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Secretário do Mapa minimiza moratória da soja e diz que Brasil tem outros mercados
Apesar da preocupação do setor produtivo com a chamada “moratória da soja”, o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura (Mapa), Roberto Perosa, em conversa com jornalistas, nesta terça-feira (07.08), minimizou o problema dizendo que o governo não vê dificuldades em cumprir a nova legislação da União Europeia (UE) que entrará em vigor em janeiro de 2025.
A legislação exige a rastreabilidade em 100% da cadeia produtiva e impede a importação de produtos ligados a desmatamento, sem considerar a diferença entre desmatamento legal e ilegal, previstas na legislação brasileira. “A gente entende que podemos ser parceiros da União Europeia. Não estamos tão preocupados (quanto os Estados Unidos) porque entendemos que não temos nenhuma dificuldade para atender (a lei). Claro que precisamos comprovar e é esse o grande desafio”, comentou Perosa.
“Vamos arrumar um jeito de entregar as informações (de rastreabilidade). Estamos desenvolvendo mecanismos que façam essa medição aqui no Brasil. Estamos vendo algumas metodologias para abarcar isso”, disse o secretário. A criação de uma plataforma para comportar as informações dos produtos é uma das alternativas que está em análise pelo governo federal. “O ministério quer potencializar a ajuda para que haja o atendimento à legislação (pelos exportadores)”, completou.
Perosa afirmou, no entanto, que o posicionamento consolidado por todo o Mercosul é de que pode atender a demanda e enviar produtos que não estejam ligados ao desmatamento ilegal, uma vez que a legislação brasileira, por exemplo, permite o desmatamento legal em determinadas áreas. “Isso está consolidado em qualquer comunicação nossa. Nós não vamos contra à lei do nosso país”, garantiu. Na hipótese das autoridades europeias não aceitarem nem os produtos ligados ao desmatamento legal, Perosa lembrou que a UE é um importante parceiro comercial para o Brasil, mas não é o mais importante, e que os produtos que a Europa não comprar poderão ir para outros mercados mais relevantes, como a Ásia.
Imagem: assessoria
PREJUÍZOS – Para o presidente do Instituto do Agronegócio (IA), Isan Rezende (foto), a nova legislação europeia vai sim trazer prejuízos às exportações brasileiras, mas mais que isso, é uma afronta e um desrespeito à soberania do Brasil. “Essa medida, ditada por interesses externos, compromete nossa capacidade de alimentar o mundo e impede o progresso de milhões de brasileiros, especialmente na Amazônia”.
Rezende lembrou que no mês passado a câmara dos Deputados se propôs inclusive a abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a atuação das organizações não governamentais (ONGs) envolvidas na implementação da medida europeia.
Rezende afirmou que as ONGs que apoiam a Moratória não representam os verdadeiros interesses do Brasil. É inaceitável que um acordo privado interfira em nossa legislação e prejudique a economia de regiões inteiras”, declarou Rezende. “Elas (ONGs) estão mais focadas em agendas ideológicas do que no bem-estar da população. O governo, por sua vez, tem se mostrado omisso, não defendendo os produtores rurais como deveria”, criticou o presidente do IA.
Ele concluiu dizendo que é essencial descobrir quem financia essas organizações e quais são seus verdadeiros objetivos. “Precisamos acabar com essa perseguição aos produtores rurais e promover um debate transparente sobre o futuro da agricultura brasileira”, completou Isan.
EXPORTAÇÕES – As oito commodities agropecuárias na mira da legislação antidesmatamento europeia representam 34% do comércio brasileiro com o bloco, cerca de US$ 17,5 bilhões. São mais de US$ 8 bilhões apenas do complexo soja.
As exportações brasileiras do agronegócio bateram recorde em 2023, atingindo US$ 166,55 bilhões. A cifra foi 4,8% superior em comparação a 2022, o que representa um aumento de US$ 7,68 bilhões. De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o desempenho foi influenciado principalmente pela quantidade embarcada.
Dessa forma, o agronegócio foi responsável por 49% da pauta exportadora total brasileira em 2023. No ano anterior, a participação foi de 47,5%.
Em 2023 a balança comercial brasileira teve um superávit de quase US$ 99 bilhões, um aumento de 62% em relação ao ano anterior. O Brasil exportou diretamente 193,02 milhões de toneladas na forma de grãos. Uma quantidade 24,3% superior na comparação com os 155,30 milhões de toneladas de grãos exportados em 2022. Esta quantidade de grãos exportados em 2023 equivale a 60,3% da safra recorde de grãos 2022/23, estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento em 319,86 milhões de toneladas.
Além do aumento na quantidade exportada de grãos em quase 40 milhões de toneladas, também houve expansão no volume exportado de outros produtos que registraram mais de US$ 1 bilhão em vendas externas: carnes (+5,4%), açúcar (+15,1%), sucos (+6,0%), frutas (+5,9%), couros e seus produtos (+19,7%).
