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Surra em Boulos tem sabor duplamente amargo para Lula: é seu herdeiro

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O PT e a esquerda vassala do partido foram dizimados em São Paulo. Os petistas elegeram quatro prefeitos no vasto universo de 645 municípios do estado. Apenas dois a mais do que em 2020, quando Lula não era presidente.

O rejeitado Boulos perdeu para si próprio e para o antipetismo. Lula não tem herdeiro à altura, seja no PT, seja na esquerda vassala

Mario Sabina – Metrópoles 

A “curva de crescimento” da candidatura de Guilherme Boulos, para usar a expressão de Geraldo Alckmin, era torcida da imprensa para ele derrotar Ricardo Nunes e ser eleito prefeito de São Paulo.

A rejeição a Guilherme Boulos bateu em 52% na véspera da eleição, segundo a pesquisa Datafolha. Ninguém é eleito com a rejeição de metade do eleitorado.

Guilherme Boulos, portanto, perdeu principalmente para si próprio, e pela segunda vez. Pagou o preço pela sua biografia de militante radical, por ter livrado o deputado federal André Janones de ser investigado por seus pares pela prática de rachadinha e, já no final da campanha, por ter recorrido ao seu caluniador Pablo Marçal para ser cabo eleitoral, jogando qualquer princípio moral no lixo, para não falar da lealdade ideológica.

Ele perdeu também para o antipetismo. Pagou o preço de ser apoiado por um Lula cuja ausência física não cancelou a presença espiritual. O chefão petista perdeu a aura e jamais voltará a tê-la, seja pelo passado que o condena mais do que metaforicamente, seja pelo peso dos anos, do qual o episódio da queda no banheiro é dolorosamente exemplar, seja pelo terceiro mandato que só deixa a desejar aos poucos que se iludem em esperar algo de quem não entendeu que o país não é mais definido por uma massa a soldo do assistencialismo eleitoreiro.

O PT e a esquerda vassala do partido foram dizimados em São Paulo. Os petistas elegeram quatro prefeitos no vasto universo de 645 municípios do estado. Apenas dois a mais do que em 2020, quando Lula não era presidente.

No universo menor, mas nem por isso pequeno, das 30 cidades paulistas com mais de 200 mil habitantes, o PT obteve vitória em Mauá e ponto final. Perdeu a reeleição em Diadema, o seu último grande bastião no ABC, berço do partido.

São Paulo é espelho iluminado do que ocorreu no restante do país. Contas feitas nacionalmente, o PT não renasceu, como sonhava a sua cúpula. Só conquistou uma capital, Fortaleza, e de maneira muito suada. Até tu, Nordeste. Mas há quem venda como vitória: o PT não tinha nenhuma, agora tem uma capital. O copo cheio chega a ser divertido de tão vazio.

A derrota de Guilherme Boulos tem sabor duplamente amargo para Lula, visto que o chefão petista o considera seu herdeiro político, apesar de pertencer formalmente ao PSol. Essa aposta contou, e bastante, para o PT não ter tido, pela primeira vez na sua história, candidato próprio à prefeitura de São Paulo.

Antes de Lula ser preso por corrupção e lavagem de dinheiro, em 7 de abril de 2018, Guilherme Boulos estava ao lado do chefão petista no palco daquela pantomima de resistência encenada no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo. Ao despedir-se do psolista, o chefão petista disse: “Você tem futuro, meu irmão, é só não desistir nunca”.

Dias depois, em entrevista televisiva, o companheiro do PSol foi indagado sobre se achava que era herdeiro de Lula. Guilherme Boulos respondeu: “Só os mortos têm herdeiros”. Quando morrer para a política, Lula não deixará herdeiro à altura do seu passado de glórias, nem no próprio partido, nem na esquerda que se vende como alternativa. O herdeiro será do seu presente decadente.

Après mois, le déluge (“depois de mim, a inundação”), teria dito Luís XIV, o Rei Sol francês. Estamos assistindo à inundação pós-reinado lulista.

PS: para fechar com chave condizente a campanha em São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas disse que o PCC orientou o voto em Guilherme Boulos, segundo conversas interceptados pela inteligência da administração penitenciária do estado. A esquerda ficou revoltada e acusa o governador de crime eleitoral. Vejamos as provas apresentadas mais detidamente. De qualquer forma, o escândalo na esquerda tem forte componente hipócrita. A esquerda é leniente com criminosos, todos são considerados “vítimas da sociedade”, e é consequência lógica que a malandragem tenha preferência por ela. Interpreto o movimento de Tarcísio de Freitas como um tiro visando no futuro de qualquer herdeiro de Lula na eleição de 2026.

