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Porto Velho 105 anos: conheça um pouco da história do Município
O Município de Porto Velho comemora nesta sexta-feira (24), 105 anos de instalação, que ocorreu com a posse de seu primeiro prefeito, Major Guapindaia, em 24 de janeiro de 1915.
Fotos:Marcos Figueira
rondoniagora.com - Publicado em Sexta, 24 de Janeiro de 2020 - 08h47
O RONDONIAGORA.COM ouviu o memorialista Anísio Gorayeb e o historiador Aleks Palitot, que contam um pouco da história da cidade.
Criado à margem direita do Rio Madeira, importante rio de navegação e produção de energia, o município possui riquezas, encantos e atrativos para os moradores. É uma metrópole ainda jovem, mas com potencial para o desenvolvimento. Entre as belezas, o pôr do sol no Rio Madeira, Praça Três Caixas D’Água, Espaço Alternativo, Igreja de Santo Antônio e vários outros.
Antes integrada ao município de Humaitá, no Amazonas, o Município de Porto Velho foi criado pela Lei 756, aprovada em 2 de outubro de 1914 pela Assembleia Legislativa amazonense. Somente em 1943, junto com o município de Guajará-Mirim, passou a constituir o Território Federal do Guaporé, que depois, em 1956, foi denominado Rondônia, sendo elevado a Estado em 1981.

O nome de Porto Velho, segundo o livro Enganos da Nossa História, de Antônio Cândido da Silva, na década de 60, um jornalista do Jornal Alto Madeira, preparava uma matéria de aniversário da cidade quando surgiu a curiosidade sobre o nome. Ele então, foi em alguns bairros tradicionais como Mocambo, Triângulo e Caiari, para entrevistar alguns moradores antigos.
A versão contada naquela época era sobre o velho lenhador chamado Pimentel, que cortava lenha para navios a vapores da época do Ciclo da Borracha, que atracavam no Porto do Velho Pimentel. “Só que não há comprovação de documentos primários e secundários sobre a existência dele, então ele virou uma lenda viva. Acho bacana ter a lenda, o mito e a história oficial”, disse o historiador Aleks Palitot.
Segundo Palitot, na época do Segundo Reinado de Dom Predo II, na guerra do Paraguai em 1865, essa região era fronteira do Mato Grosso e Amazonas. Onde está localizado Porto Velho, o presidente do Paraguai, invadiu Mato Grosso, na região de Corumbá.
Como a capital do Mato Grosso tinha uma conexão com o Rio Guaporé, consequentemente até Guajará-Mirim pelo Rio Mamoré e Rio Madeira, o Governo central entendeu que uma forma de não deixar a região do Mato Grosso isolada, era garantir a livre navegação e o controle sobre aquela região do Rio Madeira, Mamoré e Guaporé, segundo o historiador.
Dom Pedro II então, mandou construir uma guarnição militar próximo ao pátio ferroviário da Estrada de Ferro Madeira Mamoré. “Naturalmente, quando os militares se colocaram ali, chegando de barco, criaram um pequeno porto, tanto que em cartas de Marechal Rondon, e em relatórios de Oswaldo Cruz, eles sempre se referem ao local como Porto Velho Militar ou Porto dos Militares”, disse Aleks Pailtot.
Com o fim da guerra de 1870 entre Brasil e Paraguai, o Brasil foi vitorioso e em 1872 iniciou-se a construção da Madeira Mamoré, quando a empresa inglesa Public Works se instalou em Santo Antônio, no Mato Grosso, onde iniciou a EFMM. “Eles construíram um porto novo e moderno para receber os equipamentos da EFMM e naturalmente as pessoas se referiam chamando de Porto Velho e Porto Novo”, contou o historiador.
Inglês dominava
Conforme o memorialista Anísio Gorayeb, com a criação do município de Porto Velho, surge também o primeiro grande impasse. Com domínio americano na região, visto que o idioma e toda a documentação da EFMM eram em inglês, – assim como também o primeiro jornal impresso na cidade era nesse idioma -, o “The Porto Velho Times”, tornava-se necessário uma divisão territorial para não haver conflito de poderes.
Foi criada então a Rua Divisória, que era onde é atualmente a Avenida Presidente Dutra. Nela havia uma cerca dividindo a cidade em duas partes. Uma parte era domínio americano, visto que os americanos eram detentores da concessão da ferrovia e outra parte era domínio do município. O lado leste da Rua Divisória era administrado pelo superintendente do município e o lado oeste pelos diretores da EFMM, segundo relato de Anísio Gorayeb.
Atualmente, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, (IBGE), a capital rondoniense é considerada a terceira mais populosa da Região Norte, com população estimada de 529.544. É a única capital brasileira que faz fronteira com outro país, a Bolívia.
São mais de 34 mil km² em área territorial, com 75 bairros divididos entre as zonas Sul, Leste, Norte e Oeste.
A primeira eleição no município de Porto Velho só aconteceu em dezembro de 1916, quando foi eleito o médico Joaquim Augusto Tanajura. Este, por sua vez, assumiu o município no dia 1º de janeiro de 1917, para uma gestão no período de 1917/1919. Joaquim Tanajura foi eleito novamente em 1922, para um segundo mandato no período de 1923/1925.
Foi no segundo mandato do Superintendente Joaquim Tanajura que o município adquiriu o imóvel na Rua José Bonifácio, na ladeira Comendador Centeno para ser a nova sede do executivo municipal. Anteriormente a sede do município era em um antigo casarão de madeira próximo da atual sede central dos Correios e Telégrafos.
Complexo histórico
A histórica de Porto Velho é recheada de glórias e fracassos. Parte ainda tenta sobreviver no complexo da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM), Terminal Ferroviário, o Cemitério da Candelária, locomotivas, Três Caixas D’Água. Outros foram surgindo com o passar o tempo como o Mercado Cultural, Espaço Alternativo, Mercado do Km 1, Memorial Jorge Teixeira, Teatro Estadual Palácio das Artes e Casa de Cultura Ivan Marrocos.
A miscigenação dos moradores, que ocuparam a Porto Velho vindo de vários lugares do país, também é percebida na cultura, com pluralismo através do seu calendário de festas, onde se destacam Flor do Maracujá – realizado há quase 40 anos e que reúne artistas locais com concursos de quadrilhas e bois-bumbás; festivais de praia; festejos carnavalescos como a tradicional Banda do Vai Quem Quer.
As principais atividades da cidade são as indústrias de alimentos, hidrelétricas, frigoríficos, grandes supermercados atacadistas, fábrica de móveis, postos de gasolinas e refinarias. A produção agrícola, que inclui macaxeira, açaí, banana, entre outros; pecuária e piscicultura também são fortes na capital rondoniense.

