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PSD Mulher-DF e GPS|Foundation unem-se pelo enfrentamento da violência de gênero
A base feminina do Partido Social Democrático do Distrito Federal (PSD-DF) realizou, neste sábado (29), no Taguatinga Shopping, a segunda edição do “Diálogos PSD Mulher” . Comandando pela presidente do PSD Mulher no DF, Deborah Carvalhido , o encontro abordou diversos temas essenciais para o público feminino.
A mesa de debates contou com a presença da secretária da Mulher do DF, Giselle Ferreira ; da presidente do Conselho da Mulher Empreendedora e da Cultura do DF e presidente da Câmara de Mulheres Empreendedoras, Empresárias e Gestoras de Negócios da Fecomércio, Beatriz Guimarães ; da delegada da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual ou Contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin), Ângela Maria dos Santos ; e da psicanalista, empresária e conselheira da GPS|Foundation, Silvia Badra .
Segundo Deborah Carvalhido , a segunda edição do “Diálogos PSD Mulher”, projeto de capacitação política que visa ampliar o conhecimento e o repertório das filiadas do partido em temas que impactam a vida das meninas e mulheres no Distrito Federal, tem como objetivo proporcionar um olhar feminino na elaboração de políticas públicas. “É um projeto itinerante, então quero agradecer todos os envolvidos e envolvidas que trouxeram este programa ao Taguatinga Shopping. O presidente Paulo Octávio é ousado e inovador e a gente celebra essa oportunidade” , afirmou.
“Vamos seguir debatendo o enfrentamento da violência doméstica e a violência feminina. É um tema um pouco desconfortável, a gente sabe. Mas a insistência é porque todos os índices têm demonstrado o aumento da violência. A gente precisa ter um papel fundamental nessa luta, com conhecimento e fortalecimento, para oferecer nossas ideias e contribuir na elaboração de soluções, considerando sempre o olhar preventivo e inclusivo”, comentou.
Para a delegada Ângela Maria dos Santos , a violência doméstica é fruto de uma “sociedade construída por homens que pensam para homens” . Ela ressaltou ainda que a Lei Maria da Penha lista cinco formas de violência. “A psicológica é pouco falada, mas corrói as mulheres, mina devagar. Por isso, ela é tão grave, porque abre a porta para outras. A moral e a física vêm em seguida. A Decrin foi criada para ter esse olhar para as pessoas que estão sofrendo várias formas de violência, como de raça, idade, de deficiência” , destacou.
Especialista no tema, Silvia Badra enfatizou a importância da saúde mental e do diálogo contínuo para prevenir a perpetuação de violências decorrentes de estruturas patriarcais. “Este é um espaço precioso de troca de experiências e é primoroso historicamente estar aqui nesse momento” , afirmou. A psicanalista fez questão de derrubar mitos que cercam a violência psicológica.
“Sofrimento psíquico não quer dizer que você é louca. A gente sabe que, para a violência física há reparo, mas para a violência psicológica não há remédio. Por isso, é preciso se perguntar: se eu fizesse o mesmo, qual seria a resposta desse homem?” , destacou, lembrando que, por uma questão histórica, o racismo e o preconceito são mais intensos com a mulher. “A mulher se cala porque foi ‘moderada’ no medo. Seu resgate não é em uma perspectiva revanchista, não é para tomar o poder. É para dividir o poder, para fazer com que a troca exista?” , completou
Para a secretária da Mulher do DF, Giselle Ferreira , existe a necessidade de se estabelecerem políticas públicas que garantam a abertura de espaços políticos para mulheres. Ela destacou ainda a importância da união entre os setores público, privado e o terceiro setor para fomentar um diálogo transparente.
“A pauta da mulher tem que ser a união entre todas as secretarias, pois não há como falar de violência contra a mulher se a gente não conversar com os homens, para termos uma nova sociedade. Campanhas voltadas para esse diálogo com os homens precisam reafirmar que homem que agride mulher é covarde” , afirmou .
Ela também mencionou o fato de o DF ser a primeira unidade da federação a ter um programa de apoio aos órfãos do feminicídio e que realizou a implementação do Observatório contra a Violência à Mulher no DF , iniciativas que visam proporcionar maior suporte e proteção às vítimas, após o aumento dos índices deste tipo de crime.
“Fazemos um enfrentamento da violência, mas também trabalhamos na prevenção” , afirmou, lembrando ainda que a Capital tem mulheres em altos cargos, inclusive na Polícia e nos Bombeiros. “A mulher, sabendo que terá apoio, denuncia. Procurem também as redes da Secretaria da Mulher, pois oferecemos muitas formas de capacitação” , concluiu.
