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Presos voltam a rejeitar café da manhã e alimento é novamente doado para abrigos, hospitais, maternidade e moradores de rua

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Ao todo, já foram doados cerca de 8 mil kits de café da manhã, almoço e janta. Greve de fome de presos começou na segunda-feira (2).

Mais de 1, 2 mil kits com pães e café com leite que foram recusados por presos foram doados a venezuelanos que estão morando em um abrigo em Rio Branco e crianças do Educandário Santa Margarida. Os detentos entraram no terceiro dia de greve de fome após a direção do Iapen decidir suspender as visitas íntimas nos presídios acreanos.

Comida rejeitada por presos é doada para abrigos, hospitais, maternidade e moradores de rua no AC — Foto: Divulgação/Iapen-AC

Por Iryá Rodrigues, G1 AC — Rio Branco

Os cerca de oito mil kits de comida que foram recusadas pelos presos do Complexo Penitenciário Francisco D’ Oliveira Conde, em Rio Branco, foram doados para abrigos, hospitais, Maternidade Bárbara Heliodora e para moradores de rua da capital.

Os detentos começaram a rejeitar os alimentos na segunda-feira (2), no FOC, devido à suspensão das visitas. O movimento se espalhou para o Presídio Antônio Amaro e a Unidade Feminina. Porém, nesta terça (3), policiais penais encontraram grande quantidade de comida armazenada dentro das celas.

O Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC) informou que foram recusados, desde segunda, cerca de 3,4 mil kits de café da manhã, outros 2,3 mil de almoços e 2,3 mil de janta.

Ao todo, já foram doados cerca de 8 mil kits de café da manhã, almoço e janta — Foto: Divulgação/Iapen-AC

Os locais que receberam as doações foram o Educandário Santa Margarida, o Lar do Vicentino, casa de abrigo de familiares de dependentes químicos, casa de recuperação, Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), venezuelanos que estão morando em um prédio abandonado em Rio Branco e moradores de rua atendidos pelo projeto ‘Amigo Solidário’. Além de acompanhantes, pacientes e funcionários de hospitais e da maternidade.

“É uma medida administrativa em face do não desperdício do material que não pode deixar de ser produzido, porque a gente tem que oferecer ao preso. Uma vez ele negando, a gente faz essa doação e escolhe os locais com base nos critérios de necessidade. A gente tem instituições de caridade, e também as pessoas em situação de rua”, afirmou o diretor-presidente do Iapen, Lucas Gomes.

Presos anunciaram greve de fome na segunda (2), após Iapen suspender visitas. Policiais encontraram farofa em garrafas pet, pão, iogurte, bolacha, refrigerante e outros alimentos.

Visitas suspensas

As visitas foram suspensas no último fim de semana, após bilhetes com planos de uma fuga em massa serem achados nas celas. Os detentos planejavam outra fuga semelhante a que houve no dia 20 de janeiro, quando 26 presos fugiram do pavilhão l do FOC. Destes, 14 foram recapturados e 12 segue livres.

Nesta terça (3), o instituto decidiu manter suspensas as visitas nos pavilhões onde os presos anunciaram greve de fome. Portanto, a suspensão continua nos pavilhões: B, D, E, O E P do FOC.

No Antônio Amaro, presos dos pavilhões 2 e 4 não vão receber visitas. Na Unidade Feminina apenas as detentas do pavilhão Alamanda ficam sem visitas. Nas demais unidades prisionais e pavilhões a visita segue normalmente.

Parentes de presos protestaram novamente nessa terça (3) em frente do FOC — Foto: Arquivo pessoal

Protesto

Familiares dos presos voltaram a protestar nessa terça (3) contra a suspensão das visitas. Desta vez, o ato ocorreu em frente do FOC, e terminou por volta das 19h30.

“Tem preso passando mal, desmaiando, estamos ouvindo eles batendo panelas, nas grades e gritando. Está um desespero. Os agentes disseram que não tem operação, mas quem está aqui fora viu que entraram duas viaturas, ouvimos gritos. Estamos preocupadas, só queremos uma solução. Ameaçaram a gente”, disse Jéssica Barreto.

Na segunda, mulheres, mães e outros familiares de presos exigiram a volta de alguns direitos e fizeram a manifestação para chamar atenção do governo. O Batalhão de Trânsito esteve nos pontos de protestos para tentar garantir a fluidez do tráfego, que ficou lento.

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Em nota publicada hoje pelo (Iapen), as visitas nos presídios de Rio Branco permanecem suspensas. A decisão é do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), que emitido nesta terça-feira (4).

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Sem visita estão os pavilhões B, D, E, O e P do Complexo Penitenciário, a Unidade de Regime Fechado nº 2 de Rio Branco (Antônio Amaro Alves): pavilhões 02 e 04; e a Unidade de Regime Fechado Feminina de Rio Branco: pavilhão Alamanda.

Nota Pública

O Governo do Estado do Acre, por meio do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), vem a público informar que:

1. Considerando a continuidade da greve de fome promovida por presos do Sistema Penitenciário Acreano e a preocupação do Governo do Estado do Acre com a segurança pública e a manutenção da ordem.