Porto Velho comemora 105 anos de instalação e sua formação se deu no rio Madeira
O município surgiu com a assinatura do tratado de Petrópolis e da exploração da navegabilidade do rio Madeira. O decreto assinado em 1873 pelo imperador Dom Pedro II autorizava os navios mercantes das nações amigas a trafegarem pelos rios amazônicos.

Devido às dificuldades de ancorar grandes embarcações em Santo Antônio, o norte americano Percival Farquhar, responsável pela construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré após o Tratado de Petrópolis, mudou o início das obras para o antigo “Porto Velho dos Militares”, uma referência ao ponto de apoio utilizado pelo Exército Brasileiro da Guarda Imperial durante a Guerra do Paraguai (1864/1870), onde também era embarcada a produção dos seringais da região. Este seria o início da formação da capital do estado de Rondônia e atualmente este porto é conhecido como o Porto do Cai n’água, classificado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) como Instalação portuária pública de pequeno porte – IP4.
Na década de 70, o Departamento Nacional de Portos e Vias Navegáveis (DNPV) iniciou a construção de novas estruturas portuárias na cidade de Porto Velho, que mais tarde, com a extinta Empresa de Portos do Brasil (Portobrás), tornou-se o Porto Organizado de Porto Velho, administrado pela Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (Soph), empresa pública do governo do estado de Rondônia.
Para o diretor presidente da Soph, Amadeu Hermes Santos da Cruz, o surgimento da Capital de Rondônia está intimamente ligado ao desenvolvimento da atividade portuária. “A viabilização do escoamento da produção agropecuária de Rondônia e do norte do Mato Grosso, bem como de países vizinhos pelo Arco Norte, possibilita integrar a Amazônia Ocidental ao restante do mundo, contribuindo com o crescimento da região. Faz parte da nossa história de criação, bem como também define nosso futuro promissor”, frisou.
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Governador Gladson Camelí e vice Mailza realizam reunião de alinhamento para enfrentar impacto das chuvas e reforçar Plano de Contingência
Com o objetivo de intensificar as ações de prevenção e resposta aos impactos das chuvas dos últimos dias, o governador Gladson Camelí e a vice-governadora Mailza Assis presidiram, nesta sexta-feira, 26, uma reunião de alinhamento do Gabinete de Crise, na Secretaria de Estado da Casa Civil. O encontro reuniu órgãos estaduais e instituições diretamente ou indiretamente envolvidas na agenda ambiental e na gestão de riscos, para tratar do aumento das chuvas e da execução do Plano de Contingência do Estado do Acre.
A reunião foi coordenada pela Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (Comdec), com participação da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), além da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC), Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), Polícia Militar do Acre (PMAC), Departamento de Estradas de Rodagem e Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária do Acre (Deracre), Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas (Sepi), Secretaria de Educação e Cultura (SEE), Secretaria de Comunicação (Secom), Secretaria de Agricultura (Seagri), Serviço de Água e Esgoto do Acre (Saneacre) e Secretaria de Governo (Segov).

