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Onde está a vacina?

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A cobertura nas aldeias varia por município, mas não passa de 40% em nenhum. Há caos como o de Sena Madureira em que nenhum índio em aldeia foi vacinado.

A Tribuna

A senha da desconfiança foi dada pelo próprio governador Gladson Cameli, cobrando ações e unidade em torno das ações de seu governo. Foi o governador que falou que “todos são testemunhas do esforço sobre-humano que tenho tido para salvar vidas, independente de cor, raça, religião ou partido político. Reafirmo que não irei tolerar nenhuma inércia da parte de qualquer membro da nossa equipe ou conivência com as tentativas de alguns políticos de desconstrução de um árduo trabalho pela manutenção das vidas e das famílias do nosso Estado”. Revoltado com o que parece ser uma campanha de desinformação, o governo dei a deixa para apurar, entre outros questionamentos, os números contraditórios da vacinação da COVID no estado.

O Acre recebeu, de acordo com o a página de informação do Portal de Transparência, 51.060 doses de vacinas. Este total daria para vacinar 25.500 pessoas, reservando já a segunda dose.

Entretanto, a realidade é diferente. No mesmo portal consta que o estado distribuiu para os municípios 31.275 doses, das quais só 11. 519 foram efetivamente aplicadas, como primeira dose.

Entre as doses recebidas, um dos grupos prioritários para a vacinação nessa primeira fase é a população indígena. Na primeira remessa o estado recebeu doses suficientes para vacinar todos os índios que moram, em aldeias no estado. Seriam cerca de 25 mil vacinas para a primeira dose nas aldeias, Apesar de o Estado ter recebido vacina para todos os indígenas apenas 25% dos índios foram vacinados. As doses chegaram na primeira remessa em 19 de janeiro e 25 mil vacinas ficaram exclusivamente para as comunidades que vivem nas aldeias. Entretanto, o balanço do governo mostra que apenas 2.486 indígenas receberam a imunização até agora, segundo um dos gráficos e com a totalização alcançando, segundo outra informação, 3.101 indígenas, aí incluindo os que estão na Casa do índio em Rio Branco, os ligados à estrutura de saúde, os acamados em outras instituições. A cobertura nas aldeias varia por município, mas não passa de 40% em nenhum. Há caos como o de Sena Madureira em que nenhum índio em aldeia foi vacinado.

Autoridades alegam dificuldade de chegar nas aldeias e de vencer alguns preconceitos ligados à vacina que são incutidos nas aldeias. Uma campanha nacional está sendo feita para motivar a adesão das etnias à vacinação.

O Acre recebeu 45.560 doses da vacina coronavac e 5.500 da vacina de Oxford, da Fundação Oswaldo Cruz.

As 31.275 doses distribuídas até agora foram assim divididas:

Onde estão quase 10 mil doses?

Entretanto, mesmo o portal não informando o destino dado a pelo menos 19.785 doses que foram recebidas sem serem entregues para a aplicação, o quadro efetivo da imunização apresenta números bem aquém do número de doses entregues. Eis o quadro por município da vacinação já realizada.

Esse quadro mostra, por exemplo, que Rio Branco recebeu 10.811 doses, o que daria para imunizar, se fosse reservada a segunda dose, 5.405 pessoas, mas só atingiu 3.546. Feijó recebeu 2.709 doses, o que daria para atender mais de 1.350 pessoas, mas só imunizou 907.

Um dos municípios mais efetivos foi Cruzeiro do Sul, que recebeu 3.965 doses e imunizou 2.119 pessoas, não reservando a segunda dose para todas. Isso pode ser explicado para a recorrência da casos de COVID na região, praticamente fora de controle. Mesmo assim, após a prefeitura marcar vacinação pelo sistema drive trhu para idosos com mais de 90 anos e dezenas de famílias levarem os idosos de carro ao posto volante, o processo foi cancelado por falta do produto.