Empresária de destaque no DF, Beatriz Guimarães apontou o empreendedorismo como um meio poderoso para combater a violência de gênero, além de promover inovação e gestão eficiente nos negócios, independente de classe social.
“O Sebrae tem um programa de empreendedorismo feminino. A mulher formalizada pode ter acesso a crédito, por isso é importante abrir MEI e conta bancária, para ter acesso a crédito . Com isso ela pode empreender, por exemplo, nas áreas de beleza e alimentação. Mas é sempre preciso criar um diferencial. Fazer um bolo de forma inovadora, criar receitas diferentes, entregar em formatos novos”, exemplificou.
Ela também desmistificou crenças limitantes, que dizem que a mulher não sabe mexer com dinheiro. “Isso não é verdade. Mas é importante levantar os custos da sua produção para não perder dinheiro. A mulher, quando empreende , traz mais qualidade de vida para todos ao seu redor, família e comunidade” , ensinou. Beatriz Guimarães indicou ainda o Projeto Prospera do GDF, voltado para mulheres que inclusive estão negativadas.
“Precisamos ocupar espaços de poder. O homem é solidário à nossa dor, mas ele não a sente ”, concluiu.
Ao fim do encontro, o presidente do PSD-DF , Paulo Octávio, elogiou a iniciativa da ala feminina de trazer o debate às cidades do DF. “Tivemos a participação de mulheres de Taguatinga de Ceilândia, por levar o encontro ao Taguatinga Shopping. Foi um sucesso, com palestras interessantes. A motivação e a emoção das mulheres em participar da vida pública brasileira é fundamental ” , disse, elogiando a inciativa de Deborah Carvalhido, presidente do PSD Mulher- DF.
“Ela está fazendo um trabalho extraordinário, conclamando as mulheres de todas as cidades para participarem do nosso movimento político de integração e participação. É essa a filosofia do PSD. Vamos continuar a fazer encontros em outras cidades, motivando a participação cada vez mais efetiva da mulher na vida política do Brasil ”, finalizou.
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Fonte: Nacional
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Suspeito preso por levar 11 fuzis para a Penha foi liberado da prisão pela Justiça 12 dias antes
Leandro Rodrigues da Silva, de 38 anos, tinha sido preso pela Polícia Rodoviária Federal no dia 15 de janeiro com 30 kg de drogas, mas foi solto na audiência de custódia no dia 18.
Leandro Rodrigues da Silva, de 38 anos, foi preso pela Polícia Federal, na madrugada desta quinta-feira (30), dirigindo um carro que levava 11 fuzis, de calibres 5,56 e 7,62, para o Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio.
A prisão de Leandro aconteceu 12 dias depois dele ser liberado em uma audiência de custódia, em Campos dos Goitacazes, no Norte Fluminense. Ele havia sido preso por tráfico de drogas.
Morador da Zona Oeste do Rio, com ensino médio completo e se apresentando como motorista de aplicativo, Leandro foi preso no dia 15 de janeiro por policiais rodoviários federais, quando dirigia um Ford Fiesta, no quilômetro 203, da BR-101, em Casimiro de Abreu, no Norte Fluminense.
No veículo, os policiais rodoviários encontraram:
- 31,5 kg de maconha distribuídos em 41 tabletes em um saco preto;
- 1.439 frascos de líquido de cheirinho de loló;
- Dois galões de líquido semelhante a cheirinho de loló;
- 2 pacotes com pinos transparentes vazios;
- R$ 1.874 em dinheiro.
Levado para a 121ª DP (Casimiro de Abreu), Leandro mudou a versão de que tinha pegado a droga em Casimiro de Abreu. Ele contou que o carro foi abastecido na Linha Vermelha e seguia para Macaé. Em nenhum momento, segundo o Ministério Público, alegou estar fazendo uma corrida de aplicativo ou falou em entregador ou destinatário.
Leandro ficou preso por dois dias e, às 10h09 do dia 18 de janeiro, foi levado para a audiência de custódia. Na ocasião, o juiz Iago Saúde Izoton decidiu pela soltura de Leandro contrariando o MP, que pediu a conversão da prisão em flagrante para preventiva.
Em suas alegações, o magistrado informou que “a prisão preventiva se revela excepcional”:
A partir daí, o magistrado determinou que Leandro se apresentasse diante do juiz todo dia 10 de cada mês. Após a decisão do juiz, a promotora Luíza Klöppel, do Ministério Público estadual recorreu.
