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Mulheres só conseguiram 20% das vagas a vereadores no Acre
Das 222 vagas em disputa para vereador distribuídas entre os 22 municípios, apenas 45 mulheres foram eleitas. O resultado mostra que o percentual de mulheres vereadoras no Acre é de apenas 20,72%.

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O Acre repetiu nas eleições de 2020 um dado que é uma característica da política brasileira.
Apesar de as mulheres serem a maioria do eleitorado, as urnas não refletem esse percentual e as mulheres continuam ocupando pouco espaço na política estadual.
No estado, as mulheres são maioria do eleitorado. De acordo com a justiça eleitoral, dos 561.261 eleitores aptos a votar, 290.030, ou seja, 51,7% são mulheres. Só que das 222 vagas em disputa para vereador distribuídas entre os 22 municípios, apenas 45 mulheres foram eleitas. O resultado mostra que o percentual de mulheres vereadoras no Acre é de apenas 20,72%.
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Alguns municípios chamam a atenção. Cruzeiro do Sul, por exemplo, segundo maior colégio eleitoral acreano, não há nenhuma mulher entre os 14 vereadores eleitos.
Situação que se repete em Acrelândia e Manoel Urbano, onde nenhum mulher foi eleita para as 9 vagas.
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O municípios acreanos com maior representatividade de mulheres no parlamento mirim são Feijó, com 6 mulheres eleitas no universo de 13 vagas, o que representa um percentual de 46,15% e Rodrigues Alves, que teve 4 mulheres eleitas para as 9 cadeiras da câmara, percentual de 44,44%.
Dados da ONU mostram que, de maneira geral, por todo o mundo a participação das mulheres na política tem aumentado, mesmo que de forma lenta. A estimativa é de que as mulheres ocupem 24% das vagas parlamentares, 8% dos cargos de chefes de Estado e 6,2% dos de chefes de governo. Entre os ministros de Estado, 20% são mulheres, e elas comandam 26% dos governos locais.
Em relação à América Latina e Caribe, esses dados mostram que por aqui estão os maiores índices de mulheres no parlamento, com exceção do Brasil, por exemplo, na Bolívia as mulheres representam 53% do parlamento, no México são 48% e, por aqui, as brasileiras ocupam apenas 15% na participação.
Isso pode ser comprovado com o resultado das eleições deste ano, antes do primeiro turno em que apesar de representarem mais de 51% da população e mais de 52% do eleitorado brasileiro, as mulheres ainda são minoria na política. Para as prefeituras, foram eleitas 651 mulheres (12%) contra 4.750 homens eleitos como prefeitos (87%).
Em relação à disputa pelas prefeituras, dos 22 municípios acreanos, três mulheres foram eleitas em 15 de novembro, Fernanda Hassem em Brasileia, Rosana Gomes em Senador Guiomard e Maria Lucinéia em Tarauacá. Ou seja, as mulheres vão comandar a partir de 2021 pouco mais de 13% das prefeituras. Lembrando que Socorro Neri (PSB) disputa o segundo turno em Rio Branco no próximo domingo e tem chance de aumentar a lista de mulheres prefeitas.
Veja abaixo a tabela com o número de vagas e de vereadoras eleitas em 2020 no Acre:
Acrelândia – 9 cadeiras e nenhuma mulher eleita
Assis Brasil – 9 cadeiras e 2 mulheres eleitas
Brasileia – 11 cadeiras e 3 mulheres eleitas
Bujari – 9 cadeiras e 3 mulheres eleitas
Capixaba – 9 cadeiras e 3 eleitas
Cruzeiro do Sul – 14 vagas e nenhuma mulher vereadora
Epitaciolândia – 9 vagas e 2 eleitas
Feijó – 13 vagas e 6 mulheres eleitas
Jordão – 9 cadeiras e 1 eleita
Mâncio Lima – 9 vagas e 2 eleitas
Manoel Urbano – 9 vagas e nenhuma eleita
Marechal Thaumaturgo – 9 cadeiras uma mulher eleita
Plácido de Castro – 11 vagas e 4 eleitas
Porto acre – 9 vagas e 2 eleitas
Porto Walter – 9 cadeiras e 2 mulheres eleitas
Rio Branco – 17 vagas e 2 mulheres eleitas
Rodrigues Alves – 9 vagas e 4 mulheres eleitas
Santa Rosa – 9 vagas e 3 eleitas
Sena Madureira – 13 cadeiras e 1 eleita
Senador Guiomard – 11 cadeiras e 3 eleitas
Tarauacá – 11 vagas e 1 eleita
Xapuri – 9 vagas e 1 mulher eleita.
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PM de folga impede assalto e prende dois homens após família ser feita refém em Cruzeiro do Sul
Suspeitos foram baleados e detidos após invadir residência no bairro 25 de Agosto; quatro criminosos participaram da ação.

