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PF investiga suposto desvio de recursos públicos em Brasiléia para financiar campanha eleitoral

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Sede da delegacia da Polícia Federal em Epitaciolândia – Foto: Keliton Diego/oaltoacre.com

Operação cumpriu mandados de busca e apreensão nesta quinta-feira (11); Prefeitura nega envolvimento de gestores e servidores

A cidade de Brasiléia foi surpreendida na manhã desta quinta-feira (11) por uma operação da Polícia Federal que apura um possível esquema de desvio de recursos da Prefeitura Municipal para financiar a campanha de um candidato a vereador nas eleições de 2024.

As investigações tiveram início após a denúncia de um cidadão que identificou depósitos da prefeitura em sua conta sem justificativa. Segundo apurado, os valores seriam provenientes de serviços simulados e, posteriormente, repassados ao candidato, que não chegou a ser eleito.

Em entrevista ao portal O Alto Acre, a ex-prefeita Fernanda Hassem que esteve na sede da PF em Epitaciolândia para prestar esclarecimentos e que está tranquila. “Eu não vi o processo, não conheço o processo ainda, mas sei que é apenas uma acusação de uma pessoa que está colocando o nome de outra”, declarou.

Ex-prefeita de Brasiléia, Fernanda Hasse esteve na sede da PF em Epitaciolândia, prestou esclarecimento e disse não teve acesso aos autos do processo.

A Polícia Federal confirmou apenas o cumprimento de três mandados de busca e apreensão, além da quebra de sigilo bancário de um dos investigados. Os nomes dos alvos e detalhes da apuração não foram divulgados oficialmente.

A Prefeitura de Brasiléia, por meio do procurador-geral Luiz Carlos Bertoleto Júnior, negou que a operação tenha ocorrido nas dependências da administração municipal e afirmou que nenhum dos investigados possui vínculo com a gestão. Em nota oficial, a instituição reiterou que se colocou à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.

O nome da operação Akeldama (ou Aceldama) é um lugar em Jerusalém, o “Campo de Sangue”, comprado com as 30 moedas de prata devolvidas por Judas Iscariotes após a traição de Jesus, segundo o Evangelho de Mateus. É associado ao local onde Judas morreu, com relatos bíblicos descrevendo a sua morte no mesmo campo. Hoje, o local abriga um mosteiro e é um importante local histórico e religioso em Jerusalém.

Veja nota:

Em face das notícias veiculadas na mídia sobre uma operação da Polícia Federal relacionada a Prefeitura Municipal de Brasileia, vimos a público esclarecer que não houve nenhuma ação/operação/intimação das autoridades policiais nas dependências dos órgãos/setores e atores que fazem parte da estrutura desta municipalidade.

A Prefeitura tomou conhecimento dos fatos através da mídia e se coloca a disposição das autoridades para quaisquer que sejam os atos necessários para esclarecimentos das situações investigadas, caso guardem relação com a Prefeitura.

Porém, reiteramos que nenhuma medida policial foi realizada em face da Prefeitura, ou em suas dependências.

Luiz Carlos Bertoleto Junior
Procurador-Geral do Município de Brasileia

Veja reportagem com Marcus José abaixo:

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STF anula provas da Operação Ptolomeu contra Gladson Cameli por maioria de votos

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Decisão da Segunda Turma aponta violação ao foro privilegiado e prática de “fishing expedition”; governador fica apto a disputar eleições de 2026

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por quatro votos a um, anular todas as provas produzidas no âmbito da Operação Ptolomeu contra o governador do Acre, Gladson Cameli, e outros 12 réus. O julgamento foi concluído na noite desta sexta-feira (19), em plenário virtual, com encerramento às 21h no horário do Acre e 23h no horário de Brasília.

Votaram pela anulação das provas os ministros Nunes Marques, Dias Toffoli, André Mendonça e Gilmar Mendes, que divergiram do relator, ministro Edson Fachin. Fachin acompanhava o entendimento da ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Nancy Andrighi, no sentido de que a investigação conduzida pela Polícia Federal não teria violado o foro por prerrogativa de função do governador.

A defesa de Gladson Cameli sustentou que houve desrespeito ao foro privilegiado e a prática conhecida como “fishing expedition” — investigação genérica e sem objeto definido. Segundo os advogados, a Polícia Federal teria iniciado apurações direcionadas ao governador a partir da interceptação de uma conversa que mencionava o termo “governador”, passando a adotar medidas para contornar a competência do STJ. Entre elas, a solicitação ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) de relatórios envolvendo pessoas físicas e jurídicas ligadas ao chefe do Executivo estadual, como familiares e empresas, sem relação inicial com o objeto da investigação.

