Acre
O Guru da oposição – Flaviano Melo : “Quem está desunida é a FPA e não a oposição”
Da redação, com Nelson Liano Jr.
Fui à Chácara das Araras para ouvir um dos políticos acreanos mais experientes sobre o atual quadro que antecede as eleições no Estado. Ele já foi governador, senador, prefeito de Rio Branco e, atualmente, é deputado federal pela segunda vez. A cena que encontrei foi surpreendente. Com 64 anos Flaviano estava na esteira malhando com toda a disposição. Um ritual que faz todas as manhã antes de cumprir as suas agendas políticas. Flaviano tem valido da sua experiência para ser uma espécie de conselheiro de todos os políticos empenhados em mudar o eixo de poder nas mãos da FPA há 15 anos. Acompanhe o que o deputado federal e presidente regional do PMDB, Flaviano Melo, pensa sobre as articulações que antecedem o pleito de 2014.
Nelson Liano – Deputado Flaviano qual o a papel que o senhor está desempenhando nas articulações da oposição?
Flaviano Melo – Tudo que eu tenho feito é procurar ajudar a fazer uma chapa competitiva. Se possível chegar ao consenso de uma candidatura única para governador e senador. Isso é a coisa mais importante para se ganhar uma eleição. Não estou fazendo campanha pessoal. Isso eu vou fazer quando for a hora depois das convenções. Tenho conversado com todos. E já tem um grupo grande trabalhando um programa de governo para o desenvolvimento do Estado. Os candidatos estão se preparando. A gente está com toda a responsabilidade para gerir o destino do Acre.
NL- O que senhor tem a dizer sobre a resistência de Bocalom (DEM) e o senador Petecão (PSD) que insistem em manter-se pré-candidatos a governador?
FM – É uma questão pessoal deles. Esses partidos que estão conosco, que já são 11, entendem que o melhor para oposição é ter uma candidatura única. O Bocalom e o Petecão não entendem assim. Então eu não posso dizer nada. Todos têm direito de pensar como quiser. Só espero que façam as suas campanhas como opositores da FPA, visando lá na frente, um eventual segundo turno, em que todos nós vamos estar juntos.
NL- Nessa Aliança de 11 partidos existem três pré-candidatos ao Governo. Henrique Afonso (PV), Márcio Bittar (PSDB) e Vagner Sales (PMDB). Qual deve ser o critério para escolher o candidato a governador?
FM- Isso vai acontecer naturalmente. O diálogo está tão afinado, sincero e honesto que vai desembocar numa candidatura única de consenso e, os outros vão apoiar com o maior afinco e disposição. Todos nós temos um único objetivo que é tirar a FPA do poder.
NL – Existem especulações em torno do nome do Henrique (PV) como um possível candidato a vice. No entanto, existe a prerrogativa do PMDB para indicar uma candidatura a vice dependendo da configuração da chapa. Como o PMDB vê essa questão?
FM – Nós ainda não abrimos essa discussão. Estamos tratando a questão do Governo. Temos o Senado definido com Gladson Cameli (PP). O vice é uma coisa lá da frente. Não há necessidade de abrir uma discussão nesse momento sobre isso porque poderia tumultuar. Primeiro decidimos o governador e conjuntamente a gente chegará num entendimento sobre o vice-governador.
NL – Um dos argumentos da FPA contra a oposição é justamente a falta de união. Como senhor analisa isso?
FM – Nós não estamos brigando. Onde estou vendo brigas é no PT e na FPA. A Perpétua Almeida (PC do B)diz pra todo mundo que é candidata ao Senado seja na FPA ou fora dela. O atual senador Anibal Diniz (PT) também diz que é candidato. Então não é a oposição que está brigando. A FPA fica querendo que a gente brigue. Eu nunca briguei com Petecão ou Bocalom. Tenho uma ótima relação com os dois e respeito a maneira como eles pensam. A relação de amizade e companheirismo continua da mesma forma. Agora, o lado deles está cheio de rachas e tentam enganar a opinião pública dizendo que tudo de ruim está aqui. Mas quem teve secretário preso no G 7 foi a FPA e não nós da oposição.
