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No Acre, bebê nasce com anomalia associada à Oropouche e morre após 47 dias de vida
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(Foto ilustrativa: Pixabay)
O Ministério da Saúde registrou nesta quinta-feira (8) o caso de um bebê nascido no Acre com anomalias congênitas associadas à transmissão vertical de Oropouche. O bebê veio a óbito na última semana, após 47 dias de vida. A mãe, de 33 anos, havia apresentado rash cutâneo (erupções) e febre no segundo mês de gravidez, e os exames laboratoriais no pós-parto deram resultado positivo para o vírus Oropouche.
Exames realizados nos laboratórios do Instituto Evandro Chagas (IEC/SVSA/MS), em Belém, apontaram a existência de material genético do vírus em diferentes tecidos do bebê que nasceu com microcefalia, malformação das articulações e outras anomalias congênitas. A análise também descartou outras hipóteses diagnósticas. No entanto, a correlação direta da contaminação vertical de Oropouche com as anomalias ainda precisa de uma investigação mais aprofundada, que vem sendo acompanhada pelo Ministério da Saúde e Secretaria do Estado de Saúde do Acre.
Dentro das ações da Sala Nacional de Arboviroses, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, tem se reunido com especialistas de sociedades científicas e gestores das áreas de vigilância e assistência à saúde para ouvir as análises sobre a doença. Pelo ineditismo dos recentes registros de casos de transmissão vertical de Oropouche, o Ministério da Saúde promoverá seminário científico nacional sobre o tema na próxima semana. No início do mês, foi realizado um evento conjuntamente com a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco.
Uma nota técnica atualizada será enviada aos estados e municípios com orientações para a metodologia de análise laboratorial, vigilância e a assistência em saúde sobre as condutas recomendadas para gestantes e recém-nascidos com sintomas compatíveis com Oropouche.
A partir deste ano, a detecção de casos de Oropouche aumentou no país em decorrência da estratégia do Ministério da Saúde de enviar testes diagnósticos para todos os Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen) do país, que passaram a testar para Oropouche os casos negativos para dengue, Zika e chikungunya. Anteriormente, esse tipo de exame era feito apenas nos estados da região Amazônica.
O Ministério da Saúde vem monitorando a situação de Oropouche no Brasil em tempo real, por meio da Sala Nacional de Arboviroses. Será publicado, nos próximos dias, o Plano Nacional de Enfrentamento às Arboviroses, incluindo dengue, Zika, chikungunya e Oropouche.
Orientações para prevenção e assistência
Na nota técnica do Ministério da Saúde haverá recomendação de medidas de proteção para evitar ou reduzir a exposição às picadas dos insetos, seja por meio de recursos de proteção individual com uso de roupas compridas, de sapatos fechados e de repelentes nas partes do corpo expostas, sobretudo nas primeiras horas da manhã e ao final da tarde. Também haverá o reforço de medidas de proteção coletiva, tais como limpeza de terrenos e de locais de criação de animais, recolhimento de folhas e frutos que caem no solo, uso de telas de malha fina em portas e janelas.
Em caso de sinais e sintomas compatíveis com arboviroses, como febre de início súbito, dor de cabeça, dor muscular, dor articular, tontura, dor retro-ocular, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos, procure atendimento em uma Unidade de Saúde, e informe ao profissional de saúde responsável pelo acompanhamento pré-natal.
Oropouche é uma doença transmitida pelo Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Devido a sua predileção por materiais orgânicos, é recomendado que a população mantenha quintais limpos, evitando o acúmulo de folhas e lixo orgânico doméstico, além do uso de roupas compridas e sapatos fechados em locais com muitos insetos.
Casos de Oropouche no Brasil
Foram registrados 7.497 casos de Oropouche, em 23 estados brasileiros em 2024, segundo dados até o dia 6 de agosto. A maior parte dos casos foi registrada no Amazonas e em Rondônia. Até o momento, um óbito em Santa Catarina está em investigação.
Na semana passada, foram confirmados os primeiros dois óbitos pela doença no país. Os casos são de mulheres do interior do estado da Bahia, com menos de 30 anos, sem comorbidades, mas que tiveram sinais e sintomas semelhantes a um quadro de dengue grave.
Para mais informações sobre os números de casos, prevenção sintomas, diagnóstico e tratamento da doença acesse a página Saúde de A a Z do Ministério da Saúde.
Pesquisas sobre Oropouche
O Ministério da Saúde montou três grupos de pesquisa sobre Oropouche com objetivo de aprofundar o conhecimento sobre o transmissor da doença (Culicoides paraensis) e o comportamento do vírus no organismo, além do acompanhamento de estudos científicos em andamento. Esses estudos estão sendo realizados em parceria com a Fiocruz, Instituto Evandro Chagas (IEC) e Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado do Amazonas.
Um dos grupos de pesquisa está focado em informações laboratoriais, tais como a linhagem do vírus e características genômicas. Outro grupo acompanha as manifestações clínicas dos pacientes e o terceiro investiga qual o ciclo da doença nos insetos transmissores.
