Conecte-se conosco

Brasil

Saiba quem será vacinado contra a Covid-19 em cada fase do plano do governo

Publicado

em

Governo federal distribui doses da Coronavac aos estados e adianta imunização contra Covid-19

A orientação do governo paulista é que os municípios priorizem os profissionais da saúde, especialmente aqueles que estão na linha de frente do combate à pandemia

Murillo Ferrari, da CNN, em São Paulo

O Ministério da Saúde fez nesta segunda-feira (18) a entrega simbólica de mais de 4,6 milhões de doses da Coronavac aos estados para iniciar a vacinação contra o novo coronavírus em todo o país.

Dessa forma, a vacinação no país foi adiantada pelo governo federal e pelos governos estaduais.

Além disso, a pasta aguarda a chegada de 2 milhões de doses da vacina de Oxford, também já aprovadas para uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser incorporada nessa primeira fase de vacinação.

Quando começa a vacinação?

A previsão inicial era que a imunização nos estados começasse na quarta-feira (20). Na manhã desta segunda, os governadores chegaram a um acordo para adiantar esse prazo para terça-feira (19), às 14h.

Na cerimônia de entrega das vacinas, porém, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, mudou novamente o prazo e disse que com a chegada das vacinas nos estados até 14h a imunização poderá começar já nesta segunda-feira (18) a partir das 17h.

“Fica combinado que a gente distribui tudo hoje e começa [a vacinação] ao final do dia, em princípio, às 17h. A gente marca não antes das 17h, mas se alguém tiver delongas, faz parte da missão”, disse o ministro, na cerimônia.

“Quem puder, começa às 18h, mas o importante é que comece hoje, ao final do dia. Esse é nosso combinado”, continuou Pazuello.

Quantas pessoas serão vacinadas?

O Ministério da Saúde informou que com esse primeiro lote de vacinas serão imunizadas 2.854.560 (já considerando a perda estimada de 5% das doses da vacina).

As doses foram divididas proporcionalmente os estados de acordo com suas populações. Ao se considera a divisão regional, as doses da Coronavac serão aplicadas da seguinte forma: Norte: 337.332 doses; Nordeste: 683.924 doses; Sudeste: 1.202.090 doses; Sul: 357.821 doses e Centro-Oeste: 273.393 doses.

E quem serão os primeiros vacinados?

De acordo com informações divulgadas pela Saúde no domingo (17), os primeiros vacinados serão trabalhadores da Saúde (34% deles), população indígena em seus territórios, pessoas com deficiência institucionalizadas e pessoas com 60 anos ou mais institucionalizadas.

Dentre esses grupos, os que receberão a maior quantidade das vacinas neste primeiro momento serão os profissionais da saúde – com mais de 2,2 milhões de imunizados em todo o país –, seguido pelos indígenas – 431 mil –, pelos idosos – cerca de 156 mil – e, por fim, pelos deficientes – pouco mais de 6 mil imunizados.

Já o plano nacional de imunização divulgado pelo governo federal em dezembro informava que o grupo prioritário de brasileiros para receber a vacina contra a Covid-19 inclui, ao todo, 54 milhões de pessoas.

O primeiro grupo, segundo o plano, é formado pelos trabalhadores de saúde (quase 5,9 milhões de pessoas), seguidos pelas pessoas com 80 anos de idade ou mais (4,2 milhões), pessos com 75 a 79 anos (3,4 milhões), pessoas com 60 anos ou mais institucionalizadas (198 mil), e indígenas (410 mil).

Na época da divulgação do plano, no entanto, o governo não previa a inclusão de deficientes já nessa primeira fase de vacinação.

Depois, na segunda fase do PNI, seriam imunizados pessoas com 70 a 74 anos (5,1 milhões), pessoas com 65 a 69 anos (7 milhões), pessos com 60 a 64 anos (9 milhões).

Na terceira fase de imunização entram as pessoas com comorbidades como diabetes, hipertensão, doença pulmonar, entre outras. Esse grupo é composto por 12,6 milhões de brasileiros.

Por fim, na 4ª fase de vacinação o PNI prevê a imunização de professores (2,3 milhões de pessoas), de membros das forças de segurança e salvamento (850 mil) e de funcionários do sistema prisional (144 mil).

Mas São Paulo já começou a vacinar?

Sim, mas apenas alguns profissionais da saúde. No domingo (17), a primeira enfermeira foi vacinada em São Paulo minutos depois de a Anvisa autorizar o uso emergencial. Além dela, outros 111 profissionais da saúde foram imunizados no estado.