Governo do Acre reuniu pastas comprometidas com o plano de contigência para antecipar ações emergenciais. Foto: José Caminha/Secom
Durante a abertura, o governador Gladson Camelí destacou a importância da antecipação das ações. “Essa reunião é de extrema importância pois demonstra a antecipação de nossas ações. Peço para todos do governo do Acre que não percamos tempo, vamos fazer nosso dever sem medir esforços. Agradeço a presença de todos e vamos fazer de tudo para proteger nossa população”, afirmou.

Governador do Acre pediu dedicação total do corpo estatal na antecipação de ações e proteção das famílias em vulnerabilidade. Foto: José Caminha/Secom
A vice-governadora Mailza Assis, que também responde pela SEASDH, levantou a importância do plano de contingência estadual. O documento estabelece estratégias, ações e rotinas de enfrentamento a partir dos cenários de risco e das vulnerabilidades já identificadas. “Pelo volume de chuva dos últimos dias, estamos unidos com toda a estrutura do governo e organizados para dar uma resposta rápida à população. O momento requer atenção de todos”, ressaltou.

“A assistência social tem um papel fundamental, com insumos e acompanhamento constante das necessidades que possam surgir”, evidenciou Mailza. Foto: Ingrid Kelly/Secom
O coordenador estadual da Defesa Civil, Cel. Carlos Batista, explicou que o plano é essencial para garantir agilidade no atendimento às famílias atingidas e no apoio aos municípios. “Já estamos atendendo várias localidades com o apoio do Corpo de Bombeiros. Em Rio Branco, 13 pessoas já foram deslocadas pela prefeitura. O Estado possui um plano estruturado para apoiar cada município, que tem a responsabilidade legal pelo acolhimento da população”, afirmou.

Coronel Batista apresentou dados já coletados pela Defesa Civil para sustentar as ações iniciais. Foto: Ingrid Kelly/Secom
Segundo ele, o planejamento prevê orçamento e ações integradas de todas as secretarias envolvidas. “Há previsão de chuvas acima da média para os próximos três meses. Esperamos que não se confirme, mas estamos preparados”, completou.
Dados apresentados durante a reunião apontam que, nas últimas 24 horas, o volume de chuvas provocou uma elevação rápida no nível do Rio Acre, que chegou a 11,49 metros na tarde desta sexta-feira, segundo a última leitura da Defesa Civil Estadual.
Em Rio Branco, o Rio Acre subiu quase quatro metros em apenas 24 horas, mobilizando equipes de socorro para atendimento imediato às famílias afetadas por enxurradas e alagamentos, especialmente em áreas próximas aos igarapés da capital, que também estão sendo monitorados. A Defesa Civil acompanha de forma permanente toda a bacia do Rio Acre, incluindo os municípios de Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri, Rio Branco e a área rural de Capixaba.
Outras regiões também inspiram atenção. A bacia do Rio Tarauacá registrou índices pluviométricos acima da média, mantendo as equipes locais em estado de alerta. Em números atualizados, Rio Branco registrou 160 milímetros de chuva, com o nível do Rio Acre alcançando 11,83 metros, sendo 14 metros a cota de transbordamento. Em Brasileia e Epitaciolândia, foram registrados 237 milímetros nas últimas 48 horas, e em Assis Brasil, 94 milímetros.

