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Oito em cada 10 casos de câncer de ovário são diagnosticados em estágio avançado
No dia mundial de conscientização sobre a doença (8 de maio), especialistas alertam sobre a importância da detecção precoce
O câncer de ovário é uma doença silenciosa, que não apresenta sintomas específicos em seus estágios iniciais.
Devido à ausência de um método eficaz de rastreamento em mulheres assintomáticas, 8 em cada 10 casos são diagnosticados em fase avançada, quando o câncer já se disseminou do ovário para outros órgãos da região pélvica e abdominal, o que reduz as chances de recuperação.
No Brasil, a cada ano, mais de 6 mil mulheres desenvolvem câncer de ovário, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Os dados mais atualizados de óbitos no país são de 2019, quando foram registradas mais de 4 mil mortes pela doença.
Embora não seja o tipo de câncer mais prevalente entre as mulheres, o de ovário é o mais letal entre os tumores de origem ginecológica. De acordo com o Inca, ele está entre os dez que mais matam mulheres no país.
“Há uma sobrevida pequena de mulheres diagnosticadas com câncer de ovário, apenas 10 a 20% sobrevivem após cinco anos”, afirma o médico Agnaldo Lopes, presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. consultados pela CNN, reforçam os principais pontos de atenção à doença:
Sinais de alerta
Os sintomas do câncer de ovário surgem quando a doença já está em fase avançada. Além disso, por não serem específicos, podem ser confundidos com outras condições clínicas.
Por isso, os médicos recomendam procurar um ginecologista imediatamente se notarem problemas como dor e aumento do volume abdominal, urgência urinária (causada pela compressão da bexiga), perda de peso, sangramento anormal, dificuldade para evacuar e alterações digestivas.
“Não é incomum que mulheres sintam cólica e dor abdominal, por exemplo. Por isso, os sinais são negligenciados. Quando eles se tornam mais intensos é um indicativo de que a doença pode estar se espalhando para a cavidade pélvica”, explicou o médico patologista Leonardo Lordello, da Sociedade Brasileira de Patologia.
Fatores de risco
Em cerca de 80% dos casos, o surgimento do câncer de ovário é influenciado diretamente pelos hormônios. A maior incidência está entre as mulheres acima de 60 anos. Além da idade, os principais fatores de risco inclueminfertilidade, início precoce da menstruação, menopausa tardia, nunca ter tido filhos (nuliparidade), obesidade e tabagismo.
Fatores genéticos também contribuem para o aumento na probabilidade de desenvolvimento da doença. Mutações de origem hereditária, em especial dos genes BRCA1 e BRCA2, estão ligadas principalmente ao câncer de mama e de ovário. Já a Síndrome de Lynch aumenta o risco de tumores no cólon e no reto, que podem influenciar no aparecimento do câncer de ovário.
O cirurgião oncológico Daniel Fernandes, do Inca, orienta às mulheres com histórico de câncer de ovário na família primeiro procurar um oncologista ou cirurgião oncológico. Se esse especialista identificar a necessidade, poderá encaminhar a paciente a um geneticista, que avaliará a possibilidade de realização de um teste genético para dizer se o risco de desenvolvimento da doença é aumentado ou não.
Importância do diagnóstico precoce
O diagnóstico precoceé fundamental para o sucesso no tratamento. A taxa de sobrevida em casos de câncer é medida em 5 anos, ou seja, ela indica a porcentagem de pacientes que vivem pelo menos 5 anos após o diagnóstico da doença.
No caso do câncer de ovário, quando descoberto na fase inicial, a taxa de sobrevida chega a 90% das pacientes. Nos estágios mais avançados, o índice cai para menos de 50%.
O cirurgião oncológico Daniel Fernandes explica que o diagnóstico é feito a partir de uma ampla investigação que envolve diferentes testes, incluindo a biópsia (retirada de um fragmento da lesão suspeita). Entre os exames realizados para o rastreamento do câncer, estão o ultrassom transvaginal, a tomografia de abdômen e pelve e a ressonância.
“A imagem do ultrassom mostra características que pontuamos para saber se a lesão no ovário é de um risco maior ou mais baixo para câncer. Associado a essa informação temos o marcador tumoral CA-125. As mulheres que têm exames de imagem que apontam a suspeita e apresentam CA-125 elevado são conduzidas para cirurgia”, explicou.
O diagnóstico definitivo é feito com a retirada do ovário, que segue para biópsia. Com isso, além de confirmar ou descartar o câncer, o profissional identifica as principais características da doença, como tipo de tumor, tamanho, fase em que se encontra (chamada tecnicamente de estadiamento), grau de agressividade, perfil biológico e capacidade de se espalhar, e o potencial de resposta aos tratamentos disponíveis.
“Existem muitos tipos e subtipos de câncer de ovário. Cada tipo tem um comportamento biológico diferente e responde a tipos de tratamentos diferentes também”, afirmou Leonardo.
Inovação brasileira busca melhorar prognóstico da doença
Uma tecnologia desenvolvida por pesquisadores brasileiros pode trazer melhorias para o tratamento de pacientes diagnosticadas com câncer de ovário. A pesquisa liderada pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), de Minas Gerais, levou à criação de um exame molecular que auxilia, por meio de pistas genéticas, as respostas sobre o prognóstico da doença.
Os especialistas extraem do tumor amostras de RNA, parte do código genético das células, e realizam uma análise de biologia molecular (RT-PCR) – técnica semelhante à utilizada para o diagnóstico do novo coronavírus.
A investigação conseguiu responder se há um risco de recidiva, ou seja, se a doença tem chance de voltar, e se a paciente pode ter benefício do tratamento quimioterápico padrão.
