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Prefeito Zum revela como tem se planejado para enfrentar endividamento do município

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Entre os temas abordados, o gestor fala da necessidade de desburocratização para que os recursos federais cheguem aos cofres da Prefeitura

Em entrevista ao sitio ContilNet, o prefeito do município de Assis Brasil, Antônio Barbosa, conhecido como Zum (PSDB), revela como tem se planejado para enfrentar o endividamento herdado de outras gestões, fala da necessidade de desburocratização para que os recursos federais cheguem aos cofres da prefeitura, disse que defende o Pacto Federativo, explica como está conseguindo equilibrar as finanças do município e o que tem feito para resolver os problemas de infra-estrutura urbana da cidade.

Prefeito Zum durante entrevista ao sitio ContilNet, falou sobre seus desafios/Foto: ContilNet

ContilNet: Com relação aos buracos na rua principal do município, houve um acordo com o DNIT que eles iriam pavimentar e isso não aconteceu até agora?

Zum: Na verdade, não houve um acordo, foi apenas uma coisa tácita de que as ruas que acessam a BR, assim como em Brasileia e Epitaciolândia, teríamos um apoio do Dnit [Departamento Nacional de Infraestrutura] ainda quando o superintendente era o Thiago Caetano. Inclusive a rua Raimundo Chaar que é a rua que dá acesso à Prefeitura e vai até a margem do rio, mas até hoje nós não tivemos isso. Eu tenho pedido da empresa que está com o trecho, a CCL – que é a responsável pelo trecho do quilômetro 59, que é da Fazendinha até aqui –  esse apoio no beneficiamento dessas ruas porque esta ladeira tem oferecido muito perigo de acidentes, inclusive já houve alguns com pessoas sofrendo fraturas após terem caído aí por terem sido fechados por carros que vão para a contramão para se livrar de buracos. 

ContilNet: Mas houve alguma promessa de que iriam arrumar esse trecho?

Zum: Eu tenho cobrado muito isso para que faça essa rua porque foi passada como de responsabilidade do Dnit para que fizesse esses benefícios, porque essas ruas, na verdade são BRs, mas até agora não aconteceu.

É o que o senhor pretende fazer em relação a isso?

Zum:Estou correndo junto a empresas particulares para comprar o asfalto e nos preparando para agora no verão a gente tapar esses buracos porque não vou deixar a entrada da cidade desse jeito com risco até de acidente fatal.

O senhor disse que já tem 1,5 quilômetro. É isso?

Zum: Nós vamos licitar. Já vamos abrir, no dia 7 de maio, o processo licitatório para pavimentação de rua dentro da cidade que é a rua Rafael Martins, continuando na rua Juvenal Duarte, no valor de R$ 987 mil, de emenda parlamentar do deputado Rocha. E tem mais três processos em andamento para mais três ruas: Valério Magalhães, no montante de R$ 750 mil, também de emendas parlamentar do deputado Rocha; Eneide Batista, umas das principais da cidade; e a Francisco das Chagas, R$ 911 mil, que é uma emenda de quando o atual governador Gladson Cameli era senador.

Como está a situação da prefeitura? O senhor conseguiu equilibrar as finanças?

Zum: Nós assumimos a Prefeitura com gasto com pessoal em torno de 78% e fechamos o ano de 2018 com esse gasto em 48,7%. Negociamos todas as dívidas do Município com INSS, com precatórios, com FGTS, com Eletrobrás, com Depasa e com vários outros credores, inclusive muita dívida com servidores que não receberam o salário. Como secretários e até o ex-prefeito, que alega não ter recebido salário de seu último ano de gestão. Nós temos muitos processos trabalhistas, aproximadamente 500, todos julgados com a Prefeitura tendo sido condenada a pagar, mas nós fizemos o seguinte: chamamos todos nossos credores e fizemos o parcelamento e estamos cumprindo. Assis Brasil tem a terceira maior dívida em números relativos e em números absolutos do estado. Só perde para o Estado do Acre e para o Município de Rio Branco a dívida com precatórios. Nós temos que desembolsar, só neste ano de 2019, R$ 1,712 milhão para cumprir o parcelamento de R$ 142 mil por mês. Imagine só. Isso é muito dinheiro. Eu já fiz os cálculos. Com esse dinheiro eu pavimentaria, todo mês, 500 metros de rua. Isso daria no ano 6 quilômetros de rua e na cidade só tem 20 quilômetros de rua. Eu pavimentaria um terço da cidade num ano só com esse valor. Pago também mais R$ 100 mil aproximadamente, R$ 120 mil, R$ 136 mil com INSS, que também daria para pavimentar mais 500 metros de rua. Então só com que eu pago dessas dívidas maiores eu pavimentaria um quilômetro de rua todo mês em tijolo e isso me daria no final do ano, 12 ou 15 quilômetros de ruas pavimentadas. Esse é o dinheiro que está faltando para melhorar a cidadania do meu povo, o IDH do meu povo. Se sabe muito bem que o IDH de um povo é baseado na saúde, na educação, na Assistência Social e no bem estar e distribuição de renda. Esse é o dinheiro que falta para eu melhorar a minha cidade, o dinheiro que eu estou pagando de dívidas assumidas de gestões que passaram aqui há 15, 16 anos atrás.