Na divisão por grupos específicos, a vacinação realizada até gora contemplou as seguintes especificações:

Na relação de vacinas recebidas não consta, ainda as doses que estavam previstas para serem entregues hoje ao estado.

Reunião adiada e apurações

O governador Gladson Cameli teria uma reunião marcada com o ministro da Saúde, junto com toda a bancada federal na terça-feira, dia 09 em Brasília, mas ela foi suspensa sem justificativa, A bancada acreana quer ação rápida ano auxílio ao estado que enfrenta aumento de casos da COVID. Os parlamentares acreanos querem pressa no envio de novos lotes da vacina.

O presidente da Assembleia Legislativa, Nicolau Júnior mandou instalar ontem a Comissão Especial de Acompanhamento da Covid-19. Para verificar a execução de todas as ações da pandemia bem como a acompanhar a execução orçamentária e financeira das despesas com a COVID, sobretudo do Programa Especial de Combate à Covid-19, aprovado pelos deputados estaduais.

O Ministério Público estadual determinou a apuração de denúncias de desvios na aplicação de vacinas, inclusive em clínicas particulares, além do caso da esposa do coronel Ulysses, ex-comandante da PM que postou em rede social recebendo vacina sob a alegação que seria voluntária de psicologia da policlínica da PM, como formanda do curso, mas sem habilitação para exercer a profissão e sem contrato efetivo de trabalhadora na área da saúde. Enquanto isso, permanece sem calendário a vacinação de pessoas com mais de 80 anos na capital.

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Mulher que teve moradia arrastada durante enxurrada no ano passado recebe casa do governo e se emociona: ‘Sonho realizado’

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Reconhecida pela Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948, a moradia adequada também foi prerrogativa reforçada pela Constituição Federal brasileira em 1988.

Para além das quatro paredes, o lar deve ser um ambiente seguro e que atenda a necessidades como saneamento básico e dignidade a qualquer cidadão. Nos últimos anos, com a implantação da Secretaria de Estado de Habitação e Urbanismo (Sehurb), o governo do Acre busca reduzir o déficit habitacional de mais de 23,9 mil unidades – um desafio que está sendo enfrentado com a parceria do governo federal.

Janaira recebeu casa nova do governo e se emocionou. Foto: Neto Lucena/Secom’

Um passo importante foi dado nesta sexta-feira, 26, com a entrega de 19 casas no Conjunto Habitacional Jequitibá. Na ocasião, foi assinada a ordem de serviço para a construção de mais 383 casas na Cidade do Povo, também em Rio Branco, dividida em três lotes.

Conheça a história de Janaira da Silva

A entrega da chave da nova moradia para Janaira da Silva significa mais do que um lar, é o pontapé para recomeçar. Em abril do ano passado, ela passou por um momento bastante difícil: teve a casa, localizada no bairro Conquista, na capital, levada pela enxurrada do Igarapé São Francisco.

Mãe de três filhos, de 15, 11 e 2 anos, ela conta que as águas subiram muito rápido e a casa, que construiu juntando madeira por madeira, rapidamente foi invadida e levada.

“Subiu em um piscar de olhos e saí arrastando meus filhos, um pela mão, o outro amarrei num cinto e o menor, que na época tinha um ano, no braço. Deixei meus filhos na principal e, quando voltei para tentar pegar alguns documentos, a casa estava toda encoberta”, relembra.

Tudo o que Janaira tinha se foi com as águas naquele dia. O primeiro momento foi de desespero, ela não acreditava no que estava passando e se esforçava para imaginar como seria sua vida com os três filhos, já que tinha ficado apenas com a roupa do corpo.

Diarista que perdeu a casa lembra de como ficou desolada no ano passado. Foto: Neto Lucena/Secom

Quando as águas baixaram, da casa da diarista havia sobrado três tocos de madeira. Ela conta que conseguiu localizar o terreno ao encontrar um garfo, em que tinha gravado suas iniciais. “A sensação era de desespero. Olhei para o céu e perguntava a Deus o que eu ia fazer. Fui para o abrigo e as pessoas começaram a ajudar muito também”, relata.

