Com expectativas positivas, o encontro evidenciou que a união entre o setor produtivo e o governo do Estado tem sido determinante para impulsionar o desenvolvimento sustentável do Acre.
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Não vejo necessidade de explorar terra indígena, diz governador do Acre

Governador do Acre, Gladson Cameli (PP), em discurso durante sua posse – Foto: Alexandre Lima/Arquivo
Cameli também afirma não ver futuro em modelo econômico para a Amazônia baseado no extrativismo
Empossado para o governo do Acre encerrando um ciclo de 20 anos de governos do PT, Gladson Cameli (PP) defende o incentivo ao agronegócio para desenvolver economicamente o seu estado.
Num discurso alinhado ao do presidente Jair Bolsonaro (PSL), incentiva o fim de novas demarcações de áreas indígenas no país. Por outro lado, diz não ver necessidade de que terras dos índios sejam exploradas economicamente, como defende o presidente.
Cameli também diz não ver futuro em um modelo econômico para a Amazônia baseado no extrativismo, como defendia o mais famoso ativista acriano, Chico Mendes, morto há 30 anos: “Mesmo se eu quisesse incentivá-lo, a população não tem mais interesse”.
O senhor foi eleito governador interrompendo um ciclo de 20 anos do PT no Acre. Qual o principal desafio deixado pelos governos petistas? O primeiro desafio será pagar o 13º salário dos servidores, que o governador anterior não pagou, e ter a real dimensão da situação das finanças do estado. Já fizemos uma reforma administrativa na qual reduzimos o tamanho da máquina pública, o que nos dará uma economia anual de cerca de R$ 100 milhões. O segundo passo será impulsionar a economia abrindo o nosso estado para o agronegócio. A nossa agenda estará focada em criar oportunidades de negócios e gerar empregos.
O senhor teve uma vitória bastante contundente frente a um grupo político que dominava o estado havia duas décadas. O que acha que levou o eleitor a querer uma mudança? Houve má gestão. A segurança pública foi um fator que prevaleceu muito. Mas também havia problema em outras áreas: a saúde estava um caos, a infraestrutura era praticamente nenhuma e o servidor não estava sendo valorizado. Também houve desgaste natural do grupo que governava o estado e um desejo de mudança muito forte da população. Eu sempre digo que o político que não entendeu o recado das urnas, não se elege nunca mais. As pessoas não estão mais preocupadas com partidos, mas com ações imediatas que melhorem suas vidas.
O Acre é hoje, proporcionalmente, um dos estados mais violentos do país. Como enfrentar esse problema? Nós temos um problema a mais que é o fato de fazermos fronteira com Peru e Bolívia, o que potencializa a questão do tráfico de armas e entorpecentes. Minha ideia é desenvolver um plano emergencial e buscar parcerias com as Forças Armadas, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal. Além disso, vou dar condições para nossas polícias para fazer o combate ao tráfico. Na gestão anterior se gastava mais com propaganda do que com o custeio da Polícia Militar.
O Acre foi o estado em que Jair Bolsonaro teve sua melhor votação. Como vê as primeiras medidas tomadas pelo presidente? A nossa agenda estadual será bastante alinhada com a agenda que o presidente está adotando nacionalmente. Concordo com as medidas que ele está propondo. Eu vim do Legislativo e sei que as reformas são essenciais para o país voltar a crescer e para que estados e municípios possam se desenvolver. Pela primeira vez, vi um presidente montar um ministério sem indicações políticas, ele colocou pessoas competentes pensando no bem da nossa população. Daremos apoio ao presidente com nossos três senadores e nossa bancada de deputados federais.
O senhor falou em desenvolver o agronegócio no Acre. Como fazer isso sem comprometer a floresta amazônica? O agronegócio é a única saída para a economia do Acre, mas pode se desenvolver sem derrubar uma árvore sequer. Basta cumprir o código florestal, reduzir a burocracia e dar condições para que as empresas possam investir e gerar empregos. O que não dá é manter uma situação em que o principal empregador do estado seja o poder público. A principal economia do Acre hoje é o contracheque.
Como o senhor vê a decisão do presidente de suspender novas demarcações de terras indígenas? Eu concordo. O que já está demarcado é mais do que suficiente, não precisa aumentar mais nada. A única coisa que o índio quer é ter o direito a sua terra para produzir. Ele quer ter os mesmos direitos que o homem branco tem, o direito a ter uma saúde de qualidade, o direito de ir a uma faculdade. Essa conversa de que os índios querem ficar em suas aldeias é tudo conversa para enganar o mundo afora. É conversa de meia dúzia que usa o discurso indígena para se promover.
Como vê proposta que está sendo estudada pelo governo federal de explorar economicamente as áreas indígenas? Não acha que isso pode acentuar os conflitos agrários, como os que acontecem entre índios e madeireiros? Não acredito que nenhum grupo econômico vá ter coragem de entrar nas terras indígenas. E, pessoalmente, não vejo nenhuma necessidade de explorar as terras já demarcadas, pelo menos aqui no meu estado. É claro que tem situações pontuais como a de Roraima, em que quase metade do estado foi demarcada como terra indígena [com a reserva Raposa Terra do Sol]. Mas ali foi um caso atípico.
O senhor ainda crê no extrativismo como uma atividade econômica relevante no Acre ou acha que esta é uma atividade sem futuro? Acabaram com extrativismo no nosso estado. Vá em Xapuri e você vai ver. Copiaram o nosso extrativismo da borracha, levaram para a Malásia para gerar emprego lá. Enquanto isso, a nossa população da zona rural migrou para as cidades e criou um problema social. Não acredito mais no extrativismo como solução para a economia do Acre. E mesmo se eu quisesse incentivá-lo, a população não tem mais interesse. As pessoas não veem mais futuro nisso, ficaram decepcionadas e perderam a esperança.
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Centro do Idoso de Epitaciolândia celebra Dia das Mães com festa especial para participantes
Evento reuniu idosas para uma tarde de diversão, música e homenagens especiais
O Centro do Idoso de Epitaciolândia promoveu uma celebração emocionante em homenagem ao Dia das Mães, enchendo o local de amor, sorrisos e memórias inesquecíveis. A tarde foi dedicada às mulheres que, com sua sabedoria e dedicação, deixaram e continuam deixando um legado de carinho e força em suas famílias e na comunidade.
Programação repleta de momentos especiais
As homenageadas desfrutaram de uma programação cuidadosamente preparada, incluindo:
• Brincadeiras divertidas para animar o espírito e integrar todas as participantes.
• Um delicioso lanche preparado com carinho pela equipe do Centro.
• Desfile especial, onde as mães puderam brilhar e receber aplausos.
• Música ao vivo, tocando corações e levando alegria a todos.
Reconhecimento e emoção:
O evento destacou a importância de valorizar essas mulheres que dedicaram suas vidas a cuidar de suas famílias e comunidades. Cada sorriso, olhar emocionado e gesto de carinho reforçou o quanto elas são essenciais e merecedoras de todo o afeto.
“Foi uma tarde para celebrar a força, a ternura e a sabedoria dessas guerreiras que tanto nos inspiram”, destacou Lindaci Franco Secretaria de Assistência Social.
O Centro do Idoso de Epitaciolândia reafirma, assim, seu compromisso em promover momentos de felicidade e integração para seus frequentadores, fortalecendo laços e celebrando cada etapa da vida com respeito e amor.
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Almoço dos industriais reforça parceria entre governo do Acre e setor produtivo, projetando crescimento para 2025
O governador Gladson Camelí participou, nesta quinta-feira, 8, em Rio Branco, do tradicional Almoço dos Industriais, promovido pela Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac), em parceria com a Secretaria de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict). O evento reuniu presidentes de sindicatos ligados à indústria, empresários e representantes de empresas exportadoras, com o objetivo de debater o futuro do setor produtivo e alinhar ações estratégicas para o desenvolvimento do estado.
Com o lema “Indústria forte, Acre forte”, o encontro reforçou a importância da cooperação entre o poder público e a iniciativa privada para a retomada econômica e o fortalecimento da base produtiva acreana.

