Acre
Operação resgata 37 pessoas em situação análoga à escravidão no Acre em julho
Vítimas trabalhavam no desmatamento de pasto para criação de gado na BR-364, entre Manoel Urbano e Feijó, interior do estado. Operação Resgate 2 encontrou mais de 300 pessoas em situação análoga à escravidão no país.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/p/J/rgpB6STFiBR7b3894qLA/trabalho-escravo.jpg)
Vítimas trabalhavam no desmatamento de pasto para criação de gado na BR-364, no interior do Acre — Foto: Arquivo/PGR
Trinta e sete trabalhadores rurais foram resgatados no Acre em situação análoga à escravidão neste mês durante a Operação Resgate 2, ação conjunta que reuniu diversos órgãos públicos no combate ao crime. No país, as equipes resgataram 337 trabalhadores nesta situação.
Os dados da operação foram divulgados pela Procuradoria Geral da República (PGR) nesta quinta-feira (28) em Brasília. As vítimas foram resgatadas em 22 estados e no Distrito Federal.
No estado acreano, as pessoas resgatadas trabalhavam no desmatamento para abertura de pasto para gado na BR-364, a aproximadamente 22 km do trevo de acesso ao município de Manoel Urbano, interior do Acre, sentido à cidade de Feijó.
Entre as irregularidades encontradas no local estão:
- Falta de pagamentos de salários
- Ausência de alimentação adequada e fornecimento de água potável
- Venda de alimentos e ferramentas de trabalho a preços caros para manter os trabalhadores endividados com o empregador.
A operação reuniu Ministério Público Federal (MPF); Subsecretaria de Inspeção do Trabalho, do Ministério do Trabalho; Ministério Público do Trabalho (MPT); Polícia Federal (PF); Defensoria Pública da União (DPU); e Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Conforme o balanço divulgado nesta quinta-feira, os trabalhadores foram resgatados principalmente em serviços de:
- colheita em geral;
- cultivo de café;
- criação de bovinos para corte.
O balanço também apresenta outros dados, entre os quais:
- foi flagrado trabalho escravo em uma clínica de reabilitação de dependentes químicos;
- seis trabalhadoras domésticas foram resgatadas em cinco estados;
- cinco crianças e adolescentes foram flagrados em situação análoga à escravidão;
- quatro cidadãos estrangeiros (Paraguai e Venezuela) foram encontrados em situação análoga à escravidão;
- ao menos 149 pessoas também foram vítimas de tráfico de pessoas
Mais de 300 trabalhadores em situação análoga à escravidão foram resgatados no Brasil, em um mês
O que acontece após a fiscalização?
Conforme o balanço da operação, após a fiscalização, os empregadores foram notificados e deverão:
- interromper as atividades;
- formalizar o vínculo empregatício;
- pagar as verbas salariais e rescisórias devidas aos trabalhadores (R$ 3,8 milhões).
Além disso, os empregadores poderão:
- ser responsabilizados por danos morais individuais e coletivos;
- pagar multas administrativas;
- se tornar alvos de ações criminais.
Cada um dos trabalhadores resgatados também recebeu três parcelas do seguro-desemprego especial para trabalhador resgatado, no valor de um salário-mínimo cada.
Serão lavrados pelos auditores-fiscais do Trabalho aproximadamente 669 autos de infração, entre eles de trabalho análogo ao escravo, de trabalho infantil, falta de registro na carteira de trabalho e descumprimento de normas de saúde e segurança no trabalho.
A Operação Resgate 2 é a maior ação conjunta no país com a finalidade de combater o trabalho análogo ao de escravo e o tráfico de pessoas.
Comentários
Acre
Homem é acusado de estuprar prima de 14 anos em ramal de difícil acesso em Cruzeiro do Sul
Suspeito fugiu após o crime; Polícia Militar não realizou buscas devido às condições da via e limitações operacionais
Comentários
Acre
Água invade ruas, casas e deixa praça submersa

Foto: David Medeiros
A forte chuva que atinge a capital acreana desde a madrugada desta sexta-feira (26) continua causando transtornos em diversos pontos de Rio Branco. A reportagem do ac24horas Play segue acompanhando a situação e esteve no bairro Plácido de Castro, na Travessa Tabosa, onde a água já invadiu residências.
De acordo com o repórter David Medeiros, que entrou na área alagada para registrar a situação, a água tomou as ruas do bairro e invadiu várias casas. Com o avanço da enxurrada, veículos já não conseguem trafegar pelo local, e moradores precisaram retirar carros das garagens às pressas para evitar prejuízos.

Foto: David Medeiros
Ainda segundo os relatos, o sistema de drenagem não suportou o volume da chuva, problema recorrente na região. Imagens registradas pela reportagem mostram a pracinha do bairro completamente submersa.
Morador da área, Roni relatou a preocupação com o aumento constante do nível da água e o risco de transbordamento para dentro da residência. “A água tá aumentando, tá subindo. Já chegou na área da frente e na de trás, agora tá entrando dentro da casa. Toda vez que chove forte acontece isso aqui. Ainda bem que agora estão mexendo nas galerias, senão já estaria tudo debaixo d’água”, afirmou.

Foto: David Medeiros
Com a continuidade das chuvas, moradores do bairro amanheceram tentando salvar o que é possível dentro de casa, enquanto quintais e áreas externas seguem completamente alagados.
Comentários
Acre
Estrada do Calafate volta a ficar debaixo d’água em Rio Branco

Foto: Eduardo Gomes e David Medeiros
Mais uma vez, como ocorre sempre que chove, moradores da região do bairro Calafate enfrentam dificuldades para trafegar pela estrada de acesso ao bairro, que ficou alagada em razão das chuvas registradas nesta sexta-feira (26), em Rio Branco.
Imagens captadas pela reportagem mostram a via completamente tomada pela água nas proximidades da Igreja Batista do Bosque (IBB) e da Havan, área que costuma registrar transtornos recorrentes durante períodos de chuva intensa, dificultando a passagem de veículos.
O trecho é uma baixada historicamente afetada por alagamentos, o que gera preocupação entre moradores e condutores. Em meio ao avanço da água, algumas pessoas aguardam em pontos de ônibus, enquanto a mobilidade no local se torna cada vez mais comprometida.
De acordo com o coordenador municipal da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, informação divulgada pelo repórter David Medeiros, a previsão é de que as chuvas continuem pelo menos até as 13h desta sexta-feira, mantendo o alerta para novos alagamentos na capital. Nas últimas 24 horas, o volume de chuva já ultrapassou os 70 milímetros em Rio Branco.

Você precisa fazer login para comentar.