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Pressão europeia cresce: aliados históricos cortam apoio militar a Israel

Explosão em Gaza vista do lado israelense da fronteira • REUTERS/Amir Cohen
As imagens de palestinos desesperados por comida aumentaram a pressão pelo fim da guerra em Gaza. Aliados históricos de Israel na Europa agora pretendem reconhecer o Estado da Palestina e suspender as vendas de armas para tropas israelenses.
As imagens de palestinos desesperados por comida aumentaram a pressão pelo fim da guerra em Gaza. Aliados históricos de Israel na Europa agora pretendem reconhecer o Estado da Palestina e suspender as vendas de armas para tropas israelenses.
O primeiro-ministro da Alemanha, Friedrich Merz, anunciou nesta sexta-feira (8) que o país vai vetar exportações de equipamentos militares que possam ser usados na Faixa de Gaza.
A Alemanha responde por 33% das armas fornecidas para Israel, segundo levantamento mais recente do SIPRI (sigla em inglês para Instituto Internacional de Pesquisa para Paz de Estocolmo). O país fica atrás apenas dos Estados Unidos, com 66%.
Merz suspendeu as exportações de armas até segunda ordem em resposta ao plano israelense de assumir o controle total da Faixa de Gaza.
O chanceler alemão afirmou que Israel tem o direito de desarmar o Hamas e buscar a liberação dos reféns, mas que é “difícil ver como esses objetivos podem ser alcançados” com a expansão da ofensiva.
Em resposta, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusou a Alemanha de “recompensar o terrorismo do Hamas com o embargo de armas a Israel”.
Para Muhammad Shehada, analista político de Gaza e pesquisador do programa do Conselho Europeu de Relações Exteriores para o Oriente Médio, a mudança de posicionamento na Europa é sem precedentes mesmo que, em grande medida, simbólica.
“Israel tornou impossível que os aliados europeus continuem defendendo o país, com líderes israelenses dizendo que não permitirão a entrada de comida ou água em Gaza ou que destruirão todos os edifícios restantes”, afirma Muhammad Shehada.
“Quase dois anos depois [do 7 de outubro] isso não pode mais ser justificado como desabafo emocional. São ordens claras do governo para cometer crimes de guerra”, acrescenta Shehada.
Ele destaca que as acusações de crimes de guerra e limpeza étnica foram reforçadas por lideranças políticas israelenses, como o ex-premiê israelense Ehud Olmert e o ex-ministro da Defesa Moshe Ya’alon.
Pressão internacional
A pressão sobre Israel cresce desde que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu sugeriu nesta semana que pretendia assumir o controle total de Gaza.
Diante da repercussão, Netanyahu recuou: “Não vamos ocupar, vamos liberar Gaza do Hamas”, disse ele depois que o gabinete israelense aprovou na sexta-feira (8) os planos para expandir a campanha militar no território palestino e controlar a Cidade de Gaza.
“Tal operação pioraria uma situação já catastrófica, sem permitir a libertação dos reféns do Hamas, nem o desarmamento e a rendição do Hamas”, condenou a França por meio do Ministério de Relações Exteriores.
Reconhecimento do Estado da Palestina
Aliado histórico de Israel, a França pretende reconhecer o Estado da Palestina na Assembleia Geral da ONU, em setembro.
Ao anunciar a decisão, o presidente Emmanuel Macron argumentou que é preciso desmilitarizar o Hamas e assegurar um Estado palestino, que reconheça plenamente Israel, para estabilizar o Oriente Médio.
Por outro lado, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tem insistido que reconhecer a independência da Palestina seria “recompensar o Hamas”.
O movimento da França foi seguido pelo Reino Unido, outro aliado histórico que pretende reconhecer a Palestina, caso Israel não adote medidas concretas para conter a crise humanitária em Gaza.
Portugal também iniciou o processo para o reconhecimento da Palestina. Já a Alemanha, defende a solução de dois Estados, mas tem resistido a reconhecer o Estado palestino.
Muhammad Shehada considera que o movimento europeu tem sido lento e, em grande parte, simbólico. “O que Israel teme é que essas declarações simbólicas se transformem em medidas punitivas concretas”, diz.
“A Europa é o maior parceiro comercial de Israel. Eles podem facilmente desligar esse interruptor — proibir venda de armas, suspender relações comerciais, rever termos de comércio — tudo isso teria um impacto significativo”, sugere.
Dentro do bloco europeu, a Eslovênia se tornou esta semana o primeiro país a banir qualquer tipo de comércio de armas com Israel. O governo esloveno também proibiu as importações de bens produzidos em territórios palestinos ocupados e aumentou a ajuda a Gaza.
A União Europeia tem feito duras críticas à ofensiva na Faixa de Gaza e ao bloqueio de ajuda humanitária, sugerindo que Israel teria violado direitos humanos, e avalia como agir.
Onde Israel consegue armas?
Israel está entre os maiores importadores de armas do mundo. O país está em 15º lugar no ranking do SIPRI. Essas armas são transferidas pelos EUA (66%), Alemanha (33%) e Itália (1%).
As vendas dos Estados Unidos para Israel incluem aviões de combate, blindados e bombas guiadas. Por sua vez, a Alemanha fornece principalmente fragatas e torpedos.
O relatório do SIPRI aponta que Israel usou armas importadas na campanha militar em Gaza e nas ofensivas contra Irã, Líbano, Síria e Iêmen, depois do ataque do Hamas, em 7 de outubro de 2023.
A maior parte dessas armas, no entanto, foi fornecida ao longo de várias décadas e entregue antes do atentado que desencadeou a guerra.
Desde então, os Estados Unidos aumentaram a ajuda militar à Israel, mas parte das entregas ainda estava pendente até o final do ano passado, segundo dados do SIPRI. Isso incluía cerca de 60 aviões de combate, que ainda não haviam sido entregues.
Historicamente, o país também recebeu apoio militar de países como Reino Unido e França, que agora prometem reconhecer o Estado da Palestina.
A França forneceu blindados, tanques, diferentes tipos de mísseis e aviões de combate entre outros equipamentos militares nos anos que se seguiram à criação do Estado de Israel, em 1948.
O Reino Unido também enviou principalmente aviões de combate e tanques. Atualmente, o país não fornece armas para Israel diretamente, mas emite licenças para as vendas de equipamentos militares.
Fonte: CNN
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Netflix compra Warner e HBO Max; confira o que pode mudar no serviço de streaming