NL – Outro argumento forte utilizado pela FPA é que a oposição não tem credibilidade por falta de um projeto para governar que dê segurança à população do Estado. O que o senhor acha disso?
FM – Isso é mais uma invenção da FPA para denegrir a imagem dos outros. Eles não tem como justificar o que fizeram para desenvolver economicamente o Estado em 15 anos e atacam os adversários. Cadê os empregos que seriam gerados? E os índices sociais estão todos terríveis. Quando vejo aquela garotada nos desfiles das cidades do interior penso: qual será o futuro das crianças e dos jovens acreanos? Não tem emprego. Fui governador e duvido que aqueles que estão acima de 40 anos tenham uma crítica contundente. Muito pelo contrário. Tem a turma que recebeu casa, o serviço de saneamento, o desenvolvimento que chegou em lugares isolados, a BR entre Rio Branco e Porto Velho, tudo isso aconteceu em governos do PMDB. Agora, nós queremos assumir novos compromissos com o Acre.
NL – O PMDB é o maior partido do Brasil. Qual vai ser o papel dele na eleição do Acre?
FM – Posições claras e definidas. Nós não temos duas conversas. Estamos na candidatura de oposição nessa aliança que tem 11 partidos e vamos marchar juntos. Temos prefeitos, vereadores, deputados estaduais e federai. E vamos trabalhar com muito vigor para ganharmos as eleições, principalmente para o Governo e o Senado.
NL – No plano nacional PT e PMDB estão unidos, inclusive, na candidatura à reeleição da presidente Dilma (PT) com seu vice Michel Temer (PMDB). Por que a união entre PT e PMDB não é possível no Acre?
FM – Não é só no Acre que isso acontece. Onde as divergências são grandes não tem como se aliar. No Mato Grosso do Sul não tem conversa. No Rio Grande do Sul também não, o mesmo em Pernambuco e no Acre. A nossa direção nacional entende. Por isso, o PMDB é grande. Somos um partido organizado em todo o Brasil com lideranças de destaque que tem vida própria. A Executiva Nacional sabe o que está acontecendo em todos os lugares e convivem de maneira democrática. Eles não vão perder companheiros valorosos do PMDB por conta de divergências regionais. Se for somada a bancada federal dos estados que não estão com o PT é grande, chega quase a um terço dos deputados do PMDB. Estamos apoiando o Governo Federal mesmo sem estarmos na aliança com o PT e dando sustentação a presidente Dilma (PT) porque somos partidários e temos responsabilidade com esse país. E somos respeitados pelo Governo Federal tanto que as nossas emendas parlamentares estão sendo liberadas.
NL –O senhor já teve todos os cargos importantes do Acre, governador, senador, prefeito de Rio Branco e duas vezes deputado federal. Por que o senhor pretende ser novamente deputado federal pelo Acre?
FM – Eu adquiri uma experiência política, principalmente, pelos mandatos que o povo me deu. Tenho 30 anos fazendo política. Acho que essa experiência tem que estar a disposição de quem me deu os mandatos. Então, enquanto o povo acreano achar que eu devo continuar eu vou em frente. No dia que disserem pare, acabou. Me sinto jovem com 64 anos, a minha saúde está boa e graças a isso posso trabalhar enquanto me for dado esse direito pela população.
NL- Está acontecendo uma renovação de personagens da política tanto na FPA quanto na oposição. Como uma espécie de guru da política acreana qual o conselho que senhor deixa para as novas gerações que irão disputar os cargos eletivos do Estado?
FM – Posso resumir toda a minha vivência com a seguinte frase: eu sou um democrata, nasci dentro de uma família que sempre defendeu a democracia. A coisa mais importante na política é respeitar a população ouvindo os seus anseios. Tenho o maior exemplo disso quando sozinho fui lutar pelo Referendo para o povo dizer se queria ou não o horário que foi mudado sem nenhuma consulta popular. O povo foi e votou pela volta do horário antigo e brigaram para não deixar valer o resultado do Referendo. Não respeitaram a vontade do povo. Isso é um absurdo. Justificaram com invenções ligadas a interesses subterrâneos que todo mundo sabe quais foram. Demorou três anos para que a vontade popular fosse respeitada. Recentemente fiz uma pesquisa, depois da volta do horário. São mais de 65% que preferem o horário que trouxemos de volta. O que digo sempre é respeitem a opinião da população. Quem fizer isso sempre será respeitado por aqueles que votam.
