Após encerrado o tempo, um funcionário ligou para o quarto, mas Nobre não respondeu. O funcionário resolveu ir até o quarto e encontrou o homem desacordado. O Serviço de atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e a equipe médica constatou o óbito.

“Ele estava há muitos anos afastado de suas funções. O núcleo de apoio ao servidor estava acompanhando a situação e ele estava há 10 anos nessa luta contra o vício. Enquanto desempenhou sua funções, desempenhou bem, deu sua contribuição. No início do tratamento até o óbito, ele foi acompanhado, mantivemos contato com a família, com casas de apoio, mas, infelizmente, nos deparamos com essa situação.

O presidente também aproveitou para reforçar que a morte do policial foi uma fatalidade e não tem relação com retaliações de grupos criminosos após a rebelião no presídio de segurança máxima.

“Foi um fato isolado que a instituição lamenta muito. Nós sabemos que a profissão do policial penal é uma das mais estressantes e mais antigas. Ao longo do tempo, a gente vem acumulando alguns resquícios da profissão, isso é inerente da profissão”, pontua.

Feitoza aproveitou para dizer que o Iapen já está no trâmite de licitação da nova sede do núcleo de apoio ao servidor penitenciário. “Já tem recurso destinado, vamos ter três salas de atendimento individualizado para acompanhar melhor nossos servidores com essa carga de estressa”, garantiu.

Consta no boletim de ocorrência que, ao chegar ao local, o proprietário do motel apresentou à Polícia Militar imagens de câmeras de segurança que mostram Nobre chegando sozinho, deixado por um mototáxi.

Peritos relataram terem encontrado quatro embalagens de entorpecentes parecendo ser cocaína, sendo três abertos e um intacto. De acordo com a equipe médica que constatou o óbito do homem, ele não apresentava ferimentos.

Colaborou Richard Lauriano, da Rede Amazônica Acre.