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Acre

Produção acreana rompe fronteiras e movimenta economia com recorde de exportações

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Autoridades debatem desafios e avanços para a integração da Rota Quadrante Rondon. Foto: Diego Gurgel/Secom

O estado do Acre registrou desempenho recorde nas exportações em 2024 e manteve a trajetória positiva no primeiro semestre de 2025, impulsionado pela expansão do agronegócio, principalmente de proteína animal e soja.

Segundo dados oficiais do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) e sistema oficial para consulta e extração de dados do comércio exterior brasileiro (ComexStat), o estado exportou mais de R$ 1,4 bilhão entre 2019 e 2023, um crescimento de aproximadamente 120 % em relação ao período anterior (2014–2018).

Em 2024, a balança comercial estadual voltou a atingir níveis recordes: entre janeiro e julho, o estado exportou cerca de R$ 307 milhões, o que representa aumento de 76 % em comparação ao mesmo período de 2023.

No primeiro trimestre de 2025, as exportações já superaram US$ 25,7 milhões, o que representa um salto de 63,9 % frente ao mesmo intervalo de 2024, quando os embarques totalizaram US$ 15,6 milhões. Ainda segundo a ComexStar, de janeiro a junho de 2025, o número de exportações, em dólares, é de 57,9 milhões, 19,1% a mais em comparação ao mesmo período de 2023.

Dados atualizados no sistema da ComexStar. Foto: reprodução

Os produtos que mais se destacaram nas exportações do Acre no início de 2025 foram: carne bovina, responsável por US$ 8,23 milhões em vendas, e a soja, totalizando US$ 4,8 milhões em receitas. Também foram exportados produtos como carne suína, ferro e aço. Os principais destinos das exportações incluem países como Peru, China, Espanha, Emirados Árabes Unidos e Malásia.

Fatores que impulsionam o crescimento foram atribuídos ao fortalecimento do agronegócio e à ampliação de estrutura produtiva. A conquista do status de zona livre de febre aftosa aumentou a competitividade da carne acreana no mercado internacional.

Além disso, investimentos privados superiores a R$ 200 milhões previstos para a indústria de proteína animal, com R$ 120 milhões destinados à carne bovina e R$ 82 milhões à suinocultura, devem elevar a capacidade industrial e gerar milhares de empregos diretos.

Financiamento adequado à indústria impulsiona exportações, desenvolvimento tecnológico e inovação. Foto: Arquivo/Faeac

O titular da Secretaria de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict), Assurbanípal Mesquita, afirmou que os avanços econômicos refletem a construção de um ambiente de negócios favorável, aliado ao compromisso do governo com o desenvolvimento sustentável e a atração de novos empreendimentos. “Estamos vivenciando um momento importante para o Acre. Isso é resultado direto da confiança do setor produtivo nas ações do governo e de um trabalho contínuo liderado pelo governador Gladson Camelí”, destacou Mesquita.

O secretário também classificou como um dos principais diferenciais do estado a “liberdade de produção”, conceito que, segundo ele, representa a confiança nas empresas e produtores locais, que encontram no Acre um ambiente propício para inovar, crescer e gerar empregos.

O trabalho do Estado em apoio ao setor produtivo envolve gestores e técnicos de vários órgãos, como Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri), Secretaria de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict) e Agência de Negócios do Estado do Acre (Anac), unindo instituições públicas e iniciativa privada, como forma de fortalecer o ambiente de negócios no estado e estimular o comércio internacional.

Como forma de divulgar produção local, Acre marca presença em feiras internacionais. Foto: Clemerson Ribeiro/Anac

O Acre vive um novo momento no comércio exterior: em meio à recuperação econômica nacional, o estado conquista recordes e amplia sua competitividade internacional com base no agronegócio e na proteína animal. A continuidade das políticas de incentivo e modernização da produção sinaliza um horizonte promissor para consolidar o estado como protagonista nas exportações brasileiras.

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Acre

Brasil atinge a marca de 83 milhões de passageiros até outubro no mercado doméstico

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Viajar de avião ficou mais acessível no Brasil e os reflexos já aparecem no volume de passageiros. Entre janeiro e outubro de 2025, mais de 83 milhões embarcaram em voos domésticos, número bem superior ao registrado três anos antes. O crescimento acompanha a redução gradual no preço das passagens, movimento que vem estimulando o turismo interno e ampliando o alcance do transporte aéreo no país.

Levantamento da Agência Nacional de Aviação Civil, em parceria com o Ministério de Portos e Aeroportos, aponta que a tarifa média dos voos domésticos caiu 11% em relação a 2022, já considerando a inflação. O valor médio, que era superior a R$720 naquele ano, passou para pouco mais de R$ 640 em 2025, mantendo uma trajetória de queda contínua ao longo do período.

Recordes e alta temporada

A redução nos preços ajudou a impulsionar a demanda e levou o setor a bater marcas históricas. Somente em outubro, mais de 9 milhões de passageiros embarcaram em voos domésticos, o maior volume já registrado para o mês desde o início da série histórica, no ano 2000. O desempenho coloca o período entre os quatro maiores picos mensais da aviação brasileira.

