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“O governo tem que se mexer”, diz economista sobre as altas nos preços da carne no AC

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Preço da carne chegou a aumentar 150% em alguns estabelecimentos / Foto: Arquivo

As constantes elevações do preço da carne tem deixado muitos consumidores acreanos alertas. Foi apurado que em alguns estabelecimentos comerciais o aumento foi de 150% nos últimos meses. Porém, o que já é ruim deve ficar ainda pior. De acordo com o economista Rubicleis Gomes, a população deve se preparar para novos reajustes, segundo o sitio Contilnet.

O coordenador do curso de Economia da Universidade Federal do Acre (Ufac) afirma que vários fatores motivarão os próximos aumentos, mas o principal “vilão” para o consumidor será o selo de área livre de febre aftosa sem vacinação que o Acre obteve há dois meses.

Isso garante à carne produzida no estado um status de qualidade superior. Assim, novos mercados deverão importar o produto, alguns pagando preços maiores pelo item. Gomes comenta que os produtores geralmente guiam sua oferta pelos valores mais altos, o que explicaria os futuros aumentos, que serão repassados aos frigoríficos, casas de carne, supermercados, restaurantes e, consequentemente, aos consumidores.

“O selo de área livre de febre aftosa sem vacinação criou um cenário totalmente positivo para esse aumento. É importante esclarecer que o produtor não é desonesto por guiar sua oferta pelos preços mais atrativos. Ele está agindo racionalmente”, afirma o economista.

inda de acordo com Gomes, os aumentos que precederam a conquista do selo podem ser explicados pela desvalorização do Real frente ao Dólar, que cria um ambiente propício à exportação. “À medida que o câmbio for desvalorizando, quem vende carne e exporta, vai preferir exportar. É um conjunto de fatores”, analisa o professor.

Com as exportações em alta, a quantidade de carne que fica no Acre tende a diminuir e os estabelecimentos locais, para manterem sua margem de ganho com o produto, aumentam o preço.

“Como o Acre é o que a gente conhece como ‘pequena economia exportadora’, o preço doméstico do produto em questão vai se balizar pelo preço do mercado internacional. No nosso caso aqui, ou o mercado chinês ou o mercado Sul e Sudeste, que é pra onde a gente exporta carne. Não tem como ser diferente”.

Política tributária

Rubicleis Gomes alerta ainda que a política tributária do governo do estado contribui para essa elevação. Ele afirma que até o momento não existe nenhum tipo de medida governamental que mitigue a situação.

“Muito embora seja extremamente benéfico para a economia que os produtores rurais tenham um aumento de renda com o preço da carne, a pergunta é: o que é que o governo vai fazer para tentar reverter os impactos negativos que os aumentos ocasionam sobre os consumidores acreanos? Somente o produtor vai ser beneficiado com o Acre livre de febre aftosa? E os consumidores vão perder?”, questiona.

Para ele, é possível que o estado crie uma política econômica que minimize esse impacto negativo. “Se o governo não se mexer, o acreano vai comer muito menos carne de boi”.

De acordo com a Secretaria de Produção e Agronegócio (Sepa), o Acre não é o único do país que enfrenta subida nos preços. A pasta afirmou que o boi gordo por aqui continua no ranque dos mais baratos do país, mesmo em relação a lugares que ainda não obtiveram o selo de área livre de aftosa sem vacinação.

A secretaria foi questionada sobre que medidas o governo tem pensado para enfrentar o aumento, mas não respondeu.

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PF deflagra Operação Teto de Vidro II contra lavagem de dinheiro na fronteira do Acre

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Grupo criminoso teria movimentado mais de R$ 200 milhões por meio de câmbio ilegal e evasão de divisas

A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (30), a Operação Teto de Vidro II, visando desarticular um grupo criminoso responsável por lavagem de dinheiro na região de fronteira entre Brasil e Bolívia. Após contato com a assessoria, somente nesta sexta-feira (31), as informações foram repassadas através do portal da Instituição.

Academia localizada na cidade de Brasiléia teve suas portas lacradas com correntes.

A ação é um desdobramento da primeira fase da operação, realizada em 2022, quando a PF identificou movimentações financeiras ilícitas superiores a R$ 200 milhões, ligadas a crimes de câmbio ilegal e evasão de divisas.

