fbpx
Conecte-se conosco

Brasil

Pesquisa em Manaus usa IA para reduzir fungo da castanha-do-Brasil

Publicado

em

um dos maiores desafios da cadeia produtiva da castanha está no cumprimento das exigências higiênico-sanitárias

Castanha-do-Brasil sofre ação de fungos em contato com o solo ou no transporte que compromete qualidade do fruto. Foto: Robervaldo Rocha/CBA

Atual 

Pesquisadores do CBA (Centro de Bionegócios da Amazônia), em Manaus, utilizam inteligência artificial para reduzir a ação do fungo Aspergillus flavus, um dos micro-organismoscausadores da aflatoxina, um agente tóxico comum na castanha-do-Brasil, popularmente conhecida como castanha-do-Pará ou da Amazônia.

O fruto é reconhecido mundialmente como um alimento funcional, rico em nutrientes essenciais. Fonte abundante de selênio, contribui para o fortalecimento do sistema imunológico, tem propriedades antioxidantes que ajudam na prevenção do envelhecimento precoce e auxiliam na saúde cardiovascular. Também é uma excelente opção para dietas equilibradas, graças ao seu alto teor de proteínas, gorduras boas e minerais como magnésio e fósforo.

Apesar dos inúmeros benefícios, a castanha é suscetível à contaminação por aflatoxinas, ora pela ação do Aspergillus flavus, ora pelo Aspergillus parasiticus, na cadeia produtiva. Essas substâncias estão entre os principais fatores que comprometem a qualidade das sementes extraídas dos ouriços e podem causar sérios riscos à saúde humana, entre elas o câncer.

O gerente do Núcleo de Produtos Naturais do CBA, Edson Pablo Silva, explica que a contaminação da castanha ocorre quando microrganismos entram em contato com os ouriços e através de fissuras formadas durante as quedas das árvores conseguem penetrar nas sementes. Embora a castanha tenha uma casca resistente, ela não está imune à ação dos fungos.

“Quando o ouriço cai das castanheiras, ele é, teoricamente, estéril. No entanto, as quedas de alturas de 30 a 40 metros causam fissuras que permitem o contato com o solo, onde existem inúmeros microrganismos, incluindo os fungos produtores de toxinas. Entre eles, o Aspergillus flavus é o maior problema, pois produz as aflatoxinas, substâncias tóxicas e cancerígenas, capazes de causar reações graves e até mesmo levar à morte”, explica Edson.

O estudo busca reduzir os níveis de toxinas em sementes contaminadas, utilizando processos de inativação dos microrganismos ou até de quebra molecular para neutralizar as aflatoxinas. “Nosso objetivo é diminuir os níveis dessas toxinas a limites aceitáveis, quebrando suas moléculas e diluindo sua concentração. Assim, pretendemos garantir um produto mais seguro e viável comercialmente”, afirma o pesquisador.

“Nós estamos criando uma máquina que descontamina e também avalia o tamanho e a característica da castanha, se ela tá quebrada, pequena, média, grande. E mensura a quantidade produzida, de onde veio essa castanha, gera uma rastreabilidade desse produto e garante os padrões de qualidade para uma exportação do produto”, afirmou o CEO.

Conforme Edson, um dos maiores desafios da cadeia produtiva da castanha está no cumprimento das exigências higiênico-sanitárias. “A presença de microrganismos, como fungos e bactérias, é um entrave para a comercialização. Se um lote apresenta níveis de aflatoxinas acima do permitido pela legislação, ele é totalmente rejeitado, causando prejuízos. Nosso trabalho visa melhorar o processamento dentro da cadeia produtiva, tornando-a mais competitiva e ampliando o impacto para outras cadeias produtivas no futuro”, afirmou o pesquisador.

Produtor

O Amazonas é o maior produtor de castanha-do-Brasil no país, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A produção foi de 11.291 toneladas em 2023. Acre e Pará ocupam o segundo e terceiro lugares, com 9.473 e 9.390 toneladas, respectivamente. Juntos, os três estados respondem por 80% da produção nacional, consolidando-se como o núcleo principal do extrativismo da castanha.

No Amazonas, os municípios de Tapauá, Beruri e Tefé concentram a maior quantidade de produtores, sendo referência na produção de sementes de alta qualidade.

