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Programador dá contragolpe pelo WhatsApp e descobre golpista em cadeia

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Após sofrer ameaças no aplicativo, vítima criou página para identificar localização de quem estava do outro lado da conversa.

Programador dá contragolpe pelo WhatsApp — Foto: Reprodução

São comuns golpes no WhatsApp que atraem vítimas com falsas ofertas de emprego, pedidos de empréstimo e cobranças indevidas. E, em geral, não é possível saber muito sobre quem está por trás deles.

Em um caso, o golpista ameaçou a vítima, dizendo que ela devia para uma facção criminosa e cobrando que a pessoa lhe mandasse dinheiro. “Vou encostar agora mesmo aí na sua casa e te cobrar de outra forma”, dizia uma das mensagens.

A vítima era um programador que decidiu criar um contragolpe: um site que mostra a localização de quem o acessa.

Pelo WhatsApp, ele enviou um link ao bandido, dizendo que era um comprovante de pagamento. O golpista clicou e, sem perceber, aceitou uma mensagem do navegador que pedia acesso à sua localização.

Essa informação foi enviada para o programador. Assim, foi possível descobrir que o autor das ameaças estava no endereço listado como uma penitenciária na cidade de Osório (RS), a mais de 1.000 km da vítima, que mora no estado do Rio de Janeiro.

Alerta do Google Chrome sobre acesso a localização do usuário — Foto: Reprodução

“As pessoas costumam falar que essas ligações vêm da cadeia, mas nunca é possível provar isso. Dessa vez, vimos que isso realmente acontece “, disse ao g1 Pedro Bessa, o programador que criou o contragolpe.

Ele criou a ferramenta no fim de 2024, mas, há duas semanas, fez uma postagem sobre o projeto. O conteúdo viralizou no LinkedIn, com quase 60 mil curtidas. Nos comentários, muitos disseram que também já foram alvos de tentativas de golpes.

“A repercussão mostrou que é uma dor muito comum das pessoas. Muita gente me procurou pedindo ajuda sobre isso, querendo dar um jeito”, disse Pedro, que decidiu não registrar um boletim de ocorrência sobre esse caso.

Disponível apenas para programadores

O programador conta que seria possível tentar obter ainda mais informações, tendo acesso ao microfone e à rede de internet que o golpista está usando. Para isso, seria preciso contar com mais distração do bandido e torcer para ele dar acesso a esses dados.

“Pensei em utilizar a câmera, mas achei que a mensagem do navegador ficaria muito evidente. Então, fui só com a localização, que é mais comum”, contou.

O código foi publicado no GitHub, plataforma usada por desenvolvedores, mas não está disponível para o público geral.

Para virar um aplicativo, por exemplo, seria necessário ter uma estrutura de servidores e se atentar para as regras de privacidade do Google Play Store e da App Store, por exemplo.

Isso porque a mesma ferramenta que identifica a localização de um golpista também pode ser usada para rastrear quem não fez nada errado, o que muito provavelmente a faria ser bloqueada pelas lojas de aplicativos.

No modelo atual, em que o código tem uso restrito e não serve para fins comerciais, a iniciativa não é ilegal, explica Rafael Zanatta, diretor da Data Privacy Brasil.

“Seria um problema se ele tentasse monetizar, comercializar isso”, afirmou. “Produziria um risco bem grande para direitos fundamentais se fosse usado por maridos abusadores, stalkers, pessoas que exploram a informação de localização”.

Nesse caso, o aplicativo poderia ser enquadrado na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) por realizar tratamento de dado pessoal sem base legal adequada. Isso porque, apesar de pedir consentimento, a página conta com a falta de conhecimento de quem a acessa.

“Do jeito que ele criou e está operacionalizando, não há nenhum ilícito. É como uma legítima defesa, em que ele faz o golpista ceder a informação de localização para poder interromper o golpe”.

