Acre
Policiais Civis do Acre aderem em peso a manifesto no centro da capital
A manifestação dos policiais civis, que nesta quarta-feira (8) paralisam suas atividades inicialmente por 24 horas, contou com a presença maciça da categoria, que insatisfeita com o Governo Estadual, quer mostrar a sociedade acreana a sua indignação com o descaso com que vem sendo tratada pela atual gestão.
De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Acre (Sinpol/AC), o Governo não cumpriu as pautas que foram amplamente discutidas, negociadas e acordadas com a categoria nos anos de 2011 a 2013.
De acordo com Itamir Lima, presidente do Sinpol/AC, a paralisação, denominada “Marco Zero”, é um grito de socorro dos policiais e pretende de mostrar à população a real situação da polícia civil, que hoje funciona de forma precária e com insuficiência de pessoal, servidores em desvio de função, com promoções atrasadas, direitos desrespeitados; além de demonstrar toda a indignação da categoria contra a forma como o governo tratou os policiais civis, adiando as pautas negociadas até o envio de projeto de lei, que não foi o acordado com a categoria.
A diretoria do Sinpol apresentou ainda números que comprovam que o efetivo da Polícia Civil é o mesmo a mais de 10 anos, em contrapartida a população acreana cresceu na última década cerca de 35%.
“Para ter ideia de como está a Polícia Civil acreana, em 2001 a Polícia Civil tinha um quadro de 646 agentes de polícia, no final de 2013 o número de agentes continua o mesmo, sendo que pela Lei 1384/2001, o ideal era que a polícia tivesse pelo menos 1.500 agentes, isso de acordo com o próprio Governo. Daqui dois anos teremos cerca de 400 polícias se aposentando”, comentou o sindicalista.
Ainda de acordo com a diretoria do sindicato, o Governo do Estado chegou a procurar o Sinpol/AC para tentar reverter o quadro e evitar os manifestos sugerindo novas negociações, mas, tomando como exemplo negociações anteriores que não foram cumpridas pelo o Executivo, a categoria decidiu manter o manifesto de ações mais radicais por parte da categoria.
“O Governo sugeriu esquecer o passado e ‘recomeçar do zero’ as negociações para possível implementação em 2015, pois, segundo a equipe de assessores do governo, o governador não mandará nenhum projeto de lei para aprovação em 2014, mesmo não havendo impedimentos legais para isso, uma vez que a legislação eleitoral é clara a esse respeito. Tal postura do Governo só demonstra o descaso com que é tratada a categoria policial civil. Nossa categoria tem pressa e o Marco Zero é apenas o início de uma série de ações que serão desenvolvidas até que seja reintegrada em sua plenitude a dignidade desses profissionais que construíram e trouxeram até aqui a Polícia Civil do Estado do Acre”, declarou Lima.
Entre as reivindicações a categoria quer o cumprimento das promoções imediata e o reenquadramento, existem policiais com promoções atrasadas, titulação e reestruturação do quadro efetivo e de estrutura.
“Essa é uma paralisação de 24 horas, mas o inicio da ‘Operação Cumpra-se a Lei’, onde faremos apenas o que é de nossa atribuição, queremos as promoções imediatas e o reenquadramento e dessas pautas não abrimos mão, se o Estado diz que não pode editar a Lei em 2014, vamos nos manter mobilizados durante todo o ano, mas, queremos respeito e que a polícia civil tenha o que é de direito. Temos promoções atrasadas e policiais que vão se aposentar e não chegam a ultima referencia, temos policiais com nível superior, mas não tem adicional de titulação, que todo servidor publico tem, queremos resposta, queremos mais do que tudo respeito e dignidade por parte do governo, porque se acha que não merecemos por meio desse movimento vamos mostrar que merecemos muito mais do que foi pedido”, finalizou Itamir Lima.
Com ac24horas
Comentários
Acre
Aleac vota nesta quarta-feira Orçamento de 2026, estimado em R$ 13,8 bilhões
Projeto representa aumento de 13,63% em relação a 2025 e será apreciado em sessão que encerra o ano legislativo; dezenas de outras matérias também estão na pauta