Diante da necessidade de reforçar a vigilância e monitoramento do vírus, a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco e o Ministério da Saúde realizaram no dia 1º de agosto um seminário em Recife com a participação de técnicos e gestores de diferentes estados, especialistas e cientistas. Eventos em outros estados estão sendo organizados para discutir questões pontuais de cada localidade.
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Professor de Brasileia é Homenageado pela Federação Acreana de Kung Fu por Destaque no Esporte
Em uma cerimônia emocionante realizada no auditório do Colégio Armando Nogueira, em Rio Branco, a Federação Acreana de Kung Fu reconheceu o trabalho de professores que se destacaram na promoção e desenvolvimento do esporte no estado do Acre. Entre os homenageados, o professor Everton Farlei, representante do município de Brasileia, recebeu um certificado que o credencia a ministrar aulas de Kung Fu em todo o território acreano.
O evento, que contou com a presença de professores e mestres de diversos municípios, como Senador Guiomard, Bujari, Plácido de Castro, Rio Branco e Brasileia, celebrou a dedicação e o comprometimento desses profissionais em disseminar a arte marcial e seus valores, como disciplina, respeito e superação.
Everton Farlei, que há anos se dedica ao ensino do Kung Fu em Brasileia, foi um dos destaques da noite. Ao receber o certificado das mãos do presidente da Federação Acreana de Kung Fu, Adgeferson Diniz, Farlei expressou gratidão aos mestres que o inspiraram e ao apoio recebido do Gerente de Esportes de Brasileia, Clebson Venâncio, e do prefeito Carlinhos do Pelado.
“Este momento é muito especial para mim. Receber esse reconhecimento é a prova de que o esporte transforma vidas e une pessoas. Agradeço a todos os meus mestres, que me ensinaram não apenas técnicas de luta, mas também valores que carrego para a vida. E agradeço ao município de Brasileia, que sempre apoiou meu trabalho e acredita no poder do esporte como ferramenta de inclusão e desenvolvimento”, declarou Farlei.
Adgeferson Diniz, presidente da Federação Acreana de Kung Fu, destacou a importância da formação dos professores e o papel deles na disseminação do esporte. “A formação de vocês é um marco importante nesse novo ciclo, que traz mais responsabilidades com os futuros alunos e com o repasse do conhecimento. A jornada de cada um é inspiradora e cheia de desafios, e estou muito grato por poder acompanhar e fazer parte dessa evolução. Obrigado pela confiança e dedicação de todos! Que venham muitos sucessos e vitórias!”, afirmou Diniz.
O Kung Fu, além de uma arte marcial, é reconhecido como uma prática que promove saúde física e mental, disciplina e autoconfiança. Em Brasileia, o trabalho do professor Everton Farlei tem sido fundamental para levar esses benefícios a crianças, jovens e adultos, contribuindo para a formação de cidadãos mais conscientes e saudáveis.
O apoio da gestão municipal, por meio da Gerência de Esportes, tem sido essencial para o sucesso das atividades. Clebson Venâncio, gerente de Esportes de Brasileia, ressaltou a importância do esporte para a comunidade. “O trabalho do professor Everton é um exemplo de dedicação e amor ao que faz. Estamos orgulhosos de tê-lo representando nosso município e contribuindo para o crescimento do esporte no Acre”, disse Venâncio.
A cerimônia de entrega dos certificados marcou o início de um novo ciclo para o Kung Fu no estado. Com professores capacitados e comprometidos, a expectativa é que a arte marcial ganhe ainda mais espaço e reconhecimento, atraindo novos praticantes e fortalecendo a cultura esportiva no Acre.
Para Everton Farlei, o reconhecimento é um incentivo para continuar seu trabalho com ainda mais dedicação. “Este certificado não é só meu, é de todos que acreditam no esporte como ferramenta de transformação. Vamos seguir em frente, levando o Kung Fu a mais pessoas e contribuindo para um futuro melhor”, concluiu o professor.
A noite de homenagens encerrou-se com um clima de celebração e motivação, deixando claro que o Kung Fu no Acre está em boas mãos e tem um futuro promissor pela frente.
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Custos da cestas básica em Assis Brasil apresenta leve queda em fevereiro de 2025, mas desafios persistem
A pesquisa mensal realizada pelos acadêmicos de economia da UFAC em Assis Brasil revelou uma leve queda nos preços das cestas básicas em fevereiro de 2025, interrompendo uma sequência de aumentos consecutivos observados desde setembro de 2024. No entanto, a situação ainda preocupa, especialmente diante dos aumentos significativos em itens essenciais como café, carne e pão, que impactam diretamente o orçamento das famílias.