REUTERS/Francis Mascarenhas
A Netflix anunciou, nesta sexta-feira (5), a compra da Warner Bros. Discovery por US$ 72 bilhões.
A empresa afirma que a aquisição é uma estratégia valiosa para ampliar o domínio global e reforçar o catálogo com algumas das franquias mais valiosas do entretenimento.
Entre elas, estão as aclamadas sagas de Game Of Thrones (2011), Harry Potter (1998) e The Last Of Us (2023).
Essa operação promete mudar o mercado do streaming e a HBO Max pode passar por uma fusão ou ser incorporado a plataforma, isso pode afetar o preço dos planos no futuro ao integrar as plataformas Netflix e HBO.
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Homem de 79 anos procura noiva e divulga lista de requisitos absurdos
Aristocrata abre campanha para encontrar noiva, oferecendo salário e benefícios. As exigências vão do signo até a nacionalidade
Para as pessoas que estão buscando um par romântico, umas das maneiras de se conectar com alguém é usar aplicativos de namoro. No caso deste aristocrata britânico, de 79 anos, essa foi uma das opções, mas não a última. Sir Benjamin Slade lançou uma campanha anunciando que está em busca de uma noiva e que possui certas exigências — até demais.
O homem falou sobre o assunto no programa “Millionaire Age Gap Love” do Channel 5 — rede de televisão britânica — e comentou que procura por uma noiva que seja uma “boa reprodutora” para lhe dar um herdeiro. Mas não para por aí: os requisitos se estendem até a idade e ao signo do zodíaco da “sortuda”.
Será que é fácil cumprir os requisitos?
As condições do barão descendente de Carlos II envolvem que a nova namorada seja, pelo menos, 20 anos mais jovem. Além disso, é preciso saber dançar dança de salão, jogar bridge e gamão e ainda fazer palavras cruzadas.

