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Povos isolados: imagens inéditas mostram indígenas da etnia Mashco Piro na Amazônia peruana

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Dezenas de indígenas isolados do povo Mashco Piro na Amazônia peruana foram flagrados em imagens inéditas. Os registros foram disponibilizados nesta quinta-feira (18) pelo portal Survival.

Nos últimos dias, mais de 50 indígenas Mashco Piro apareceram perto da aldeia dos indígenas Yine de Monte Salvado, no sudeste do Peru/Foto: Survival

Com informações da Polícia Federal

Imagens inéditas divulgadas pela Organização Não Governamental (ONG) Survival Internacional mostram dezenas de indígenas isolados do povo Mashco Piro na Amazônia peruana. Os registros ocorreram a poucos quilômetros de áreas destinadas à exploração de madeira. Indígenas isolados são aqueles que evitam contato com pessoas de fora.

Nos últimos dias, mais de 50 indígenas Mashco Piro apareceram perto da aldeia dos indígenas Yine de Monte Salvado, no sudeste do Peru. Em um outro avistamento, um grupo de 17 indígenas apareceu na aldeia de Puerto Nuevo. A organização Survival estima que eles sejam o maior grupo de indígenas isolados do mundo.

Ativistas afirmaram que as imagens exibem a necessidade urgente de revogar todas as licenças de exploração de madeira na área e reconhecer que o território pertence aos Mashco Piro. A Survival estima que eles sejam o maior povo  de indígenas isolados do mundo.

Nos últimos dias, mais de 50 indígenas Mashco Piro apareceram perto da aldeia dos indígenas Yine de Monte Salvado, no sudeste do Peru. Em um outro avistamento, um grupo de 17 indígenas apareceu na aldeia de Puerto Nuevo. Os Yine, que não são isolados, falam uma língua parecida com a dos Mashco Piro. Eles já haviam relatado anteriormente que os Mashco Piro reclamaram da presença de madeireiros em suas terras.

Várias empresas madeireiras detêm concessões dentro do território que pertence aos Mashco Piro. A concessão mais próxima fica a poucos quilômetros de onde as recentes imagens dos Mashco Piro foram feitas.

Registro aéreo mostra aldeia de indígenas isolados na Amazônia peruana (Foto: Survival Internacional)

A empresa Canales Tahuamanu, que opera no território dos Mashco Piro, construiu mais de 200 quilômetros de estradas para seus caminhões transportarem a madeira extraída. Ela é certificada pela FSC (Forest Stewardship Council), um selo de aprovação que pode ser encontrado em milhares de produtos feitos de papel, por suas operações supostamente sustentáveis ​​e éticas, apesar do governo peruano ter reconhecido, há oito anos atrás, que a empresa está extraindo madeira no território dos Mashco Piro.

A Survival International está pedindo à FSC para cancelar a certificação concedida à Canales Tahuamanu. Mais de 8.000 pessoas ao redor do mundo já enviaram emails pressionando a FSC.

Trio de indígenas é avistado em território de etnia isolada no Peru (Foto: Survival Internacional)

Alfredo Vargas Pio, presidente da organização indígena Federação Nativa do Rio de Madre de Dios e Afluentes (FENAMAD), disse que o avistamento dos povos é uma evidência irrefutável de que muitos Mashco Piro vivem na área que o governo, além de não conseguir proteger, vendeu para empresas madeireiras.

“Os trabalhadores podem trazer novas doenças que seriam mortais aos Mashco Piro, e também há risco de violência de ambos os lados. Por isso é muito importante que os direitos territoriais dos Mashco Piro sejam reconhecidos e protegidos por lei”, afirmou.

Dezenas de indígenas aparecem em registros raros na Amazônia peruana (Foto: Survival Internacional)

A diretora da Survival International, Caroline Pearce, disse que as imagens mostram que um grande número de indígenas isolados Mashco Piro vive a poucos quilômetros de áreas concedidas à exploração de madeira. “Inclusive, a empresa Canales Tahuamanu já está trabalhando dentro do território dos Mashco Piro“, alertou Pearce.

“Está se formando o cenário de uma verdadeira crise humanitária – é absolutamente necessário que os madeireiros sejam removidos, e que o território dos Mashco Piro seja devidamente protegido. A FSC deve cancelar imediatamente a certificação da Canales Tahuamanu – se não, ficará claro que todo o sistema de certificação é uma farsa“, concluiu.