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Prefeito Jerry Correia se reúne com Deputado Federal Coronel Ulysses para tratar de melhorias para Assis Brasil
O prefeito de Assis Brasil, Jerry Correia, foi recebido pelo deputado federal Coronel Ulysses para discutir investimentos e melhorias para o município, que faz parte da tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Bolívia. Entre os temas abordados, esteve a potencialidade turística da cidade e a possibilidade de uma agenda com o Ministro do Turismo para buscar mais recursos para o setor.
Além disso, o prefeito apresentou os resultados das emendas destinadas para Assis Brasil pelo deputado. Desde segunda-feira, equipes da Prefeitura estão trabalhando na recuperação de ruas do bairro Plácido de Castro, graças aos recursos viabilizados pelo parlamentar. Parte dos investimentos também veio de uma emenda especial, que contemplará melhorias no bairro Bela Vista.
O prefeito Jerry Correia aproveitou a ocasião para convidar o deputado Coronel Ulysses a visitar Assis Brasil e conferir de perto as obras realizadas. “Queremos mostrar o impacto positivo que esses recursos estão trazendo para a cidade e expressar a gratidão da nossa população”, destacou Jerry
A Prefeitura segue empenhada em firmar parcerias para garantir mais investimentos e desenvolvimento para Assis Brasil, fortalecendo a infraestrutura urbana e explorando o potencial turístico do município.
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Deputados e senadores elegem presidentes da Câmara e Senado neste sábado
A um dia da eleição da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, três candidatos já haviam oficializado sua intenção de ocupar a presidência da Casa: Hugo Motta (Republicanos-PB), Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ) e Marcel van Hattem (Novo-RS)
Câmara dos Deputados e Senado Federal vivem momentos decisivos para a grande disputa que ocorrerá neste sábado (1º), data em que os parlamentares escolherão aqueles que comandarão cada uma das duas casas legislativas pelos próximos dois anos.
Serão também escolhidos os ocupantes dos demais cargos das mesas diretoras. A previsão é de que, no Senado, a eleição inicie às 10h. Já a da Câmara está prevista para o período da tarde, às 16h.
Senado
Além de seu presidente, os senadores escolherão dois vice-presidentes e oito secretários – quatro titulares e quatro suplentes. O primeiro passo a ser dado para a escolha do presidente será dado na primeira reunião preparatória. Nela, os pretendentes ao cargo formalizam, por escrito, a candidatura na Secretaria-Geral da Mesa.
Na sequência, o atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, comunica as candidaturas formalizadas ao Plenário. Os candidatos, então, discursarão em defesa de suas candidaturas, seguindo ordem alfabética.
De acordo com as regras da Casa, renúncias de candidaturas podem ocorrer durante o período estipulado para os discursos. Apenas os candidatos à presidência do Senado poderão discursar.
Terminados os discursos, inicia-se a votação, que será secreta, em cabines e em cédulas contendo os nomes dos candidatos, além de rubricas dos atuais presidente e vice-presidente do Senado. O voto, então, será depositado em uma urna instalada na Mesa e, por fim, o parlamentar assina a lista de votação.
Caberá ao atual presidente e auxiliares fazerem a apuração, iniciada com a confirmação do número de cédulas, para, então, fazer a contagem de votos para cada candidato. Terminada a contagem, os votos serão triturados. Vence o candidato que obtiver a maioria absoluta dos votos.
Candidatos
Até o fechamento desta matéria, quatro senadores estão na corrida para ocupar a presidência do Senado para o biênio 2025-2026: Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), Marcos Pontes (PL-SP), Marcos do Val (Podemos-ES) e Eduardo Girão (Novo-CE).