Foi em uma das visitas do governador às áreas atingidas que Janaira encontrou Gladson Cameli. Entre lágrimas, contou sua história e foi consolada. Ao final, ele se comprometeu a auxiliá-la e foi o que aconteceu, ao ser amparada pelo Estado a partir dali.

“Só pensava em como seria minha vida a partir daquele dia, sem casa, separada e com três filhos. Mas, o governador disse que ia me ajudar de todas as maneiras que pudesse e acreditei”, conta.

Por muitas vezes, Janaira disse que chegou a ter pesadelos com o dia em que perdeu sua casa e precisou de acompanhamento psicológico para continuar. “Eu sempre lembrava, tenho certeza que Deus que me fazia lembrar que o Gladson Cameli tinha dito que ia me ajudar. E isso mostra como os políticos podem mudar a vida das pessoas”, destaca.

Enquanto esperava ser sorteada para ganhar a casa, ela e os filhos moraram no bairro Apolônio Sales, com ajuda do aluguel social. Com apoio do Estado e de outras pessoas, Janaira, que há um ano havia perdido tudo, se reergueu mais forte. Com o dinheiro das diárias, começou a cursar Direito, conseguiu a casa própria e agora tem um lar.

Família diz que nova casa é sinônimo de recomeço. Foto: Neto Lucena/Secom

‘Sonho realizado’

Ao conhecer a nova casa, Janaira se emocionou e não pôde conter as lágrimas, mas agora o que transborda é a alegria, o sentimento de recomeço, vida nova, e o incentivo para continuar sonhando e se tornar, daqui alguns anos, “doutora”. Ao ver a habitação, disse, impressionada: “Parece casa de filme.”

Hoje ela carrega a chave de uma casa com dois quartos, banheiro e toda a estrutura adequada para viver com os três filhos. É um novo capítulo para ela, para Wagner Vitoriano, Douglas Vitoriano e Arthur Mezenga Vitoriano. Os filhos que foram carregados pela mãe no dia da enchente, hoje seguravam firme a mão dela para conhecer a nova morada.

Entre um cômodo e outro, sorrisos e cochichos revelam planos para o novo lar. Ainda emocionada, a diarista fala da sensação de receber a chave da propriedade: “Parece coisa de filme, um sonho realizado. A casa é linda por dentro e por fora, perfeita. Nunca imaginei que fosse assim, por isso dizem que quando Deus vai te dar as coisas, faz bem melhor do que a gente sonha.”

Janaira e os filhos conferem cada detalhe da casa nova. Foto: Neto Lucena/Secom

Nada passou despercebido aos olhos atentos e encantados de Janaira. Combustível para voltar a sonhar. “Tive muito apoio do governo para chegar onde cheguei. Agora é reconstruir e construir de novo, com sonhos maiores. Quero continuar estudando e me formar”, planeja.

Daqui pra frente, quer focar também nos estudos dos filhos. Ela observa como a presença do Estado pode impactar na vida das pessoas. “O governador falou que ia me ajudar e cumpriu com a palavra dele. Os nossos governantes podem realizar sonhos, basta se colocar no lugar do outro, que nem o governador se pôs a ajudar muita gente. Eu, que fiquei sem nada, agora estou com tudo de novo”, conta animada e sem tirar os olhos da casa.

Com três filhos, diarista planeja focar na faculdade de Direito. Foto: Neto Lucena/Secom

Mais de 1,6 mil unidades

A realidade habitacional do Acre está começando a mudar com a construção de casas populares, tanto com recursos próprios do Estado, como também com investimento federal.

