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Cotidiano

Pedidos de recuperação judicial devem bater recorde

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Segundo diversas consultorias especializadas, 2020 pode chegar a registrar até cinco mil pedidos de recuperação judicial no país, um verdadeiro recorde causado, sobretudo, pela pandemia do coronavírus. Até então, o número mais alto de pedidos de recuperação judicial fora em 2016, com 1,8 mil casos. Os setores mais afetados são os de serviços, mais especificamente turismo, eventos e produções, hotelaria, academias e restaurantes.

Para Claudio Pedro de Sousa Serpe, advogado pós-graduado pela Fundação Getúlio Vargas em Direito de Empresas e Economia, especialista em recuperação judicial, a lei 11.101/2005, que trata do tema no Brasil, precisa de uma reforma urgente. “Especialmente no sentido de determinados créditos, que pela lei atual não integram a recuperação judicial. Com a inserção de novas classes de credores, tais como a tributária, garantia imobiliária, da alienação fiduciária, arrendamento mercantil, dentre outras que são excluídas pela lei atual, o processo de recuperação judicial passará a ser mais abrangente e aumentará a possibilidade da recuperação ter maior sucesso”, analisa.

“Em alguns Estados já se detecta um aumento de 90% nos trâmites de recuperação judicial quando comparado com o ano anterior”, compara Victor Fernandes Cerri de Souza, vice-presidente da Comissão de Direito Contratual, Compliance e Propriedade Intelectual da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção São Paulo. Ele complementa: “Aqui, a gente ainda esbarra numa questão econômica, que já trazia uma sazonalidade para determinados negócios nos últimos cinco, seis anos, fazendo com que, por si só, existisse uma fragilidade inerente”.

Datada de 2005, a lei 11.001 foi um avanço no país, sendo aplicada com o princípio da continuidade da atividade empresarial. “A cessação da atividade empresarial traz grandes consequências para a coletividade, que acaba permeando a cadeia de produção. Os credores perdem seus créditos, os empregados seus empregos, o fisco os tributos e a população produtos e serviços que eram oferecidos por necessidade. Então ela é uma lei de cunho social muito importante que busca viabilizar a superação do momento de crise financeira e econômica de uma empresa”, avalia Cerri, sócio do escritório Correa Porto, sediado em São Paulo.

Outro ponto positivo é a promoção de acordo coletivo da devedora com seus credores, em prejuízo a acordos individuais, que nem sempre têm êxito. Também há a suspensão de ações e execuções contra a empresa devedora, a possibilidade de apresentação de um plano de recuperação viável e a determinação judicial para não retirada forçada de bens indispensáveis à atividade da empresa devedora.

A adequação, no entanto, é necessária. “É uma lei que já possui 15 anos e foi pensada para resolver problemas ordinários de economia e não problemas extraordinários, como numa pandemia”, afirma Serpe, sócio do escritório Serpe Advogados.

Em busca de uma solução para o momento atual, a Câmara dos Deputados aprovou recentemente o Projeto de Lei nº 1.397/2020, que institui medidas emergenciais e transitórias para as empresas que estão em crise devido à pandemia ou que estejam em processo de recuperação judicial. Agora, o projeto deverá ser apreciado pelo Senado Federal.

Por um lado, o texto amplia a utilização do instituto da recuperação judicial para as micro e pequenas empresas, e estipula que o pagamento aos credores poderá ser feito em até 60 parcelas (possibilidade atual é de 36 parcelas). A proposta ainda suspende por 30 dias as execuções judiciais e extrajudiciais de dívidas vencidas após 20 de março de 2020, bem como os atos como a decretação de falência, o despejo por falta de pagamento, a cobrança de multas de mora e de não pagamento de tributos.

As moratórias, no entanto, não levam em consideração o tipo de atividade das empresas e se, de fato, as dificuldades financeiras foram impostas pelo isolamento social. Após a moratória de 30 dias, o devedor pode ainda comprovar redução igual ou superior a 30% de seu faturamento – em comparação com o mesmo período do ano anterior – e ingressar com um pedido de Negociação Preventiva perante o juízo especializado em recuperação judicial e falências.