Evento reuniu presidentes de sindicatos ligados à indústria, empresários e representantes de empresas exportadoras. Foto: Diego Gurgel/Secom
Durante o almoço, o governador destacou que 2025 será um ano marcante para a execução de projetos estruturantes. “Estamos vivendo o ano do executar. O governo tem feito o dever de casa, destravando processos, investindo em infraestrutura e criando um ambiente propício para quem quer empreender e gerar empregos. É assim que vamos construir um Acre mais próspero, com oportunidade para todos”, declarou Gladson Camelí, ressaltando ainda o impacto positivo das obras habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida, que, com cerca de 1.300 unidades em execução, têm aquecido significativamente o setor da construção civil.
O presidente da Fieac e deputado federal José Adriano agradeceu ao governador pela presença e reforçou a confiança do setor nas parcerias com o Estado. “É um momento de otimismo. O setor industrial reconhece os esforços do governo em apoiar nossas pautas. O ambiente de diálogo que construímos é fundamental para avançarmos e consolidarmos a indústria como um dos pilares da economia acreana”, afirmou.

Governador destacou que 2025 será um ano marcante para a execução de projetos estruturantes. Foto: Diego Gurgel/Secom
O secretário de Indústria, Ciência e Tecnologia, Assurbanipal Mesquita, também pontuou a relevância do alinhamento estratégico entre os entes públicos e privados. “Essa integração é essencial para transformar nosso potencial em resultados concretos. Estamos empenhados em fortalecer as cadeias produtivas, apoiar a inovação e abrir mercados para os nossos produtos”, disse.
Um dos temas discutidos com maior atenção pelos participantes foi a necessidade de recuperação da BR-364 até Cruzeiro do Sul. A obra é vista como prioridade absoluta para destravar gargalos logísticos e garantir o escoamento da produção industrial e agrícola. Nesse sentido, o governador Gladson Camelí reafirmou seu compromisso de intensificar o diálogo com o governo federal para garantir o início das obras o quanto antes.

