fbpx
Conecte-se conosco

Brasil

Rio Madeira registra 4,5 metros em Porto Velho e entra em cota de alerta

Publicado

em

A tendência para os próximos dias é de que o nível do rio Madeira diminua ainda mais, caso seja mantida a previsão dos institutos meteorológicos e da Agência Nacional de Águas (ANA).

A previsão do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) é de que a seca deve ultrapassar os recordes do ano passado. Foto de 2023: Com assessoria

A Prefeitura de Porto Velho, por meio da Defesa Civil Municipal, segue realizando diariamente o monitoramento no rio Madeira, que entrou em cota de alerta chegando a medir 4,5 metros na segunda-feira (17). Os moradores das comunidades ribeirinhas devem ficar atentos quanto aos riscos de animais predadores e desbarrancamentos em locais de riscos.

Na última semana, o prefeito Hildon Chaves encaminhou ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, um documento solicitando providências para prevenção e enfrentamento à possível crise hídrica em Porto Velho. Com base no que for informado, estratégias serão adotadas pelo município, visando enfrentar a estiagem e uma possível escassez de água, se for necessário.

O Município se adianta com a necessidade de planejamento antecipado, com a autorização para o transporte de combustível e outros produtos, seja por meio fluvial ou por rodovias, para que sejam organizadamente estocados, buscando-se mitigar problemas com a seca emergencial e iminente, em decorrência de extrema estiagem que poderá afetar sobremaneira o rio Madeira, prejudicando a navegação, geração de energia, acesso à água, alimentos e medicamentos.

O coordenador da Defesa Civil, Elias Ribeiro, inclusive, já tinha alertado que em virtude da redução das chuvas na cabeceira do rio, a tendência seria de recuo das águas, também devido ao início do período de estiagem conhecido como verão amazônico. A tendência para os próximos dias é de que o nível do rio Madeira diminua ainda mais, caso seja mantida a previsão dos institutos meteorológicos e da Agência Nacional de Águas (ANA).

“Segundo as previsões meteorológicas, a crise hídrica pode desencadear uma série de prejuízos econômicos e sociais, com a possibilidade em uma crise no abastecimento de combustíveis e mantimentos, que chegam até a capital via fluvial, pelo rio Madeira”, disse Elias.

Censipam

O Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) realizará evento, com a presença de vários representantes de diversos órgãos estatais, para tratarem de temas relacionados à pré seca 2024, com análise e prognósticos hidro meteorológicos. É necessário que seja com urgência efetivado pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico ato de revisão para reconsideração do entendimento de inexistência de crise hídrica. O Censipam prevê que o verão amazônico de 2024 deve registrar recordes de seca e calor em Rondônia.

As reuniões da Sala de Crise da Região Norte têm caráter preventivo, para que a Defesa Civil de cada município afetado possa programar melhor a sua atuação. Em casos de emergência, a população pode acionar o órgão pelos telefones 199 (Nacional), (69) 98473-2112 (contato local) ou ainda chamar uma equipe do Corpo de Bombeiros pelo 193.

Em 2023, o rio Madeira chegou a 1,20 metro, o índice mais baixo das últimas seis décadas. Foto: Marizilda Cruppe

“A gente fica sem entender o que acontece com a natureza, sabe? Tem que botar nas mãos de Deus. Dá uma tristeza ver as coisas se acabando… o rio Madeira tinha praias lindas, com gaivotas colocando ovo na areia, peixe na beira. Hoje não tem nada nada nada. Tá tudo virando tipo um deserto, com água muito quente, clima muito quente”. É dessa maneira que o prático José Maria Nogueira, 51, define o que aconteceu recentemente com o rio Madeira.

O Madeira é um dos principais rios do Brasil e o mais longo e importante afluente do rio Amazonas. Sua bacia hidrográfica é enorme, com 125 milhões de hectares, segundo a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). O Madeira banha três países: Brasil, Bolívia e Peru e, além da importância socioambiental, possui imensa relevância econômica, pois possibilita a pesca, o transporte hidroviário e o plantio de diversos produtos em suas margens. Ele possui mais de 1,3 mil quilômetros navegáveis, fazendo dele um grande canal de integração e comércio do Norte do Brasil.

Comentários

Continue lendo

Brasil

The Economist rebaixa o Brasil para 57º lugar no ranking mundial de democracia

Publicado

em

Além disso, 62% dos brasileiros dizem que não expressam suas opiniões sobre os problemas que o País enfrenta, ficando atrás apenas de El Salvador e bem acima da média regional de 44%

O ranking de democracia da The Economist é liderado pela Noruega, seguido pela Nova Zelândia e Suécia. Coreia do Norte, de uma lista de 167 países. Foto: assessoria 

O Brasil caiu seis posições no ranking global de democracia (Democracy Index) de 2024, elaborado pela empresa de inteligência da The Economist, ficando agora no 57º lugar.

