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Acre

No AC, boates funcionam embaixo de torre de alta tensão e dentro de posto

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Corpo de Bombeiros fez vistorias e deve divulgar laudo na próxima semana. Promotora diz que fiscalização é ‘falha’; Prefeitura de Rio Branco contesta.

Boate Se7 divide espaço com conveniência de posto de gasolina (Foto: Duaine Rodrigues/G1)

Boate Se7 divide espaço com conveniência de posto de gasolina (Foto: Duaine Rodrigues/G1)

Duas das boates mais frequentadas de Rio Branco (AC) viraram alvo de preocupação após a tragédia de Santa Maria (RS), onde um incêndio na casa noturna Kiss deixou mais de 235 mortos. Isso porque uma das boates, a Se7, fica dentro de um posto de gasolina. A outra, a Posh, está localizada abaixo de uma torre de alta tensão.

Em razão do ocorrido na cidade gaúcha, equipes do Corpo de Bombeiros iniciaram na quinta-feira (31) vistorias técnicas do sistema de segurança contra incêndio e pânico das casas noturnas da capital, em especial da Se7 e da Posh.

O resultado das vistorias só deve ser divulgado na próxima semana. Mas de acordo com o tenente-coronel Albeci Coelho, apesar da localização, a boate Se7 está dentro das normas previstas pela legislação. “A distância entre as bombas de gasolina e a boate está de acordo com a lei”, afirma. A casa noturna funcionou normalmente na noite desta quinta.

Casa noturna Posh fica abaixo de torre de alta tensão (Foto: Duaine Rodrigues/G1)

Casa noturna Posh fica abaixo de torre de alta tensão (Foto: Duaine Rodrigues/G1)

No caso da Posh, Coelho diz que a situação precisa de uma melhor avaliação. Isso porque o Código de Obras e Edificações do município de Rio Branco estipula que torres de estrutura complexa (metálica ou de concreto armado) para transmissão de energia elétrica em alta tensão não devam ser implantadas em locais que reúnam grande público. “É um caso que requer maior interpretação da legislação”, diz o tenente-coronel.

‘Jeitinho brasileiro’
“Os riscos sempre existiram, porque aqui no Acre é muito difícil trabalhar em razão da intervenção do ‘jeitinho brasileiro’. Existe ação na Justiça até para fechar boate que se arrasta há quase cinco anos”, diz a promotora de Justiça Alessandra Marques.

Segundo a promotora, a fiscalização por parte da administração municipal é “falha”. Alessandra diz que alguns estabelecimentos funcionam, inclusive, sem o ‘habite-se’, documento que atesta que o imóvel foi construído baseando-se nas exigências estabelecidas pela prefeitura. “Falta cumprir a lei e falta também uma definição bastante séria no sentido de punir por improbidade administrativa aqueles que se omitem em fiscalizar a lei”, ressalta.

O vice-prefeito, Márcio Batista, contesta a falta de fiscalização, mas admite que é preciso mais. “Nós temos, sim, fiscalização. Mas nós também temos certeza de que precisamos intensificar.”

Boate Se7 funcionou normalmente nesta quinta (Foto: Duaine Rodrigues/G1)

Boate Se7 funcionou normalmente nesta quinta (Foto: Duaine Rodrigues/G1)

Alessandra diz que irá requisitar cópia dos documentos de fiscalização de todos os estabelecimentos de diversão e casas noturnas para saber, tanto dos bombeiros quanto da prefeitura, se todas as normas são seguidas.

Cigarros
Para chegar à boate Se7, é preciso passar pelo posto de gasolina. Quando há festas no local, frequentadores costumam fumar fora da casa noturna, a poucos metros das bombas.

O dono da boate Se7, Wolney Paiva, nega irregularidades. Ele diz que os bombeiros fizeram vistorias no local e que “tudo está dentro das normas”.

O dono da Posh, Gláucio Melo, também afirma que a casa noturna está em perfeitas condições de funcionamento. “A gente tem até mais luzes de emergência e extintores que o determinado, além de duas saídas de emergência.” Sobre a antena, diz que a boate tem um laudo da Eletronorte que atesta a regularidade da localização.

Rayssa Natani
Do G1 AC

Colaborou Duaine Rodrigues

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Acre

Prefeitura de Rio Branco reforça ações de emergência

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A Prefeitura de Rio Branco mobilizou, nas primeiras horas deste sábado (27), uma força-tarefa para atendimento às famílias afetadas pelas fortes chuvas registradas nas últimas 48 horas na capital.