LOA de 2026 e dezenas de projetos serão votados na reta final de trabalhos na Aleac. Foto: captada
A Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) encerra suas atividades de 2025 nesta quarta-feira (17) com a votação de dezenas de projetos, entre eles a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026, estimada em R$ 13,8 bilhões – aumento de 13,63% em relação ao ano anterior. Do total, R$ 9,3 bilhões são de recursos próprios do estado e R$ 4,4 bilhões vêm de outras fontes.
A LOA será analisada exclusivamente pela Comissão de Orçamento e Finanças antes de seguir para o plenário. Os projetos foram encaminhados às comissões conjuntas nesta terça-feira (16) e devem ser votados em sessão única, marcando o fim do ano legislativo na Casa.
Detalhes do orçamento 2026
- Total: R$ 13,8 bilhões
- Aumento: 13,63% em relação a 2025
- Recursos próprios: R$ 9,3 bilhões
- Outras fontes: R$ 4,4 bilhões
Tramitação
- Encaminhamento: Projetos vão às comissões nesta terça-feira (16)
- LOA: Apreciação exclusiva pela Comissão de Orçamento e Finanças (COF)
- Votação final: Todos os projetos devem ser votados na quarta-feira (17)
A sessão final do ano é crucial para garantir a continuidade de serviços públicos em 2026, especialmente em ano pré-eleitoral. A aprovação da LOA dentro do prazo é essencial para evitar contingenciamentos e garantir planejamento adequado das ações governamentais no próximo ano.

O deputado Tadeu Hassem, presidente da Comissão de Orçamento e Finanças (COF), conduziu a audiência pública que discutiu a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026 na Assembleia Legislativa do Acre. Foto: captada
Comentários
Acre
Brasiléia recebe carreta do Agora Tem Especialistas com atendimentos de ginecologia e mastologia até sexta-feira
O espaço oferece consultas nas especialidades de ginecologia e mastologia, com o objetivo de reduzir a fila de espera de pacientes que aguardavam por atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). Os atendimentos, no entanto, não são abertos ao público em geral

Secretária adjunta de Atenção à Saúde, Ana Cristina Moraes, destacou fortalecimento da saúde da mulher. Foto: Tiago Araújo/Sesacre
Para reduzir o tempo de espera e ampliar o acesso da população ao atendimento especializado, a carreta do programa Agora Tem Especialistas chega a Brasileia por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), em parceria com Ministério da Saúde e os Municípios da Regional do Alto Acre.
A cerimônia de abertura dos atendimentos foi realizada na manhã de segunda-feira, 15, no Hospital Regional do Alto Acre, local onde a carreta realizará atendimentos até sexta-feira, 19, retornando em 6 de janeiro e seguindo até o dia 30 do mesmo mês.
Durante a abertura, a secretária adjunta de Atenção à Saúde, Ana Cristina Moraes, destacou que a ação fortalece o cuidado com a saúde da mulher e garante a presença de especialistas mais próximos da população. “Essa carreta representa um avanço importante, porque leva atendimento especializado em saúde da mulher para Brasileia e também para os municípios de Xapuri, Epitaciolândia e Assis Brasil. É uma iniciativa que reduz a espera por exames e aproxima o serviço de quem mais precisa”, afirmou.
O espaço oferece consultas nas especialidades de ginecologia e mastologia, com o objetivo de reduzir a fila de espera de pacientes que aguardavam por atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). Os atendimentos, no entanto, não são abertos ao público em geral. Apenas pacientes que já estavam cadastradas e foram pré-agendadas pela Regulação Estadual de Saúde serão atendidas no local.

