Acre
Servidores são demitidos e atendimento no Hospital das Clínicas é prejudicado
Pacientes ficam com medo que tratamentos possam parar
Ângela Rodrigues, da redação do ac24horas
Quem procurou a Central de Atendimento e Agendamento do Hospital das Clínicas nas primeiras horas da madrugada e ao longo da manhã desta sexta-feira, 16, encontrou os guichês de atendimentos vazios, sem um servidor para realizar quaisquer atendimento.
A desculpa dada pela gerência da unidade hospitalar aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) foi que não haveria “sistema e por motivos técnicos operacionais não seria possível executar os agendamentos”, tampouco “a distribuição de sobras de fichas”, conforme avisos fixados em pontos estratégicos da recepção do Hospital das Clínicas (HC).
Mas na verdade, o não atendimento à população carente do Acre esconde uma série de atrasos de pagamentos e repasses por parte do governo às empresas terceirizadas, que detém contrato de prestação de serviço com o poder público. O problema vinha sendo abafado, mas ao que parece a situação chegou ao limite e pode levar a maioria das terceirizadas a falência e desempregar mais de 15 mil pessoas, que prestam serviços nas diversas secretarias e autarquias do Estado.
Conforme informe repassado pela Assessoria de Comunicação da Secretaria Estadual de Saúde do Acre (Sesacre), a “A empresa Teixeira solicitou rescisão de contrato, ontem à tarde (15). Com isso, 43 servidores não foram mais trabalhar hoje (16). Com isso, o HC remanejou outros servidores para não prejudicar o atendimento aos pacientes”, explicou o órgão.
Embora, a assessoria da Sesacre alegue que remanejou servidores para não prejudicar o atendimento, a reportagem do ac24horas esteve no local e pode conferir que a situação é totalmente contraria a alegada pelo poder público em nota enviada à redação do ac24horas. Desde as primeiras horas da manhã desta sexta-feira, 16, inúmeros e-mails, telefonemas e mensagens nos canais interativos do site informavam acerca das demissões e pediam a editoria que fosse realizada uma matéria relatando o descaso.
O problema envolvendo atrasos as terceirizadas vem se arrastando desde a reeleição do governador Sebastião Viana. Algumas dessas empresas estariam há sete meses sem receber e à beira da falência, segundo informou o Sindicato das Empresas Prestadoras de Serviços Terceirizáveis do Estado do Acre (SEAC).
Em nota, a SEAC explica a real situação financeira das empresas terceirizadas e sugere que por ingerência ou incompetência do governo as prestadoras de serviços estão fechando as portas, já que não é possível operar com o caixa no vermelho em virtude da falta de repasses e repactuação atrasadas.
Confira a íntegra da nota:
SEAC divulga nota de repúdio e se diz vítima da má administração pública
O Sindicato das Empresas Prestadoras de Serviços Terceirizáveis do Estado do Acre (SEAC/AC), por meio do senhor presidente Rubemar Martins, vem repudiar as informações veiculadas em mídias difamando as empresas terceirizadas e vem publicamente esclarecer a realidade que enfrentam , nos últimos meses, boa parte das empresas que prestam serviços, ou seja, que detém contrato com o Governo do Estado do Acre, com diversas secretarias.
Temos a salientar que: É bem verdade que, as empresas prestadoras de serviços, são responsáveis pela admissão de quase 15 mil terceirizados, todos pais de famílias, geradores de impostos e pelo bom funcionamento de todas as secretarias do Estado do Acre, prestando serviços em diversas áreas, principalmente na área de limpeza, pois sem os nossos serviços, os órgãos não teriam um funcionamento por completo. É bem verdade ainda que, buscamos parcerias com o governo, para fazer uma sociedade mais justa e mais digna, por se tratar de “um governo parceiro e empreendedor”.
É bem verdade que, para honrarem com seus compromissos para com os seus funcionários, desfazem até de seus próprios bens, para não paralisarem os serviços diante das secretarias e órgãos. É bem verdade que, nenhuma empresa, seja qual ramo trabalha, não consegue sobreviver com seu caixa no vermelho, principalmente quando se encontram com seus repasses e suas repactuações em atrasos, pois não tem como uma empresa trabalhar tanto com o atraso de seus repasses quanto os contratos defasados.
