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Primeira promotora de Justiça é homenageada no mês da mulher do MPAC
Em sessão solene da tarde desta quinta-feira (21), o Colégio de Procuradores de Justiça do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) homenageou a primeira promotora de Justiça da instituição, Terezinha Silvia Lavocat Galvão. O ato faz parte da intensa programação do MP acreano para comemorar o mês da mulher
Terezinha recebeu das mãos da procuradora-geral de Justiça do Estado do Acre, Kátia Rejane de Araújo Rodrigues, a mais alta honraria do MP acreano, que é a medalha da Ordem do Mérito, no grau Grão-Colar, destinada a agraciar pessoas físicas e jurídicas que tenham prestado relevantes serviços às instituições públicas e à sociedade.
Bastante prestigiada, a cerimônia contou com a presença, além dos membros e servidores, do vice-governador, Wherles Rocha, do vice-presidente da Assembleia Legislativa, Jenilson Lopes, do vice-presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Laudivon Nogueira, do ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Tarcísio Vieira Carvalho Neto, parlamentares, juízes, advogados, bem como familiares e o marido da homenageada, o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), Ilmar Galvão.
Responsável pela indicação do nome da homenageada à mais alta distinção, a procuradora de Justiça Patrícia de Amorim do Rêgo destacou em seu discurso o pioneirismo de Terezinha em uma época em que era incomum uma mulher ocupar espaços de poder. Segundo ela, o MP brasileiro, através do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), vem debatendo propostas para promover a equidade de gênero na instituição.
“Terezinha abriu as portas para que outras mulheres, seguindo seu exemplo, entrassem na instituição. Foi pioneira nesse sentido, e o que nós estamos fazendo aqui, ao entregar essa homenagem, nada mais é do que empoderar as mulheres, pois não existe Estado Democrático de Direito sem igualdade. E o MP tem obrigação de abraçar essa causa, pois a defesa dos direitos de todos é uma de suas missões”, assinalou a procuradora de Justiça.
A procuradora-geral de Justiça, Kátia Rejane de Araújo Rodrigues, que é a quarta mulher a ocupar o cargo no estado, disse que a primeira promotora de Justiça do MPAC é inspiração para todas as mulheres e sua contribuição ao órgão ministerial precisa ser exaltada. Para ela, sua biografia só enobrece o estado e a luta feminina.
“Essa condecoração representa o nosso reconhecimento oficial a esta primeira mulher a ingressar como membro da nossa instituição, e a expressão máxima de respeito e gratidão por seu legado e ações exemplares realizados enquanto membro do MP acreano, quando da prestação de serviços em prol da sociedade acreana”, proferiu a procuradora-geral.
Por sua vez, Terezinha agradeceu o reconhecimento e dedicou a honraria às mulheres acreanas, que tiveram, para ela, papel fundamental na criação dos valores do Acre. Ela destacou o papel da Faculdade de Direito, onde estudou, para a formação de profissionais no estado, e a missão institucional do MP em defesa dos direitos da mulher.
“Em minha vida, sempre estive motivada e inspirada pelos exemplos femininos, que me acompanharam, especialmente minha mãe. Ingressei no MPAC por via democrática e meritória do concurso público, que permitiu que uma mulher fosse a primeira colocada na investidura originária da instituição. Em uma sociedade em que as mulheres sofrem diuturnamente atos violência e discriminação, com a ocorrência do feminicídio a cada duas horas, investe-se o MP do importante papel de um grito que ecoa em defesa das mulheres. Mas ainda pode ir além, deve não só buscar garantir os direitos à proteção, mas também lutar pela inclusão efetiva do sexo feminino em todos os espaços formais de poder, permitindo-lhes atuar juntamente com os homens”, discursou Terezinha.
A agraciada
Terezinha Silvia Lavocat Galvão nasceu em Rio Branco. É filha de Clarisse Baptista Lavocat e de Jorge Félix Lavocat, figura importante na política local, que ocupou o cargo de prefeito na capital quando o Acre ainda era território, e foi deputado federal. Iniciou os estudos no Grupo Escolar Maria Angélica de Castro, no bairro Seis de Agosto, e depois seguiu no Ginásio Acreano, atual Colégio Acreano, e Escola Normal Lourenço Filho.
Formou-se na segunda turma da Faculdade de Direito do Acre, curso considerado a fase embrionária da Universidade Federal do Acre (Ufac).
Na década de 70, com 27 anos, foi a única mulher aprovada — e em primeiro lugar — no primeiro concurso aberto do MPAC, instituição então recém-criada. Seguiu toda a carreira da época, começando pelo cargo de defensora pública e, depois, promotora substituta e promotora pública.
Em razão da mudança de domicílio do marido, então juiz federal Ilmar Galvão, para Brasília, pediu exoneração do cargo de promotora de Justiça do MPAC. Em Brasília, nos anos 80, foi aprovada no concurso público para a promotora de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Nessa instituição, foi a primeira mulher a exercer o cargo de procuradora distrital dos Direitos do Cidadão.
É casada há mais de 50 anos com o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Ilmar Galvão, jurista experiente que, em sua passagem pelo Acre, presidiu o Banco do Brasil, lecionou na Faculdade de Direito e foi juiz federal. Dessa união, nasceram cinco filhos: Clarice, Marcelo, Ludmila, Candice e Jorge.
Jaidesson Peres- Agência de Notícias do MPAC
Fotos – Tiago Teles
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PM de folga impede assalto e prende dois homens após família ser feita refém em Cruzeiro do Sul
Suspeitos foram baleados e detidos após invadir residência no bairro 25 de Agosto; quatro criminosos participaram da ação.