Pesquisador Edson Pablo Silva explica técnica de uso da IA combate o fungo da castanha (Foto: Robervaldo Rocha/CBA)

Comentários

Continue lendo

Brasil

O Futuro dos Institutos de Identificação no Brasil

Publicado

em

A integração dos bancos estaduais em um sistema nacional unificado pode gerar desafios operacionais e técnicos, como garantir a interoperabilidade e a segurança dos dados

Os Institutos de Identificação estão diante de um momento crítico, sua relevância no futuro, será essencial que eles adaptem suas funções às novas exigências do sistema unificado. Foto: cedida 

A implementação da nova Carteira de Identidade Nacional (CIN) representa um marco na modernização dos sistemas de identificação no Brasil. Com o CPF como número único e a centralização de dados biométricos em um banco nacional, o governo federal busca reduzir fraudes, otimizar políticas públicas e simplificar o acesso a serviços digitais. No entanto, a mudança também levanta preocupações sobre o papel estratégico dos Institutos de Identificação estaduais.

Impactos da Centralização

A centralização dos dados pelo governo federal pode transformar os Institutos de Identificação em meros captadores de informações, limitando sua autonomia na gestão de registros civis e criminais. Isso comprometeria a expertise acumulada ao longo de décadas, especialmente na identificação criminal e na análise local de fraudes. Além disso, a integração dos bancos estaduais em um sistema nacional unificado pode gerar desafios operacionais e técnicos, como garantir a interoperabilidade e a segurança dos dados.

Possibilidades de Reinvenção

Apesar das limitações impostas pela centralização, os Institutos de Identificação têm oportunidades para se reinventar:

Auditoria e Validação: Os institutos podem assumir funções críticas de auditoria e validação dos dados coletados, garantindo a qualidade das informações no banco nacional.

Análise Criminal: Continuar atuando na identificação criminal e na investigação de fraudes, aproveitando sua expertise em biometria e análise forense.

Inclusão Social: Ampliar o acesso à documentação para populações vulneráveis, especialmente em regiões remotas onde o acesso aos serviços digitais é limitado.

Descentralização Operacional

Um modelo híbrido que combine descentralização operacional com padronização nacional pode ser uma solução viável. Isso permitiria que os institutos mantivessem sua relevância local enquanto contribuem para o sistema unificado. A descentralização pode ser útil para atender demandas específicas regionais sem comprometer a eficiência do sistema nacional.

Desafios e Oportunidades

Entre os principais desafios estão:

Segurança: Garantir que o banco nacional seja protegido contra fraudes e vazamentos de dados sensíveis.

Adaptação Tecnológica: Investir em infraestrutura tecnológica para integrar os sistemas estaduais ao modelo nacional.

Gestão Estratégica: Evitar que os institutos se tornem apenas prestadores de serviços sem influência nas políticas públicas.

Por outro lado, a CIN traz oportunidades significativas:

Modernização: A adoção do CPF como número único elimina redundâncias e facilita a gestão administrativa.

Acesso Digital: A versão digital do documento simplifica o acesso aos serviços públicos e privados por meio do aplicativo GOV.BR.

Conclusão

Os Institutos de Identificação estão diante de um momento crítico. Para garantir sua relevância no futuro, será essencial que eles adaptem suas funções às novas exigências do sistema unificado. Com foco em auditoria, segurança e inclusão social, os institutos podem continuar desempenhando um papel estratégico na identificação civil e criminal no Brasil.

Júnior César da Silva é pós-graduado em Computação Forense. Agente da Polícia Civil do Acre com 21 anos de profissão, atualmente ocupa o cargo de diretor do Instituto de Identificação da Polícia Civil do Acre.

Comentários

Continue lendo

Brasil

Presidente da Aleac Nicolau Júnior sonda apoio político em encontros com jornalistas e se coloca à disposição para próxima eleição

Publicado

em

Presidente da ALEAC promove rodadas de diálogo com a imprensa e afirma estar alinhado com o governador Gladson Cameli

O presidente da ALEAC, deputado Nicolau Júnior (PP), vem promovendo rodadas de conversas, com café da manhã oferecido a jornalistas com forte aceitação popular. Foto: cedida 

O presidente da Assembleia Legislativa do Acre (ALEAC), deputado Nicolau Júnior (PP), tem realizado rodadas de conversas com jornalistas de influência no estado, em encontros que incluem cafés da manhã para debater política e seu possível papel no próximo pleito.

Principais pontos da articulação:
  • Próximas eleições: Nicolau Júnior declarou estar “apto a ser candidato”, mas condicionou sua decisão à orientação do governador Gladson Cameli (PP), seu aliado político.
  • Estratégia de comunicação: Os encontros buscam fortalecer sua imagem pública e alinhar discursos com formadores de opinião.
  • Cenário partidário: O deputado reforça seu vínculo com o PP, partido que deve ter Cameli como peça central na definição de candidaturas.
Frase-chave:

“Estou preparado para o que for necessário, mas respeito a liderança do governador Gladson na condução desse processo”, afirmou Nicolau Júnior em um dos encontros.

