Brasil
Órgãos debatem entrada de imigrantes e refugiados no Brasil pelo estado do Acre
A cidade de Brasiléia sediou na cidade um encontro coordenado pelo governo do Acre, através da Secretaria Estadual de Assistência Social, em parceria com o Ministério Público, onde contou com a presença de órgãos como a Polícia Federal, Rodoviária, Militar, Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados – ACNUR, Prefeituras de Assis Brasil, Brasiléia e Epitaciolândia, além de vários convidados que representavam a sociedade civil organizada, para discutirem a política de atendimento aos imigrantes e refugiados no Acre.
O tema em pauta, vem decorrendo desde 2010, quando o Brasil sofreu, talvez, sua maior migração de estrangeiros, na maioria sendo do Haiti após sofrer sua maior tragédia natural, causada pelo terremoto registrado na época, deixando milhares de mortos e desabrigados que perderam tudo, resolvendo então, procurar outro país para poder recomeçar.
Por considerar um país promissor, centenas de milhares escolheram o Brasil na América Latina, ingressando pelo estado do Acre. Neste meio, outras nacionalidades também se aproveitaram para buscar esse refúgio.
Diante desta imigração, os pequenos municípios que primeiro acolhem os imigrantes, seriam os localizados na fronteira do Acre, como Assis Brasil, Brasiléia e Epitaciolândia, passam a dar acolhidas iniciais mesmo com problemas financeiros na maioria das vezes.
Esses Municípios, por sua vez, correm o risco de cometer alguma ilegalidade na sua acolhida. “Existe um protocolo internacional que acolhe esses refugiados que saem de sua terra natal por questões políticas e catástrofes naturais. Nós temos dificuldades com a questão financeira e a questão da legalidade em poder comprar as vezes, uma passagem, refeição e estadia para essas pessoas que batem em nossa porta”, destacou o prefeito Tião Flores, de Epitaciolândia.
Para o Procurador Sammy Barbosa, Coordenador do Centro de Apoio Operacional (CAOP) de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), comentou que a região Norte, em especial da fronteira do Acre, tem a cultura de acolher e que o Estado tem que atender esses tipos de situações que devem ser resolvidas.
“Nós temos dado também, demonstração de civilização (…), nós somos ainda um País pobre, em desenvolvimento com graves situações de desigualdades social e estamos aqui para discutir a melhor forma de acolher essas pessoas que estão diáspora, por motivos religiosos, políticos, guerras e catástrofes naturais, que precisam ser acolhidas de alguma forma, conforme está assegurando em nossa Constituição”, destacou o Procurador.
Para o prefeito de Assis Brasil, Antônio Barbosa ‘Zum’, questionou que além dos imigrantes, o Estado precisa ver primeiro para dentro de casa, que são esses municípios que são os primeiros a receber. “Não temos estruturas para receber, mas, recebemos já que ficam pelas cidades em busca de algum tipo de apoio. Nós não mais recursos para arcar com despesas de alimentação, hospedagem e eu vim aqui para levantar a voz para que o governo federal, do Estado através de suas secretarias passem a nos dar apoio e estarei em Brasília, pedindo uma emenda impositiva para a construção de uma casa de passagem afim de dar esse apoio para os imigrantes”, disse o gestor.
Segundo MP do Acre, dados dos órgãos públicos que monitoram a situação apontam que, entre os anos de 2010 e 2016, passaram pelo Acre 52 mil migrantes de 34 nacionalidades. Os municípios de Brasileia, Assis Brasil e Epitaciolândia recebem a maior quantidade de imigrantes por estarem localizados em região de fronteira com os países Peru e Bolívia.
Durante o encontro, que reuniu autoridades dos municípios de Brasileia, Epitaciolândia, Assis, Brasil e Rio Branco, foi montado um Grupo de Trabalho com os órgãos envolvidos, com a finalidade de aprofundar as questões debatidas na atividade, em especial nas áreas de acolhimento e proteção social dos imigrantes.
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Brasil
Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau
Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada
A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.
A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.
A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.
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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal
Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada
O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.
O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.
Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).
As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.
Assinatura eletrônica
O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.
A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.
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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.













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