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No Acre, alunos falam de adaptação com aulas remotas e dificuldades com a ‘nova educação’ na pandemia

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Ensino presencial está suspenso no AC desde 17 de março por causa da Covid-19. Gestora fala como tenta diminuir a desigualdade com projetos para todos os alunos.

No AC, estudantes falam de adaptação com aulas remotas e dificuldades com a ‘nova educação’ durante a pandemia — Foto: Laura Gianne/Arquivo pessoal

Por Janine Brasil, G1 AC — Rio Branco

Concentração, adaptação e desigualdade são três palavras que norteiam a cabeça de alunos e gestores escolares em tempos de pandemia do novo coronavírus. No Acre, as aulas nas escolas públicas estão paralisadas desde o dia 17 de março, mesmo dia em que foram oficializados os três primeiros casos da Covid-19 na capital acreana, Rio Branco. As aulas ficarão suspensas até o dia 31 de maio.

Em todo o Acre, segundo a Secretaria de Educação, Cultura e Esportes do Acre (SEE), mais de 160 mil alunos de escolas públicas driblam as dificuldades e tentam se adaptar à chamada “nova educação”. Paralelo a isso, gestores também tiveram que se redescobrir e se preparar para não deixar os estudantes ociosos e ajudá-los e não perderem o ano letivo.

Laura Geane Lopes de Oliveira, que é gestora da Escola Jovem Integral Glória Perez, que tem 377 alunos matriculados com a faixa etária entre 14 a 18 anos, diz que para ela a mudança não foi tão radical, pois a instituição já estava se informatizando com projetos voltados à educação remota.

Mas, mesmo assim, a gestora, que é formada em letras, especialista em planejamento e gestão escolar e mestre em educação, conta que um dos maiores percalços é a desigualdade social. Acesso à internet, ausência de computadores e celulares e até de um local adequado para os estudos em casa são alguns dos problemas enfrentados pelos estudantes, segundo a professora.

De dentro do quarto de um hospital, Laura, que está com Covid-19, explicou como é que a escola está se adaptando ao novo modelo de educação — Foto: Laura Gianne/Arquivo pessoal

De dentro do quarto de um hospital, Laura, que passou seis dias internada com Covid-19 em um hospital de Rio Branco e já está curada, falou que fez questão de acompanhar todos os trabalhos mesmo doente.

“Só quem teve essa doença sabe como é a solidão, mesmo com o apoio dos amigos e familiares pelo telefone, continuar acompanhando o andamento das aulas foi a forma que eu tive para ter forças e vencer a doença”, fala.

A professora acrescenta que os profissionais que trabalham na escola estão tentando suprir a falta do ensino presencial da melhor forma possível. Ela diz que desde abril as primeiras aulas remotas já foram estudadas e iniciadas.

“Somos uma escola considerada de tempo integral, que trabalha diariamente com os meninos das 7h30 às 17h. A escola jovem já tem um diferencial, não posso fazer uma comparação com as escolas regulares, porque trabalhamos com metas e planos de ação já preestabelecidos. Nosso modelo permite que nós façamos uso de muitas tecnologias que, em geral, não se vê em escolas de ensino regular”, explica.

A gestora conta que quando soube que as aulas seriam suspensas pensou que seria por um curto período, mas, quando viu que o tempo seria maior, começou a se preocupar.

“Fiz um vídeo para os meus meninos, como os chamo, e disse para eles ocuparem suas mentes, nesse momento era algo bem informal. Porém, eu já tinha professores trabalhando com a plataforma classroom [sistema de gerenciamento de conteúdo para escolas], a gente usa a gratuita. Então, organizamos os coordenadores de área, fizemos uma reunião e resolvemos começar a trabalhar dentro dessa plataforma atividades”, diz

Paralelo ao trabalho institucional das escolas, estão os estudantes, que eram acostumados com aulas presenciais, contato com os amigos, tinham merenda escolar disponível nas escolas e agora estão tendo que se virar em casa e arrumar um cantinho para estudar.