No cronograma, além da assinatura da ordem de serviço para a construção de 383 casas, mais 15 unidades devem ser entregues no Conjunto Santa Cruz, também construídas com recursos próprios.

“Tivemos a felicidade, junto com o governador, de ir a Brasília e conseguir um ‘plus’ no programa Minha Casa, Minha Vida. Nós tínhamos mil unidades destinadas para o estado e, com a nossa ida lá, o governador articulou com o ministro e conseguimos mais 614 unidades, sendo 1.416 na capital, cem em Xapuri e cem em Cruzeiro do Sul”, informa Egleuson Santiago, secretário de Habitação e Urbanismo.

Governo tem focado na construção de casas populares para reduzir o déficit habitacional do estado. Foto: Neto Lucena/Secom

Para expandir as construções nas outras cidades, o governo está fazendo um levantamento, pois é necessário detectar as áreas que são da União ou do governo do Estado.

“O governo federal também está com um programa de desburocratização de áreas que são da União e estão subutilizadas no centro da cidade ou próximo das cidades, dos municípios onde já há infraestrutura. A gente está com esse dever de, neste momento, identificar essas áreas, que serão usadas exclusivamente para habitação de interesse social. Não tendo essas áreas nos municípios, a gente vai para outra opção, que seria a identificação de área para desapropriação; o governo desapropria e a gente inclui no programa Minha Casa Minha Vida. Então, temos um longo caminho para percorrer, mas temos o horizonte na frente, já em vista. Para que todos os municípios sejam contemplados no futuro”, garante o gestor.

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Polícia Federal apreende 5 quilos de cocaína e detém dois adolescentes na BR-364

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Na noite de quinta-feira, 25, a Polícia Federal realizou uma importante apreensão de cerca de 5 quilos de cocaína em um ônibus que transitava pela BR-364, entre as cidades de Sena Madureira e Rio Branco. A droga estava sendo transportada por dois adolescentes, que foram encaminhados à Polícia Civil para as devidas providências.

A ação foi conduzida pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) da Polícia Federal, que atua de forma incansável no combate ao tráfico de drogas e outras atividades criminosas. A apreensão dessa quantidade significativa de cocaína representa um duro golpe para as organizações criminosas envolvidas no tráfico de entorpecentes.

A Polícia Federal, em conjunto com outras forças de segurança, tem intensificado seus esforços para coibir o tráfico de drogas e garantir a segurança da população.

 

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PCAC prende dois em Sena Madureira, um por participação em homicídio e outro por descumprimento de medida protetiva

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Na última quinta-feira, 25, a equipe de investigadores da Delegacia de Sena Madureira realizou uma operação bem-sucedida que resultou no cumprimento de dois mandados de prisão. Os alvos da ação policial foram identificados como E.O.N., de 32 anos, e V.S.M., também de 32 anos e conhecido pelo apelido de “Bebê”.

O primeiro mandado foi executado contra E.O.N., indivíduo com extensa ficha criminal na Comarca de Sena Madureira. Entre os crimes pelos quais responde, destacam-se um homicídio qualificado, uma tentativa de homicídio simples, dois furtos, um disparo de arma de fogo em via pública e participação em organização criminosa. Os investigadores vinham trabalhando na captura de Evaneldo há meses e finalmente conseguiram detê-lo na tarde da última quinta-feira, na Rua Beira Rio, localizada no Bairro Vitória, em Sena Madureira.

O segundo mandado foi cumprido contra V.S.M., vulgo “Bebê”, capturado na Rua Isaac D’Ávila, na mesma localidade. A prisão ocorreu devido ao descumprimento de medida protetiva de urgência, configurando o crime previsto no artigo 24-A da Lei 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha.

Ambos os indivíduos foram conduzidos à Delegacia de Sena Madureira e, posteriormente, encaminhados à Unidade Prisional Evaristo de Moraes, onde permanecerão à disposição da Justiça para responder pelos crimes que lhes são imputados.

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