Dois homens foram presos na noite desta quinta-feira (4) após invadirem uma residência e fazerem uma família refém durante um assalto no bairro 25 de Agosto, em Cruzeiro do Sul. A ação foi interrompida por um policial militar que estava de folga, que reagiu ao ser abordado por um dos suspeitos armados. Um dos detidos, identificado como Cauã, foi baleado na perna, e o outro, Jarlisson, sofreu um ferimento no supercílio. Ambos receberam atendimento médico e foram conduzidos à Delegacia de Polícia Civil.
Segundo relatos das vítimas, quatro assaltantes armados com pistolas entraram na casa e fizeram a família — incluindo uma criança — refém. Eles procuravam ouro e joias, por saberem que a moradora comercializava esses itens. Durante a ação, as vítimas foram algemadas, e a mulher chegou a ser enforcada para revelar onde supostamente guardava o ouro. Sem encontrar os objetos desejados, o grupo fugiu levando relógios, pulseiras, celulares e cerca de R$ 2 mil em dinheiro.
Durante as buscas, a Polícia Militar foi informada de que um colega havia contido dois suspeitos nas proximidades. O PM relatou que estava em frente à própria residência quando viu três indivíduos correndo. Ao perceber que um deles portava uma pistola e apontava em sua direção, reagiu e efetuou um disparo que atingiu Cauã.
Com a dupla, os policiais apreenderam sete relógios, uma pulseira, um perfume, dinheiro, dois celulares e uma pistola Taurus modelo .838, com 13 munições intactas. As vítimas reconheceram os dois como participantes do roubo.
Os outros envolvidos na ação criminosa ainda não foram localizados.
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Justiça do Acre funciona em regime de plantão nesta segunda (8)

Foto: TJAC/assessoria
O Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) informa que não haverá expediente nas unidades jurisdicionais e administrativas na próxima segunda-feira, 8 de dezembro, em virtude do feriado do Dia da Justiça.
A data é comemorada desde 1940, mas sua primeira celebração oficial ocorreu somente dez anos mais tarde, por iniciativa da Associação dos Magistrados Brasileiros. A Lei 1.408, de 1951, criou o Dia da Justiça como feriado forense em todo o território nacional.
O atendimento das demandas emergenciais, no âmbito do primeiro e segundo graus de jurisdição, ocorrerá em regime de plantão, conforme escala definida. A relação de magistradas, magistrados, servidoras e servidores plantonistas pode ser consultada na aba Plantão Judiciário do portal do TJAC ou diretamente pelo link: https://www.tjac.jus.br/spj/.
Os prazos processuais que tenham início ou término durante o feriado serão automaticamente prorrogados para o primeiro dia útil subsequente, garantindo segurança e continuidade à tramitação processual.
Fonte: Ascom/TJAC
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Acusado de homicídio em disputa entre facções volta a júri popular nesta quinta em Rio Branco
Raimundo Fernandes Silva, que havia sido condenado a mais de 21 anos de prisão em 2022, passa por novo julgamento após anulação da sentença pelo TJAC.
Raimundo Fernandes Silva, acusado de homicídio qualificado, voltou a sentar no banco dos réus na manhã desta quinta-feira (5), na 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar de Rio Branco. Ele é apontado como o autor do assassinato de Alessandro da Silva Santos, ocorrido em 2018. A sessão teve início às 8h30, no Fórum Criminal, e o resultado do julgamento deve ser conhecido no início da tarde.
O réu chegou a ser condenado em fevereiro de 2022 a 21 anos, 10 meses e 15 dias de prisão, em regime fechado. No entanto, a defesa recorreu ao Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), alegando que testemunhas consideradas essenciais não haviam sido ouvidas, o que poderia alterar o entendimento dos jurados.
A Câmara Criminal acolheu o recurso e anulou a sentença, determinando um novo julgamento.
Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime ocorreu na noite de 8 de agosto de 2018, em meio a uma disputa entre facções criminosas. Alessandro da Silva Santos foi surpreendido quando chegava em casa, no bairro Tancredo Neves, por um homem armado com uma espingarda de grosso calibre e executado com vários disparos.
Raimundo Fernandes Silva foi indiciado pela Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) e não compareceu à sessão do júri realizada em 2022, quando acabou condenado pela primeira vez.
Fonte: PCAC


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