É bem verdade que, tem empresas que somam sete (07) meses em atrasos, de seus devidos repasses, fazendo com que essas empresas venham fechar suas portas não tendo nem como honrar com as rescisões contratuais de seus funcionários. É bem verdade que, com a crise que se alastra em nosso país, bem como em nosso estado, o governo por ingerência ou por incompetência não busca e tampouco não mostra o caminho para solução do problema.
É bem verdade que, o problema existe, a responsabilidade não começa nas empresas, mais sim no estado, pois as empresas são vítimas da má administração dos contratantes. Chamamos a responsabilidade para todos, pois caso não seja feito nada para a solução do problema, mais empresas fecharão as portas por culpa do estado, por falta de repasses e repactuações atrasadas, deixando assim, vários pais de famílias desempregado e com muitos problemas judiciais.
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Acre
Prefeitos de Assis Brasil e Jordão discutem soluções para destinação do lixo com Bocalom
Os gestores trataram sobre a criação do consórcio de prefeituras que se unem para dar a destinação correta aos resíduos sólidos de suas cidades
Com Ascom
O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, recebeu, em seu gabinete, nesta quinta-feira (30), os prefeitos Jerry Coreia, de Assis Brasil e Naudo Ribeiro, do município de Jordão. Os gestores trataram sobre a criação do consórcio de prefeituras que se unem para dar a destinação correta aos resíduos sólidos de suas cidades. A iniciativa busca atender os municípios do Acre, especialmente os mais isolados, que enfrentam dificuldades na gestão de seus lixões a céu aberto.
Durante o encontro, o prefeito de Assis Brasil, Jerry Correia, destacou a urgência da solução, já que o município acumula mais de R$ 3 milhões em multas por conta de um lixão irregular. Assis Brasil produz cerca de 40 toneladas de resíduos sólidos por semana e pretende encaminhar parte desse volume para tratamento na Unidade de Tratamento de Resíduos Sólidos (Utre), em Rio Branco.
“A gente acredita que isso é uma solução não permanente, mas que tiraria os municípios que têm condições de chegar até a capital, neste momento da situação dramática que vive aí junto aos órgãos controladores. Aí vem a nossa gratidão ao prefeito Tião Bocalom pela forma que ele tem também priorizado olhando para os municípios do interior” , disse Jerry Correia.
Por outro lado, o município de Jordão, adotará um modelo diferente devido ao seu isolamento geográfico e às restrições ambientais. Como alternativa, Jordão pretende instalar uma Usina Termoplástica para reciclar até 80% de seus resíduos, transformando-os em materiais reutilizáveis, como meio-fio e tijolos.
“É uma solução mais rápida que a gente encontrou foi a termoplástico, uma usina que a gente está correndo atrás de instalar no município, para que a gente possa reciclar 80% do lixo do nosso município, podendo melhorar essa situação. Essa é a alternativa mais viável que tem para Jordão e a gente está buscando recurso para que a gente possa executar esse projeto e colocar em prática, mudando a realidade daquele município lá no meio da floresta amazônica, podendo ter aí o resíduo 80% reciclado”, explicou Naudo Ribeiro.
“Quando a gente criou o consórcio foi nesse sentido, no sentido de a gente facilitar as coisas, para poder resolver o problema dos 22 municípios, não apenas de Rio Branco como nós temos hoje e é claro, eu imediatamente me dispus. A Prefeitura de Rio Branco está pronta para ajudar os nossos municípios a buscar soluções. Aí criamos o consórcio, graças a Deus está andando muito bem”, enfatizou Bocalom.
Uma reunião com os 13 prefeitos que compõem o consórcio está marcada para o final de fevereiro, onde serão discutidas novas estratégias para o gerenciamento de resíduos sólidos. Além disso, Bocalom mencionou que Rio Branco está investindo em uma usina própria para processar materiais recicláveis e produzir produtos termoplásticos, seguindo o modelo que foi observado em uma visita técnica realizada em Santa Catarina.
