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Polícia Civil faz reconstituição de acidente de trânsito que matou menino indígena em Cruzeiro do Sul

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Reprodução simulada do acidente foi feita nessa sexta-feira (21), na BR-364. Criança indígena chegou a ser socorrida e levada ao hospital de Rio Branco, mas morreu após 10 dias na UTI.

 

Para poder finalizar o inquérito, a Polícia Civil do Acre fez a reprodução simulada do acidente de trânsito que causou a morte do menino indígena David da Silva Katukina, de 10 anos. A reconstituição foi feita nessa sexta-feira (21) na BR-364, no interior do estado.

A criança, da etnia Noke Koi, foi atropelada por um caminhão quando voltava da escola na Terra Indígena Campinas Katukina, entre Cruzeiro do Sul e Tarauacá, no dia 25 de março deste ano. Após o acidente, o menino chegou a ser socorrido e levado para a capital, mas morreu após passar mais de 10 dias na UTI.

 

A reprodução simulada do acidente foi feita em uma ação integrada entre as polícias Civil, Federal, Rodoviária Federal, além de órgãos como Departamento de Trânsito do Acre (Detran-AC), ICMBio, Fundação Nacional do Índio (Funai) e Prefeitura de Cruzeiro do Sul.

Reprodução simulada do acidente foi feita nessa sexta-feira (21), na BR-364 — Foto: Arquivo/PC-AC

Reprodução simulada do acidente foi feita nessa sexta-feira (21), na BR-364 — Foto: Arquivo/PC-AC

Foi o delegado responsável pela investigação, Rafael Távora, que solicitou a perícia por meio de reconstituição dos fatos feita pelo Instituto de Criminalística para poder concluir o inquérito.

“Não conseguíamos concluir o inquérito, visto que ainda pairava dúvidas sobre o caso. Solicitei ao Instituto de Criminalística para produzir esse meio de prova de significativa importância quando da avaliação de uma verdade processual que se quer alcançar. Tínhamos diversos depoimentos e outros laudos, mas ainda faltava uma peça fundamental nesse quebra-cabeça”, disse Távora.

A reconstituição contou com técnicas avançadas, inclusive com uso de imagens aéreas feitas por drones. Agora, o delegado aguarda o resultado do laudo da perícia para concluir o inquérito e enviar ao poder judiciário.

“O laudo pericial será elaborado, em tese, no prazo máximo de 10 dias, podendo este prazo ser prorrogado”, informou.

Acidente ocorreu na Terra Indígena Campinas Katukina, entre Cruzeiro do Sul e Tarauacá — Foto: Arquivo/Aldeia Varinawa

Acidente ocorreu na Terra Indígena Campinas Katukina, entre Cruzeiro do Sul e Tarauacá — Foto: Arquivo/Aldeia Varinawa

Motorista se apresentou após fugir do local

 

Uma ambulância do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) socorreu o menino e o levou para o hospital. Após a batida, o motorista fugiu do local sem prestar socorro.

Ele se apresentou no mesmo dia do acidente em uma delegacia de Cruzeiro do Sul para prestar depoimento. Na época, o delegado Rafael Távora disse que o motorista alegou que fugiu com medo de sofrer represálias. O condutor contou também que viajava de Cruzeiro do Sul para Rio Branco.

A criança ficou em estado grave após o acidente e passou por cirurgia no Hospital Regional do Juruá, em Cruzeiro do Sul, e depois foi transferida para a capital no dia 8 de abril, onde ficou internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Into.

Segundo o governo, a criança foi submetida também a uma laparotomia exploratória para conter um sangramento abdominal e foi avaliada por um ortopedista por conta de uma fratura exposta no fêmur esquerdo. Mas, após 10 dias de internação, não resistiu.

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Sesacre aponta números e ações que marcaram a saúde pública do Acre em 2025

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Foto: Reprodução

A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) divulgou um balanço destacando números e ações que marcaram a saúde pública acreana ao longo de 2025. De acordo com os dados apresentados, o ano foi caracterizado pela ampliação do acesso aos serviços e pela interiorização dos atendimentos especializados.

Entre os principais resultados, a Sesacre informou a realização de mais de 27 mil atendimentos por meio do programa Saúde Itinerante, que levou serviços de saúde a municípios do interior do estado. Outro dado destacado foi a execução de mais de 12 mil cirurgias pelo programa Opera Acre.

O balanço também aponta a retomada de centros cirúrgicos, ampliação da oferta de exames, fortalecimento da rede hospitalar e avanços considerados históricos na área da oncologia. Segundo a secretaria, houve ainda recorde de atendimentos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) ao longo do ano.

