Acre
Senadores criticam ‘preços abusivos’ de passagens aéreas para a Amazônia
Preços abusivos das passagens, taxas de remarcação muito acima da média de mercado e indícios de cartelização. Esse é o quadro da aviação comercial na Região Norte, conduzida pelas empresas GOL e TAM, segundo o senador Jorge Viana (PT-AC). A Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) discutiu, nesta terça-feira (1º), a prestação de serviços aeroportuários para a população da região, a pedido do parlamentar.
O tom de indignação também predominou nos discursos dos outros parlamentares representantes da região norte que estavam presentes na audiência pública, entre eles os deputados federais do Acre Léo de Brito, Alan Rick e Angelim. Com a presença de representantes das companhias aéreas Gol, TAM, Avianca e Azul, e também do diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), Marcelo dos Guaranys, Jorge Viana questionou os horários dos voos que atendem a região e a ausência de linhas diretas para outros dos principais centros do país.
O senador mostrou passagens compradas por consumidores na mesma época, no ano passado, demonstrando que voos Brasília-Tóquio, ida e volta, custaram R$ 1,3 mil. Já um voo Brasília-Rio Branco saiu por R$ 3 mil.
Um dos argumentos utilizados pelos representantes das companhias aéreas é a cobrança do ICMS na região norte, que seria um dos mais altos do país. Mas, com base em um levantamento preparado pelo deputado federal Alan Rick e apresentado pelo senador Jorge Viana, o preço do imposto cobrando na região é condizente com o restante do país.
“Ficou realmente provado e até reconhecido pela própria Anac que tem uma distorção grave que atinge o consumidor no preço das passagens aéreas para o Acre. Eles falam de ICMS, mas é o mesmo de outros estados como São Paulo e até estados do nordeste. A pergunta que fica é por que a passagem aérea é no horário noturno, sempre ruim, e o preço é o mais caro do Brasil? Queremos maior concorrência, melhor tratamento, preço justo e um serviço que seja o adequado”, disse o parlamentar.
Jorge Viana apresentou um gráfico mostrando que o preço do quilômetro voado para o Acre é bem mais caro do que para qualquer outro estado brasileiro. Entre Brasília e o Acre, num trecho de 2.246 km, o preço do quilômetro é até 200% mais caro que entre Brasília-Recife, num trecho de 1.657km, por exemplo. E, segundo o levantamento, enquanto a tarifa média das passagens caiu 5% no Brasil no período entre 2013-2014, o preço dos voos para o Acre, ao invés de cair, subiu 6,2%.
O senador contestou também a justificativa usada pelas empresas para a cobrança de tarifas “abusivas”: o preço do combustível. Para ele, existem ainda indícios de cartelização por parte da GOL e da TAM. Viana mostrou gráficos demonstrando preços coincidentes em diversas linhas, “quase sempre muito caras”. Segundo observou, as semelhanças de políticas de preços são percebidas até mesmo nas poucas ocasiões em que ocorrem promoções.
De acordo com o parlamentar, o trabalho da comissão vai prosseguir, atuando junto ao Ministério Público, Procon, Anac e as próprias companhias. “Vamos seguir cumprindo nossa missão de procurar dar um serviço que seja justo ao usuário e que tenha qualidade e preço que não signifique uma exploração”, disse ele. (Com informações da Agência Senado)
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Acre
Morador em situação de rua é esfaqueado no pescoço em Rio Branco
Um homem de 50 anos, identificado como Edilmo Inácio Pereira, foi vítima de um ataque a faca na noite desta quinta-feira (25) no bairro 6 de Agosto, em Rio Branco. Ele caminhava pela Rua Seis de Agosto quando foi abordado por um homem armado com uma faca, que desferiu um golpe no pescoço da vítima.
Edilmo conseguiu caminhar até um posto de combustíveis próximo, onde desabou com intenso sangramento. O SAMU foi acionado e o levou ao Pronto-Socorro de Rio Branco, onde deu entrada em estado estável, mas com risco de agravamento.
A Polícia Militar esteve no local e iniciou as investigações, que agora seguem com a Polícia Civil, que busca identificar e prender o autor do crime.
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Acre
Acre deve arrecadar R$ 6,4 bilhões em impostos em 2025, aponta Impostômetro
Valor representa 0,16% da arrecadação nacional e supera em R$ 500 milhões o total de 2024; até 25 de dezembro, contribuintes já pagaram R$ 6,3 bilhões