Mas a gente equilibrou isso. Estou pagando os salários em dia. Não devo salário. Pagando os parcelamentos também tudo em dia. Não devo nada. Tenho um número de comissionados pequeno, um número de servidores também pequeno, enfim estamos cortando na carne. Pagamos o pior salário para os comissionados. Um secretário municipal aqui em Assis Brasil ganha R$ 2.500 ao passo que em outros municípios como Santa Rosa e Jordão pagam um salário muito melhor para os seus secretários, seus comissionados. Mas o que eu tenho dito para o meu pessoal que é isso que nós podemos fazer e é isso que nós vamos fazer.

Qual é a sua expectativa em relação ao governador Gladson Cameli, que é seu aliado?

Zum: A melhor possível. Eu tenho esperança, acredito no governador Gladson Cameli, acredito na sua equipe de governo e eu sei que ele pegou um estado depredado, numa situação muito difícil, muito precária com muitas dívidas também. Eu sei que ele está trabalhando para ajustar tudo isso e eu acho vai chegar o momento do pontapé, da arrancada, da largada e aí vai deslanchar e vai ser bom para todo mundo. O Brasil também com certeza melhorará.

O senhor acredita também no governo Bolsonaro?

Zum: Acredito sim. Acredito que as medidas que estão sendo tomadas tanto no governo  federal, como no governo estadual faz com a gente gere uma expectativa de melhoria, de melhores dias para o nosso estado e para o nosso município. Eu participei agora da 22ª Marcha dos Prefeitos, é a terceira marcha que eu participo depois que assumi a gestão em janeiro de 2017 e foi a marcha que eu mais vi mais ações sendo realmente resolvidas ao tempo, simultaneamente com o que estava acontecendo ali. O discurso do presidente foi um discurso muito direto, incisivo. Eu sou a favor do Pacto Federativo, sou a favor dos Municípios.

O senhor é a favor da Reforma da Previdência?

Zum: Sim, sou a favor da Reforma da Previdência, da Reforma Fiscal, enfim todas essas coisas que a gente sabe que são as amarras desse país. São os grandes obstáculos, os pontos de estrangulamento do crescimento desse país. O excesso burocrático, as coisas são muitos demoradas. Durante a Marcha dos Prefeitos foi aprovado em primeiro e segundo turno a PEC 64 que trata dessa desburocratização do dinheiro das emendas impositivas e também das voluntárias que caia direto na conta do FPM dos Municípios, que os Municípios possam processar. Lógico que continuará tendo fiscalização, acompanhamento, mas não essa burocracia toda que a gente vive. Se leva  2,3 anos lutando por um convênio, quando consegue já terminou o mandato. Então são essas coisas todas que precisam ser desburocratizada. Um exemplo é o royalties do petróleo que avançou bastante. Eu acredito que a partir de agora haverá uma mudança de conceito, de postura, de paradigmas.

E sobre a bancada de três senadores e sete deputados federais, o senhor está animado?

Zum: Eu tenho dito em muitas oportunidades que hoje nós vivemos aquele mesmo momento que o PT viveu de 2002 a 2010, quando tinha os três senadores, o presidente da República, a maioria absoluta dos deputados federais, tinha a maioria dos deputados estaduais, a maioria das prefeituras. Então estava todo mundo num alinhamento de Brasília aos municípios. Somos nós hoje que estamos com esse alinhamento. Temos o presidente, sete deputados federais, três senadores, o governo do Estado, a maioria dos Municípios. Então o que nós temos que fazer é nos preparamos para avançar e continuarmos muito tempo nesse governo, nessa mesma linha de raciocínio, de pensamento, assim como o PT fez e ficou 20 anos. Nós temos que ter um planejamento porque hoje vivemos um momento diferente, vivemos a época da cibernética em que as coisas hoje acontecem a tempo e a hora. As mídias sociais te elevam e te derrubam, depende de como você se comportar.

