Acre
Pesquisadores trabalham na criação de adubos orgânicos que aumentem a produção e reduzam custos dos produtores no AC
Grupo estuda sobre sementes de árvores tropicais. Viveiro completou dois anos e, nesse período, foram distribuídas mais de 5 mil mudas.
Após ficar um longo período desativado, o viveiro de espécies nativas da região Amazônica, que fica na Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac), foi reativado após uma parceria com um grupo de pesquisa da Universidade Federal do Acre.
Antes de chegar até o plantio no viveiro, os pesquisadores trabalham em um laboratório de sementes que foram coletadas em áreas de floresta. Lá, eles fazem a limpeza e também estudam em quantos dias e até a qual temperatura as sementes de espécies diferentes começam a germinar.
“As sementes são coletadas em florestas no estado do Acre e são condicionadas no laboratório de sementes da Funtac e iniciamos o primeiro processo de limpeza dessas sementes. E então realizamos testes de germinação. Após essa primeira etapa, as sementes são conduzidas ao viveiro, onde são trabalhados os testes de substratos alternativos e isto é acompanhado pelo período de 90 a 150 dias no viveiro”, explica o doutorando de produção vegetal, Cleverson Carvalho.
O pesquisador diz que o trabalho é importante para compreender qual a melhor forma, período e até a luz para fazer o plantio.
“A Amazônia é rica em biodiversidade, muitas espécies ainda não conhecemos o processo germinativo, não sabemos qual melhor temperatura, qual melhor fotoperíodo, se as sementes são fotoplásticas positivas (que germinam na presença de luz) ou negativas (que não germinam sem a presença de luz). Então, muitas sementes a gente não tem conhecimento a respeito da ecofisiologia e iniciamos no laboratório de sementes a montagem de experimentos, em que avaliamos a questão da fotoplastia e a melhor temperatura de germinação”.
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Grupo estuda sobre sementes de árvores tropicais e trabalha na criação de adubos orgânicos em viveiro no AC — Foto: Reprodução/Rede Amazônica
No processo acompanhado pela equipe da Rede Amazônica, as sementes estudadas pelo grupo de pesquisadores foram as de ipê. Porém, são trabalhadas outras espécies como açaí e rambutan.
Depois de passar por essa fase é que elas estão prontas para serem plantadas e cultivadas no viveiro.
“Estamos trabalhando com espécies de interesse madeireiro, como o caso do mogno, itaúba, guariuba e também espécies frutíferas nativas, como é o caso do açaí. E com potencial de desenvolvimento aqui na região, o rambutan, que é uma espécie exótica, mas que agrega muito valor. A castanha também tem sido pesquisada sobre a produção de mudas”, diz Carvalho.
Adubos orgânicos que reduzem custos
O projeto completou dois anos e, nesse período, foram distribuídas mais de 5 mil mudas. Além disso, o grupo fez mais de 50 pesquisas, trabalhos e experimentos.
Em um dos espaços, a pesquisa foca principalmente na criação adubos orgânicos que aumentem a produção e possam reduzir custos para os produtores rurais.
“As pesquisas realizadas na Funtac têm contribuído para produção de mudas com a utilização de resíduos orgânicos da agroindústria, que é uma alternativa de baixo custo para produção de mudas. Os substratos alternativos têm proporcionado a produção de mudas de baixo custo. Levando assim o pequeno produtor a alternativa de produzir na sua propriedade as suas mudas”, acrescenta.
A parceria do grupo de pesquisa com a Funtac tem dado resultados positivos e a fundação já pensa em expandir e buscar novas parcerias, principalmente no interior do estado. A ideia é criar áreas conectadas e garantir que as produções sejam sustentáveis, mas também garantam renda ao produtor rural.
“Estamos fazendo 10 áreas, que são áreas de extração de látex e em parceria com essas áreas, vamos fazer o sistema agroflorestal, com frutíferas, arbóreas, leguminosas, verduras. A intenção é, além de manter a floresta em pé, deixar renda dentro da comunidade”, afirma o presidente da Funtac, Tom Sérgio.
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Acre
Acusado de assassinar detento monitorado é condenado a mais de 16 anos de prisão em Rio Branco
Francisco da Silva Andrade, conhecido como “Pente Fino”, foi morto a golpes de faca e tijoladas em outubro de 2023
Quase onze meses após o assassinato de Francisco da Silva Andrade, de 43 anos, o presidiário Andson Lima Silva foi condenado a 16 anos e 6 meses de reclusão pelo Conselho de Sentença da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar. A decisão foi proferida nesta terça-feira (26), no Fórum Criminal de Rio Branco.