Em seu voto, o ministro André Mendonça afirmou que a atuação da autoridade policial foi deliberadamente indevida. Ele destacou que, mesmo com indícios do possível envolvimento do governador, a investigação avançou de forma irregular, com requisições de dados de pessoas do entorno de Gladson Cameli — incluindo esposa e filho menor de idade — antes de qualquer pedido formal de deslocamento de competência para o tribunal competente.

Com a anulação das provas, Gladson Cameli deixa de ter impedimentos judiciais decorrentes da Operação Ptolomeu e passa a estar apto a disputar as eleições de 2026. Nos bastidores políticos, a expectativa é de que o governador mantenha a pré-candidatura ao Senado, posição em que, segundo pesquisas recentes, aparece como favorito.

No entendimento jurídico, a chamada “fishing expedition” é considerada ilegal no Brasil por violar direitos fundamentais, uma vez que se trata de uma investigação ampla e especulativa, sem fato determinado. Provas obtidas por esse meio são passíveis de nulidade por afrontarem os princípios do Estado Democrático de Direito.

 

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Polícia Civil prende jovem suspeita de latrocínio contra idoso em Xapuri

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Crime ocorreu no bairro Braga Sobrinho; autora foi localizada horas após o homicídio e confessou o assassinato

A Polícia Civil do Acre (PCAC), por meio da Delegacia-Geral de Xapuri, prendeu em flagrante, na manhã desta sexta-feira (19), uma jovem de iniciais A.L.M.M., de 18 anos, suspeita de cometer um crime de latrocínio que vitimou o idoso Antônio de Moraes Felesmino, de 67 anos. A vítima era natural de Sena Madureira e residia no bairro Braga Sobrinho, em Xapuri, onde o crime foi registrado.

Os investigadores tomaram conhecimento do homicídio por volta das 9h e deram início imediato às diligências. Após buscas intensas pela cidade, a equipe policial conseguiu identificar e localizar a suspeita ainda na mesma manhã, no bairro da Cageacre, onde foi realizada a prisão em flagrante.

Conforme as investigações, a jovem estava morando há cerca de 15 dias na residência da vítima. Antonio foi morto com vários golpes de arma branca (faca) na região do pescoço enquanto estava sentado, sem qualquer chance de de se defender, morrendo no local antes de receber qualquer socorro.

Após cometer o crime, ela teria subtraído uma quantia em dinheiro do idoso, supostamente para a compra de drogas. Segundo a Polícia Civil, a suspeita é dependente química.

No momento da abordagem, A.L.M.M. negou envolvimento no crime. Entretanto, diante das provas reunidas durante a investigação, acabou confessando o latrocínio, relatando a dinâmica do assassinato, praticado com o uso de uma faca.

Após a prisão, a jovem foi conduzida à Delegacia de Polícia, onde foram realizados os procedimentos legais. O caso segue sob investigação da Polícia Civil.

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Motoristas da Trans Acreana ameaçam parar e acendem alerta para isolamento no Vale do Juruá

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Alguns trecho estão perigosos e coloca em risco os veículos, motoristas e passageiros – Foto: Captura

Por mais que a empresa queira e venha tentando manter as viagens, motoristas da Trans Acreana relatam que a falta de trafegabilidade na BR-364 torna impossível a continuidade do serviço neste período de inverno amazônico, que tem se mostrado mais intenso do que em anos anteriores.

Segundo eles, veículos estão tendo radiadores e para-choques danificados, além de ficarem encavalados nos buracos da estrada. “A roda cai em um buraco e, antes de sair, a dianteira já entra em outro. Dessa forma, não temos como continuar. A empresa tem feito de tudo e não quer deixar os usuários na mão, mas nós estamos exaustos”, relatou um motorista que faz a rota há anos.

Motoristas fazem registro das condições da estrada mostrando a realidade atual das péssimas condições – Foto: captura

O cenário é alarmante. Para se ter uma ideia do caos, um trajeto de aproximadamente 140 quilômetros, entre Manoel Urbano e Feijó, chega a consumir cerca de cinco horas de viagem. Além disso, um ônibus que não conhecia bem a estrada encontra-se entalado em um dos trechos mais críticos da BR-364, evidenciando o grau de deterioração da via.

A possibilidade de paralisação preocupa usuários que dependem do transporte para deslocamentos essenciais, como tratamentos de saúde em Rio Branco, além de viagens de ida e volta aos municípios do Vale do Juruá. O risco de isolamento total é real e imediato.

Motoristas e populares questinam o volume de dinheiro já investidos na estrada que oferece péssimas condições trafegabilidade – Foto: captura

Diante do agravamento da situação, cresce o apelo para que as autoridades adotem providências urgentes. A recuperação da BR-364 é fundamental para garantir o direito de ir e vir e evitar que milhares de acreanos fiquem privados de acesso a serviços básicos e à integração regional.

Um dos ônibus da Trans Acreana ‘acavalou’ em um buraco na estrada rumo a Cruzeiro do Sul – Foto: Cedida

 

 

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