Kevin Cordeiro Silva, de 15 anos, está no 1º ano do ensino médio e agradece por ter computador, internet em casa e um local apropriado para estudar — Foto: Kevin Cordeiro/Arquivo pessoal

Kevin Cordeiro Silva, de 15 anos, é um desses alunos. Ele está no 1º ano do ensino médio e agradece por ter computador, internet em casa e um local apropriado para estudar.

“Começamos a ter as aulas on-line oficialmente há mais de duas semanas. Mas, para a gente, não foi muita novidade porque já tínhamos aulas história e artes em plataformas digitas. Me adaptei em algumas disciplinas e em outras a gente vai se acostumado. A gente usa Google Classroom e Zoom [serviço de conferência remota]. Por essas duas plataformas os professores explicam e disponibilizam os conteúdos”, conta

Kevin diz que tenta se organizar ao máximo para não perder nenhum conteúdo — Foto: Kevin Silva/Arquivo pessoal

O estudante diz que a disciplina que tem mais facilidade com esse novo formato é história, porque a professora já postava conteúdo e sempre conversava com os alunos. “Uma das que eu tive dificuldade foi química, porque a professora demorou um pouco para conseguir passar os conteúdos por videconferência e também se adaptar”.

Kevin fala que separa seu dia e deixa a parte da tarde apenas para estudar. “A gente começa às 14 horas e vai até as 17h, uma hora para cada disciplina e com um professor diferente. Os professores organizaram um tipo de agenda para gente se organizar e saber as datas e horário das aulas. Temos datas para entregar as atividades, eu consigo me organizar por causa disso. Temos grupos de WhatsApp onde eles cobram a gente e ficam se comunicando e tirando dúvidas”, acrescenta.

Professora disse que escola montou, com ajuda da SEE rede de apoio — Foto: laura Gianne/Arquivo pessoal

Rede de apoio

A gestora da escola fala que teve que montar uma rede de apoio contando com a ajuda de alunos, pais, professores e a Secretaria de Educação.

“Os meninos reclamavam que estava difícil, não tinham internet, e nós começamos a trabalhar alternativas enquanto gestão. Entramos em contato com todos os pais, criamos um grupo de pais, e lá no grupo a gente começou a postar as atividades. Outra coisa que ajuda é que nós trabalhamos com tutoria, temos 20 tutorados que são estudantes e eles se responsabilizam em também em falar com os pais e com os meninos”.

Em relação à quantidade de alunos que está participado das aulas e sobre as presenças, a gestora fala que ainda é um desafio porque têm alunos que não querem, têm os que participam e têm aqueles que não têm condições nem de ir pegar o material disponibilizado para quem não tem acesso à internet na escola.

“Estamos em processo de entrega do material, porque dá trabalho, tem que fazer levantamento, entregar com cuidado, saber quantos alunos vão precisar do material, tudo de forma segura. Hoje o nosso alcance do conteúdo de estudo e entrega de material está em 80% dos alunos, nós não temos 100% de alcance porque tem estudante que simplesmente não quer ou não tem como ir pegar o material”, lamenta Laura

Lívia Lima da Conceição, de 18 anos, fala que não teve dificuldade de se concentrar estudando em casa — Foto: Lívia Lima/Arquivo pessoal

Esforço, concentração e saudade

A jovem Lívia Lima da Conceição, de 18 anos, que também estuda na mesma escola e é amiga de Kevin, fala que para ela não está sendo fácil estudar 100% na modalidade de educação remota por causa da saudade que sente dos amigos e da escola.

“A gente passa dez horas do nosso dia no colégio, então, são dois pontos; estudar pela internet e parar de ir à escola. Mas, para mim, não foi tanta surpresa ter as aulas apenas pela internet, porque eu também tenho a sorte de ter acesso à rede e ter computador em casa”.

Lívia fala que na casa dela são três irmãos, a cunhada e a mãe e que quando vai estudar ela avisa e pede para que as pessoas ajudem, pois precisa conseguir acompanhar as aulas. “Pego meu computador e coloco em cima da minha penteadeira dentro do meu quarto e aviso para ninguém entrar e digo que é porque eu estou ocupada estudando, aqui funciona”, afirma.

Lívia conta ainda da falta que sente da aceitação e do apoio que recebia no colégio e que, mesmo recebendo incentivo remoto, não é igual.