“Também pudemos avaliar quais pacientes têm melhores ou piores chances de responder ao tratamento, além de identificar se o tumor é primário, fruto de metástase ou recidiva”, destacou Luciana Silva, coordenadora do estudo, pesquisadora da Funed.
A tecnologia passou por todas as fases de validação e está disponível em fase operacional. Para ser disponibilizado para a população e chegar às pacientes, o teste depende de parcerias e investimento. A pesquisa conta com a participação da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
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Taxista é vítima de tentativa de homicídio em Plácido de Castro
O taxista Antônio Edimar Alves Araújo, de 55 anos, sofreu uma tentativa de homicídio na noite desta quarta-feira (29), no bairro Taumaturgo, em Plácido de Castro, interior do Acre.
Segundo relato da própria vítima, ele foi chamado para uma corrida no bairro Taumaturgo, onde um casal já o aguardava com destino a Rio Branco. Ao chegar ao local, o taxista notou que o homem se aproximava da janela do passageiro. De repente, o suspeito sacou uma arma e ordenou que Antônio abaixasse o vidro.
Em seguida, disparou um tiro, mas o taxista conseguiu colocar a mão na frente, evitando que fosse atingido na cabeça. O agressor efetuou um segundo disparo, que atingiu a porta do veículo.
Temendo ser morto, Antônio saiu rapidamente do carro e entrou em luta corporal com o criminoso. Conseguiu se desvencilhar e correr, enquanto um terceiro tiro foi disparado em sua direção, sem atingi-lo.
Ferido, o taxista buscou ajuda no bairro onde mora. Ele foi levado ao Hospital Marinho Monte, em Plácido de Castro, e depois transferido para o pronto-socorro de Rio Branco, onde recebeu atendimento e passou por exames. Apesar do susto, sofreu apenas lesões leves na mão esquerda.
A Polícia Militar foi acionada e encontrou o veículo da vítima ainda aberto, sem sinais de roubo. O carro foi recolhido para a Delegacia de Plácido de Castro. Buscas foram realizadas na região, mas o casal suspeito ainda não foi localizado.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
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Justiça condena réus a mais de 190 anos de prisão por crime brutal em Sena Madureira
A motivação do crime estaria ligada a disputas internas envolvendo facções criminosas, uma realidade que tem preocupado autoridades e moradores da região
Com Yaco News
A Justiça do Acre proferiu a sentença contra os responsáveis pelo assassinato brutal de dois jovens em Sena Madureira, um crime que chocou a população em janeiro de 2020. O julgamento confirmou a gravidade dos atos praticados pelos réus, resultando em penas severas que, somadas, ultrapassam 190 anos de prisão.
De acordo com a decisão, os acusados foram condenados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, com penas individuais de 66 anos, 10 meses e 15 dias, 63 anos, 9 meses e 10 dias e 60 anos e 5 meses de reclusão, totalizando 190 anos, 11 meses e 25 dias. A sentença detalha a premeditação do crime, a extrema violência empregada e a tentativa de esconder os corpos das vítimas, características que reforçaram a aplicação das penas máximas previstas na legislação.
O caso ganhou notoriedade pela crueldade com que foi executado. As investigações apontaram que os jovens foram levados para uma área isolada, onde sofreram tortura antes de serem mortos. A motivação do crime estaria ligada a disputas internas envolvendo facções criminosas, uma realidade que tem preocupado autoridades e moradores da região.
O delegado responsável pela investigação classificou o crime como “uma das execuções mais perversas da história de Sena Madureira”, destacando o impacto que o caso teve na segurança pública do município.
Com a condenação, as famílias das vítimas expressaram alívio, embora a dor da perda permaneça. “A justiça foi feita, mas nada trará nossos filhos de volta”, declarou um dos familiares.
A defesa dos réus ainda pode recorrer da decisão, mas a sentença reforça o compromisso do Judiciário em combater a violência extrema e garantir que crimes desse tipo não fiquem impunes.
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PCAC prende mulher envolvida em assalto a lotérica em Tarauacá
A Polícia Civil e a Polícia Militar realizaram buscas ininterruptas até localizá-la e efetuar sua prisão. A mulher está detida na delegacia e permanece à disposição da Justiça da Comarca de Tarauacá.
Com assessoria
A Polícia Civil do Acre (PCAC), por meio da Delegacia Geral de Tarauacá, prendeu nesta quinta-feira, 30, uma mulher identificada pelas iniciais D.C.A., suspeita de envolvimento no assalto a uma lotérica no centro da cidade. O crime ocorreu em 24 de janeiro, quando dois criminosos subtraíram mais de R$ 16 mil do estabelecimento.
“As investigações apontaram que a mulher prestou apoio aos assaltantes, chegando a esconder um deles em sua residência, além de ficar com parte do dinheiro roubado. “Daiana” chegou a ser conduzida à delegacia no dia do crime, mas foi liberada após prestar depoimento”, informou o delegado José Ronério.
Após a audiência de custódia do primeiro preso pelo assalto, a Justiça decretou a prisão preventiva de D.C.A., que passou a ser considerada foragida. Desde então, a Polícia Civil e a Polícia Militar realizaram buscas ininterruptas até localizá-la e efetuar sua prisão. A mulher está detida na delegacia e permanece à disposição da Justiça da Comarca de Tarauacá.
A quantia subtraída não foi recuperada, uma vez que se tratava de dinheiro em espécie, o que pode ter contribuído para o financiamento do tráfico de drogas na periferia da cidade, onde residiam os autores do crime.
A Polícia Civil reforça seu compromisso com a segurança pública e disponibiliza o Disque-Denúncia pelo número (68) 99242-7952. As denúncias podem ser feitas de forma sigilosa.
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