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Rio Acre segue acima da cota de transbordo e atinge 15,32 metros em Rio Branco

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Mesmo sem chuvas nas últimas 24 horas, nível do rio continua elevado e é monitorado pela Defesa Civil

Foto: Sérgio Vale

O nível do Rio Acre permanece elevado em Rio Branco e continua acima da cota de transbordo. De acordo com boletim divulgado pela Defesa Civil Municipal, na medição realizada às 5h21 da manhã desta segunda-feira (29), o manancial atingiu 15,32 metros.

Ainda segundo a Defesa Civil, na última aferição feita à meia-noite, o rio marcou 15,24 metros, o que representa um aumento de 8 centímetros em relação às medições anteriores, confirmando a tendência de elevação.

Nas últimas 24 horas, não houve registro de chuva na capital acreana, com acumulado de 0,00 milímetro no período. A elevação do nível do rio é atribuída ao volume de água proveniente das cabeceiras e afluentes.

A cota de alerta do Rio Acre é de 13,50 metros, enquanto a cota de transbordo é de 14,00 metros, ambas já superadas. A Defesa Civil Municipal segue monitorando a situação e acompanhando a evolução do nível do rio, mantendo as equipes em prontidão para atendimento às áreas de risco.

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Acre recebe novo alerta de chuvas intensas com risco potencial

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Em dias de chuva é preciso redobrar as medidas de segurança ao conduzir veículos. Foto: Eduardo Gomes/Detran

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um aviso de chuvas intensas com grau de perigo potencial para o Acre. O alerta teve início às 9h23 desta segunda-feira (29) e segue válido até 23h59 de terça-feira (30).

De acordo com o Inmet, estão previstas chuvas entre 20 e 30 milímetros por hora, podendo chegar a até 50 milímetros por dia, acompanhadas de ventos intensos, com velocidade variando entre 40 e 60 km/h.

Apesar de classificado como de baixo risco, o aviso aponta possibilidade de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos em áreas urbanas e descargas elétricas durante o período de instabilidade.

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Mais de 360 pessoas estão em abrigos municipais após cheias em Rio Branco

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Prefeitura atualiza situação e informa que Rio Acre atingiu 15,32 metros, com tendência de subida

A Prefeitura de Rio Branco divulgou, na manhã desta segunda-feira (29), a atualização mais recente sobre a situação dos abrigos montados para atender famílias afetadas pelas cheias do Rio Acre e dos igarapés da capital. De acordo com o boletim das 6h, um total de 364 pessoas, pertencentes a 135 famílias, estão acolhidas em seis pontos diferentes da cidade.

Segundo o levantamento, a Escola Municipal Álvaro Vilela Rocha abriga 14 famílias, somando 51 pessoas. Na Escola Municipal Anice Jatene, são 16 famílias, com 56 pessoas acolhidas. A Escola Municipal Maria Lúcia atende 13 famílias, totalizando 38 pessoas. Já a Escola Estadual Georgete Kalume recebe oito famílias, com 31 pessoas, enquanto a Escola Estadual Marilda Gouveia abriga nove famílias, reunindo 58 pessoas.

O maior número de desabrigados está concentrado no Centro de Cultura Mestre Caboquinho, onde 75 famílias estão acolhidas, totalizando 130 pessoas.

Em publicação nas redes sociais, o prefeito Tião Bocalom (PL) informou que esta é a última atualização das 6h da manhã e destacou que, na medição mais recente, o nível do Rio Acre atingiu 15,32 metros, apresentando tendência de elevação de aproximadamente um centímetro por hora.

O gestor ressaltou ainda que a atuação da Defesa Civil Municipal tem sido contínua no enfrentamento da situação e reafirmou o compromisso da gestão com o cuidado às famílias atingidas pelas alagações.

“Já enfrentamos outras alagações antes e nosso cuidado com a população sempre foi grande e presente, a ponto até de render um prêmio nacional à nossa Defesa Civil Municipal. Seguiremos trabalhando com fé e coragem para ajudar a nossa gente. Vamos juntos!”, afirmou o prefeito.

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