“A falta do colégio é muito fácil falar, onde a gente estuda é muito bom, é uma escola família onde todo mundo se acolhe. Às vezes a escola até supri a ausência de um pai ou de uma mãe, a nossa escola tem um grupo de LGBT muito grande e a gente se sente bem acolhido até por parte da diretoria, de todo mundo. Ninguém te julga, lá é uma família, então tá bem difícil ficar longe de tudo isso”, conta.

Trabalho psicológico

A gestora diz que quando recebeu a notícia através da SEE de que haveria a suspensão das aulas uma das preocupações foi o apoio emocional que a escola dá para os alunos e que na distância seria mais difícil.

“Eu comecei a pensar que eu teria que incentivar meus alunos a saírem do ócio, porque nós trabalhamos conteúdos socioemocionais e somos uma escola que trabalha muito essa questão da emoção. Hoje, uma questão muito falada e tão importante é essa doença de isolamento, então, nós temos que trabalhar o fator de risco pra evitar que nossos alunos sofram de depressão e é por isso que achamos tão importante trabalhar isso com eles”.

O que a SEE fala das aulas remotas

Indagada sobre como está funcionando o ensino remoto no Acre, a SEE disse que nem todos os recursos usados no ensino remoto são tecnológicos porque há alunos que não tem acesso à rede e, por isso, também está entregando e material físico aos pais de alunos.

  • Entrega de material: a SEE diz que tem dado o suporte às escolas na reprodução de material impresso, além do uso do livro didático. A forma como esse material chega às famílias também varia, mas, na maior parte, o responsável vai até a escola buscar, em horário definido e com a equipe gestora tomando os devidos cuidados e orientados pelos órgãos de saúde.
  • Transmissão de aulas: algumas escolas, a maior parte de ensino médio, tem conseguido fazer contato com os alunos por meio de aulas ou orientações ao vivo, por meio de transmissões via web. A secretaria, por meio de uma equipe de professores tem realizado gravações de videoaulas para serem veiculadas em canal de TV aberta e disponibilizadas em plataforma educacional. Porém, a exibição em canal de TV ainda está em negociação.
  • Plataformas usadas: A secretaria não indica uma plataforma específica, mas as escolas, em acordo com os gestores, alunos e pais de alunos, têm se organizado e usado o Google Classroom, estão adotando os grupos de Whatsapp ou as lives do Instagram.
  • Carga horário de estudo: o ensino remoto no Acre para os alunos da rede pública começou no início de abril, segundo Secretaria de Educação, Cultura e Esportes do Acre (SEE). Em relação à carga horária, a SEE disse que está sendo contada apenas 20% da carga horária e que somente após o retorno das aulas é que o Conselho Estadual de Educação vai definir como é que vai ser reprogramado o calendário escolar. A pasta disse ainda que já tem a prévia de um novo calendário, mas que só vai divulgar após o retorno das aulas.
  • Provas e trabalhos: até o momento, nenhum de prova ou avaliação foi orientada. O foco nesse momento tem sido em manter o contato com os estudantes, mantê-los em um ritmo de estudo possível para o período e conforme a realidade, além de oferecer todo o suporte necessário para o esclarecimento de possíveis dúvidas no desenvolvimento das atividades. As formas de avaliação e mensuração de aprendizagem estão sendo planejadas e serão colocadas em prática em tempo e de forma oportuna, posteriormente.
  • Controle de presença: a princípio, a frequência dos alunos nas atividades on-line e a devolutiva das atividades têm sido monitoradas pelos professores e indicado a “presença” nesse período de suspensão de aulas presenciais.

Apesar das dificuldades, Laura é positiva e torce para que tudo termine bem e que os alunos não saiam tão prejudicados com o tempo em que ficaram em casa.

“Apesar de nós sermos uma escola humilde, temos força de vontade, a gente tem uma equipe de excelência e vamos conseguir passar por isso da melhor forma possível”, finaliza.

