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TJAC mantém prisão preventiva de filha de Mr. Catra acusada de integrar quadrilha de estelionatários
Júlia Garcia Domingues é apontada como participante de esquema que aplicou golpes milionários em idosos e pessoas vulneráveis
A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) negou o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa e manteve a prisão preventiva de Júlia Garcia Domingues, de 28 anos, filha do falecido funkeiro Mr. Catra. Ela responde por crimes de associação criminosa, estelionato eletrônico, falsidade ideológica, falsificação de documento público e lavagem de dinheiro.
Segundo as investigações, Júlia integrava uma quadrilha com base em Rio Branco, mas com ramificações em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina. O grupo falsificava documentos, praticava estelionato e movimentava recursos ilícitos em contas bancárias cedidas por membros da organização. Além disso, a acusada participava das decisões internas da facção.
O golpe mais lucrativo da quadrilha envolvia falsas negociações de dívidas bancárias, com foco em idosos e pessoas vulneráveis. Os criminosos prometiam descontos superiores a 50% para “quitar” débitos, mas na prática contratavam novos financiamentos em nome da vítima e se apropriavam do dinheiro, deixando-a apenas com uma nova dívida.
As fraudes ultrapassaram R$ 15 milhões. Durante esse período, Júlia exibia uma vida de luxo nas redes sociais, compartilhando viagens, ensaios fotográficos e momentos de sofisticação.
No dia 9 de julho de 2025, uma operação conjunta das polícias civis do Acre, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Minas Gerais — batizada de Falsa Portabilidade — cumpriu 14 mandados de busca e apreensão e 14 de sequestro de bens, resultando na prisão de sete pessoas, entre elas Júlia, no Rio de Janeiro.
Na decisão que manteve a prisão, o relator destacou:
“Verificando-se a comprovação da materialidade do crime, havendo indícios suficientes da autoria e presentes ainda os motivos autorizadores da prisão preventiva, não há o que se falar em constrangimento ilegal.”
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Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento

Papa Leão na FAO em Roma • 16/10/2025 REUTERS/Remo Casilli
Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para “enriquecer e fortalecer” a “união exclusiva do matrimônio”.
A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.
O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que “não nega sua fecundidade”, ainda que deva “naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida”.
O texto também prevê o conceito de consentimento livre” e “pertencimento mútuo”, assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.
“Um cônjuge é suficiente”
No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e “exclusivo”.
Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.
“Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto”, diz o documento.
“Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros”, enfatizou a Santa Sé.
Fonte: CNN
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PF afasta delegado e policial em operação contra esquema de ouro ilegal no Amapá
Operação Cartucho de Midas apreende mais de R$ 1 milhão, € 25 mil e prende suspeito com arma restrita; movimentações acima de R$ 4,5 milhões reforçam indícios de lavagem de dinheiro.

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Roraima suspende novas licenças para extração de ouro após recomendação do MPF
Medida vale por prazo indeterminado e ocorre diante do uso ilegal de mercúrio em garimpos, inclusive licenciados; Femarh terá de revisar autorizações já emitidas.

No mês de fevereiro deste ano, o Estado do Amazonas exportou US$ 11 milhões em ouro para a Alemanha. (Foto: Shuttestock)
Atendendo a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (Femarh) suspendeu, por prazo indeterminado, a emissão de novas licenças ambientais para extração de ouro em todo o estado. A decisão decorre de um inquérito civil que apura os impactos socioambientais do uso de mercúrio no garimpo na Amazônia.
Segundo o MPF, o mercúrio — substância altamente tóxica — vem sendo empregado inclusive em garimpos com licença ambiental, sem fiscalização adequada sobre o método de beneficiamento do minério. O órgão ressalta que todo o mercúrio utilizado nessas atividades é ilegal, uma vez que o Ibama não autoriza sua importação para fins minerários.
A recomendação determina que a Femarh passe a exigir dos empreendimentos a especificação da técnica de separação do ouro e documentos que comprovem o uso de tecnologia apropriada. Também orienta a revisão das licenças já concedidas e a suspensão daquelas que mencionem o uso do metal tóxico.
Em nota, a Femarh informou que não autorizará novas atividades de extração enquanto não houver estudos técnicos que garantam métodos alternativos ao uso do mercúrio.

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