O MP apontou a gravidade do caso envolvendo o transporte da droga e o risco de que Leandro voltasse a delinquir.
12 dias depois da liberdade, os fuzis
Na noite de quarta-feira (29), os policiais federais da Delegacia de Repressão à Entorpecentes (DRE) iniciaram uma vigilância na serra, na altura do município de Paulo de Frontin em busca de uma moto que transportava material ilícito.
Ao encontrarem a BMW, presenciaram o momento em que o ocupante repassou duas malas ao motorista de um Nissan preto. O veículo foi seguido pelos policiais até um posto de gasolina onde foi feita a abordagem.
O motorista do carro era Leandro Rodrigues da Silva. O da moto, Gutenberg Samuel de Oliveira. Ambos foram presos e os veículos apreendidos.
O carregamento tinha 8 fuzis, de calibre 5.56 e 3 fuzis calibre 7.62, além dos veículos utilizados no transporte das armas. Todas as armas com a marca de uma caveira semelhante ao personagem Justiceiro, da Marvel.
De acordo com as investigações preliminares, o arsenal teria como destino os complexos da Penha e do Alemão, onde está baseada a chefia da facção Comando Vermelho.
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Argentina corta taxas e Brasil volta a ter maior juro real do mundo
País comandado por Javier Milei caiu da primeira para a terceira posição, após seu Banco Central reduzir suas taxas de juros em 3 pontos percentuais. Topo agora está com Brasil e Rússia.
O Brasil passou a ter o maior juro real do mundo. Na noite de quinta-feira (30), o Banco Central da Argentina, antiga líder do ranking, promoveu um novo corte em sua taxa básica de juros e tirou o país da primeira posição.
A autoridade monetária reduziu suas taxas de 32% para 29% ao ano. Segundo a instituição, essa redução é consequência da “consolidação observada nas expectativas de menor inflação.”
A Argentina encerrou 2024 com uma inflação anual de 117,8%. Apesar de ainda estar bastante alta, houve uma forte desaceleração em relação aos 211,4% registrados em 2023.
Com a taxa de juro real é calculada, entre outros pontos, pela taxa de juros nominal do país descontada a inflação prevista para os próximos 12 meses, o juro real argentino caiu para 6,14%. O país passou, então, para a terceira colocação no ranking.
Quem assume a ponta é antigo vice-líder, o Brasil. Nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu aumentar mais uma vez a Selic em 1 ponto percentual, levando o juro nominal a 13,25% ao ano, e o juro real a 9,18%.
Na segunda posição vem a Rússia, com uma taxa de juros real de 8,91%.
Veja abaixo os principais resultados da lista de 40 países.
Ranking de juros reais
Taxas de juros atuais descontadas a inflação projetada para os próximos 12 meses
Alta da Selic
Na última quarta-feira (29), o Copom anunciou sua decisão de elevar a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, para a casa de 13,25% ao ano.
Na decisão anterior, em dezembro, a autoridade monetária já havia elevado a taxa básica em 1 ponto percentual, para a casa de 12,25% ao ano. A decisão marca a quarta alta seguida da Selic.
Juros nominais
Considerando os juros nominais (sem descontar a inflação), a taxa brasileira permaneceu na 4ª posição.
Veja abaixo:
- Turquia: 45,00%
- Argentina: 29,00%
- Rússia: 21,00%
- Brasil: 13,25%
- México: 10,00%
- Colômbia: 9,50%
- África do Sul: 7,75%
- Hungria: 6,50%
- Índia: 6,50%
- Filipinas: 5,75%
- Indonésia: 5,75%
- Polônia: 5,75%
- Chile: 5,00%
- Hong Kong: 4,75%
- Reino Unido: 4,75%
- Estados Unidos: 4,50%
- Israel: 4,50%
- Austrália: 4,35%
- Nova Zelândia: 4,25%
- República Checa: 4,00%
- Canadá: 3,25%
- Alemanha: 3,15%
- Áustria: 3,15%
- Espanha: 3,15%
- Grécia: 3,15%
- Holanda: 3,15%
- Portugal: 3,15%
- Bélgica: 3,15%
- França: 3,15%
- Itália: 3,15%
- China: 3,10%
- Coreia do Sul: 3,00%
- Malásia: 3,00%
- Cingapura: 2,98%
- Dinamarca: 2,60%
- Suécia: 2,50%
- Tailândia: 2,25%
- Taiwan: 2,00%
- Suíça: 0,50%
- Japão: 0,50%
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De volta à planície: ex-presidentes da Câmara contam como é deixar o poder e analisam desafios do novo comando
Deputados que já comandaram a Casa analisam desafios do próximo presidente. Próxima eleição da cúpula da Câmara está marcada para 1º de fevereiro.