Laura diz que apesar de a escola ser pública todos os gestores se esforçam muito para tentar dar ´máximo de apoio aos estudantes — Foto: Laura Gianne/Arquivo pessoal

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Foragido do CV é ferido em confronto policial no Segundo Distrito de Rio Branco

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Na tarde desta sexta-feira (19), Francisco Mário da Silva Ribeiro, de 21 anos, conhecido como membro da facção criminosa Comando Vermelho (CV), foi alvejado por dois disparos após confronto com policiais militares. O incidente ocorreu na Rua do Passeio, situada no bairro Taquari, no Segundo Distrito de Rio Branco.

Segundo relatos das autoridades policiais, Francisco, residente do bairro Ayrton Senna, havia estado envolvido em tiroteios no bairro Taquari nos dois dias anteriores ao incidente. Apesar das múltiplas intervenções da Polícia Militar, o criminoso havia conseguido evadir-se.

A ação policial se desencadeou quando uma patrulha da PM realizava rotineiro policiamento no bairro Taquari e avistou Francisco portando uma arma de fogo em via pública. Após a ordem de parada ser ignorada, o indivíduo empreendeu fuga, apontando a arma em direção aos policiais, que reagiram, efetuando dois disparos que atingiram Francisco no peito e no pescoço.

Apesar dos ferimentos, o fugitivo tentou correr, caindo posteriormente nos fundos de uma residência na Rua do Passeio, onde foi detido pelas autoridades.

Os serviços de emergência foram imediatamente acionados, com uma ambulância de suporte avançado do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) sendo despachada para prestar os primeiros socorros. Francisco foi então encaminhado em estado grave ao pronto-socorro de Rio Branco.

A área foi isolada pela Polícia Militar do 2º Batalhão para facilitar a atuação dos peritos em criminalística. O caso, inicialmente sob responsabilidade da Equipe de Pronto Emprego (EPE), será posteriormente encaminhado à Polícia Civil para investigação.

De acordo com o Tenente Coronel Russo, Francisco era associado à organização criminosa Bonde dos 13, antes de migrar para o Comando Vermelho. Em 2024, já havia sido detido duas vezes por porte ilegal de arma de fogo.

Russo acrescentou que Francisco, residindo atualmente na região do bairro Ayrton Senna, cruzava o rio para perpetrar ataques contra membros da facção B13, visando eliminá-los. O fugitivo encontrava-se em liberdade condicional mediante o uso de tornozeleira eletrônica, a qual removeu, tornando-se foragido da justiça.

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População cobra mais investimentos na segurança, durante audiência pública realizada pela ALEAC no Juruá

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A audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa do Acre, nesta sexta feira,19, em Cruzeiro do Sul, para debater a segurança nas cinco cidades da regional do Juruá, Mancio Lima , Rodrigues Alves, Porto Valter e Marechal Thaumaturgo, teve grande participação de autoridades e representantes da sociedade civil organizada.

O evento aconteceu na Associação Comercial e foi presidido pelo deputado Pedro Longo (PDT),você presidente da ALEAC e proponente do encontro.
O presidente da ALEAC, Luiz Gonzaga e o primeiro secretário Nicolau Júnior, informaram na abertura dos debates, que a audiência foi transferida de Rio Branco para Cruzeiro do Sul, para oportunizar um amplo debate sobre um dos temas que mais afeta quem mora na regional.

Antes do início dos trabalhos, o governo do estado, por meio da Secretaria de Segurança Pública, assinou com a prefeitura, um termo de cooperação técnico- financeira, para a realização de um curso profissionalizante de atendente de serviços emergenciais para a formação de 110 jovens que irão atuar no atendimento telefônico de ocorrências policiais.

Depois das falas das autoridades, a palavra foi aberta aos convidados. Um dos discursos mais contundentes foi do comerciante Jesus da Rocha. Ele denunciou a falta de policiamento ostensivo nos comércios e narrou um fato que lhe casou um grande prejuízo financeiro.

“Meses atrás, arrombaram meu depósito e levaram R$ 50 mil de mercadorias. Meu comércio fica na frente do Quartel da Polícia Militar, na frente mesmo. Apenas uma rua separa os dois prédios. Até hoje estou esperando a visita de um policial militar ou civil para darem uma resposta. Até 10 anos atrás, se um ladrão roubasse uma galinha, era logo preso e todo mundo sabia quem foi. Hoje roubam nosso patrimônio e ninguém faz nada”, desabafou.