Os setores exportadores que mais contribuíram nas vendas do agronegócio foram: complexo soja (+US$ 6,49 bilhões); complexo sucroalcooleiro (+US$ 4,60 bilhões) e cereais, farinhas e preparações (+US$ 1,18 bilhão) e sucos (+US$ 447,41 milhões).
Em relação ao valor exportado os cinco principais setores foram: complexo soja (40,4% do total exportado); carnes (14,1%); complexo sucroalcooleiro (10,4%); cereais, farinhas e preparações (9,3%) e produtos florestais (8,6%). Em conjunto, esses setores destacados representaram 82,9% das vendas do setor em 2023.
Fonte: Pensar Agro
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Abastecimento de água é suspenso em Brasiléia para troca de flutuante no Rio Acre
Serviço programado segue até sexta-feira e fornecimento será retomado de forma gradual, informa o Saneacre
O abastecimento de água em Brasiléia foi interrompido de forma programada a partir das 7h30 desta quinta-feira (18) para a realização da troca do flutuante do sistema de captação no Rio Acre. A informação foi confirmada pelo Serviço de Água e Esgoto do Estado do Acre (Saneacre).
De acordo com o órgão, a intervenção tem como objetivo reforçar a segurança do equipamento em razão da cheia do rio. O serviço é considerado de alta complexidade e, devido às condições climáticas atuais, a previsão é que os trabalhos sejam concluídos apenas na sexta-feira (19), por volta das 10h.
Após a finalização da manutenção, o fornecimento de água será restabelecido de forma gradual em todos os bairros do município.
Ainda segundo o Saneacre, um novo flutuante foi instalado na Estação de Tratamento de Água (ETA) de Brasiléia, com a finalidade de melhorar o abastecimento e a qualidade da água distribuída à população, além de garantir maior regularidade no fornecimento para os moradores da cidade.
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Soldador morre após sofrer choque elétrico durante trabalho com telhas em depósito
Vítima encostou barra de ferro em fio de alta tensão de 13 mil volts; Samu tentou reanimação, mas óbito foi constatado no local
Um trabalhador identificado como Enilson morreu após sofrer uma descarga elétrica enquanto realizava serviços em um depósito. O acidente ocorreu no momento em que ele trabalhava na instalação de telhas de alumínio e realizava soldagem na estrutura.
De acordo com informações apuradas no local, Enilson utilizou uma barra de ferro para afastar uma das folhas de zinco, quando acabou encostando o objeto em um fio de alta tensão. A descarga elétrica foi imediata e fatal. O trabalhador estava acompanhado de outra pessoa, porém apenas ele foi atingido pelo choque.
Após o incidente, o soldador ficou pendurado na estrutura metálica e precisou ser retirado por colaboradores do próprio depósito, que prestaram os primeiros auxílios até a chegada do socorro.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e enviou inicialmente a ambulância de suporte básico. Diante da gravidade da situação, uma equipe de suporte avançado também foi deslocada ao local. Apesar de várias tentativas de reanimação, Enilson não resistiu e teve a morte constatada ainda no local.
Uma equipe da Energisa compareceu à área e realizou o desligamento da rede elétrica para a continuidade dos trabalhos periciais. Segundo os técnicos, o fio com o qual o trabalhador teve contato integra uma rede de aproximadamente 13 mil volts.
A equipe plantonista do Instituto Médico Legal (IML) foi acionada para a realização da perícia e remoção do corpo. A morte causou grande comoção entre os colegas de trabalho da empresa onde Enilson prestava serviço.
O caso deverá ser investigado pela Polícia Civil para apurar as circunstâncias do acidente.
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PRF prende homem com 6 mil maços de cigarro contrabandeados após perseguição na BR-317, em Rio Branco
Suspeito tentou fugir a pé, invadiu casas e comércios, mas foi detido após cerco; carga veio da fronteira com a Bolívia

Na vistoria do veículo, foram encontradas caixas contendo cigarros contrabandeados, totalizando seis mil maços. O automóvel e o material apreendido foram recolhidos. Foto: captada
Um homem foi preso na última terça-feira (16) pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) após ser flagrado transportando 6 mil maços de cigarros de origem estrangeira na BR-317, em Rio Branco. A carga, vinda da fronteira com a Bolívia, foi descoberta durante ação de fiscalização que resultou em perseguição e fuga do condutor.
Ao avistar a viatura, o motorista desobedeceu à ordem de parada e fugiu em alta velocidade, parando cerca de 1 km depois para tentar escapar a pé. Ele invadiu estabelecimentos comerciais e residências, mas foi localizado e contido após cerco das equipes. O veículo e os cigarros foram apreendidos.
O detido e os produtos foram encaminhados à Polícia Federal em Rio Branco, onde foram adotados os procedimentos legais. Além do crime de contrabando, também foi registrada a violação de domicílio, em razão da invasão de imóveis durante a fuga. A PRF divulgou o caso nesta quinta-feira (18).








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