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Rio Acre ultrapassa cota de transbordo e mantém Rio Branco em alerta máximo

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Defesa Civil registra 15,36 metros no nível do rio; aumento contínuo preocupa autoridades e moradores ribeirinhos

O Rio Acre segue em uma subida constante e preocupante em Rio Branco. Segundo medição da Defesa Civil Municipal realizada às 9h desta segunda-feira (29), o rio atingiu 15,36 metros, ultrapassando a cota de transbordo, que é de 14 metros, por mais de um metro e meio.

Nas últimas horas, o nível apresentou aumento de quatro centímetros em relação à medição anterior, realizada às 5h21, quando marcava 15,32 metros.

Apesar da ausência de chuvas na capital nas últimas 24 horas, o rio continua subindo devido ao grande volume de água acumulado nas cabeceiras, mantendo o alerta máximo para autoridades e população ribeirinha.

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Rio Tarauacá ultrapassa cota de transbordamento e mantém município em alerta

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Nível do rio atinge 10,05 metros e Defesa Civil intensifica monitoramento, apesar de não haver desabrigados

A cheia do Rio Tarauacá já ultrapassou a cota de transbordamento e mantém as autoridades em estado de atenção no município de Tarauacá, no interior do Acre. De acordo com o Informativo Hídrico divulgado pela Defesa Civil Municipal na manhã desta segunda-feira (29), o nível do rio atingiu 10,05 metros às 9h, registrando elevação em relação à medição das 6h, quando marcava 10,03 metros.

Os dados confirmam que o manancial permanece acima da cota de transbordamento, fixada em 9,50 metros, e bem acima da cota de alerta, estabelecida em 8,50 metros. Em apenas três horas, o aumento foi de dois centímetros, o que reforça a preocupação das equipes de monitoramento quanto à possibilidade de novos alagamentos em áreas ribeirinhas da cidade.

Apesar da elevação do nível do rio, a Defesa Civil Municipal informou que, até o momento, não há registro de pessoas desabrigadas em Tarauacá. As equipes seguem acompanhando a situação de forma contínua, realizando vistorias preventivas nas áreas mais vulneráveis, especialmente diante do histórico de grandes cheias no município.

O nível máximo já registrado no Rio Tarauacá foi de 11,15 metros, em 19 de fevereiro de 2021, referência que mantém as autoridades em vigilância permanente durante o atual período chuvoso.

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Homem é preso suspeito de matar a esposa e tentar simular suicídio em Porto Velho

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Pesquisas no celular e laudo do IML reforçam investigação por feminicídio ocorrido durante o Natal

Magno dos Santos Batista foi preso em Porto Velho suspeito de matar a esposa, Luciana, e tentar simular um suicídio durante o período de Natal. Segundo a Polícia Civil, além das contradições apresentadas em depoimento, análises realizadas no celular do investigado apontaram pesquisas na internet consideradas suspeitas, que reforçam a hipótese de feminicídio.

O crime ocorreu no dia 18 de dezembro, e a prisão preventiva foi cumprida no dia de Natal. Com autorização do próprio suspeito, os policiais acessaram o aparelho celular, onde encontraram buscas como “Como proceder após suicídio da esposa?”, “Se mexer no cadáver ele pode fazer barulho?” e “Quando a pessoa morre se vira o olho?”. Uma das pesquisas, realizada no dia anterior à morte, fazia referência ao que a Bíblia diz sobre pessoas que cometem suicídio.

Em depoimento, Magno afirmou que teve uma discussão com a esposa, que teria ficado “alterada”, e que foi dormir. Ao acordar, segundo ele, encontrou a companheira morta. No entanto, a investigação aponta que mensagens foram enviadas a partir do celular do suspeito no mesmo período em que ele alegou estar dormindo, o que levantou suspeitas sobre sua versão dos fatos.

Magno chegou a ser detido no dia do ocorrido, mas foi liberado inicialmente por falta de provas técnicas. A Polícia Civil, então, instaurou inquérito para apurar se a morte havia sido causada por suicídio ou homicídio.

Dias depois, o laudo do Instituto Médico Legal (IML) concluiu que Luciana não morreu por enforcamento, mas por asfixia decorrente de estrangulamento. O exame também identificou outras lesões no corpo da vítima, reforçando a suspeita de violência.

Com base nas conclusões do laudo pericial, o Ministério Público de Rondônia (MP-RO) solicitou a prisão preventiva do suspeito, pedido que foi acatado pela Justiça. Após a decisão judicial, a Polícia Civil localizou Magno dos Santos Batista e cumpriu o mandado de prisão.

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