Brasil
Polícia Federal passa a ocupar nova sede em Brasília
Cerimônia de inauguração das novas instalações ocorreu hoje

Cerimônia de inauguração da nova sede da Polícia Federal, em Brasília.
Por Alex Rodrigues – Repórter da Agência Brasil – Brasília
Após ocupar por mais de 40 anos o edifício que se tornou conhecido como Máscara Negra, em Brasília, a Polícia Federal (PF) está se mudando para um novo endereço. A instituição vai ocupar três das quatro torres de um conjunto empresarial inaugurado há pouco tempo a cerca de 4 quilômetros de distância da antiga sede, cujos problemas estruturais haviam se tornando fonte de problemas e de reclamações de servidores e visitantes. 

Embora alguns servidores já estejam trabalhando há alguns dias no Edifício Multibrasil Corporate, no Setor Comercial Norte, na região central da capital federal, a cerimônia de inauguração das novas instalações ocorreu hoje. E contou com a presença de dois ministros de Estado (Anderson Torres, da Justiça e Segurança Pública, e Joaquim Leite, do Meio Ambiente), várias autoridades e muitos agentes federais. A previsão é que a mudança seja concluída até o começo do próximo mês.
Com o auditório de 240 lugares lotado, o diretor-geral da PF, Márcio Nunes de Oliveira, classificou a mudança de endereço como “um dia que entrará para a história” da instituição. “Esta nova sede representa um enorme avanço na qualidade e no conforto das instalações oferecidas aos servidores e usuários dos nossos serviços”, afirmou Oliveira, antes de enumerar as vantagens do conjunto de prédios.
“São mais de 15 mil metros quadrados de área privativa a nossa disposição, distribuídos por 31 andares. Servidores e visitantes terão mais 500 vagas exclusivas de garagem, além de bicicletários, vestiários, academia de ginástica e este auditório”, acrescentou o diretor-geral, destacando que a opção por transferir a sede para um novo local, mais moderno, buscou conciliar as atuais necessidades da instituição à viabilidade financeira do negócio.
De acordo com a PF, o aluguel do imóvel custará, inicialmente, cerca de R$ 1,7 milhão ao ano, e o contrato tem validade de, pelo menos, cinco anos.
“Além de todos os avanços tecnológicos e vantagens estruturais das novas instalações em relação à antiga sede e aos prédios tradicionais [disponíveis em Brasília], concluiu-se que a mudança de endereço traria alguns benefícios econômicos significativos. A administração predial, por exemplo, oferece serviços adicionais já contidos na contratação [do aluguel] e que deixarão de onerar a PF”, assegurou Oliveira, garantindo que a mudança de endereço está associada a outras iniciativas de modernização estrutural implementadas pela PF ao longo dos últimos anos, como a compra de novas viaturas, lanchas e armamentos e o aperfeiçoamento de processos operacionais e de treinamento.
“Uma nova sede, moderna, com equipamentos e sistemas de última geração, de pouco nos serviria se não tivéssemos um corpo funcional extremamente qualificado e comprometido”, destacou Oliveira.
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Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau
Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada
A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.
A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.
A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.
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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal
Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada
O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.
O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.
Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).
As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.
Assinatura eletrônica
O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.
A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.
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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

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