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Acre

ONG questiona decisão de desativar abrigo de imigrantes no interior do AC

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Conectas acompanha situação em Brasiléia há pelo menos 8 meses.
Abrigo em Brasiléia será desativado e imigrantes transferidos para a capital.

Abrigo em Brasiléia, com capacidade para abrigar cerca de 400 pessoas, vai ser desativado e transferido para a capital do Acre, Rio Branco (Foto: Veriana Ribeiro/G1)

Abrigo em Brasiléia, com capacidade para abrigar
cerca de 400 pessoas, vai ser desativado e
transferido para a capital do Acre, Rio Branco
(Foto: Veriana Ribeiro/G1)

G1/AC

A Organização Não Governamental Conectas Direitos Humanos, fundada em 2001 em São Paulo (SP) que acompanha há pelo menos 8 meses a situação dos imigrantes em Brasiléia, questionou os motivos da decisão de transferência do abrigo para a capital, Rio Branco. O Segundo a coordenadora de Política Externa da ONG, Camila Asano, a medida aparenta não ter sido pensada de forma coordenada entre o governo estadual e federal.

O governo do estado do Acre autorizou, na última terça-feira (8) a desativação do abrigo de imigrantes em Brasiléia (AC), distante cerca de 220 km de Rio Branco, e a sua transferência para a capital acreana. A medida, de acordo com o secretário de Justiça e Direitos Humanos do Acre, Nilson Mourão, é uma forma do governo reconhecer que Brasiléia já fez sua parte, além da iniciativa facilitar  a saída dos imigrantes para outros estados do país.

Camila afirma que a Conectas vinha cobrando uma solução para a questão junto ao governo federal e a solução encontrada chamou a atenção. “O que nos assustou muito foi essa decisão que parecia um improviso, por várias razões. A primeira é que o Ministério da Justiça nos informou que a decisão foi exclusiva do governo do Acre. Se ele dizia que não tinha condições de lidar sozinho com a situação, por que tomaria uma decisão sozinho?”, questiona.

Procurado pelo G1, o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Nilson Mourão, confirmou que a medida foi tomada pelo governo acreano. “A medida foi tomada pelo governo do Acre. O governo decidiu resolver esse problema, porque já estava uma situação muito delicada, muito complicada relativa a situação dos imigrantes e da população de Brasiléia”, afirma.

Além disso, a coordenadora indaga sobre a escolha do local que será utilizado em Rio Branco para acolher os imigrantes, uma vez que o Parque de Exposições Marechal Castelo Branco é um ambiente de realização de eventos.

“A gente ficou sabendo que já tem uma exposição marcadas para julho. E a questão migratória não vai parar porque o abrigo saiu de Brasiléia e foi para Rio Branco. Ainda existe um fluxo grande de haitianos chegando. O anúncio de fechamento do abrigo não vai representar uma redução de pessoas que vão entrar”, acrescenta.

Outra preocupação da Conectas é o translado entre as duas cidades acreanas, já que os imigrantes vão chegar em Brasiléia e serão informados que o abrigo é na capital. De acordo com Camila, a situação vai fazer com que eles percorram o território brasileiro de forma irregular, considerando que o governo federal adotou a postura de permitir que a documentação seja providenciada após a entrada no país.

“Essa regularização leva alguns dias, porque é preciso emitir uma carteira de trabalho e um CPF. Enquanto eles aguardavam, ficavam na própria cidade de Brasiléia, no abrigo. Então, o que o governo está forçando as pessoas a fazerem é entrar de forma irregular no país e transitar de forma irregular para chegar em Rio Branco. Sendo que essas pessoas não têm mais uma estrutura que os leve até lá. São pessoas que não falam nosso idioma, que já passaram por todo tipo de exploração e, se vier mais alguém tentando aliciar e explorar essas pessoas, vai conseguir”, explana.

Por fim, a coordenadora de Política Externa questiona que nada foi anunciado ainda como medida à médio e longo prazo. “Essa decisão levanta dúvidas sobre o seu caráter pensado e planejado. Qualquer pessoa, na hora de tomar uma decisão, deveria considerar formas de mitigar os problemas”, acrescenta.