Na mesma linha de raciocínio o delegado da Polícia Federal, Edmilson Cavalcante, pontuou outro grave problema: a cobrança de taxas imposta aos comerciantes por organizações criminosas. O policial disse que no Juruá as pessoas sabem o nome, conhecem quem vai receber a taxa, e o poder público não faz nada para combater.

Em resposta ao problema pontuado pelo delgado da PF, o diretor geral de Polícia Civil, Henrique Maciel, sugeriu a criação de um serviço de denúncia anônima para esses casos e falou que a problemática não é exclusivo do Juruá, acontece no Acre e em todos os estados brasileiros, asseverou.

Estiveram na audiência a governadora em exercício, Mailza Assis, os deputados Clodoaldo Rodrigues, Maria Antônia e Edvaldo Magalhães, a defensora pública geral Simone Santiago, o comandante geral da PLAC, coronel Luciano Dias, o prefeito de Cruzeiro do Sul, Zequinha Lima, o delegado da Polícia Federal Edmilson Cavalcante, o juiz de direito Marcos Rafael, o presidente em exercício da Associação Comercial do Juruá, Assen Cameli, vereadores, presidentes de sindicatos, associações e outros convidados.

SEJUSP anuncia retorno do 190 e aeronave fixa no Juruá

O secretário de Segurança Pública, José Américo Gaya, anunciou, para Cruzeiro do Sul, o retorno do serviço de atendimento de ocorrências da Policia Militar, o 190, que hoje funciona em Rio Branco. Todas as ocorrências geradas na região, são direcionadas para a capital. Segundo Gaya, no prazo máximo de 30 dias , o serviço já estará funcionando na cidade. Cruzeiro do Sul também vai receber uma base aérea do CIOPAER, que vai fixar uma aeronave para atender ocorrências emergenciais.

Deputado Clodoaldo cobra instalação de câmeras na zona rural

Policial civil de carreira e morador da zona rural de Cruzeiro do Sul, o deputado estadual Clodoaldo Rodrigues (Republicanos) cobrou a instalação de câmeras de monitoramento nas comunidades rurais do entorno de Cruzeiro do Sul. O parlamentar disse que o ideal seria a presença constante do policiamento ostensivo, mas disse entender a dificuldade da Polícia Militar em disponibilizar o patrulhamento por conta do reduzido efetivo.
“ Eu sou morador da zona rural, as câmeras são importantes para inibir a ação dos criminosos. Nós precisamos da presença das Forças de Segurança nessas comunidades. A população é importante para ajudar a polícia denunciando os delitos. Mas enquanto essas câmeras não chegam, a presença da polícia vai ajudar muito. Precisamos resgatar a credibilidade da polícia junto a população. Parabéns a ALEAC pela iniciativa e vamos juntos combater a criminalidade”, disse.

O QUE ELES DISSERAM

Maria Antônia – deputada estadual

“ Realmente é um prazer participar de uma audiência pública dessas. É lamentável viver na situação que vivemos. Quem está aqui nessa plateia eu creio que já passaram por motivos de violência, ou alguém da família. Eu nasce em Brasíleia mas aos 22 anos vim para essa terra que me acolheu. Tempos atrás minha vinhas foi amarrada por bandidos dentro de casa e levaram a caminhonete dela para Cobija. Levaram junto com eles minha sobrinha. Hoje agradeço a Deus porque nada aconteceu com ela. Isso foi muito traumático para nossa família, isso nunca sai da cabeça da gente. Então como eu falei é lamentável a situação em que está a criminalidade em nosso estado”.

