Brasil
Não deixou barato: PT do Acre publica nota de repúdio após Leila se filiar ao MDB
Da Redação, com Leônidas Badaró
Foi pesada a nota de repúdio divulgada pelo Partido dos Trabalhadores após a ex-prefeita de Brasileia e ex-deputada estadual Leila Galvão ter se filiado ao MDB.
Por meio de uma nota de repúdio a direção estadual afirmou que recebeu a notícia com estranheza, já que Leila teria garantido que qualquer decisão seria comunicada antes ao PT.
Na nota, o partido lembrou que não lançou candidaturas à deputado estadual na região do Alto Acre para potencializar sua vitória na eleição de 2014. O PT afirma que fez o mesmo em 2018, e que Leila indicou 90% dos cargos comissionados na região durante o mandato do ex-governador Sebastião Viana, e mesmo assim não conseguiu se reeleger.
“Lamentamos a decisão de Leila, que não levou em consideração todos os companheiros e companheiras de Brasileia e dos demais municípios do Alto Acre, que estiveram ao seu lado, lutando com lealdade ao longo dos últimos anos e que por ela foram descartados, numa visível busca pelo poder”, afirma o PT em nota.
Leila Galvão, prefeita de Brasileia por dois mandatos, de 2004 a 2012, chega ao MDB para mais uma vez concorrer ao cargo.
Leia na íntegra a nota do Partido dos Trabalhadores:
NOTA DE REPÚDIO
Fomos surpreendidos na noite desta quarta-feira, 1, com a notícia da filiação da ex-deputada e ex-prefeita do PT, Leila Galvão, ao MDB. Recebemos a notícia com estranheza, uma vez que, Leila havia se comprometido que, antes de tomar qualquer decisão, comunicaria ao partido.
Diante desse rompimento sem motivos, a Direção Estadual do PT/Acre e a Direção Municipal do PT de Brasileia, sentem-se traídos e enganados, principalmente, por tudo que o partido proporcionou à ex-deputada ao longo de sua trajetória política, desde a oportunidade de ser vice-prefeita, eleita em 2000, e prefeita eleita em 2004 e 2008.
Em 2014, o PT/Acre convidou a então ex-prefeita Leila Galvão para ser candidata a deputada estadual e na referida eleição, não lançou nem um outro candidato a deputado estadual na região do Alto Acre, para potencializar a sua possibilidade de vitória.
Durante seu mandato de deputada (2015/2018), Leila Galvão indicou quase 90% de todas as nomeações do governo no Alto Acre, e em 2018, em sua reeleição, novamente o PT não lançou outras candidaturas na região do Alto Acre. Contudo, mesmo contando com o apoio dos prefeitos de Xapuri e Brasileia, dos cargos do governo na região, da militância dos diretórios municipais do PT do Alto Acre, a ex-deputada não conseguiu se reeleger.
O povo de Brasiléia sabe da lealdade e do compromisso do PT para com a trajetória política de Leila Galvão. — Porém, não existe reciprocidade nesse processo. Leila queria do PT o direito de disputar a prefeitura de Brasiléia mais uma vez. Mas, não houve e não haverá debate sobre isso. O partido entende que o direito de concorrer à reeleição, seja da atual prefeita, Fernanda Hassem, que vem realizando um trabalho esplêndido no município.
Lamentamos a decisão de Leila, que não levou em consideração todos os companheiros e companheiras de Brasileia e dos demais municípios do Alto Acre, que estiveram ao seu lado, lutando com lealdade ao longo dos últimos anos e que por ela foram descartados, numa visível busca pelo poder.
Nos entristece mais ainda saber que, cega pela ganância, a ex-deputada escolheu uma aliança com o que há de mais podre e corrupto na política de Brasileia. Com aqueles que roubaram os cofres públicos e foram presos por essas práticas, como ex-prefeito Aldemir Lopes e seus correligionários.
A escolha da ex-deputada Leila Galvão em sair escondida pela porta dos fundos, demonstra o total desrespeito pela história e pela dedicação de todos os petistas e militantes. Somos gratos por tudo que ela ajudou a construir, mas diante da ingratidão e da injustiça que a mesma tem cometido com todos os companheiros e companheiras, repudiamos veemente sua atitude mesquinha e desonrosa
Direção Estadual do PT/Acre
Direção Municipal do PT de Brasileia
Comentários
Brasil
Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau
Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada
A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.
A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.
A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.
Comentários
Brasil
Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal
Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada
O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.
O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.
Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).
As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.
Assinatura eletrônica
O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.
A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.
Comentários
Brasil
Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.



Você precisa fazer login para comentar.