Para tentar solucionar o problema, a Conectas pretende enviar ainda nesta quinta-feira (10) uma carta ao Governo Federal perguntando o que será feito e se a situação passará a ser tratada em caráter nacional.

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Acre

Escola recebe 32 indígenas desabrigados pela cheia e mantém as atividades em Rio Branco

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Fotos: Mardilson Gomes/SEE

Sete famílias indígenas, totalizando 32 pessoas, foram abrigadas na Escola Madre Hildebranda da Pra, localizada no bairro Cidade Nova, em Rio Branco, após a cheia do Rio Acre ter atingido a residência coletiva em que residem, no bairro da Base, neste domingo (9). Mesmo com a chegada dos desabrigados, as atividades da escola não foram suspensas, e as aulas seguem normalmente.

A ação, coordenada pela prefeitura de Rio Branco e governo do Acre por meio das Secretarias de Educação (SEE), Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), Política Indígena (Sepi) e Corpo de Bombeiros (CBMAC), garantiu a o abrigo das 32 pessoas sem afetar a rotina escolar da instituição.

Fotos: Mardilson Gomes/SEE

O diretor da escola, Ricardo Oliveira, destacou que, mesmo com a chegada das famílias desabrigadas, o compromisso com a continuidade das aulas foi mantido. “Para nossa rotina não ser prejudicada, conseguimos seguir com as aulas, embora com restrições e cuidados necessários. Garantimos o apoio aos desabrigados sem que a dinâmica escolar fosse comprometida”, afirmou o diretor.

Nedina Yawanawá, representante da Sepi, afirma que o abrigo para os indígenas é provisório, embora outros desabrigados também sejam esperados no local. “A secretária Francisca Arara está dando todo o apoio aos indígenas, já que esses são os primeiros afetados, e estamos esperando mais famílias”, disse.

Com informações da Agência de Notícias do Acre.

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Acre

Acre lidera coeficiente de incidência de dengue no Brasil

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Acre registra a maior taxa de incidência de dengue no país nos primeiros três meses de 2025, com 760,9 casos para cada 100 mil habitantes, segundo dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde. O estado supera São Paulo (633,9), Mato Grosso (470,2) e Goiás (368,4) no ranking nacional.

Desde o começo de janeiro, o Governo do Acre decretou emergência em saúde pública por conta do aumento de casos de dengue e síndromes respiratórias (SRAGs). No final do mes de janeiro, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, e o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, assinaram o decreto de emergência no município em razão do aumento da proliferação do mosquito transmissor da dengue e outras arboviroses.

Dados retirados do Painel nesta segunda-feira, 10, revelam que o Acre contabiliza 6.701 casos prováveis da doença, com três óbitos confirmados e um em investigação. Segundo as informações, 54% dos casos prováveis de dengue no estado são de mulheres, enquanto os outros 46% são de homens.

Entre janeiro e março, o Brasil registrou 502.317 casos prováveis de dengue, com 235 mortes confirmadas e 491 óbitos ainda em investigação. Os números revelam que as mulheres representam 55% dos casos prováveis no país, enquanto os homens somam 45%. As faixas etárias mais afetadas estão entre 20 e 49 anos, abrangendo a população economicamente ativa.

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Acre

Inmet emite alerta de chuvas intensas para o Acre de até 50 mm

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O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um aviso meteorológico de Perigo Potencial para chuvas intensas em diversas regiões do Acre. O alerta é válido a partir das 9h51 desta segunda-feira (10) e se estende até 10h de terça-feira (11).

Segundo o Inmet, há possibilidade de chuvas entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia, além de ventos intensos, variando entre 40 e 60 km/h.

Situação do Rio Acre

O Rio Acre ultrapassou a cota de transbordamento e, às 9h desta segunda-feira (10), atingiu 14,13 metros, registrando um aumento de 7 centímetros em relação à medição das primeiras horas do dia, conforme dados da Defesa Civil de Rio Branco.

A enchente já afeta 10 bairros, deixando cerca de 300 famílias impactadas. As autoridades seguem monitorando a situação e adotando medidas emergenciais para minimizar os danos à população.

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