A posse do novo presidente será feita logo após o anúncio do eleito, finalizando a primeira reunião preparatória, dando início à convocação da segunda reunião, prevista para as 11h. Nela, serão formalizados, apresentados e escolhidos, também em votação secreta, os demais integrantes da mesa (dois vice-presidentes, quatro secretários titulares e quatro secretários suplentes).
No caso dos cargos em que haja apenas um candidato inscrito, a votação será por meio eletrônico.
Para a eleição dos integrantes da Mesa, é exigida maioria de votos e presença da maioria dos senadores. “Deve ser assegurada, tanto quanto possível, a participação proporcional das representações partidárias ou dos blocos parlamentares com atuação na Casa”, informa o Senado.
Câmara
A um dia da eleição da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, três candidatos já haviam oficializado sua intenção de ocupar a presidência da Casa: Hugo Motta (Republicanos-PB), Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ) e Marcel van Hattem (Novo-RS).
O prazo para formalização das candidaturas termina às 13h30 do sábado. Já o prazo para a formalização dos blocos parlamentares terminará às 9h do mesmo dia. Duas horas depois, às 11h, está prevista uma reunião de líderes, para a escolha dos cargos da Mesa Diretora.
A inauguração da nova sessão legislativa será em sessão conjunta do Congresso Nacional, prevista para as 15h. Já a primeira sessão preparatória, em que se elegerá o novo presidente, será no Plenário, e tem previsão de iniciar às 16h.
A exemplo do Senado, o vencedor precisará obter maioria absoluta dos votos (257), para ser eleito em primeiro turno. Caso haja necessidade de um segundo turno, bastará ser o mais votado para, enfim, definir quem ocupará a cadeira da presidência pelos próximos dois anos.
Os partidos poderão formar blocos, caso pretendam aumentar sua representatividade e participação na distribuição das presidências de comissões e da Mesa Diretora. O mandato terá duração de quatro anos para as comissões; e de dois anos para a Mesa Diretora.
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Secretária de Educação de Xapuri participa do 1º Encontro da Undime/AC
A secretária municipal de Educação de Xapuri, Aucelina Oliveira, participou, nesta quinta-feira, 30, do 1º Encontro de Dirigentes Municipais de Educação, promovido pela Undime/AC – União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação.
O evento reuniu gestores educacionais de diversos municípios para debater políticas públicas, compartilhar experiências e buscar soluções para os desafios da educação básica.
Antes do encontro da Undime/AC, Aucelina cumpriu, acompanhada gestora DGP/Núcleo de Lotação da Semed, Gilcinara Gondim Batista, algumas agendas em Rio Branco, nas secretarias municipal e estadual de Educação, todas elas com pautas importantes relacionadas à melhoria do ensino em Xapuri.
“ (…) Participei de reunião com o secretário municipal [adjunto] de Educação de Rio Branco, Paulo Machado, para fazermos parcerias na área de ações pedagógicas, permutas de servidores e outros”, relatou Aucelina.
Nas redes sociais, o secretário Paulo Machado mencionou o encontro com a secretária e enfatizou a importância da parceria entre os municípios na área da Educação. Ele teceu elogios ao empenho da gestora educacional xapuriense na melhoria da qualidade do ensino no município.
“Recebemos com grande satisfação a visita da secretária de educação de Xapuri, Aucelina da Silva. Sua presença fortalece a parceria para a melhoria da
Educação no município. Aucelina se destaca pelo trabalho dedicado e busca por soluções inovadoras para garantir um ensino de qualidade aos estudantes de Xapuri”, registrou.
Aucelina também destacou a visita que fez à Secretaria Estadual de Educação e Cultura (SEE), onde se reuniu com o professor José Rego, do Departamento de Gestão da pasta. Na pauta, eles discutiram sobre parcerias que já existem entre as esferas estadual e municipal na área educacional.
“Também estivemos na Secretaria Estadual de Educação, com o professor Rego, para uma visita de apresentação e fundamentar as parcerias já em andamento com o coordenador do Núcleo de Educação de Xapuri, Wágner Menezes”, acrescentou.
A participação da secretária xapuriense no encontro da Undime/AC reforça o compromisso do município com a melhoria da qualidade do ensino e a implementação de estratégias inovadoras para o desenvolvimento educacional.
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