A vacinação, mais ampla para esse público-alvo, no entanto, só deve começar nesta segunda-feira (18), em seis hospitais de referência do estado: os hospitais das Clínicas da USP da capital e de Ribeirão Preto, o de Campinas (Unicamp), o de Botucatu (Unesp), o de Marília (Famema) e o Hospital de Base de São José do Rio Preto (Funfarme).

A orientação do governo paulista é que os municípios priorizem os profissionais da saúde, especialmente aqueles que estão na linha de frente do combate à pandemia – que somam, ao todo, cerca de 60 mil pessoas.

Ao todo, cerca de 1,35 milhões de doses da Coronavac ficaram em São Paulo. A campanha de imunização contra a Covid-19 em São Paulo irá progredir de acordo com a disponibilidade das remessas do órgão federal. À medida que o Ministério da Saúde viabilizar mais doses, as novas etapas do cronograma e públicos-alvo da campanha de vacinação contra a Covid-19 serão divulgadas pelo Governo de São Paulo.

Preciso me registrar para receber a vacina?

Não. As vacinas serão oferecidas para as pessoas que fizerem parte do público-alvo que comparecerem a um dos postos de vacinação espalhados pelo país.

No estado de São Paulo, porém, é possível fazer um pré-cadastro pelo site vacinaja.sp.gov.br para evitar a aglomeração de pessoas nas unidades de saúde.

Mas mesmo quem não fizer o pré-cadastro poderá ser vacinado, segundo informações do governo paulista.

A vacina será totalmente gratuita?

Sim. A vacinação nacional é organizada pelos Ministério da Saúde por meio do Sistema Único de Saúde e, portanto, não terá custo para a população.

É possível que, no futuro, clínicas particulares ofereçam vacinas pagas contra a Covid-19, mas ainda não é possível estimar quando isso acontecerá já que nenhum outro imunizante além da Coronavac e da vacina de Oxford – incorporados ao programa do SUS – já pediu autorização de uso para a Anvisa.

Comentários

Continue lendo
Publicidade

Brasil

Correios: Reestruturação, empréstimo Bilionário e Futuro Societário

Publicado

em

Este artigo aborda correios: reestruturação, empréstimo bilionário e futuro societário de forma detalhada e completa, explorando os principais aspectos relacionados ao tema.

A Profunda Crise Financeira por Trás da Reestruturação dos Correios

Informações relevantes sobre A Profunda Crise Financeira por Trás da Reestruturação dos Correios.

Estratégias Internas: O Plano de Corte de Gastos e Demissões Voluntárias

Informações relevantes sobre Estratégias Internas: O Plano de Corte de Gastos e Demissões Voluntárias.

O Empréstimo de R$ 12 Bilhões: Um Respiro Financeiro Imediato?

Informações relevantes sobre O Empréstimo de R$ 12 Bilhões: Um Respiro Financeiro Imediato?.

Parcerias e Futuro Societário: A Discussão sobre a Abertura de Capital

Informações relevantes sobre Parcerias e Futuro Societário: A Discussão sobre a Abertura de Capital.

A Adaptação dos Correios ao Cenário Concorrencial da Logística

Informações relevantes sobre A Adaptação dos Correios ao Cenário Concorrencial da Logística.

Comentários

Continue lendo

Brasil

Correios: plano de reestruturação, empréstimo e abertura de capital

Publicado

em

Este artigo aborda correios: plano de reestruturação, empréstimo e abertura de capital de forma detalhada e completa, explorando os principais aspectos relacionados ao tema.

O Plano de Reestruturação dos Correios: Medidas e Objetivos

Diante dos persistentes déficits financeiros registrados a partir de 2022, os Correios anunciaram um abrangente plano de reestruturação. O objetivo primordial é sanear as contas da estatal e adequá-la ao dinâmico e competitivo mercado de logística. A medida mais significativa delineada neste plano prevê uma profunda alteração no regime societário da empresa, abrindo caminho para a possível abertura de capital.