A lista possui 11 requisitos
De acordo com informações do jornal Daily Star, Benjamin mencionou algumas outras coisas que restringem ainda mais a lista. As mulheres não podem ser escorpianas e nem ter qualquer tipo de dependência química, seja em substâncias psicoativas ou álcool.
Ele também exige fatores relacionados à nacionalidade. Sua companheira não pode ser de países que comecem com a letra “I” ou que tenham a cor verdenas bandeiras. Escocesas também estão proibidas de se candidatarem a essa “oportunidade imperdível”.
“Não me importo com canadenses, americanas, alemãs e pessoas do norte da Europa, como gosto de chamar pessoas semelhantes. Acho que casar com uma esquimó não é para mim. O que eu preciso é de uma moça simples e simpática do interior, que saiba e entenda as coisas”, disse.
Há recompensas
Com esses inúmeros requisitos, é de se esperar que o aristocrata teria que oferecer algo. Segundo ele, a pretendente escolhida será recompensada com 50 mil libras esterlinas por ano, o que corresponde a mais de R$ 270 mil. O objetivo é que com o dinheiro a mulher administre sua propriedade em Somerset, na Inglaterra.

Essa é uma das propriedades da família Slade
Além disso, a namorada também terá direito a carro, casa, despesas pagas, alimentação e até férias. Não é como se fosse incomum que homens procurem por mulheres bem mais jovens para ter relacionamentos, mas Benjamin quis explicar o motivo.
“O imposto sobre herança é de 40% e a única maneira de eu transferir ela e a coleção de arte é deixá-la para minha esposa, livre de impostos, para que distribua aos meus parentes distantes. Ela também precisaria estar segurada, por isso precisamos de uma senhora pelo menos 20 anos mais jovem do que eu, pois não posso segurar uma esposa mais velha, então quanto mais jovem, melhor. Esta é a única maneira que resta para contornar o imposto sobre herança”, comentou.

O homem já colocou anúncios em jornais, criou perfis em aplicativos de relacionamento e até congelou seu esperma, mantendo a esperança de ter um filho homem
Aos 79 anos, o homem não está a procura somente do amor. Apesar de já ter uma filha com sua ex-esposa, Sahara Sunday Spain, o aristocrata britânico deixou claro que ainda quer ter um herdeiro do sexo masculino. Nesse caso, a exigência é que “tenha semelhança genética com um de seus ancestrais paternos”.
Confira a lista completa
- Deve ser uma “boa reprodutora”
- Pelo menos 20 anos mais jovem
- Nenhuma mulher escocesa
- Deve ser capaz de ter filhos homens (ele quer dois, “um herdeiro e um reserva”)
- Nada de comunistas ou lésbicas
- Nada de mulheres com dependência química
- Nada de mulheres do signo de escorpião
- Precisa ter licença para usar espingarda e para dirigir; licença de helicóptero é um bônus
- Capaz de administrar uma propriedade de 1.300 acres (cerca de 5,2 milhões de m²) e 2 castelos
- Mais de 1,68 m de altura
- Nenhuma mulher de países que começam com a letra I ou que tenham verde na bandeira
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Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento

Papa Leão na FAO em Roma • 16/10/2025 REUTERS/Remo Casilli
Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para “enriquecer e fortalecer” a “união exclusiva do matrimônio”.
A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.
O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que “não nega sua fecundidade”, ainda que deva “naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida”.
O texto também prevê o conceito de consentimento livre” e “pertencimento mútuo”, assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.
“Um cônjuge é suficiente”
No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e “exclusivo”.
Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.
“Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto”, diz o documento.
“Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros”, enfatizou a Santa Sé.
Fonte: CNN


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