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Professores provisórios voltam ao trabalho com ódio do Tião Viana e do PT, diz Rosana

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Em entrevista exclusiva, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação comenta filiação ao partido e o fato de ser desafeta do governo estadual

Rosana Nascimento (E) sobre Tião Viana: “Pelo poder, ele perdeu o princípio da ética e da moralidade”

Rosana Nascimento (E) sobre Tião Viana: “Pelo poder, ele perdeu o princípio da ética e da moralidade”

A duração da greve histórica dos professores da rede estadual de educação durante o governo Orleir Cameli (1995-1999)  será suplantada à meia noite da próxima quinta-feira (13) quando a greve atual completará dois meses e um dia sem acordo e sem previsão de retorno às aulas, com prejuízo irrecuperável dos 200 dias letivos obrigatórios por lei.

Ataques de parte a parte marcam a paralisação por melhorias salariais que interessam diretamente a18 mil trabalhadores nos 22 municípios. Mas a greve começou a esvaziar após o “golpe de mestre” comemorado pelo governo do PT com o corte do ponto de todos os grevistas, desde a última semana, e a demissão dos professores provisórios e em estágio probatório.

O deputado Daniel Zen (PT), líder do governo na Assembleia e ex-secretário de Educação, foi o mais visado por cerca de 200 grevistas que ocuparam as galerias nesta terça. Os trabalhadores abafaram a fala do deputado, que se viu obrigado a fazer um pronunciamento para uma plateia de costas para o plenário. “Não se pode deflagrar uma greve no meio da negociação”, disse o parlamentar sob vaias sonoras.

Professores protestam contra deputados; veja o vídeo:

Noutro momento tenso, vigiados pela Polícia Legislativa, os grevistas bradavam “Fora, fora, fora”, lembrando que “deputado omisso não terá vez nas eleições de 2018.

Há professores voltando ao trabalho chorando, mas com muito ódio do Tião e do PT, por medo de perder seus contratos, avalia a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinteac), Rosana Nascimento.

Filiada ao PT e desafeta do governo petista, a sindicalista admite que o momento é ”muito crítico”, refaz as críticas ao modo “autoritário” com que o o governador Tião Viana conduz a questão, e arrisca dizer que “se fosse o Jorge Viana seria diferente”.

Veja os principais trechos da entrevista.

Qual o clima nas escolas?

Os trabalhadores provisórios e com estágio probatório já voltam ao trabalho por que estão aterrorizados. Chegam nas escolas chorando porque precisam e dependem de seus contratos. Mas eles estão voltando com ódio do PT, com ódio do Tião e com ódio do governo. Eles voltam por causa da tortura. Mas os efetivos vão continuar em greve. O momento é crítico, muito crítico.

Pode explicar essa curiosa filiação sua ao PT e o fato de ser desafeta do governo?

Essa atitude do Tião Viana é autoritária e contraria o estatuto do PT. Isso não é coisa de quem respeita a democracia e as diversidades. O governador atropela as regras do partido dele e não tem mais comprometimento nem mesmo com a Frente Popular. Pelo poder, ele perdeu o princípio da ética e da moralidade. Eu sou filiada ao PT, conheço as doutrinas do partido, e falo com conhecimento de causa. O governador do Acre traiu o povo que o elegeu. O Jorge Viana é outro político, diferente do irmão nesse aspecto.

O Jorge Viana já teria remediado esta crise?

Com certeza. Nós não teríamos chegado nem a 4 semanas de greve. Ele já tinha resolvido. o Tião acha que não tem mais responsabilidade com a educação. Ele não pode mais ser governador. É como se tivesse abandonado tudo.

O que você imagina que vai acontecer nos próximos dias?

O Ministério Público age com parcialidade. Está segurando ao máximo o processo no caso do mandado de segurança que nós movemos para evitar o corte de ponto dos trabalhadores, e contra a demissão dos provisórios. Com isso, o Tribunal de Justiça não deverá julgar o mérito da questão por esta semana. Nós fomos avisados que até amanhã (quarta-feira) o governo estaria comemorando o que chamam de “golpe de mestre”. Ou seja, a decisão de demitir os professores provisórios e em estágio probatório, surtiu o efeito psicológico esperado pelo governador. A decisão tirana, altamente ditatorial, causou um pânico danado nos trabalhadores.

A greve está esvaziando?

Não, não. Nós não vamos nos opor aos que quiserem voltar ao trabalho. Como disse antes, eles voltam sob tortura, abalados, com ódio, para não perderem seus empregos, apesar de a greve ser legal.

O que esperar da Assembleia?

Já viemos à Aleac três vezes. Não sentimos boa vontade dos parlamentares que apoiam o governo. Eles não foram eleitos pelo Tião Viana. Eles foram eleitos pelo povo, inclusive pelo voto dos trabalhadores em educação. Não sentimos esforço do parlamento em resolver esse conflito. A oposição pelo menos conseguiu abrir as portas da Aleac para os professores, mas o governador jamais vai sentar com a oposição para negociar a greve dos professores. O Daniel Zen, por exemplo, no início de tudo, chegou a criminalizar a a greve na educação, mas agora se diz arrependido. Ele diz que está empenhado. Eu não vejo isso.