No dia 1º de fevereiro, a Câmara dos Deputados elegerá um novo presidente para comandar o colegiado pelos próximos dois anos.
Com isso, Arthur Lira (PP-AL) retornará à planície, termo comumente utilizado no Congresso para se referir aos deputados sem acesso aos cargos da mesa diretora, instalada no centro do plenário. Quem se senta à mesa, tem visão completa dos deputados que estão no plenário, abaixo, por isso o termo “planície”.
A reportagem ouviu cinco ex-presidentes da Câmara que responderam às mesmas perguntas sobre o que a saída desse cargo representou em suas trajetórias. João Paulo Cunha, Henrique Eduardo Alves e Rodrigo Maia não deram entrevistas.
Estranhamento
A experiência da maioria mostra que o dia seguinte após deixar o cargo pode ser seguido de estranhamento pelo poder perdido.
“Claro que a mudança é brusca e que você tem que passar por um período de adaptação, porque você não pode criar ilusão que o poder é seu”, diz Aldo Rebelo, que ocupou o posto entre 2005 e 2007 pelo PCdoB.
Uma saída é recorrer às antigas amizades, conta Arlindo Chinaglia, presidente da Câmara pelo PT entre 2007 e 2009.
Entre os políticos, há desconforto em retornar para os trabalhos da Casa sem ocupar um cargo decisório.
“Eu reconheço que, toda vez que um presidente sai e precisa voltar para o plenário, fica uma situação talvez um pouco desconfortável”, afirma Michel Temer, presidente da Casa em três ocasiões.
Segundo ele, seu processo foi mais simples por ter deixado o comando da Câmara pela primeira vez, em 2001, para assumir a presidência do MDB, e na segunda vez, em 2010, ser vice-presidente da República, na chapa de Dilma Rousseff.
Uma saída, segundo Marco Maia, presidente da Câmara pelo PT entre 2011 e 2013, é não entrar no cargo com expectativa de prolongação de poder.
A dificuldade de reposicionamento depois da saída do comando da Casa também aflige Arthur Lira. Ele é cotado para assumir um cargo na Esplanada dos Ministérios do presidente Lula, mas há impasse sobre sua adesão completa ao governo.
Papel como ex-presidente
O grupo é uníssono sobre a relevância de um ex-presidente da Câmara. Para Aécio Neves, presidente da Casa de 2001 a 2002 pelo PSDB, a experiência é útil para os sucessores.
Para ele, não estar à frente das decisões demanda, muitas vezes, maturidade. “[É importante] encontrar o seu espaço e não ficar disputando permanente holofotes. É um exercício de maturidade que todos os homens públicos devem buscar em determinado momento da sua trajetória.”
Chinaglia afirma que a forma como o presidente atua impacta no tamanho da influência após a saída do cargo. “Depende de como você chegou, de como você se elegeu e de como você saiu. Se o cara for respeitado pelo que ele pensa, se cumpre com a palavra, ele se mantém influente”, afirma.
Desafios
Os ex-presidentes da Casa destacam o novo protagonismo da Câmara em relação ao Orçamento, com influência cada vez maior do Poder Legislativo em detrimento do Executivo.
Para alguns, há excessos na nova atuação. “Eu acho que há um certo, digamos, exagero na volúpia do Congresso sobre nacos do Orçamento”, afirma Aécio.
Marco Maia afirma que a discussão sobre o orçamento tem tamanho maior que as outras pautas da Casa, e que por isso os deputados buscam atuar mais como “executores do que legisladores”.
O desgaste pelas quedas de braço do Legislativo com o Executivo e com o Judiciário é apontado pelos ex-presidentes como um desafio importante para o próximo ciclo da Câmara.
“Restabelecer os limites das atribuições de cada um dos poderes é o maior desafio do próximo presidente da Câmara. Sobretudo, garantir uma relação harmoniosa entre os poderes, definindo limites”, diz Aécio.
Para Chinaglia, o desafio do momento é defender a democracia, impondo respeito à Casa, mas viabilizando a construção de acordos. Já Temer destaca a importância da regulamentação total da reforma tributária, iniciada no ano passado.
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