Essa transformação societária visa converter os Correios, atualmente uma empresa 100% pública, em uma companhia de economia mista. Isso significa permitir a entrada de acionistas privados, similar ao modelo de grandes estatais como Petrobras e Banco do Brasil. O presidente dos Correios, Emmanoel Rondon, esclareceu que a iniciativa não se configura como privatização, mas sim uma busca por parcerias estratégicas, incluindo a possibilidade de modelos societários mistos. Ele enfatizou que a mudança é crucial para dotar a empresa da flexibilidade e tecnologia necessárias para prosperar no ambiente concorrencial moderno, aguardando propostas de consultoria contratada para definir o tipo de parceria.

Além da potencial redefinição societária, o plano de reestruturação dos Correios detalha uma série de ações operacionais e de gestão para garantir a sustentabilidade financeira. Estão previstos o fechamento de cerca de mil agências próprias em todo o país, a venda de imóveis considerados não essenciais e a implementação de dois Planos de Demissão Voluntária (PDVs). A meta é ambiciosa: reduzir o quadro de funcionários em 15 mil colaboradores até 2027 e cortar despesas da ordem de R$ 5 bilhões até 2028, visando uma recuperação financeira robusta e sustentável.

Abertura de Capital: O Caminho para uma Empresa de Economia Mista

A proposta de abertura de capital dos Correios surge como um pilar fundamental do plano de reestruturação da companhia, visando transformar seu regime societário e enfrentar os déficits recorrentes desde 2022. Atualmente uma empresa 100% pública, a estatal busca no mercado de capitais uma alternativa estratégica para se adequar ao ambiente altamente competitivo do setor de logística, que exige crescente flexibilidade e investimentos em tecnologia. Este movimento representaria uma mudança substancial na estrutura de propriedade e gestão da empresa, buscando modernização e eficiência sem onerar exclusivamente o erário público.

Ao abrir seu capital, os Correios deixariam de ser uma entidade puramente estatal para se tornar uma empresa de economia mista, modelo já adotado por gigantes nacionais como Petrobras e Banco do Brasil. Isso significa que parte de suas ações seria ofertada a investidores privados na bolsa de valores, que passariam a deter participação na companhia. Tal mecanismo permite a entrada de capital fresco, essencial para financiar as modernizações necessárias, a expansão de serviços e aprimorar a infraestrutura, conferindo à empresa maior capacidade de investimento e adaptabilidade às dinâmicas do mercado.

O presidente dos Correios, Emmanoel Rondon, esclareceu que a iniciativa não se alinha a uma agenda de privatização, mas sim a um 'olhar sobre parcerias, inclusive societárias'. A transição para uma estrutura de economia mista é vista como um caminho para otimizar a gestão, atrair investimentos e fortalecer a capacidade de inovação, conforme as exigências do mercado logístico global. A decisão final sobre o formato e a extensão dessa abertura de capital, incluindo a porcentagem a ser ofertada, ainda aguarda as propostas detalhadas de uma consultoria contratada, que irá subsidiar a companhia a trilhar este novo modelo de governança corporativa.

O Empréstimo Bilionário e a Busca por Estabilidade Financeira

Os Correios anunciaram a captação de um empréstimo bilionário de R$ 12 bilhões, uma medida crucial para reequilibrar suas contas e enfrentar os déficits acumulados desde 2022. Desse montante, R$ 10 bilhões serão desembolsados ainda em 2025, com os R$ 2 bilhões restantes previstos para janeiro de 2026. A operação foi estruturada com um período de carência de três anos, proporcionando um fôlego financeiro estratégico à estatal em meio ao seu ambicioso plano de reestruturação.

O contrato do empréstimo foi formalizado na última sexta-feira (26) com a participação de cinco grandes instituições financeiras. O Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o Bradesco contribuíram com R$ 3 bilhões cada, demonstrando um engajamento significativo do setor bancário na recuperação dos Correios. Complementando o montante, o Itaú e o Santander aportaram R$ 1,5 bilhão cada, consolidando um consórcio bancário robusto para apoiar a empresa em sua trajetória de estabilização.

O presidente da companhia justificou o empréstimo como essencial para garantir a adimplência nos contratos com fornecedores, assegurar os benefícios dos empregados e honrar os tributos. Segundo ele, com as “contas em dia” e a “qualidade da operação recuperada”, a estatal espera restabelecer a confiança no mercado. Este passo é visto como fundamental para permitir que os Correios operem de forma mais eficiente e competitiva, adequando-se ao ambiente concorrencial do setor de logística.