No capítulo dedicado ao Brasil, intitulado ‘democracia brasileira em risco’, o estudo afirma que a polarização política aumentou na última década e gerenciar o impacto das plataformas de mídia social na democracia brasileira tem sido problemático, o que levou a Suprema Corte a “passar do limite”.

O documento diz que a questão chegou ao auge em agosto de 2024, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) ordenou o bloqueio à empresa de mídia social X porque representava uma “ameaça direta à integridade do processo democrático” antes das eleições locais nacionais de outubro de 2024.

“Restringir o acesso a uma grande plataforma de mídia social dessa forma por várias semanas não tem paralelo entre países democráticos. A censura de um grupo de usuários ultrapassou os limites do que pode ser considerado restrições razoáveis à liberdade de expressão, especialmente no meio de uma campanha eleitoral”, argumenta o texto. E acrescenta: “Tornar certos discursos ilegais, com base em definições vagas, é um exemplo de politização do judiciário”.

Na sequência, a The Economist cita um levantamento do Latinobarómetro de 2023 sobre liberdade de expressão que apontou que 64% dos brasileiros afirmaram que ela “é mal garantida ou não é garantida”, porcentual que estaria acima da média regional de 45%.

Além disso, 62% dos brasileiros dizem que não expressam suas opiniões sobre os problemas que o País enfrenta, ficando atrás apenas de El Salvador e bem acima da média regional de 44%.

O ranking de democracia da The Economist é liderado pela Noruega, seguido pela Nova Zelândia e Suécia. Coreia do Norte, Mianmar e Afeganistão ocupam as três últimas posições, de uma lista de 167 países.

Comentários

Continue lendo

Brasil

Projeto aumenta para até 40 anos de prisão pena por homicídio qualificado

Publicado

em

Os parlamentares apontam que uma parcela significativa desses crimes foi marcada por crueldade, motivo torpe ou outra agravante

Revólver: projeto aumenta pena para homicídio qualificado. Foto: Arquivo/ABr

O Projeto de Lei 162/25 altera o Código Penal para agravar a pena do crime de homicídio qualificado, que passaria a ser reclusão de 20 a 40 anos. A pena atual é reclusão de 12 a 30 anos. Em análise na Câmara dos Deputados, a proposta é dos deputados do Novo Adriana Ventura (SP), Ricardo Salles (SP) e Gilson Marques (SC).

O homicídio qualificado é aquele cometido:

  • mediante pagamento ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
  • por motivo fútil;
  • com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio cruel;
  • à traição, de emboscada ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido; e
  • para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou a vantagem de outro crime.

Ao sugerir o aumento da pena para o crime cometido com essas características, os deputados esperam reduzir o alto índice de violência letal no Brasil. De acordo com o Atlas da Violência 2024, o país contabilizou mais de 46 mil homicídios em 2022. Os parlamentares apontam que uma parcela significativa desses crimes foi marcada por crueldade, motivo torpe ou outra agravante.

Eles acreditam que a punição mais severa promoverá maior justiça para as vítimas e suas famílias e reforçará a mensagem de que atos de extrema violência não serão tolerados pela sociedade brasileira.

O projeto será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ser votado pelo Plenário da Câmara.

Comentários

Continue lendo

Brasil

Um a cada 3 brasileiros têm obesidade, mostra Atlas Mundial

Publicado

em

Segundo o Atlas, 60,9 mil mortes prematuras no Brasil podem ser atribuídas as doenças crônicas não transmissíveis devido ao sobrepeso e obesidade, como diabetes tipo 2 e Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Estudo do Atlas Mundial da Obesidade mostra que maioria no Brasil tem excesso de peso. Foto: Ginecomastia.org/ Divulgação

Aproximadamente um a cada três brasileiros, 31%, vive com obesidade e essa porcentagem tende a crescer nos próximos cinco anos. No país cerca da metade da população adulta, entre 40% e 50%, não pratica atividade física na frequência e intensidade recomendadas.

Os dados são do Atlas Mundial da Obesidade 2025 (World Obesity Atlas 2024), da Federação Mundial da Obesidade (World Obesity Federation – WOF), lançado nessa segunda-feira (3).

