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Nova praga ataca pastagens no Acre
“O que temos recomendado aos pecuaristas é uma forma preventiva de controle, para que escolham sementes tratadas com inseticidas registrados para pastagens para tentar minimizar o problema do ataque”

O produtor rural deve consultar um engenheiro-agrônomo, caso seja detectado alta incidência de ataque dessa praga. O profissional vai recomendar um inseticida aprovado para aplicação nas pastagens, após uma verificação do nível da incidência na área.
A Tribuna
Uma nova praga, conhecida como pulguinha-do-arroz (Chaetocnema sp.), tem causado danos às pastagens em formação, frequentemente relatada em diversos estados, inclusive no Acre, em vários municípios.
A praga é um besouro preto e brilhante que ataca plantas no início do desenvolvimento. Em 1996 foi identificada pela primeira vez no Acre e a partir de 2014 os relatos da presença do inseto ficaram mais recentes.
De acordo com o pesquisador da Embrapa Acre, Rodrigo Santos, a pulguinha-do-arroz se alimenta de várias espécies vegetais como cana-de-açúcar, milho, trigo e arroz polífago). Na fase adulta, a praga remove o tecido da epiderme da planta, o que causa manchas esbranquiçadas nas folhas. Os danos severos podem levar à morte da forrageira, enquanto as larvas do inseto ficam no solo alimentando-se das raízes.
“O ataque acontece na fase crítica de desenvolvimento da planta, com considerável desgaste, e algumas não se recuperam. Além disso, algumas espécies da praga também são transmissoras de viroses para as plantas jovens, mas ainda não há certeza se a espécie identificada no Acre transmite essas doenças”, afirma Rodrigo.
Os danos causados nas pastagens vão desde a morte de plantas até a perda total de semeaduras, como relata o produtor rural Rafael Mamud, morador do município de Bujari (AC). “A primeira vez que o ataque aconteceu, há quatro anos, eu perdi toda a semente que joguei. Não conhecia a praga e tive que semear novamente. Percebi quando o capim estava com cinco centímetros e começou a ficar amarelada e morreu. No segundo ataque, eu usei um inseticida recomendado pelo engenheiro-agrônomo, de efeito sistêmico, e o controle deu certo”, explica.
Métodos de controle
Por ser uma praga nova, ainda não há estratégia de controle bem definida para a pulguinha-do-arroz nem produtos registrados pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), entretanto, existem técnicas que podem ser usadas para diminuir o ataque.
De acordo com o pesquisador da Embrapa Acre, Carlos Maurício de Andrade, o produtor deve monitorar o pasto que está sendo retomado, durante as primeiras semanas após o plantio, para observar se há sintomas de ataque para identificação da praga. “O que temos recomendado aos pecuaristas é uma forma preventiva de controle, para que escolham sementes tratadas com inseticidas registrados para pastagens para tentar minimizar o problema do ataque”, afirma.
Andrade também orienta que o produtor rural deve consultar um engenheiro-agrônomo, caso seja detectado alta incidência de ataque dessa praga. O profissional vai recomendar um inseticida aprovado para aplicação nas pastagens, após uma verificação do nível da incidência na área.
Para Rodrigo Santos, estudos ainda devem ser realizados para averiguar a eficiência desses métodos de controle nas condições climáticas nos diferentes estados brasileiros, mas a adoção de algumas práticas recomendadas pela pesquisa pode minimizar danos. “Para reduzir o ataque dessa praga recomenda-se o aumento da taxa de semeadura da forrageira em até 30% para aumentar a chance de plantas viáveis. Em caso de ataques, é possível encontrar cerca de cinco insetos por planta e apesar de ser diminuído é possível ver a olho nu, facilitando o monitoramento do plantio”, explica.
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Prefeitura de Rio Branco anuncia parceria com o Governo do Estado para recuperação de Ruas de Rio Branco

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Sebrae promove evento para conectar artesãos acreanos à lojistas do Sudeste e Nordeste

Evento integra o Projeto Comprador e conta com apoio de parceiros
Nos dias 3 e 4 de novembro, o Sebrae realiza o encontro de negócios do Projeto Comprador, com foco em conectar talentos do Acre a novas oportunidades de mercado. O evento acontece no formato B2B (Business to Business) e conecta 14 lojistas do Sudeste e Nordeste diretamente aos artesãos acreanos.
O Projeto Comprador contou com uma fase anterior, de capacitação com duração de quatro meses, beneficiando mais de 100 artesãos de dez municípios acreanos, incluindo representantes das etnias indígenas Puyanawa, Shanenawa, Apuriã, Huni Kuin e Marubo.
De acordo com o analista do Sebrae no Acre, Aldemar Maciel, o projeto contou com uma metodologia específica desenvolvida para os artesãos. “As capacitações consistem na modelagem de negócios, gestão da produção, precificação e comercialização, preparando o artesão para fazer negócios com esses compradores”, explicou.