Apesar da significativa injeção de capital, a busca por estabilidade financeira não se encerra com este empréstimo. O presidente da estatal revelou que a companhia ainda necessita de mais R$ 8 bilhões em receitas para equilibrar completamente suas finanças. A forma de captação desses recursos adicionais, seja por meio de novos empréstimos ou por aportes diretos do Tesouro Nacional, ainda está sob avaliação e será definida ao longo de 2026, indicando um planejamento financeiro contínuo e estratégico para a sustentabilidade da empresa.

A Crise dos Correios: Causas Estruturais e Desafios do Setor Postal

Os Correios, empresa estatal de fundamental importância para a infraestrutura logística e social do Brasil, enfrentam uma crise estrutural de profundas raízes, evidenciada por déficits financeiros consecutivos, especialmente desde 2022. Esta situação crítica não decorre apenas de problemas conjunturais, mas reflete desafios inerentes à sua operação e à dinâmica em constante transformação do setor postal e de logística no século XXI. A companhia se vê pressionada por um cenário que exige modernização e agilidade sem precedentes para manter sua relevância e sustentabilidade.

Entre as principais causas estruturais, destaca-se a acirrada concorrência no setor de entregas, impulsionada exponencialmente pelo crescimento do e-commerce. Empresas privadas, muitas delas nativas digitais e altamente flexíveis, investiram massivamente em tecnologia de ponta, otimização de rotas e eficiência logística, capturando fatias significativas do mercado. Os Correios, com sua vasta capilaridade nacional, mas também com custos operacionais elevados e, por vezes, engessados por processos burocráticos e regulatórios, têm dificuldade em competir em pé de igualdade em termos de velocidade, personalização e inovação frente a esses players.

Além disso, a transição digital global impactou drasticamente a demanda por serviços postais tradicionais, como o envio de cartas, que historicamente representava uma parcela substancial da receita. Ao mesmo tempo, a necessidade de investimentos contínuos em tecnologia de rastreamento, automação de centros de distribuição e otimização de rotas para o segmento de encomendas e logística é premente. A manutenção de uma extensa rede de agências e uma grande força de trabalho, sem a correspondente otimização de processos ou receita suficiente para cobrir os custos, agrava o quadro financeiro, demandando urgentes planos de reestruturação para garantir a perenidade da empresa e sua capacidade de modernização.

Impactos e Perspectivas para o Futuro dos Correios no Brasil

Informações relevantes sobre Impactos e Perspectivas para o Futuro dos Correios no Brasil.

Comentários

Continue lendo

Brasil

Caso Master: sigilo alimenta especulação sobre envolvidos, diz especialista

Publicado

em

Em entrevista ao CNN Prime Time, Cristiano Noronha detalha que o tema já está sendo politizado no âmbito local em Brasília

• Imagem gerada por IA

O caso do Banco Master, que teve sua liquidação extrajudicial decretada pelo BC (Banco Central), entrou no debate político brasileiro e está sendo explorado por diferentes campos ideológicos.

Em entrevista ao Agora CNN, o cientista político Cristiano Noronha, vice-presidente da Arko Advice, avalia que o sigilo imposto ao caso pelo ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), e a acareação por ele imposta alimentam especulações sobre quem poderia estar envolvido.

“Essa questão da determinação do sigilo, essa decisão de investigar, fazer essa acareação que foi decidida à revelia do que defendia a Polícia Federal, tudo isso acaba alimentando muito essas especulações de quem efetivamente estaria envolvido”, explica.

O especialista também comenta sobre a politização do tema: “O assunto já está sendo politizado no âmbito local em Brasília, porque a gente viu também personalidades políticas defendendo a compra do Banco Master pelo BRB, que é um banco público”, detalha.

Noronha destaca que a revelação do contrato que o escritório de advocacia de Viviane Barci de Moraes, esposa de Alexandre de Moraes, mantinha com o Banco Master serve como munição para a oposição e relembra os diversos pedidos de impeachment do ministro.

Distância estratégica do governo

Questionado sobre a postura do governo de evitar o confronto direto e manter o discurso de autonomia do Banco Central, o vice-presidente da Arko Advice avalia que essa é uma estratégia acertada.

“Faz todo sentido o governo fazer isso, primeiro porque se distancia do problema, insiste em uma decisão absolutamente técnica que o Banco Central tomou e eventualmente não politiza ainda mais esse assunto.”

Com esse distanciamento, Noronha explica que o governo evita ser acusado pela oposição de tentar blindar atores importantes caso venha à tona o envolvimento de figuras relevantes do cenário político e jurídico.

Fonte: CNN

Comentários

Continue lendo