O relatório mostra que, no Brasil, 68% da população têm excesso de peso e, dessas, 31% têm obesidade e 37% tem sobrepeso. O Atlas traz ainda uma projeção de que o número de homens com obesidade até 2030 pode aumentar em 33,4%. Entre as mulheres, essa porcentagem pode crescer 46,2%.

O sobrepeso e a obesidade podem trazer riscos. Segundo o Atlas, 60,9 mil mortes prematuras no Brasil podem ser atribuídas as doenças crônicas não transmissíveis devido ao sobrepeso e obesidade, como diabetes tipo 2 e Acidente Vascular Cerebral (AVC) – a informação é baseada em dados de 2021.

Diante desse cenário, o endocrinologista Marcio Mancini, diretor do Departamento de Tratamento Farmacológico da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso) e membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), diz que o Brasil precisa tratar o sobrepeso e a obesidade com uma questão de saúde pública.

“É um problema de saúde pública, não dá mais para responsabilizar um indivíduo. Não dá para falar para aquela pessoa que sai às 5h da manhã de casa e chega em casa às 21h, que passa várias horas em transporte público, para comer mais frutas e legumes e ir para academia fazer exercício”, defende. “O problema de saúde pública tem que ser enfrentado com medidas de saúde pública”, enfatiza.

Ele cita exemplos de medidas como aumentar as taxas de bebidas açucaradas como formas de conscientizar a população e colocar avisos nos rótulos dos alimentos de que aquele produto possui altas taxas de açúcares adicionados, gorduras saturadas e sódio. Mas reforça que ainda são necessárias outras ações, como reduzir os preços de alimentos saudáveis e campanhas permanentes nas escolas.

“Tem um dia por ano que se fala de alimentação saudável na escola. Isso não adianta absolutamente nada. Ninguém vai mudar a sua alimentação por escutar uma vez do ano alguma coisa sobre a alimentação saudável. Tem muito a ser feito”, diz o médico.

Ele acrescenta que até mesmo medidas de segurança pública e urbanismo podem incentivar e permitir que a população tenha uma melhor qualidade de vida.

“Até mesmo violência urbana, iluminação urbana [têm impacto] porque as pessoas têm medo de andar na rua. As pessoas poderiam usar menos o carro e usar transporte público, se o transporte público fosse de qualidade”, diz. “Ter parques em todas as regiões da cidade, não só em regiões privilegiadas, ter calçadas adequadas para as pessoas caminharem. Vai muito além de só falar para a pessoa, olha, coma direito e vá se movimentar”.

Situação no mundo

De acordo com o Atlas, atualmente, mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo vivem com obesidade. Projeções indicam que esse número pode ultrapassar 1,5 bilhão até 2030, caso medidas efetivas não sejam implementadas.

O relatório mostra que dois terços dos países estão despreparados para lidar com o aumento dos níveis de obesidade, com apenas 7% tendo sistemas de saúde adequadamente preparados.

A obesidade está ligada a 1,6 milhão de mortes prematuras anuais por doenças não transmissíveis, superando as fatalidades em acidentes de trânsito. A Federação Mundial da Obesidade calcula um possível aumento de 115% na obesidade entre 2010 e 2030, e pede que a questão seja tratada por “toda a sociedade”, com políticas como rotulagem de alimentos, tributação e promoção da atividade física.

O relatório mostra que os índices brasileiros são melhores que os dos Estados Unidos, por exemplo, com 75% da população com excesso de peso e, dentro desse grupo, 44% das pessoas com obesidade. Mas, na outra ponta, são piores que países como a China, com 41% da população com excesso de peso e, desses, 9% com obesidade.

“Apesar de a alimentação do brasileiro estar piorando ano a ano, cada vez se come menos arroz e feijão e se come mais esses alimentos processados, o Brasil não come tanto ultraprocessado como os Estados Unidos, por exemplo. É o momento de tentar reverter esse cenário”, defende Mancini.

Mudar o Mundo Pela Saúde

Diante desses dados, a campanha Mudar o Mundo Pela Saúde busca mobilizar governos, organizações de saúde e toda a sociedade para promover mudanças. Esta terça-feira (4) é o Dia Mundial da Obesidade, que buscar conscientizar população e governos sobre a obesidade.

Como parte da campanha no Brasil, a Abeso, em parceria com a Sociedade SBEM, lança o e-book gratuito Mudar o Mundo Pela Nossa Saúde, que tem como objetivo analisar e propor mudanças em políticas públicas, iniciativas privadas e diversos setores para criar sistemas mais eficazes na prevenção e tratamento da obesidade.

Comentários

Continue lendo