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Acre

Chuva intensa supera volume previsto para dezembro e deixa Defesa Civil em alerta em Rio Branco

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Precipitação extrema provoca alagamentos em pelo menos 10 bairros e elevação rápida dos igarapés da capital

Foto: Jardy Lopes

A forte chuva que atinge Rio Branco desde a madrugada desta quarta-feira (17) já supera, em poucas horas, o volume esperado para todo o mês de dezembro até a data atual e mantém a Defesa Civil Municipal em estado de alerta. A informação foi confirmada pelo coordenador do órgão, tenente-coronel Cláudio Falcão, durante atualização divulgada por volta das 9h.

Segundo Falcão, a intensidade das precipitações tem sido excepcional. “Para que todos tenham uma ideia, a cada hora está chovendo o equivalente a um dia inteiro do mês de dezembro. Já ultrapassamos o esperado para todo o mês até hoje”, destacou.

O cenário preocupa principalmente pelos impactos diretos nos igarapés que cortam a cidade. Equipes da Defesa Civil acompanham de forma contínua o comportamento desses mananciais e já observam elevação rápida do nível da água, em ritmo de enxurrada, o que aumenta o risco de transbordamentos em áreas urbanas.

De acordo com a Defesa Civil Municipal, ao menos 10 bairros de Rio Branco amanheceram com pontos de alagamento. A capital registra média de 10 milímetros de chuva por hora, volume considerado extremamente elevado, capaz de sobrecarregar os sistemas de drenagem e provocar alagamentos em curto espaço de tempo. O monitoramento segue em regime permanente.

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Rua da Baixada da Sobral é tomada pela água após forte chuva em Rio Branco

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Foto: Instagram

A Rua 27 de Julho, no bairro Plácido de Castro, na região da Baixada da Sobral, ficou tomada pela água após a forte chuva que se iniciou na noite de terça-feira, 16, e segue até a manhã desta quarta-feira, 17.

O volume de água acumulado dificultou a circulação de veículos e pedestres na área e invadiu residências.

Um vídeo publicado pelo perfil Click Acre no Instagram mostra a rua completamente tomada pela água e os quintais das casas alagados.

De acordo com a Defesa Civil Municipal, nas últimas 24 horas já foram registrados 71,8 milímetros de chuva em Rio Branco. Para efeito de comparação, a cada hora tem chovido o equivalente a um dia inteiro do mês de dezembro.

Ainda segundo a Defesa Civil, o volume de precipitação já ultrapassou o esperado para todo o mês de dezembro até a data de hoje.

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Cid Ferreira vistoria obras do Calçadão da Benjamin Constant e prevê entrega até dezembro de 2025

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Secretário afirma que projeto vai modernizar o centro de Rio Branco, impulsionar o comércio e descarta privatização de espaços públicos

O secretário municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana de Rio Branco, Cid Ferreira, visitou na manhã desta terça-feira as obras do Calçadão da Benjamin Constant, localizado no centro da capital. Segundo o gestor, os trabalhos seguem dentro do cronograma previsto e a entrega do empreendimento aos antigos permissionários está programada para o final de dezembro de 2025.

De acordo com Cid Ferreira, o novo centro comercial faz parte do projeto de modernização da cidade idealizado pelo prefeito Tião Bocalom e tem como objetivo revitalizar a área central, oferecendo melhores condições de trabalho aos comerciantes e atraindo mais consumidores. Para o secretário, a obra representa um avanço estrutural e urbano necessário para que Rio Branco tenha “cara de capital”.

Ainda conforme o gestor, a revitalização do espaço deve contribuir diretamente para o fortalecimento da economia local. Ele destacou que a nova estrutura permitirá que pedestres e clientes circulem por um ambiente mais organizado, limpo e seguro, o que tende a aumentar o fluxo de pessoas e, consequentemente, as vendas dos comerciantes que atuam na região.

Durante a visita, Cid Ferreira também comentou sobre rumores envolvendo uma suposta privatização dos espaços públicos, tanto na Benjamin Constant quanto no novo Mercado Elias Mansour. O secretário tranquilizou comerciantes e a população, afirmando que a atual gestão tem como foco garantir dignidade, conforto, segurança e higiene aos permissionários.

Segundo ele, o modelo de privatização mencionado se restringe ao Mercado Elias Mansour, com a finalidade de dar mais autonomia aos permissionários, permitindo que atuem como empresários e gerenciem seus próprios negócios. A prefeitura, conforme explicou, continuará oferecendo apoio e infraestrutura para que os comerciantes possam crescer e atender o público em um ambiente adequado.

Cid Ferreira ressaltou ainda que o novo mercado contará com uma estrutura moderna, proporcionando à população um local organizado, salubre e seguro para compras, em contraste com as condições precárias da antiga instalação. Para o secretário, as mudanças representam o fim de uma realidade ultrapassada e o início de uma nova fase para o comércio e para o centro de Rio Branco.

VEJA VÍDEO INSTITUCIONAL COM O SECRETÁRIO CID FERREIRA

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