“Se a pretensão do legislador é fomentar com vigor a composição e renegociação de contratos muito mais para que ocorram na esfera amigável, o instrumento da Negociação Preventiva segue em sentido inverso, levando à judicialização do processo, conferindo ao Poder Judiciário uma série de tarefas, desde a distribuição da medida, verificação pelo juiz do preenchimento dos requisitos legais, designação de negociador, entre outros”, avalia Claudio Serpe.

“A contrapartida é inglória, pois haverá um cenário de assoberbamento do Poder judiciário incomum, já que poderá haver um aumento muito significativo de números de processos em tramitação, especialmente, diante da dimensão da crise provocada pela pandemia”, continua Serpe.

Para Victor Cerri, as intenções do projeto de lei são boas. “Traz o procedimento de negociação preventiva, de jurisdição voluntária, com base no sistema europeu de gestão de crise, além do que propõe uma série de alterações de recuperação judicial e falências. Me parece que são medidas que vão impactar o mercado, só que de forma diversa, porque cada negócio tem uma característica. Alguns setores tem prejuízos inestimáveis, com problemas graves de fluxo de caixa, que impossibilitam regular qualquer implemento de obrigação. A gente sempre tem que pensar que isso estimula a economia, mas impacta os credores. Por outro lado, é melhor receber algo a longo prazo do que não receber”.

M2 Comunicação – Aline Moura

 

 

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Acre cria política para incentivar esporte entre crianças e adolescentes em vulnerabilidade social

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Lei sancionada por Gladson Cameli prioriza acesso a programas esportivos para jovens de abrigos e entidades assistenciais; iniciativa inclui parcerias e eventos comunitários

A nova legislação tem como objetivo promover inclusão social, bem-estar e desenvolvimento pessoal por meio da prática esportiva, especialmente entre jovens atendidos por abrigos. Foto: ilustrativa 

O governador Gladson Cameli sancionou nesta sexta-feira (25) a Lei nº 4.618/2025, que estabelece no Acre uma política estadual para promover o esporte entre crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade socioeconômica. A medida, de autoria do deputado Adailton Cruz, visa usar a prática esportiva como ferramenta de inclusão social e desenvolvimento pessoal para jovens atendidos por abrigos, conselhos tutelares e entidades assistenciais.

Eixos de atuação

A nova legislação prevê:

  • Reserva de vagas em projetos esportivos para esse público prioritário

  • Realização de palestras educativas sobre os benefícios do esporte

  • Parcerias com escolas, universidades e ONGs para oferta de atividades

  • Organização de eventos esportivos inclusivos com participação comunitária

Fomento a iniciativas locais

Organizações da sociedade civil que desenvolvem projetos alinhados à política poderão receber apoio técnico e financeiro do Estado. A lei já entrou em vigor com sua publicação no Diário Oficial e caberá ao Executivo regulamentar as ações, articulando-se com diversos setores para garantir sua implementação.

“O esporte transforma vidas. Esta política vai criar oportunidades para que nossos jovens em situação vulnerável possam se desenvolver como cidadãos”, destacou o governador durante a sanção. A iniciativa reforça o compromisso do Estado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, em especial aqueles relacionados à redução das desigualdades.

O governador Gladson Cameli sancionou a Lei nº 4.618/2025, que institui no Estado do Acre a Política de Incentivo ao Esporte para Crianças e Adolescentes em Situação de Vulnerabilidade Socioeconômica. Foto: captada 

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PMAC mobiliza 172 agentes para garantir segurança na Cavalgada da Expoacre 2025 em Rio Branco

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Operação terá 92 policiais militares e 80 seguranças privados com foco em consumo de álcool, brigas e maus-tratos a animais; PM alerta para proibição de bebidas nas calçadas após o evento

A PM alerta que não será permitido o consumo de bebidas alcoólicas nas calçadas após o encerramento do evento. Foto: captada 

A Polícia Militar do Acre (PMAC) preparou um esquema especial com 172 agentes para a Cavalgada da Expoacre 2025, que percorrerá as ruas de Rio Branco na manhã deste sábado (26). Sob comando da tenente-coronel Jokebed, diretora de operações, 92 PMs atuarão diretamente no evento, com possibilidade de reforço do policiamento de rotina caso necessário. A segurança privada complementará a ação com mais 80 profissionais.