O volume acumulado de água fez o nível do Rio Acre subir rapidamente e provocou o transbordamento de igarapés que cortam a cidade, atingindo diversas áreas urbanas.

Diante da situação, o prefeito Tião Bocalom convocou uma reunião de emergência em seu gabinete, reunindo todos os secretários municipais para alinhar ações imediatas de resposta e assistência.

Logo após o encontro, o prefeito visitou a Escola Álvaro Vieira da Rocha, no bairro Conquista, onde 10 famílias — totalizando 36 pessoas — já estão abrigadas pela Defesa Civil Municipal e pela Secretaria de Assistência Social.

Tião Bocalom destacou o trabalho integrado das equipes municipais e reforçou que todas as providências vêm sendo adotadas desde o início das ocorrências.

“Não é com prazer, é com tristeza. Mas fazer o quê? Infelizmente, as chuvas chegaram e as inundações começaram a aparecer. Desde ontem, nossas equipes da Defesa Civil, apoiadas por todas as secretarias, estão em campo até duas horas da manhã para retirar famílias. Aqui nesta escola estão 10 famílias, 36 pessoas, e estamos tomando todas as providências possíveis. A prefeitura está fazendo a sua parte, como sempre fizemos, junto ao governo do Estado e à Defesa Civil. Tanto é que em 2021 ganhamos o prêmio de melhor acolhimento da Defesa Civil Nacional. Fazemos tudo com dor no coração, porque sabemos o quanto é difícil para as famílias, mas seguimos firmes para garantir apoio a quem mais precisa.” ressaltou o prefeito de Río Branco

Após visitar as famílias abrigadas, o gestor seguiu para o Parque de Exposições, onde equipes já iniciam a preparação para novas ações de acolhimento e prevenção, caso o nível das águas continue subindo.

A Prefeitura de Rio Branco segue monitorando a situação e reforça que está de prontidão para atender novas ocorrências decorrentes das chuvas.

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Cinco mulheres são presas ao tentar entrar com drogas escondidas em laranjas no presídio de Rio Branco

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Cinco mulheres foram presas na manhã deste sábado (27) ao tentarem introduzir drogas escondidas dentro de laranjas no Complexo Penitenciário de Rio Branco. A prisão ocorreu durante o procedimento de fiscalização de rotina realizado por policiais penais da unidade.

Segundo informações da administração penitenciária, o material levado pelas visitantes passou pelo aparelho de raio X, que identificou irregularidades no interior das frutas. Durante a inspeção manual, os agentes localizaram 779 gramas de maconha, 105 gramas de cocaína e cerca de um quilo de tabaco.

Diante do flagrante, todo o material ilícito foi apreendido e as cinco mulheres receberam voz de prisão ainda dentro do complexo prisional. Elas foram conduzidas à Delegacia de Flagrantes (DEFLA), onde permaneceram à disposição da Justiça e devem responder por crimes relacionados à tentativa de introdução de drogas no sistema penitenciário.


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Acre

Rio Acre ultrapassa cota de transbordamento e atinge 14,55 metros em Rio Branco

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Elevação de 82 centímetros em um único dia aumenta risco de alagamentos em áreas ribeirinhas da capital

Foto: Jardy Lopes

O nível do Rio Acre seguiu em elevação ao longo deste sábado (27), conforme boletim divulgado pela Defesa Civil Municipal de Rio Branco. Na última medição do dia, realizada às 21h, o manancial atingiu 14,55 metros, permanecendo acima da cota de transbordamento, que é de 14,00 metros.

De acordo com os dados oficiais, a primeira aferição do dia, às 5h26, apontava 13,73 metros, já acima da cota de alerta, estabelecida em 13,50 metros. Às 9h, o rio chegou a 14,00 metros, alcançando oficialmente a cota de transbordo. O nível continuou subindo ao longo do dia: 14,14 metros ao meio-dia, 14,30 metros às 15h, 14,43 metros às 18h e, por fim, 14,55 metros às 21h.

Com isso, o Rio Acre acumulou uma elevação de 82 centímetros em apenas 24 horas, ampliando o risco de alagamentos em áreas ribeirinhas da capital acreana.

Apesar de não haver registro de chuvas nas últimas 24 horas em Rio Branco — com índice de 0,00 milímetro —, o coordenador municipal da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, explicou que a elevação do nível do rio é consequência das fortes chuvas registradas nas cabeceiras e em municípios do interior do estado.

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