Encontro evidenciou que a união entre o setor produtivo e o governo do Estado tem sido determinante para impulsionar o desenvolvimento do Acre. Foto: Diego Gurgel/Secom
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Americano Robert Prevost é anunciado como novo papa Leão XIV
Sinal foi emitido na tarde desta quinta-feira (8), o que significa que pontífice foi escolhido na quinta votação geral dos cardeais. Agora, fiéis ficam na expectativa do anúncio oficial do Vaticano de ‘habemus papam’.
O nome do Prevost, de 69 anos e nascido em Chicago, foi anunciado nesta quinta-feira (8) pelo Vaticano, após a fumaça branca ser expelida da Capela Sistina, indicando que os 133 cardeais isolados no conclave elegeram o novo pontífice.
Ele liderará a Igreja Católica em um momento de perda gradual de fiéis e terá de fazer frente à alta popularidade do papa Francisco, além de responder se seguirá a agenda reformista de seu antecessor.
O novo papa apareceu na sacada da Basílica de São Pedro depois de ser anunciado, em latim, pelo cardeal Dominique Mamberti.
O tradicional anúncio de “habemus papam” ocorreu pouco mais após a fumaça branca sair da chaminé da Capela Sistina— nos dois últimos conclaves, em 2005 e 2013, os anúncios demoraram entre 1h e 2h após o sinal.

Fiéis aguardam resultado da eleição do novo papa na Praça de São Pedro, no Vaticano — Foto: AP Foto/Bernat Armangue
Minutos apos a fumaça branca, o Vaticano afirmou também que o novo pontífice “aparecerá em breve”.
A eleição de um novo pontífice também seguiu a tendência das duas eleições de papa anteriores, em 2005 e 2013, e ocorreu no 2º dia do conclave. Desta vez, havia a expectativa inicial de que o processo demorasse mais por conta do número de cardeais votantes — 133, contra 117 no conclave anterior.
A eleição do novo pontífice veio após uma fumaça preta ainda na manhã desta quinta-feira e outra na rodada inicial, na quarta-feira (7).
A escolha do novo papa ocorre também 17 dias após a morte de papa Francisco, por conta de um por conta de um AVC e insuficiência cardíaca em sua residência no Vaticano. Embora tenham sido episódios inesperados, ocorreram em um momento de saúde frágil de Francisco. Ele havia recebido alta após passar cinco semanas internado para tratar uma pneumonia.
Em um papado de 12 anos, Francisco promoveu reformas históricas e aproximou a Igreja de um catolicismo mais próximo aos fiéis, que são mais de 1,3 bilhão de pessoas pelo mundo mas que vêm diminuindo gradualmente.
A fumação branca também encerra oficialmente o chamado período de Sé Vacante, em que o “trono” da Igreja Católica fica sem um líder entre a morte de um pontífice e a eleição do sucessor.
Agora, um novo papado se iniciará e indicará se o Vaticano tem a intenção de seguir, ao menos parcialmente, ou ainda avançar na agenda de Francisco.
A multidão de fiéis, turistas e curiosos que acompanhou a escolha do papa de pé por horas na praça São Pedro também confirmou que a Igreja Católica segue despertando atenção e protagomismo mundial, mesmo com a perda gradual de seguidores.
Nos momentos de pico, durante os horários aproximados para que a fumaça fosse expelida após a votação, o público que ocupava a praça chegou a 45 mil pessoas, segundo o Vaticano.
Aos poucos, o silêncio ia dominando a praça, alternado por vezes com aplausos aleatórios e muitos celulares apontados para a chaminé da Capela Sistina.
Na quarta (7), a fumaça preta confirmou as expectativas para o primeiro dia do conclave, quando a possibilidade de que o novo pontífice fosse eleito era considerada muito baixa.
O resultado da primeira votação ocorreu cerca de três horas após as portas da Capela Sistina serem fechadas, marcando o início oficial do conclave no qual os 133 cardeais aptos a votar para escolher um novo papa se isolam do mundo.
Foi a maior demora dos três últimos conclaves. Um possível motivo para o atraso pode ter sido uma pregação que ocorreu antes da votação e pode ter se estendido, segundo apurou o jornalista da TV Globo César Tralli.
Outra possibilidade é o fato de que a maioria dos cardeais está em seu primeiro conclave.
Cerca de 45 mil fiéis estavam na praça São Pedro aguardando o resultado da primeira votação no momento em que a fumaça foi expelida.
Os clérigos entraram para o processo após a missa Pro Eligendo Romano Pontifice, rezada publicamente na Basílica de São Pedro nesta manhã.
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