A vítima, que era monitorada por tornozeleira eletrônica e conhecida pelo apelido “Pente Fino”, foi morta na madrugada de 1º de outubro de 2023, na região do bairro Wanderley Dantas. Francisco foi perseguido e morto brutalmente com golpes de faca e tijoladas.
De acordo com a denúncia, o crime teria sido motivado por um furto de celular atribuído à vítima. No dia seguinte ao homicídio, dois suspeitos chegaram a ser presos, mas um deles — portador de deficiência — teve o processo arquivado por falta de provas.
Durante o interrogatório, Andson Lima confessou a autoria do homicídio. Apesar da condenação, a defesa ainda pode recorrer da decisão à Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre.
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Acre
Três motociclistas ficam feridos em acidentes distintos no Acre
Dois acidentes envolvendo motociclistas foram registrados na noite desta terça-feira (26), deixando três homens feridos em diferentes pontos do estado. As ocorrências mobilizaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que encaminhou as vítimas ao pronto-socorro de Rio Branco.
O primeiro caso ocorreu no km 1 da Linha 1, na Vila do Incra, interior do Acre. Daniel Coelho Pereira, de 77 anos, trafegava em uma motocicleta modelo Fan vermelha quando colidiu frontalmente contra uma moto Crosser, conduzida por José Vale da Silva, de 59 anos.
Com o impacto, José sofreu fratura exposta na perna direita, fratura no punho esquerdo e trauma torácico. Daniel, por sua vez, apresentou dores no tórax e no ombro direito. Ambos foram estabilizados e levados em estado estável ao pronto-socorro.
Enquanto o Samu seguia para o atendimento, outro acidente foi registrado na rodovia AC-10 (Estrada de Porto Acre), nas proximidades da empresa Café Contri, em Rio Branco. O motociclista Raimundo Nonato Lima da Fonseca, de 50 anos, colidiu contra um cachorro ao pilotar sua moto Fan preta. Ele sofreu dores no tórax, abdômen, costas e inchaço no rosto. Também recebeu atendimento médico e foi encaminhado ao pronto-socorro, consciente e estável.
As autoridades de trânsito reforçam o alerta sobre a necessidade de atenção redobrada ao conduzir veículos, especialmente em áreas de tráfego noturno e trechos rurais.
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Acre
Acre terá noites frias, dias ensolarados e baixíssima umidade do ar

Foto: Sérgio Vale
O Acre terá nesta semana uma forte onda de frio polar acompanhada de baixa umidade do ar. A massa de ar seco e frio começou a avançar pelo estado na manhã do último domingo (24) e derrubou as temperaturas em todos os municípios, segundo registros do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e da Rede de Meteorologia da Aeronáutica.
Rio Branco foi a cidade mais fria do Acre e de toda a região norte na segunda-feira (25), com mínima de 14,4ºC e sensação térmica de 11,4ºC. Em Epitaciolândia, os termômetros marcaram 14,7ºC, enquanto em Boca do Acre (AM) a mínima foi de 16,1ºC. No domingo, os ventos chegaram a 40,7 km/h em Rio Branco e 40,3 km/h em Epitaciolândia, reforçando a intensidade da frente fria.
Outro ponto de atenção é a umidade relativa do ar, que deve cair para entre 12% e 20% nas tardes desta semana, nível considerado crítico para a saúde. Até agora, o menor índice de 2025 ocorreu em Rio Branco no dia 15 de agosto, com apenas 19%.
Apesar das noites frias, o tempo será firme, com sol predominante e sem previsão de chuvas até pelo menos sexta-feira (29). A tendência, porém, é de rápida mudança: a partir de quinta-feira, o calor deve voltar com força, e o Acre poderá registrar temperaturas entre 37ºC e 39ºC no fim de semana.
As manhãs seguirão geladas, com mínimas entre 11ºC e 14ºC no vale do Acre, e a previsão indica que novos recordes de frio do ano podem ser registrados nos próximos dias. Atualmente, as marcas mais baixas de 2025 foram 10,9ºC em Epitaciolândia e 12,1ºC em Rio Branco, ambos em julho.
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