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Por conta de baixa procura, mais de 200 mil doses da vacina contra a gripe podem ser perdidas no Acre
Vacinas estão próximas do prazo de validade e a cobertura vacinal chegou a apenas 22% do público-alvo, e menos de 100 mil doses foram aplicadas

Maria Aparecida levou a filha Bia para se vacinar contra a gripe. Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre
Mais de 200 mil doses da vacina contra o vírus influenza, causador da gripe, podem vencer e serem descartadas nos próximos dias, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), por conta da baixa procura pelos imunizantes.
Somente na capital do estado, são quase 30 mil doses que podem ir parar no lixo. O motivo é a baixa procura pela vacina em todas as unidades de saúde.
Mesmo prorrogando a campanha de vacinação contra a influenza até 31 de janeiro, o Acre aplicou menos de 100 mil doses da vacina. Isso corresponde a uma cobertura de apenas 22,09% do grupo prioritário, composto por crianças, idosos, gestantes, trabalhadores da saúde e pessoas com comorbidades.
O público-alvo da campanha em todo o estado é de mais de 300 mil pessoas. Antes, a previsão de término da campanha era em outubro de 2024.
“Muitos pais, às vezes, deixam para vacinar as crianças quando vão matricular na escola. Quanto antes as crianças ficarem imunizadas, é importante, um melhor controle das doenças”, alerta a enfermeira Evaleinei Reis.
As secretarias municipais de saúde continuarão com as ações de vacinação contra a influenza, mantendo a prioridade para os grupos alvos da campanha. A expectativa é conseguir aumentar a cobertura vacinal até o fim do prazo da campanha, segundo o secretário de saúde de Rio Branco, Rennan Biths.
“Nos últimos anos, nós realmente temos enfrentado muitas dificuldades para atingir os parâmetros ideais em relação à cobertura vacinal da população. Temos feito todo o esforço para manter as nossas unidades equipadas. Procurem nossas unidades de saúde para que você possa completar toda a programação de imunização que nós temos à disposição”, ressalta.
Exemplos
Quem já atendeu ao chamado e garantiu a proteção contra a gripe foi o pequeno Pietro, que foi levado pela tia, Adriane Andrade, para ser vacinado. Agora, o Pietro vai estar protegido por pelo menos um ano.
“É super importante. Proteja o seu filho, por que hoje em dia as doenças que mais estão surgindo são novas doenças e, podendo imunizar com o que a gente já tem, é importante para a criança”, destacou.
Já a dona de casa Maria Aparecida levou a filha Bia para se vacinar e deixou uma mensagem para que outras famílias façam o mesmo.
“A importância [de vacinar] é para que eles não venham pegar doenças, para se proteger”, disse.

Doses tem prazo de validade em abril, mas deve ser utilizada apenas até 31 de janeiro. Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre
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Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento

Papa Leão na FAO em Roma • 16/10/2025 REUTERS/Remo Casilli
Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para “enriquecer e fortalecer” a “união exclusiva do matrimônio”.
A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.
O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que “não nega sua fecundidade”, ainda que deva “naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida”.
O texto também prevê o conceito de consentimento livre” e “pertencimento mútuo”, assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.
“Um cônjuge é suficiente”
No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e “exclusivo”.
Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.
“Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto”, diz o documento.
“Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros”, enfatizou a Santa Sé.
Fonte: CNN
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PF afasta delegado e policial em operação contra esquema de ouro ilegal no Amapá
Operação Cartucho de Midas apreende mais de R$ 1 milhão, € 25 mil e prende suspeito com arma restrita; movimentações acima de R$ 4,5 milhões reforçam indícios de lavagem de dinheiro.

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Roraima suspende novas licenças para extração de ouro após recomendação do MPF
Medida vale por prazo indeterminado e ocorre diante do uso ilegal de mercúrio em garimpos, inclusive licenciados; Femarh terá de revisar autorizações já emitidas.

No mês de fevereiro deste ano, o Estado do Amazonas exportou US$ 11 milhões em ouro para a Alemanha. (Foto: Shuttestock)
Atendendo a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (Femarh) suspendeu, por prazo indeterminado, a emissão de novas licenças ambientais para extração de ouro em todo o estado. A decisão decorre de um inquérito civil que apura os impactos socioambientais do uso de mercúrio no garimpo na Amazônia.
Segundo o MPF, o mercúrio — substância altamente tóxica — vem sendo empregado inclusive em garimpos com licença ambiental, sem fiscalização adequada sobre o método de beneficiamento do minério. O órgão ressalta que todo o mercúrio utilizado nessas atividades é ilegal, uma vez que o Ibama não autoriza sua importação para fins minerários.
A recomendação determina que a Femarh passe a exigir dos empreendimentos a especificação da técnica de separação do ouro e documentos que comprovem o uso de tecnologia apropriada. Também orienta a revisão das licenças já concedidas e a suspensão daquelas que mencionem o uso do metal tóxico.
Em nota, a Femarh informou que não autorizará novas atividades de extração enquanto não houver estudos técnicos que garantam métodos alternativos ao uso do mercúrio.

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