Estratégia de comunicação: Os encontros buscam fortalecer sua imagem pública e alinhar discursos com formadores de opinião. Foto: captada 

Contexto:

A movimentação ocorre em ano politico decisivo para o Acre, onde o PP busca manter a hegemonia. Nicolau Júnior, com mandato até 2026, pode concorrer a outro cargo sem precisar renunciar à ALEAC – a menos que dispute o governo ou o Senado.

Próximos passos:

A definição deve ocorrer após o anúncio oficial de Gladson Cameli sobre suas pretensões eleitorais, esperado para os próximos meses.

Nicolau tem dito estar apto a ser candidato ao cargo a ser orientado pelo governador Gladson Cameli. Foto: cedida 

Comentários

Continue lendo

Brasil

Xapuri marca presença no 1º Encontro Estadual de Secretarias Municipais de Planejamento, Desenvolvimento Econômico e Comunicação

Publicado

em

De acordo com o secretário de Planejamento, Ricardo Brandão, a proposta do encontro surgiu durante a elaboração do Plano Plurianual Participativo (PPA)

A abertura contou com a presença dos prefeitos Tião Bocalom (Rio Branco), Maxsuel Maia (Xapuri) e Padeiro (Bujari). Foto: cedida 

Nesta quinta-feira, 10, servidores das áreas de Planejamento e Comunicação da Prefeitura de Xapuri participaram do 1º Encontro Estadual de Secretarias Municipais de Planejamento, Desenvolvimento Econômico e Comunicação, realizado na sede da OAB/AC, em Rio Branco.

Promovido pelo Governo do Acre, por meio das secretarias de Estado de Planejamento (SEPLAN) e de Comunicação (SECOM), o evento teve como objetivo fortalecer a integração entre os entes públicos, promovendo a troca de experiências e o alinhamento de estratégias entre o Estado e os municípios acreanos.

A abertura contou com a presença dos secretários de Estado Ricardo Brandão (Planejamento) e Nayara Lessa (Comunicação); dos prefeitos Tião Bocalom (Rio Branco), Maxsuel Maia (Xapuri) e Padeiro (Bujari); além do senador Marcio Bittar.

De acordo com o secretário de Planejamento, Ricardo Brandão, a proposta do encontro surgiu durante a elaboração do Plano Plurianual Participativo (PPA). “Percebemos que muitos municípios enfrentam dificuldades para acessar informações, orientações e suporte técnico necessários à formulação de políticas públicas mais eficientes. Por isso, decidimos criar esse espaço de diálogo e integração em parceria com a Amac”, afirmou.

A secretária de Comunicação do Estado, Nayara Lessa, destacou o papel fundamental da comunicação pública no processo de integração institucional. “Queremos ampliar o diálogo com as equipes municipais, compreender os desafios locais e garantir que as boas notícias e informações de interesse cheguem a todos, inclusive aos lugares mais remotos. O governador Gladson Cameli é um entusiasta dessa proposta e tem investido fortemente na área”, ressaltou.

Os participantes discutiram desde gerenciamento de crise, cerimonial e protocolo institucional, importância do rádio e redes de parceria, até práticas mais modernas. Foto: cedida 

Já o prefeito de Xapuri, Maxsuel Maia, afirmou a cooperação entre os municípios e o Governo do Estado é de vital importância para o aprimoramento das gestões. “Eventos como este são fundamentais para que os municípios estejam alinhados com as políticas públicas do Estado e preparados para enfrentar os desafios da gestão com mais eficiência. Para Xapuri, é uma oportunidade valiosa de aprendizado, troca de experiências e fortalecimento da nossa atuação nas áreas de planejamento e comunicação.”

A programação do encontro foi dividida em dois eixos principais: Planejamento e Desenvolvimento Regional e Comunicação, com palestras e oficinas voltadas à qualificação técnica dos servidores municipais.

Na área de Planejamento, foram abordados temas como Metodologia do PPA, Ciclo de Planejamento Orçamentário (LDO e LOA), Emendas Parlamentares e o acompanhamento das transferências especiais pelo TCE.

Já na Comunicação, os participantes discutiram desde gerenciamento de crise, cerimonial e protocolo institucional, importância do rádio e redes de parceria, até práticas mais modernas como o uso de Canva, fotografia com celular e produção de Reels para redes sociais.

A participação da equipe de Xapuri reforça o compromisso da atual gestão com a capacitação contínua e a busca por inovações na administração pública, reconhecendo a importância de alinhar ações locais com as diretrizes estaduais para garantir melhores resultados à população.

O evento teve como objetivo fortalecer a integração entre os entes públicos, promovendo a troca de experiências e o alinhamento de estratégias entre o Estado e os municípios acreanos. Foto: cedida 

Comentários

Continue lendo