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Fortaleza desiste do Brasileiro A1 e Adesg pode entrar no A3 em 2026

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Foto Jhon Silva: Adesg pode “ganhar” uma vaga no Brasileiro

A diretoria do Fortaleza anunciou na segunda, 29, o encerramento das atividades do futebol feminino no clube para a temporada de 2026. A equipe cearense tinha uma vaga garantida na Série A1, mas com a desistência o Vitória, da Bahia, 5º colocado no Brasileiro A2, garante o acesso para a próxima temporada.

Adesg pode ser beneficiada

A descontinuidade do trabalho do Fortaleza gera mudanças nas três séries do Brasileiro. O acesso do Vitória abre uma vaga na Série A2 para o 5ª colocado da A3, o Pérolas Negras. Como o Pérolas Negras subiu, o 8º colocado da A3 em tese ganha uma vaga direta. Este clube seria o Operário, do Mato Grosso do Sul, mas a equipe foi desativada e não jogou o Campeonato Estadual, passando a vaga para o Galvez. As Imperatrizes conquistam o título Estadual e por isso a vaga pode ser do vice-campeão acreano, a Adesg.

Suspenso por dois anos

Com a desistência, o Fortaleza será suspenso das competições oficiais por dois anos. Uma possível volta em 2029 será na Série A3.

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Santa Cruz vence o Rio Branco em jogo de preparação para o Estadual

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Foto Sueli Rodrigues: Santa Cruz e Rio Branco fizeram um amistoso bem disputado

O Santa Cruz venceu o Rio Branco por 1 a 0 nesta terça, 30, no Tonicão, em um jogo preparatório para a disputa do Campeonato Estadual. O volante João Marcos marcou o gol da partida ainda no primeiro tempo.

Santa Cruz mais estruturado

Com os trabalhos iniciados no começo de dezembro, o Santa Cruz mostrou um time mais estruturado taticamente. A equipe marca forte e tenta chegar no ataque trocando passes.

“Estamos aumentando o nível competitivo e físico dos atletas. Ficamos felizes com o desempenho, mas nunca satisfeito porque sabemos das dificuldades do Estadual e precisamos seguir o trabalho”, declarou o técnico do Santa Cruz, Sandro Resende.

Precisa de jogadores

Mesmo com o pouco tempo de treinamento, o Rio Branco apresentou um padrão tático bem definido com as características do técnico Ulisses Torres. Contudo, a equipe precisa de jogadores para reforçar e ter chance de lutar por uma vaga na semifinal.

“É o começo do trabalho. Precisamos evoluir muito ainda, mas estamos conscientes da missão e vamos tentar montar um time forte dentro das tradições do Rio Branco”, comentou Ulisses Torres.

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Galvez e Vasco empatam em jogo amistoso visando o Estadual

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Foto Sueli Rodrigues: Galvez e Vasco intensificam a preparação para o Acreano e a Copa do Brasil

Galvez e Vasco empataram por 1 a 1 nesta quarta, 31, em um duelo amistoso como parte da preparação, das duas equipes, para a disputa do Campeonato Estadual. Juan Patrocínio marcou o gol do Imperador e Alê empatou para o Vasco.

Treinamento importante

O técnico Maurício Carneiro elogiou o desempenho do Galvez e espera um time forte na estreia do Estadual. O primeiro compromisso do Imperador será contra o São Francisco no dia 13 de janeiro, na Arena da Floresta.

“O Vasco joga de uma maneira diferente e por isso o treinamento foi satisfatório. Colocamos todos os atletas em campo e a ideia era movimentar o grupo. Ainda temos peças importantes para chegar”, disse Maurício Carneiro.

Equipe reserva

O Vasco atuou no amistoso com uma equipe reserva. A intenção do treinador Erick Rodrigues foi avaliar alguns atletas.

“O trabalho foi importante sob vários aspectos e, agora, é seguir tentando melhorar a equipe em todos os sentidos”, afirmou o comandante vascaíno.

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