Além dos agentes da PM, outros 80 da segurança privada irão atuar no evento. Foto: captada 

Foco na prevenção

A operação priorizará a contenção de incidentes relacionados ao consumo excessivo de álcool, violência interpessoal e maus-tratos a animais. “A Cavalgada atrai multidões, exigindo atenção redobrada. Nossa maior preocupação é o período pós-evento, quando grupos costumam permanecer nas calçadas bebendo”, explicou Jokebed. A PM fará parceria com a Prefeitura para garantir a desobstrução das vias públicas.

Restrições pós-evento

A corporação enfatizou que o consumo de bebidas alcoólicas em calçadas após o término oficial não será tolerado.

“A população pode contar com um evento seguro, mas precisamos da colaboração de todos para manter a ordem”, completou a oficial.

A PMAC monitorará ainda situações de violência doméstica, comum em aglomerações. O efetivo estará distribuído ao longo do trajeto, com viaturas e equipes estratégicas para atendimento rápido de ocorrências.

A Cavalgada reúne um público muito grande e, por isso, exige atenção redobrada. A maior preocupação da PM é com o pós-evento, quando muitas pessoas insistem em permanecer nas calçadas consumindo bebidas alcoólicas. Foto: captada 

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Camila Assunção é eleita Rainha do Rodeio da Expoacre 2025

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Vencedora foi escolhida na última quinta-feira (24), no auditório do Detran-AC, na capital, e levou R$ 10 mil. Miriane Rodrigues, de Bujari, ficou em 2º lugar

Camila Assunção foi eleita a Rainha do Rodeio da Expoacre 2025 . Foto: Arquivo pessoal

Camila Assunção, de 21 anos, foi eleita Rainha do Rodeio da Expoacre 2025 na noite dessa quinta-feira (24), durante cerimônia realizada no auditório do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), em Rio Branco. O evento faz parte da programação da 50ª edição da maior feira agropecuária do Acre.

O título de Princesa do Rodeio ficou com Miriane Rodrigues, candidata do município de Bujari, que também conquistou o público com sua simpatia e desenvoltura na passarela.

A 26ª edição do concurso, organizado pela Associação dos Colunistas do Acre (Acos) e a Secretaria de Estado de Turismo e Empreendedorismo (Sete), com apoio de diversos parceiros, contou com 12 candidatas de Rio Branco, do Bujari e Xapuri, interior do estado.

A escolha das finalistas foi feita em uma pré-seletiva no início de julho, após o encerramento das inscrições em junho, que contou com 87 inscrições.

“Carrego comigo a bandeira do meu estado, minha história e todos que torcem por mim. Hoje, represento muito mais que um sonho, represento o Acre com alma de rainha”, disse a vencedora nas redes sociais.

As eleitas participarão da tradicional Cavalgada de Abertura da Expoacre, marcada para este sábado (26), desfilando com trajes típicos e acompanhando autoridades, comitivas e peões no trajeto pelas principais avenidas de Rio Branco.

Para eleger a Rainha do Rodeio, quatro características foram avaliadas pelo júri, sendo: beleza, simpatia, oratória e performance country. Todas se apresentaram com seus trajes e performances.

Além da coroa e faixa para rainha e princesa, na 50ª edição da feira o título de Madrinha dos Peões será definido por voto popular. A votação será feita através de totens instalados em pontos estratégicos do Parque de Exposições Wildy Viana durante os primeiros dias da Expoacre.

Miriane Rodrigues representou o município do Bujari no concurso e ficou em 2º lugar. Foto: Arquivo pessoal/Raí Lima

Com exceção das vencedoras, todas as outras candidatas poderão participar do concurso, que terá o resultado revelado durante a abertura do rodeio. A vencedora levará R$ 3 mil.

As candidatas também poderão fazer campanhas com QR Codes e o público contará com internet gratuita para votar.

Confira a premiação para as vencedoras:
  • R$ 10 mil – Rainha do Rodeio: Camila Assunção
  • R$ 5 mil – Princesa do Laço: Miriane Rodrigues

No ano passado, a vencedora da competição foi a estudante e empreendedora Hillary Katrine. Além dela, a estudante Sarah Cristinny foi coroada como Princesa do Laço, e a frentista Eduarda Freitas foi escolhida como Madrinha dos Peões.

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