 

Segundo as investigações, os suspeitos utilizavam empresas e “laranjas” para adquirir imóveis, misturando dinheiro ilícito com receitas legais para ocultar a origem criminosa dos valores.

Foram cumpridos sete mandados expedidos pela Justiça Federal, sendo dois de prisão preventiva contra os líderes do grupo e cinco de busca e apreensão em Brasiléia e Xapuri. Além disso, houve o sequestro de bens e valores no montante de R$ 3 milhões.

A PF segue investigando o caso para identificar outros envolvidos e apurar possíveis novos crimes. Os suspeitos poderão responder por lavagem de dinheiro e outros delitos relacionados.

 

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Homem é executado com mais de 20 tiros dentro de lava a jato em Rio Branco

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Criminosos invadiram estabelecimento e dispararam contra vítima que dormia no local

Um homem identificado apenas como “Fei” foi assassinado a tiros na madrugada desta sexta-feira (31) dentro de um lava a jato localizado na Rua Coronel Leal, Quadra 8E, no Conjunto Habitacional Cidade do Povo, em Rio Branco.

De acordo com informações da Polícia Militar, a vítima estava dormindo em um quarto do estabelecimento quando criminosos não identificados invadiram o local, quebraram a porta e efetuaram mais de 20 disparos. “Fei” foi atingido no peito, abdômen e cabeça, morrendo no local. Após a execução, os autores fugiram sem deixar rastros.

Moradores da região relataram ter ouvido os disparos e, ao saírem para verificar o que havia acontecido, encontraram o homem gravemente ferido dentro do quarto. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas, ao chegar, os paramédicos constataram o óbito.

Policiais do 2º Batalhão isolaram a área para os trabalhos periciais. Após a análise da cena do crime, o corpo foi removido e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exames e identificação oficial.

A motivação do crime ainda é desconhecida. O caso será investigado inicialmente pelos agentes da Equipe de Pronto Emprego (EPE) e, posteriormente, seguirá para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

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Em menos de 12 horas, GEFRON prende três mulheres por tráfico de drogas na fronteira

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O Grupo Especial de Fronteira (GEFRON) do Acre prendeu três mulheres, incluindo uma grávida e uma adolescente, por tráfico de drogas na região de fronteira com a Bolívia e o Peru. As prisões ocorreram em menos de 12 horas durante a Operação Protetor das Fronteiras e Divisas, que reforça a fiscalização nas rodovias do estado.

A primeira prisão aconteceu na tarde de quarta-feira (29), quando um táxi Fiat Cronos foi abordado em Senador Guiomard. No bagageiro do veículo, os agentes encontraram um bebedouro que, ao passar pelo Raio-X, revelou conter 8,2 kg de skank, uma versão mais potente da maconha. A droga, avaliada em R$ 82.200, pertencia a K.M.B.F., que foi presa em flagrante.

Pouco depois, outro táxi, modelo Chevrolet Spin, foi fiscalizado. Durante a revista, os agentes notaram uma caixa de som com peso anormal. O scanner revelou um formato suspeito no interior do equipamento, onde estavam escondidos 7,2 kg de skank, avaliados em R$ 72.230. A droga era transportada por uma adolescente, K.V.A.D., que foi apreendida e levada à delegacia.

Já na manhã de quinta-feira (30), uma terceira abordagem resultou na prisão de uma mulher grávida. Durante a fiscalização, os policiais encontraram 4 kg de cloridrato de cocaína dentro de um saco amarelo. A suspeita recebeu voz de prisão e foi encaminhada à Delegacia de Polícia Civil, onde responderá pelo crime de tráfico internacional de drogas.

As forças de segurança alertam para o aumento do recrutamento de mulheres como “mulas” do tráfico, transportando drogas em troca de dinheiro ou favores. A localização do Acre, que faz fronteira com países produtores de entorpecentes, como Bolívia e Peru, facilita esse tipo de crime.

As apreensões reforçam o compromisso das autoridades no combate ao tráfico de drogas e ao crime organizado na região. O GEFRON e outros órgãos de segurança seguem intensificando operações para desarticular as redes criminosas e impedir a entrada de drogas no Brasil.

 

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