Governo do Acre atua com ações precisas para antecipar o que deve ser feito por cada instituição. Foto: Ingrid Kelly/Secom
O governo do Acre permanece em alerta total e em contato direto com as coordenadorias municipais para atender populações que vivem em áreas de risco. “Estamos executando um Plano de Contingência construído com anos de experiência, válido para todo o Estado. Nenhum município consegue enfrentar sozinho esse momento. O Estado está pronto para apoiar as prefeituras e garantir que a população receba o atendimento necessário”, reforçou Batista.
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Governo do Acre convoca candidatos do concurso da Educação e destaca agendamento online da Junta Médica em Rio Branco
O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Administração (Sead) e da Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE), publicou nesta sexta-feira, 26, em edição extra do Diário Oficial do Estado, o edital de convocação de candidatos aprovados no concurso público da Educação para as próximas etapas do certame, que consistem na inspeção médica, entrega de documentos e posse.
A convocação integra o cronograma oficial e reforça o compromisso da gestão com o fortalecimento da rede de ensino pública, garantindo a chegada de novos profissionais às escolas e ampliando a capacidade de atendimento da Educação em todo o Acre.
Na convocação realizada, os chamados são para o cargo de Professor P2, nas áreas de Língua Portuguesa, Matemática, Língua Inglesa e Língua Espanhola.
Certo, mas o que o convocado deve fazer agora?
Após ver o nome entre os convocados, o candidato deve seguir as orientações previstas no edital e organizar as etapas com antecedência:
- Confirme os dados e siga orientações do edital
Verifique atentamente o cargo, a localidade e as instruções específicas da sua convocação. - Providencie os exames médicos
Os exames e avaliações exigidos devem estar dentro do prazo de validade previsto no edital. É fundamental iniciar essa etapa o quanto antes para evitar imprevistos, especialmente no período de fim de ano e início de janeiro. - Faça a inspeção na Junta Médica (com agendamento online em Rio Branco)
A principal novidade desta etapa é o novo formato de agendamento online para atendimento da Junta Médica em Rio Branco, trazendo mais organização e previsibilidade ao fluxo de atendimento. O agendamento é feito por links, divididos por período:
Clique aqui para agendamento para os dias 29 e 30 de dezembro;
Clique aqui para agendamento para os dias de 5 a 16 de janeiro.
Após agendar, o candidato deve comparecer à Junta Médica no local e data selecionados, com toda a documentação e os laudos/exames exigidos.
Em Cruzeiro do Sul o atendimento permanece no formato habitual, nos dias 7 e 8 de janeiro, das 8h às 12h, na sede da Junta Médica no município, na Rua Félix Gaspar, n° 3806, Centro. Por isso, também é importante garantir que os exames estejam prontos dentro do prazo, para evitar contratempos. - Entregue a documentação dentro do prazo
A entrega de documentos deve ser feita dentro do período estabelecido no edital, em Rio Branco (sede da SEE) ou nos núcleos de Representação da Educação para atendimento nos municípios. Além dos documentos pessoais e declarações exigidas, é indispensável apresentar o atestado emitido pela Junta Médica após a inspeção.
Sobre a posse dos convocados na atual convocação
A posse ocorrerá em data, horário e local a serem divulgados posteriormente, conforme a conclusão das etapas de inspeção médica e conferência documental. O governo do Acre reforça a importância de acompanhar os canais oficiais e o Diário Oficial do Estado para não perder prazos e orientações.
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Justiça mantém prisão de suspeitos pela morte de Moisés Alencastro em Rio Branco
Antônio de Sousa Morais e Nataniel Oliveira de Lima foram encaminhados ao presídio Francisco de Oliveira Conde após audiência de custódia
A Justiça do Acre manteve a prisão dos dois suspeitos de envolvimento no assassinato do colunista social Moisés Alencastro, ocorrido em Rio Branco. A decisão foi tomada após audiência de custódia realizada na manhã desta sexta-feira (26), na Vara Estadual das Garantias da Comarca de Rio Branco.
A audiência foi conduzida pelo juiz Caique Cirano Di Paula, que decidiu manter a prisão com base no parecer do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC).
Os suspeitos Antônio de Sousa Morais, de 22 anos, apontado como autor do crime, e Nataniel Oliveira de Lima, de 23 anos, considerado o segundo envolvido, haviam sido presos ainda nesta quinta-feira (25) — Antônio no período da manhã e Nataniel à noite.
Após a decisão judicial, ambos foram encaminhados ao Complexo Prisional de Rio Branco, Francisco de Oliveira Conde (FOC), onde permanecem à disposição da Justiça enquanto as investigações seguem em andamento.
O caso continua sendo apurado pela Polícia Civil, por meio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Fotos:Marcos Figueira











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