Cerimônia de abertura dos atendimentos foi realizada na manhã desta segunda-feira, 15, no Hospital Regional do Alto Acre, em Brasileia. Foto: Tiago Araújo/Sesacre
A coordenadora do grupo condutor do Estado e do programa Agora Tem Especialistas, Érika Oliveira, ressaltou que a iniciativa assegura atendimento digno e oportuno às mulheres da região. “Evitando deslocamentos até a capital, levamos a saúde até a população, garantindo acesso no tempo certo e de acordo com o que é preconizado pela política pública do SUS”, destacou.
Com uma equipe multiprofissional, a carreta oferece consultas, realiza exames e encaminha, quando necessário, casos mais complexos para o Hospital de Amor, em Rio Branco, instituição parceira do projeto, para que o tratamento tenha início de forma rápida e segura.
Para o secretário municipal de Saúde de Xapuri, Daniel Lima, a iniciativa representa um ganho concreto para os municípios mais distantes da capital. “Xapuri está a cerca de 200 quilômetros de Rio Branco, e esse deslocamento gera custos e desgaste, principalmente para os pacientes. Quando o atendimento especializado passa a ser ofertado na própria regional, o acesso se torna mais fácil e mais humano. Essa ação garante mais comodidade, reduz barreiras e fortalece a assistência em saúde para a população do interior”, afirmou.
Moradora da zona rural de Brasileia e uma das pacientes atendidas pela carreta, Águeda Augusta Alves relatou a experiência de realizar os exames sem precisar se deslocar até a capital, destacando a facilidade do acesso e a importância da iniciativa para quem vive longe dos grandes centros.
“Antes, para fazer esses exames, eu precisava ir até Rio Branco, o que é cansativo e exige tempo, além da espera pelo resultado. Com a carreta aqui, tudo fica mais perto e mais viável para quem mora na zona rural. Fui orientada pela agente de saúde, fiz o agendamento e consegui realizar os exames com mais facilidade. Esse projeto ajuda principalmente quem mais precisa e permite que, se for identificado algum problema, o encaminhamento para o tratamento aconteça de forma mais rápida”, relatou.

Com uma equipe multiprofissional, a carreta oferece consultas, realiza exames e encaminha, quando necessário, casos mais complexos para o Hospital de Amor, em Rio Branco. Foto: Tiago Araújo/Sesacre
Comentários
Acre
Pedro Longo pede agilidade no pagamento de verbas rescisórias e reforça apelo por festas sem fogos barulhentos
Durante a sessão ordinária desta terça-feira (16), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado Pedro Longo (PDT) usou a tribuna para registrar votos de pesar, cobrar maior celeridade no pagamento de verbas rescisórias a servidores provisórios e reforçar um apelo à população e aos órgãos públicos para que as festas de fim de ano sejam realizadas sem o uso de fogos com estampido.
No início do pronunciamento, o parlamentar manifestou solidariedade pelo falecimento do ex-deputado estadual e ex-prefeito de Sena Madureira, Nilson Areal, destacando a relevância política e o respeito que ele construiu ao longo da vida pública. “Nilson foi uma pessoa extremamente marcante na vida política de Sena Madureira, muito respeitado e admirado pela população, algo que ficou evidente no momento do velório e do sepultamento”, afirmou, ao estender condolências à família do ex-parlamentar.
Em seguida, Pedro Longo voltou a tratar da situação dos servidores provisórios que aguardam o pagamento das verbas rescisórias vinculadas ao Instituto de Administração Penitenciária (Iapen). O deputado reconheceu o compromisso do governo com a quitação dos valores, mas alertou para a necessidade de mais agilidade no processo. “O pagamento está garantido, mas não está ocorrendo com a rapidez que gostaríamos. Essas famílias enfrentam um momento difícil e precisam desses recursos, especialmente neste período que antecede o Natal”, ressaltou, agradecendo o acompanhamento feito pelo secretário Luiz Calixto e pelo secretário adjunto Guilherme Duarte.
Encerrando sua fala, o parlamentar também fez um apelo à sociedade acreana e às administrações públicas para que evitem o uso de fogos com barulho durante as festividades de fim de ano. Segundo ele, a prática causa sofrimento a pessoas com transtorno do espectro autista, crianças, idosos, pessoas enfermas e animais. “Reitero o pedido para que o poder público não utilize e fiscalize a utilização desses fogos. É uma questão de respeito e sensibilidade com quem mais sofre nesse período”, concluiu.
Texto: Andressa Oliveira
Foto: Sérgio Vale







Você precisa fazer login para comentar.