Veja vídeo:
“Nós vimos lá a indústria funcionando, realmente é uma alternativa muito boa, e que o município de Jordão, por exemplo, já vai adotar esse projeto aqui e Rio Branco também está comprando, com recursos próprios, uma usina pequena, que vai beneficiar a princípio aí alguma coisa em torno de três toneladas e meio/dia, para transformar o lixo reciclado. A gente vai aqui em Rio Branco receber lixo reciclado, para transformar também em produto termoplástico: pode ser um meio fio, um tijolinho para botar no chão. Tem o que você quiser fazer, o que manda é a forma que você manda fazer, porque o restante é só prensar e você ter o produto que você quiser”, concluiu.
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Acre
Saúde alerta sobre a importância da vacinação contra a COVID-19 após mortes no Juruá
A Secretaria Estadual de Saúde reafirma o chamado para que a população busque a imunização e permaneça atenta aos sintomas respiratórios, contribuindo para a proteção coletiva contra a COVID-19
A Secretaria Estadual de Saúde reforçou a importância da vacinação contra a COVID-19 após a confirmação de pelo menos sete mortes causadas pela doença na região do Vale do Juruá. Segundo Diane Carvalho, coordenadora regional de saúde, a equipe segue monitorando atentamente a situação local e orientando a população sobre medidas preventivas necessárias.
A vacinação tem mostrado resultados positivos na redução da transmissão e da gravidade da COVID-19. Carvalho destaca que, apesar do aumento de casos nesta temporada, o número de internações e agravamentos tem sido baixo, refletindo a adesão da população às vacinas.
O estado também se preparou para a temporada sazonal de síndromes gripais, com um dia específico de vacinação em outubro do ano passado, o que ajudou a manter os números confortáveis em comparação ao ano anterior. “É importante que as pessoas com comorbidades, como problemas cardíacos e pulmonares, continuem se protegendo, pois ainda estão em risco”, explica Carvalho.
Além da vacinação, recomendações incluem o uso de máscaras em locais públicos e a higienização frequente das mãos. A Secretaria Estadual de Saúde reafirma o chamado para que a população busque a imunização e permaneça atenta aos sintomas respiratórios, contribuindo para a proteção coletiva contra a COVID-19.
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Acre
Polícia Civil do Acre participa de curso de capelania e celebra formação do primeiro capelão da instituição
A capelania é um serviço de apoio espiritual e emocional realizado por capelães treinados, que atuam em hospitais, forças de segurança, escolas, presídios e outras instituições, levando conforto e orientação às pessoas que enfrentam momentos difíceis
Nesta sexta-feira, 31, a Polícia Civil do Acre (PCAC) participou do curso de capelania promovido no auditório do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em Rio Branco. Durante a solenidade, 39 formandos de diversas instituições receberam a certificação e a entrega das insígnias, que simbolizam o compromisso dos capelães em prestar assistência espiritual em diferentes contextos.
A capelania é um serviço de apoio espiritual e emocional realizado por capelães treinados, que atuam em hospitais, forças de segurança, escolas, presídios e outras instituições, levando conforto e orientação às pessoas que enfrentam momentos difíceis.
Entre os formandos estava o agente de polícia Gesly Alves da Rocha, que se tornou o primeiro capelão da PCAC. “Esse é um momento histórico na minha vida, pois vejo um mover de Deus em direção às pessoas por meio de um amor genuíno pelo próximo. Encaro esse desafio como ímpar, pois irei levar mensagens de amor aos que mais precisam. Toda a equipe da nossa instituição estará disponível para oferecer apoio espiritual e emocional”, destacou o capelão.
O delegado Adjunto, Cleylton Videira, presente na solenidade, ressaltou a importância desse marco para a Polícia Civil: “A capelania traz um suporte essencial para nossos policiais, que lidam diariamente com desafios intensos. A nomeação do primeiro capelão da PCAC representa um avanço no cuidado com o bem-estar emocional e espiritual de nossos servidores e da população atendida pela instituição.”
O coronel e diretor do Ministério Pão Diário, responsável pelo curso, Ailton Bastos também enfatizou a relevância do apoio às capelanias em todo o Brasil. “O trabalho dos capelães é fundamental para fortalecer aqueles que enfrentam desafios físicos e emocionais. Nosso compromisso é continuar apoiando e capacitando esses profissionais, garantindo que mais instituições possam contar com esse suporte essencial”, afirmou.
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