Queda Modesta nas Cestas Básicas
O custo total da cesta básica alimentar para um indivíduo em fevereiro foi de R532,39 (0,53%), em relação a janeiro. A cesta de limpeza doméstica também registrou queda de 3,22%, chegando a R$: 88,43. Jaˊacesta de higiene pessoal apresentou um aumento de 2,48
Apesar da queda geral, alguns produtos tiveram aumentos expressivos. O café liderou o ranking, com alta de 5,04%, seguido pela mandioca (4,91%), carne (4,67%) e pão (4,01%). Por outro lado, itens como tomate (-12,35%), óleo (-6,54%) e manteiga (-3,48%) contribuíram para a redução no custo total.
Impacto no Bolso do Trabalhador
Um trabalhador que recebe o salário mínimo de R$ 1.518,00 precisou trabalhar aproximadamente 77 horas e 9 minutos para adquirir a cesta básica alimentar em fevereiro, uma redução de 25 minutos em relação a janeiro. No entanto, a soma das três cestas (alimentar, limpeza e higiene) ainda consome 43,32% do salário mínimo, um valor considerado alto para a maioria das famílias.
Para uma família padrão, composta por dois adultos e três crianças, o custo mensal com as três cestas básicas foi estimado em R$: 301,68 17,05 em relação a janeiro, o valor ainda é um desafio para muitas famílias de baixa renda.
Fatores que Influenciaram os Preços
A pesquisa destacou que a alta no preço do café foi influenciada pela demanda exportadora aquecida e pela expectativa de redução da produção nacional em 2025. Já o aumento no preço da carne está relacionado ao atraso na estação de montas e ao desaquecimento das exportações devido ao Ano Novo Chinês. No caso do pão, a alta foi impulsionada pela escassez de trigo nacional e pela dependência de importações da Argentina.
Por outro lado, a queda no preço do tomate e do óleo foi atribuída à maior oferta no mercado, enquanto a manteiga e o arroz tiveram reduções modestas, mas ainda significativas.
Comparação com Rio Branco
Em comparação com Rio Branco, a cesta básica alimentar em Assis Brasil continua mais acessível. Em janeiro de 2025, um trabalhador de Rio Branco precisou pagar R$ 41,64 a mais para adquirir a mesma cesta alimentar que um assis-brasiliense. No entanto, o tempo de trabalho necessário para comprar as três cestas em Rio Branco foi 2 horas e 42 minutos maior do que em Assis Brasil.
Perspectivas para os Próximos Meses
Os acadêmicos alertam que, embora fevereiro tenha registrado uma leve queda, a tendência de alta nos preços de itens como café e carne pode se manter no curto prazo. A expectativa é que a colheita da safra de café, entre março e abril, possa aliviar os preços, mas sem reduções expressivas. Já o arroz, que está em fase de colheita, deve apresentar quedas mais significativas nos próximos meses.
Apesar da leve melhora em fevereiro, o custo das cestas básicas continua pressionando o orçamento das famílias de Assis Brasil. A pesquisa reforça a necessidade de políticas públicas que visem à estabilidade dos preços dos alimentos e à melhoria da renda da população, especialmente em um contexto de inflação persistente e desafios econômicos globais.
Para os trabalhadores, a luta diária para equilibrar o orçamento familiar segue intensa, com quase metade do salário mínimo comprometido com itens essenciais. Enquanto isso, a população aguarda ansiosamente por medidas que possam aliviar o custo de vida e garantir maior segurança alimentar e financeira.
Fonte: Relatório nº 02 – Fevereiro/2025, Pesquisa Custo da Cesta Básica em Assis Brasil, realizado pelos acadêmicos de economia da UFAC.
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Veja vídeos; Chuva intensa causa rompimento na BR-364, próximo a Tarauacá, e interrompe tráfego
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Trecho conhecido como Corcovado teve bueiro rompido devido ao grande volume de água; DNIT ainda não se pronunciou sobre o caso.
Um trecho da BR-364, conhecido como Corcovado, na região de Tarauacá, rompeu no início da tarde deste domingo (23), interrompendo o tráfego de veículos na rodovia. O rompimento ocorreu devido à intensa chuva que atingiu a região nas últimas horas, causando o colapso de um bueiro que não suportou o grande volume de água.
Logo após o rompimento, filas de veículos se formaram nos dois lados da pista, deixando motoristas e passageiros parados. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) já se pronunciou sobre o ocorrido e informou que já estão no local para a realização dos reparos necessários o mais rápido possivel.
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A interdição da BR-364 tem gerado preocupação entre moradores e transportadores, pois a rodovia é a única conexão terrestre dessas cidades com o restante do estado e do país. Sem a estrada, as únicas alternativas de deslocamento são o transporte aéreo ou fluvial, ambos com custos elevados e limitações operacionais.
A Defesa Civil e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) devem avaliar os danos e estabelecer um plano emergencial para recuperar o trecho afetado. Até o momento, não divulgaram um prazo para os reparos.
Moradores da região temem dificuldades no abastecimento de alimentos, combustíveis e outros insumos essenciais, que dependem do tráfego rodoviário. A expectativa é de que medidas urgentes sejam adotadas para minimizar os impactos do isolamento.
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