A Sesacre mencionou, ainda, a implantação de programas voltados ao atendimento de urgência e à redução da mortalidade, como o Conecta Coração e o AVC – Segundos Importam, voltados para situações críticas em que o tempo de resposta é determinante.

Os dados foram divulgados em um vídeo publicado nas redes sociais da secretaria, que apresenta um resumo das ações realizadas em 2025 e projeta a continuidade das iniciativas para o próximo ano.

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Nível do Rio Acre se aproxima dos 11 metros após fortes chuvas na capita

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Foto: David Medeiros

As fortes chuvas que atingem Rio Branco nas últimas horas provocaram alagamentos em diversos pontos da cidade e elevaram rapidamente o nível do Rio Acre. Entre as áreas mais afetadas estão a Estrada do Calafate, a região da Igreja da Pista do Poço e a Baixada da Sobral, especialmente nos bairros Boa União e Plácido de Castro, onde a água invadiu várias residências.

Durante acompanhamento ao vivo feito pela equipe, foi constatado que, apesar de uma breve trégua na chuva, o volume de água nos rios segue aumentando. Imagens mostram que o nível do Rio Acre se aproxima dos 11 metros e continua em elevação, embora, até o momento, a Defesa Civil Municipal ainda não tenha divulgado boletim oficial atualizado.

Na região da Ponte Metálica, a força da correnteza chamou atenção pelo grande volume de balseiros descendo pelo rio, indicando que a chuva atingiu toda a bacia hidrográfica.

Mesmo diante da situação de risco, moradores dos dois lados do rio aproveitaram a cheia para pescar. Durante a transmissão, duas pescadoras foram flagradas capturando peixes da espécie pintado. Segundo elas, apesar de alguns peixes serem pequenos, a pescaria rendeu o suficiente “para garantir o caldo”.

Outro episódio inusitado chamou a atenção durante a cobertura. Um homem foi visto dormindo sobre um dos pilares da Ponte Metálica, próximo à marca de medição do Rio Acre, onde há registro histórico de até 16 metros. Mesmo com o fluxo intenso de veículos sobre a ponte, o homem permaneceu dormindo tranquilamente, despertando surpresa entre os que acompanhavam a transmissão.

A equipe segue monitorando, em tempo real, os pontos de alagamento pela capital acreana. Novas informações sobre o nível do Rio Acre e ações da Defesa Civil devem ser divulgadas a qualquer momento.

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Governo do Acre entra em alerta total com monitoramento de rios e auxílio a famílias

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Foto: José Caminha/Secom

O governo do Estado do Acre, por meio da Defesa Civil Estadual e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), emitiu um alerta sobre a intensificação do período chuvoso na região. Nas últimas 24 horas, o volume de precipitação causou uma elevação rápida no nível dos principais mananciais.

Em Rio Branco, o Rio Acre registrou uma elevação rápida, de quase três metros nas últimas 24 horas mobilizando equipes de socorro para prestar assistência imediata às famílias atingidas.

De acordo com o coordenador estadual da Defesa Civil, Cel. Carlos Batista, a bacia do Rio Acre vem sendo monitorada, pois o nível das águas está subindo.

“Esta é uma subida muito rápida, provocada pela grande quantidade de chuvas em toda a calha do Rio Acre, desde Assis Brasil até a capital, passando por Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri e a área rural de Capixaba”, explicou o Coronel.

Além do Rio Acre, a bacia do Rio Tarauacá também registrou índices pluviométricos acima da média, mantendo as equipes locais em estado de atenção.

Foto: José Caminha/Secom

A preocupação das autoridades não se restringe apenas aos grandes rios. O monitoramento foi estendido aos igarapés que cortam a capital, que costumam transbordar rapidamente e atingir áreas povoadas.

Enquanto as equipes técnicas monitoram os níveis, as equipes do Corpo de Bombeiros Militar do Acre vem ajudando moradores como o senhor José Garcia Rodrigues, de 65 anos, que reside em uma área de risco há oito anos.

“A alagação já chegou. Agora vou tirar minhas coisas para levar para a casa da minha filha. Quando a água baixar, eu volto”, conta o aposentado.

Mesmo enfrentando problemas de saúde, ele destaca a importância do apoio que recebe: “Falei com os bombeiros e eles vieram ajudar. Todo ano a gente vai para o Parque de Exposições. Eles carregam as coisas para nós e a gente ajuda como pode”.

O Cel. Batista reforçou que a integração entre o Estado, as prefeituras e o Corpo de Bombeiros é total. O objetivo é garantir que os planos de contingência sejam executados com rapidez caso o nível dos rios atinja a cota de transbordo.

“O Estado está em alerta total e em contato direto com as coordenadorias municipais. Estamos preparados para atender as populações que moram em áreas de risco e nas regiões mais impactadas”, garantiu o coordenador.

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