Para o ministro do Turismo, Celso Sabino, os dados indicam um cenário de fortalecimento do setor. Segundo ele, a combinação entre tarifas mais baixas e maior oferta permite que mais brasileiros viagem pelo país, movimentando hotéis, restaurantes, serviços e destinos turísticos em diferentes regiões.

De olho no verão, as companhias aéreas planejaram uma operação ampliada entre dezembro de 2025 e fevereiro de 2026. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas, serão cerca de 150 mil voos e mais de 20 milhões de assentos disponíveis, um aumento de aproximadamente 15% em relação à temporada anterior, garantindo mais opções e conectividade durante as férias e festas de fim de ano.

 

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Acre

TJAC mantém condenação de companhias aéreas por extravio de bagagem de jogador profissional

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FOTO: SÉRGIO VALE

Decisão reconhece dano moral presumido e reafirma a responsabilidade solidária de empresas que operam voos em regime de codeshare pelo extravio temporário de bagagem

A Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) manteve, por unanimidade, a condenação de companhias aéreas ao pagamento de indenização por danos morais a um jogador de futebol profissional que teve a bagagem extraviada temporariamente durante uma viagem com voos operados em regime de parceria, conhecido como codeshare.

De acordo com os autos, o passageiro adquiriu um único bilhete para trechos operados por empresas diferentes. No entanto, ao chegar ao destino final, sua bagagem — que continha instrumentos essenciais para o exercício da profissão — não foi entregue, sendo localizada apenas três dias depois. Em primeira instância, as companhias foram condenadas, de forma solidária, ao pagamento de R$ 5 mil a título de danos morais.

Ainda assim, uma das empresas recorreu alegando, entre outros pontos, a inexistência de responsabilidade solidária, a caracterização do episódio como mero aborrecimento e a desproporcionalidade do valor fixado. Os argumentos, porém, não foram acolhidos pelo colegiado.

Ao relatar o caso, o desembargador Júnior Alberto destacou que a relação entre as partes é de consumo, sendo aplicáveis as normas do Código de Defesa do Consumidor (CDC). Conforme o voto, a compra de passagem única para voos operados em codeshare cria uma cadeia de fornecimento, na qual todas as empresas envolvidas respondem solidariamente por falhas na prestação do serviço, independentemente de qual delas tenha operado o trecho em que ocorreu o problema.

O relator também ressaltou que o extravio temporário de bagagem contendo itens indispensáveis ao trabalho do passageiro ultrapassa o mero dissabor cotidiano. Para o colegiado, a privação dos instrumentos profissionais por três dias gerou angústia e frustração suficientes para caracterizar dano moral presumido, nos termos do artigo 14 do CDC.

Quanto ao valor da indenização, a Câmara entendeu que o montante de R$ 5 mil é razoável e proporcional, levando em consideração a gravidade do dano, a capacidade econômica das empresas e a função pedagógica da condenação, estando em consonância com a jurisprudência adotada em casos semelhantes.

Com a decisão, o recurso de apelação foi negado e a sentença de primeiro grau mantida integralmente. A tese firmada pelo colegiado reforça o entendimento de que companhias aéreas que atuam em regime de parceria respondem solidariamente por falhas no serviço, como o extravio de bagagem, garantindo maior proteção aos direitos dos consumidores.

Apelação Cível n. 0707775-86.2021.8.01.0001

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Acre

Chuva intensa supera volume previsto para dezembro e deixa Defesa Civil em alerta em Rio Branco

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Precipitação extrema provoca alagamentos em pelo menos 10 bairros e elevação rápida dos igarapés da capital

Foto: Jardy Lopes

A forte chuva que atinge Rio Branco desde a madrugada desta quarta-feira (17) já supera, em poucas horas, o volume esperado para todo o mês de dezembro até a data atual e mantém a Defesa Civil Municipal em estado de alerta. A informação foi confirmada pelo coordenador do órgão, tenente-coronel Cláudio Falcão, durante atualização divulgada por volta das 9h.

Segundo Falcão, a intensidade das precipitações tem sido excepcional. “Para que todos tenham uma ideia, a cada hora está chovendo o equivalente a um dia inteiro do mês de dezembro. Já ultrapassamos o esperado para todo o mês até hoje”, destacou.

O cenário preocupa principalmente pelos impactos diretos nos igarapés que cortam a cidade. Equipes da Defesa Civil acompanham de forma contínua o comportamento desses mananciais e já observam elevação rápida do nível da água, em ritmo de enxurrada, o que aumenta o risco de transbordamentos em áreas urbanas.

De acordo com a Defesa Civil Municipal, ao menos 10 bairros de Rio Branco amanheceram com pontos de alagamento. A capital registra média de 10 milímetros de chuva por hora, volume considerado extremamente elevado, capaz de sobrecarregar os sistemas de drenagem e provocar alagamentos em curto espaço de tempo. O monitoramento segue em regime permanente.

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