A líder indígena Eni Shanenawa destacou sua satisfação em participar da iniciativa para que as pessoas conheçam a ancestralidade do Povo Shanenawa. “Agradeço ao Sebrae por esse momento tão importante em que nós estamos aqui, como indígenas, para mostrar os nossos artesanatos. É de grande importância para nós que as pessoas levem nossos produtos para fora do estado, porque a sociedade vai ter esse conhecimento da importância do artesanato indígena e do artesanato acreano”, disse.
Pela primeira vez no Acre, a representante da Loja do Museu de Arte de São Paulo (MASP), Adélia Borges, destacou as belezas da produção acreana. “Essa bioeconomia que a gente vê aqui é uma produção muito linda, cheia de significados culturais. Cada peça que vemos aqui é um trabalho enorme que o artesão faz. Nós somos uma loja em um museu importante e os produtos acreanos fazem um sucesso enorme, principalmente com os estrangeiros”, destacou.

O encontro conta com a parceria da Prefeitura Municipal de Rio Branco, Secretaria de Estado de Turismo e Empreendedorismo (SETE), Secretaria de Estado da Fazenda (SEFAZ), Universidade Federal do Acre (Ufac), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a GolLog.
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Polícia Civil deflagra Operação “Desmonte 4” e prende 12 integrantes de organização criminosa no Acre e em Mato Grosso
A Polícia Civil do Acre (PCAC), por meio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), deflagrou nesta quinta-feira, 4, a Operação “Desmonte 4”, ação que reforça o combate ao avanço e à estruturação de organizações criminosas no estado. A ofensiva contou com apoio estratégico da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diop) da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), além da parceria da Draco da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso (PJCMT).

Ao todo, 12 pessoas foram presas preventivamente, sendo 11 em Rio Branco-AC e uma em Várzea Grande-MT, esta última localizada com apoio das equipes especializadas mato-grossenses. As prisões atingem diretamente uma célula criminosa ligada à expansão territorial da facção criminosa.
Segundo as investigações, o grupo atuava na ampliação do domínio territorial, na realização de cadastros de novos integrantes, além de coordenar invasões em áreas da cidade e organizar a venda de drogas em pontos estratégicos de Rio Branco. As ações tinham como objetivo fortalecer a presença da facção e ampliar sua capacidade de atuação criminosa.
O delegado titular da Draco, Gustavo Henrique da Silva Neves, destacou que as prisões representam mais um importante passo na contenção do avanço da organização criminosa no estado. Segundo ele, o trabalho integrado entre as forças de segurança tem sido determinante para enfraquecer a atuação das facções.

Em coletiva de imprensa, o delegado Gustavo Neves destaca que a Operação Desmonte 4 representa mais um duro golpe contra o crime organizado no Acre. Foto: assessoria/ PCAC
“A Operação Desmonte 4 reflete o esforço contínuo das instituições de segurança pública em desarticular o crime organizado. O compartilhamento de informações e a atuação conjunta são fundamentais para impedir o avanço dessas organizações, que tentam expandir seu território e suas práticas ilícitas”, afirmou o delegado.
A Operação “Desmonte 4” integra as ações da Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento às Organizações Criminosas (Renorcrim), coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. A rede reúne delegados titulares de unidades especializadas em combate ao crime organizado em todo o país, promovendo o trabalho conjunto, a troca de informações e o desenvolvimento de estratégias de inteligência.
A atuação da Renorcrim, por meio da Diop/Senasp, tem como principal objetivo fortalecer o enfrentamento nacional e duradouro ao crime organizado, garantindo respostas rápidas e integradas às ações das facções criminosas, que têm atuação interestadual.









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