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Ministra Simone Tebet descarta rota por Cruzeiro do Sul e define traçado da ferrovia bioceânica pela BR-317 até Assis Brasil

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Governo prioriza margear rodovias federais para evitar entraves ambientais e acelerar obra, que deve ficar pronta em cinco anos; rota alternativa pelo Peru foi descartada após diálogo com governo peruano

A ministra reforçou que o traçado junto à BR-317 permitirá concluir a ferrovia em cinco anos, com concessões a empresas como VALE e FICO. Foto: captada 

Em resposta a questionamentos dos senadores acreanos Sérgio Petecão (PSD) e Alan Rick (UNIÃO) durante audiência nesta terça-feira (12/8), a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que a ferrovia bioceânica não passará por Cruzeiro do Sul, no Acre, rumo a Pucallpa, no Peru. O traçado oficial seguirá paralelamente à BR-317, em direção a Assis Brasil (AC), na fronteira com o Peru.

Tebet explicou que a decisão levou em conta desafios ambientais e diplomáticos. No lado peruano, ela destacou que o governo do país afirmou não haver condições políticas para atravessar terras indígenas, diferentemente da realidade brasileira: “Lá, nós estamos falando de uma identidade muito clara. Não há um governo que consiga passar na reserva, porque mobiliza o país inteiro”, disse, citando conversas com o ministro dos Transportes do Peru.

No Brasil, mesmo que fosse possível contornar reservas ambientais com desvios de 20 a 30 km, a ministra ressaltou que estudos de impacto ambiental prolongariam o projeto em anos. “Margeando as BRs, a gente ganha tempo e evita embargos judiciais”, afirmou.

Rodovia complementar e futuras expansões

Questionada pelo senador Alan Rick sobre uma possível estrada ligando Marechal Thaumaturgo (AC) a Puerto Inca (Peru), Tebet não descartou a ideia, mas frisou que a prioridade imediata é a ferrovia. A partir de 2030, quando a infraestrutura principal estiver concluída, novas rotas poderão ser estudadas, inclusive conexões com a Bolívia.

“Nada impede, diante do desenvolvimento, de fazer o sentido contrário depois: Cruzeiro do Sul receber uma ferrovia complementar”, ponderou, comparando a malha logística a uma “espinha de peixe”, com ramificações futuras.

Prazo de cinco anos e modelo de concessões

A ministra reforçou que o traçado junto à BR-317 permitirá concluir a ferrovia em cinco anos, com concessões a empresas como VALE e FICO. “Se margearmos as BRs, evitamos licenciamentos complexos e paralisações na Justiça”, justificou, citando exemplos em Mato Grosso e Bahia.

O governo ainda avalia detalhes de participação privada e conexões rodoviárias secundárias, mas a mensagem foi clara: o Acre terá integração bioceânica, mas pelo caminho mais rápido e menos burocrático.

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Duas cidades do Acre não formalizam propostas de novas creches

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O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) notificou nesta terça-feira, 12, os municípios do Acre sobre o prazo final para envio das propostas de construção de creches previstas na segunda etapa do Novo PAC. Os gestores têm até 23 de agosto para registrar e aprovar suas propostas na Plataforma TransfereGov, requisito obrigatório para a assinatura do Termo de Compromisso e liberação dos recursos.

Até o momento, os municípios de Jordão e Mâncio Lima ainda não cadastraram suas propostas para Creche Tipo 2. O FNDE alerta que o não cumprimento do prazo acarretará na perda do direito ao investimento, comprometendo a ampliação da oferta de vagas e a melhoria da infraestrutura para a educação infantil.

Ao todo, serão investidos R$ 1,77 bilhão para construir 505 creches e escolas de educação infantil em 455 municípios brasileiros.

 

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Vídeo: pastor flagrado de calcinha e peruca diz que fazia investigação

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Um vídeo que começou a viralizar nas redes sociais, nessa segunda-feira (11/8), mostra o bispo Eduardo Costa usando calcinha e peruca loira enquanto caminha próximo a um bar em Goiânia (GO). As imagens, divulgadas pela página Goiânia Mil Graus e enviadas por uma seguidora, rapidamente repercutiram na web e fizeram o líder religioso se pronunciar.

A denunciante afirmou que o pastor “usa o nome de Deus para ganhar dinheiro” e costuma ficar na porta de bares daquela região. Nos comentários do post, internautas disseram reconhecer Eduardo Costa e relataram situações semelhantes envolvendo o religioso.

“Na época, eu trabalhava para ele. A esposa dele, que hoje é ex, pegou ele de vestidinho vermelho perto dos motéis. Foi o maior barraco. Eu vi tudo”, contou uma pessoa.

Diante da repercussão, Eduardo gravou um vídeo com a esposa, missionária Valquíria Costa, para explicar o ocorrido. Segundo ele, o uso da vestimenta foi “para fazer uma investigação pessoal sobre uma situação pessoal”.

“De forma errada, acabei colocando uma peruca e um short para tentar localizar um endereço”, explicou. Eduardo disse ainda que foi filmado por alguém que tentou extorqui-lo depois.

O pastor explicou que a pessoa responsável pelas imagens pediu um pagamento até o meio-dia de segunda-feira (11/8) para não divulgar o vídeo. Ele optou por não ceder à chantagem e garantiu que sua esposa sabia da investigação, embora não de todos os detalhes.

O bispo afirmou que a situação caracteriza “tentativa de constrangimento ilegal e uso indevido de imagem”, mas não informou se tomou alguma medida legal contra a suposta extorsão.

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