rio Acre, a bacia do Rio Tarauacá também registrou índices pluviométricos acima da média, mantendo as equipes locais em estado de atenção.

Foto: José Caminha/Secom

A preocupação das autoridades não se restringe apenas aos grandes rios. O monitoramento foi estendido aos igarapés que cortam a capital, que costumam transbordar rapidamente e atingir áreas povoadas.

Enquanto as equipes técnicas monitoram os níveis, as equipes do Corpo de Bombeiros Militar do Acre vem ajudando moradores como o senhor José Garcia Rodrigues, de 65 anos, que reside em uma área de risco há oito anos.

“A alagação já chegou. Agora vou tirar minhas coisas para levar para a casa da minha filha. Quando a água baixar, eu volto”, conta o aposentado.

Mesmo enfrentando problemas de saúde, ele destaca a importância do apoio que recebe: “Falei com os bombeiros e eles vieram ajudar. Todo ano a gente vai para o Parque de Exposições. Eles carregam as coisas para nós e a gente ajuda como pode”.

O Cel. Batista reforçou que a integração entre o Estado, as prefeituras e o Corpo de Bombeiros é total. O objetivo é garantir que os planos de contingência sejam executados com rapidez caso o nível dos rios atinja a cota de transbordo.

“O Estado está em alerta total e em contato direto com as coordenadorias municipais. Estamos preparados para atender as populações que moram em áreas de risco e nas regiões mais impactadas”, garantiu o coordenador.

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