Em comparação até o fim de novembro de 2025, os recursos recolhidos por prefeituras, governo estadual e União somavam R$5,8 bilhões no estado. Foto: captada
A arrecadação de impostos municipais, estaduais e federais no Acre deve alcançar cerca de R$ 6,4 bilhões em 2025, segundo estimativa do Impostômetro, ferramenta mantida pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). O valor corresponde a aproximadamente 0,16% de toda a arrecadação nacional.
Comparativo anual:
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2025 (previsão): R$ 6,4 bilhões
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2024 (realizado): R$ 5,9 bilhões
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Até 25/12/2025: R$ 6,3 bilhões já arrecadados
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Até novembro/2025: R$ 5,8 bilhões acumulados
Principais tributos pagos pelos acreanos:
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Impostos sobre produção e circulação: ICMS e ISS
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Tributos sobre renda: Imposto de Renda (pessoa física e jurídica)
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Impostos sobre propriedade: IPTU e IPVA
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Taxas de comércio exterior e outros encargos
Destinação dos recursos:
Os valores arrecadados são utilizados para:
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Custeio da máquina pública (salários e manutenção)
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Financiamento de obras e infraestrutura
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Execução de programas governamentais
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Pagamento de servidores públicos
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Quitação de dívidas do estado e municípios
O crescimento da arrecadação reflete tanto a expansão da atividade econômica no estado quanto a melhoria na eficiência da cobrança tributária. Entretanto, especialistas alertam que o Acre continua com uma das menores participações na arrecadação nacional, refletindo suas limitações econômicas estruturais e baixa densidade populacional.
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Acre
Cânticos de fé e acolhimento transformam Natal de pacientes no PS

Foto: Cedida
Corredores do Pronto-Socorro de Rio Branco foram tomados por um som diferente do habitual nesta quarta-feira (24). Em meio à rotina intensa da unidade, servidores se reuniram para realizar um cântico natalino, levando música, palavras de fé e gestos de acolhimento a pacientes e profissionais que permanecem em serviço durante a data.
A iniciativa, que já se tornou tradição, tem como propósito aproximar o verdadeiro significado do Natal de quem passa esse período longe de casa. Para muitos pacientes, a internação na véspera da data simboliza medo e solidão. Para os servidores, é o desafio de cumprir o dever de cuidar enquanto a família celebra à distância. O cântico surge, então, como um gesto simples, mas carregado de sensibilidade, capaz de aquecer corações e renovar esperanças.
Para o gerente de Assistência do Pronto-Socorro, Matheus Araújo, a ação representa uma forma de humanizar ainda mais o atendimento e fortalecer os vínculos dentro da unidade.
“O Natal fala sobre amor, cuidado e presença. Sabemos que muitos servidores passam essa data longe de suas famílias e que muitos pacientes gostariam de estar em casa. Esse momento é para lembrar a todos que eles não estão sozinhos, que aqui existe acolhimento, humanidade e compromisso com o cuidado”, destacou.
A programação percorreu diferentes setores do hospital e contou com a participação de servidores da gestão, do corpo de enfermagem, supervisores e colaboradores do Núcleo de Atendimento ao Servidor (NAST). A organização da ação é feita de forma voluntária e colaborativa, com recursos arrecadados entre os próprios profissionais, que se mobilizam todos os anos para tornar o momento possível.
Além do simbolismo, o cântico também revela o outro lado do cotidiano do pronto-socorro: o cuidado que vai além da técnica e alcança o emocional e o espiritual. Em um cenário marcado por desafios e dias difíceis, a iniciativa ajuda a reforçar para a população que, diariamente, a unidade trabalha com dedicação, empatia e compromisso com a vida.
A enfermeira emergencista Jonnyka Lima, que atua na linha de frente do atendimento, ressaltou o impacto do momento tanto para os pacientes quanto para os profissionais.
“Esse momento toca profundamente quem está aqui dentro. Para o paciente, é um alívio no coração; para nós, profissionais, é uma renovação de forças. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ouvir uma música, uma palavra de carinho, sentir que não foi esquecido. O Natal nos lembra exatamente isso: cuidar do outro também é um ato de amor”, afirmou.
Após a apresentação, as reações falavam por si. Olhares emocionados, sorrisos tímidos, lágrimas discretas e palavras de gratidão marcaram o encerramento da ação. Muitos pacientes relataram que precisavam exatamente daquela música ou daquela mensagem. Entre os servidores, o sentimento era de comunhão e fortalecimento coletivo.
Em meio à urgência, ao cansaço e aos desafios diários, o cântico reafirmou que o Natal pode acontecer em qualquer lugar, inclusive dentro de um hospital e que, onde há cuidado, há também humanidade, esperança e amor.






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