2. A direção do Iapen resolve manter a suspensão das visitas nesta quarta-feira, 04, nos seguintes pavilhões/unidades que se encontram em greve de fome:

Complexo Penitenciário de Rio Branco: pavilhões B, D, E, O e P;

Unidade de Regime Fechado nº 2 de Rio Branco (Antônio Amaro Alves): pavilhões 02 e 04;

Unidade de Regime Fechado Feminina de Rio Branco: pavilhão Alamanda;

3. Os demais pavilhões e unidades receberão visitas normalmente em decorrência de terem retornado ao ambiente de normalidade.

Rio Branco – Acre, 03 de março de 2020

Lucas Gomes

Presidente do Iapen

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Cortes no orçamento das universidades federais ameaçam funcionamento da UFAC em 2026; redução será de quase R$ 400 milhões

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Por Dell Pinheiro

As universidades federais brasileiras enfrentarão um novo cenário de restrição financeira em 2026, com a redução de quase R$ 400 milhões no orçamento discricionário aprovada pelo Congresso Nacional. Entre as instituições impactadas está a Universidade Federal do Acre (UFAC), que já lida com limitações orçamentárias e vê agravadas as dificuldades para manter atividades essenciais.

O orçamento discricionário é responsável por custear despesas básicas do funcionamento universitário, como pagamento de água, energia elétrica, segurança patrimonial, limpeza, manutenção de prédios e apoio a atividades acadêmicas. Com o corte, a UFAC poderá ter comprometida a rotina dos campi de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, afetando diretamente o ensino, a pesquisa e as ações de extensão desenvolvidas junto à comunidade acreana.

Uma das áreas mais sensíveis é a assistência estudantil. Programas de auxílio permanência, moradia, alimentação e transporte, fundamentais para estudantes em situação de vulnerabilidade social, correm risco de sofrer redução. Na UFAC, esses auxílios são considerados estratégicos para garantir o acesso e a permanência de alunos do interior do estado, de comunidades indígenas, ribeirinhas e de baixa renda.

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) manifestou preocupação com o cenário e alertou que o orçamento previsto para 2026 será inferior ao de 2025. Segundo a entidade, a queda ocorre em um contexto de inflação acumulada e de reajustes contratuais, o que reduz ainda mais a capacidade das universidades de manter seus compromissos financeiros.

Para a UFAC, os cortes representam um desafio adicional em um Estado onde a universidade federal desempenha papel central na formação de profissionais, na produção científica e no desenvolvimento regional. Gestores e a comunidade acadêmica alertam que a manutenção do ensino público, gratuito e de qualidade depende de um financiamento compatível com as demandas reais das instituições.

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VÍDEO: Segundo envolvido no assassinato de Moisés Alencastro é preso pela DHPP em Rio Branco

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Nataniel Oliveira teve prisão preventiva decretada pela Justiça; outro suspeito já havia sido preso e confessado o crime

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu, no fim da tarde desta quinta-feira (25), Nataniel Oliveira de Lima, apontado como o segundo envolvido no assassinato do colunista Moisés Alencastro, ocorrido no último domingo (22), em Rio Branco.

A prisão aconteceu em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado, durante uma ação de investigadores da especializada. Contra Nataniel havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara Estadual das Garantias, após representação feita pelo delegado Alcino Ferreira Júnior. No mesmo endereço, a polícia também cumpriu um mandado de busca e apreensão.

Ainda na madrugada desta quinta-feira, a DHPP já havia prendido Antônio de Souza Morães, de 22 anos, que confessou a autoria do crime. No entanto, os detalhes sobre a dinâmica e a motivação do homicídio não foram divulgados oficialmente.

Moisés Alencastro, que era servidor do Ministério Público do Acre e atuava como colunista, foi morto dentro do próprio apartamento, localizado no bairro Morada do Sol. O caso causou grande repercussão no meio jornalístico e institucional do estado.

Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação aponta para um crime de natureza passional. As investigações continuam para esclarecer completamente as circunstâncias do assassinato e a participação de cada envolvido.

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PAA: Nova portaria libera R$ 4 milhões para compra direta de alimentos de produtores acreanos

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Por Wanglézio Braga

O Governo Federal destinou até R$ 4 milhões para o Acre executar a modalidade Compra com Doação Simultânea (CDS) do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), voltada à compra de produtos da agricultura familiar para doação a povos indígenas em situação de insegurança alimentar. A medida foi oficializada por portaria do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 23, e terá vigência inicial de 12 meses, com possibilidade de prorrogação.

Pela regra, o Estado deverá priorizar a compra direta de alimentos produzidos pelos próprios povos indígenas. Caso a oferta não seja suficiente, a aquisição poderá ocorrer junto a outras comunidades tradicionais e, em último caso, a agricultores familiares em geral. Os alimentos, in natura ou industrializados, deverão respeitar os hábitos alimentares locais e serão distribuídos diretamente nas aldeias ou em equipamentos públicos instalados nos territórios indígenas.

O pagamento aos fornecedores será feito diretamente pelo Governo Federal, por meio do MDS, garantindo mais segurança ao produtor e evitando atrasos. Para ter acesso aos recursos, o Acre precisa confirmar o interesse no programa em até 30 dias após a publicação da portaria, aceitando as metas no sistema do PAA. Caso o prazo não seja cumprido, o recurso poderá ser remanejado para outros estados.

O Estado terá até 90 dias para cadastrar a proposta no sistema e iniciar as operações, após aprovação do plano operacional e emissão dos cartões dos beneficiários fornecedores.

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