Luiz Gonzaga – presidente da ALEAC

“É um momento que a gente busca soluções para o setor aqui em Cruzeiro do Sul. É uma alegria porque já estamos vendo algumas demandas sendo atendidas. Eu vejo as Forças de Segurança aqui presentes isso é sinal do compromisso do governo para solucionar os problemas da segurança pública aqui e nos demais municípios. O governo cumpre sua parte e a ALEAC cumpre abrir o canal de voz da sociedade por meio dessa audiência. O que queremos é o melhor para nossa sociedade”

Nicolau Junior – primeiro secretário da ALEAC

“ Queremos trazer resultados aqui pro Juruá. Essa notícia da volta do 190 é muito importante. Temos que está unidos para enfrentar o problema. A ALEAX é um braço cada população e tudo que estiver ao nosso alcance, vamos realizar. O governo chamou mais de oitocentos agentes de segurança o que fortaleceu as forças. O que a população quer ver é a polícia nas ruas. Vamos continuar com muita responsabilidade fazendo nosso trabalho, de ouvidos bem abertos para os clamores da população”.

Marcos Rafael- juiz titular da 1• Vara Criminal de CZS

“É importante que o Poder Judiciário esteja aqui ouvir a população, porque não existe judiciário separado da sociedade. Fico feliz em ver que está sendo feito um trabalho com as pessoas em situação de rua. Agradeço o convite e me coloco à disposição. E dizer que estamos de portas abertas para aquilo que o judiciário puder colaborar”.

Mailza Assis- governadora em exercício

“Não será numa audiência pública que vamos resolver tudo. Mas todos estamos trabalhando e trabalhando muito. Não vamos nos calar, deixar passar um momento de cobrar. A população pode colaborar de forma anônima. Cabe ao governo do estado garantir a estrutura do que foi cobrado aqui. Conseguimos equipe as Forças de Segurança é isso precisa ser devolvido à população”.

Edvaldo Magalhães – deputado estadual

“ Eu sou defensor do fortalecimento da Segurança Pública. Hoje assinaram um convênio para treinar pessoas para o 190. Quanto tempo faz que esse serviço saiu daqui? A pessoa quando liga pra lá e diz onde mora, ela quer ouvir uma pessoa que conheça a realidade daqui. O estado precisa avançar para vencer essa guerra contra o crime organizado”.

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Operadora de Plano de saúde deve reestabelecer prestação de serviço a paciente com doença grave

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Cliente teve plano interrompido unilateralmente enquanto passa por tratamento de saúde. Então, considerando entendimento dos tribunais superiores, 3ª Vara Cível determinou o reestabelecimento dos serviços no prazo de 24 horas

A 3ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco determinou que operadora de plano de saúde reestabeleça em 24 horas o serviço prestado à paciente que estava recebendo tratamento para doença grave. Caso a ordem não seja cumprida a empresa será penalizada com multa diária de mil reais, limitado a 30 dias.

O consumidor entrou com pedido de urgência onde relatou ter plano de saúde coletivo desde 2005 e, infelizmente, em 2014 descobriu doença no fígado, fez um transplante, após teve doença no rim e realiza hemodiálise, somado a isso teve doença no intestino, precisou fazer cirurgias e utiliza bolsa de colostomia. Contudo, em fevereiro deste ano ao tentar pagar a mensalidade do plano de saúde descobriu que seu contrato foi interrompido unilateralmente.

Ao analisar o caso, o juiz de Direito Leandro Leri Gross, titular da unidade judiciária, verificou que pelos elementos do processo e diante do risco de dano, nesta fase do processo, é possível atender o pedido emergencial do consumidor, que tinha o plano há quase 20 anos.

“Assinalo que o cancelamento do plano vigente que dura aproximadamente 20 anos, causa ao demandante grande prejuízo, pois no momento em que mais necessita de assistência de saúde, a demandada, sem justificativa, cancela o contrato e, mesmo que existisse justificativa, era indispensável que tivesse realizado a devida gestão dos usuários que se encontravam em tratamento, quer mantendo o plano atual ou dando possibilidade para a migração ao plano individual”, registrou o magistrado.

Rescisão unilateral

O juiz citou entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que considera a rescisão unilateral de contrato é legal pelas empresas gestoras, desde que não seja de pessoas que estejam em tratamento de doença grave.

“Nesse sentido, buscando equilibrar os direitos fundamentais da saúde e liberdade, o STJ firmou entendimento de que é possível a rescisão unilateral, desde que o consumidor não esteja em tratamento por doença grave, até que sobrevenha a alta médica”, escreveu Gross.

Processo 0703598-74.2024.8.01.0001

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