Dois homens foram presos na noite desta quinta-feira (4) após invadirem uma residência e fazerem uma família refém durante um assalto no bairro 25 de Agosto, em Cruzeiro do Sul. A ação foi interrompida por um policial militar que estava de folga, que reagiu ao ser abordado por um dos suspeitos armados. Um dos detidos, identificado como Cauã, foi baleado na perna, e o outro, Jarlisson, sofreu um ferimento no supercílio. Ambos receberam atendimento médico e foram conduzidos à Delegacia de Polícia Civil.
Segundo relatos das vítimas, quatro assaltantes armados com pistolas entraram na casa e fizeram a família — incluindo uma criança — refém. Eles procuravam ouro e joias, por saberem que a moradora comercializava esses itens. Durante a ação, as vítimas foram algemadas, e a mulher chegou a ser enforcada para revelar onde supostamente guardava o ouro. Sem encontrar os objetos desejados, o grupo fugiu levando relógios, pulseiras, celulares e cerca de R$ 2 mil em dinheiro.
Durante as buscas, a Polícia Militar foi informada de que um colega havia contido dois suspeitos nas proximidades. O PM relatou que estava em frente à própria residência quando viu três indivíduos correndo. Ao perceber que um deles portava uma pistola e apontava em sua direção, reagiu e efetuou um disparo que atingiu Cauã.
Com a dupla, os policiais apreenderam sete relógios, uma pulseira, um perfume, dinheiro, dois celulares e uma pistola Taurus modelo .838, com 13 munições intactas. As vítimas reconheceram os dois como participantes do roubo.
Os outros envolvidos na ação criminosa ainda não foram localizados.
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Justiça do Acre funciona em regime de plantão nesta segunda (8)

Foto: TJAC/assessoria
O Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) informa que não haverá expediente nas unidades jurisdicionais e administrativas na próxima segunda-feira, 8 de dezembro, em virtude do feriado do Dia da Justiça.
A data é comemorada desde 1940, mas sua primeira celebração oficial ocorreu somente dez anos mais tarde, por iniciativa da Associação dos Magistrados Brasileiros. A Lei 1.408, de 1951, criou o Dia da Justiça como feriado forense em todo o território nacional.
O atendimento das demandas emergenciais, no âmbito do primeiro e segundo graus de jurisdição, ocorrerá em regime de plantão, conforme escala definida. A relação de magistradas, magistrados, servidoras e servidores plantonistas pode ser consultada na aba Plantão Judiciário do portal do TJAC ou diretamente pelo link: https://www.tjac.jus.br/spj/.
Os prazos processuais que tenham início ou término durante o feriado serão automaticamente prorrogados para o primeiro dia útil subsequente, garantindo segurança e continuidade à tramitação processual.
Fonte: Ascom/TJAC
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Acusado de homicídio em disputa entre facções volta a júri popular nesta quinta em Rio Branco
Raimundo Fernandes Silva, que havia sido condenado a mais de 21 anos de prisão em 2022, passa por novo julgamento após anulação da sentença pelo TJAC.
Raimundo Fernandes Silva, acusado de homicídio qualificado, voltou a sentar no banco dos réus na manhã desta quinta-feira (5), na 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar de Rio Branco. Ele é apontado como o autor do assassinato de Alessandro da Silva Santos, ocorrido em 2018. A sessão teve início às 8h30, no Fórum Criminal, e o resultado do julgamento deve ser conhecido no início da tarde.
O réu chegou a ser condenado em fevereiro de 2022 a 21 anos, 10 meses e 15 dias de prisão, em regime fechado. No entanto, a defesa recorreu ao Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), alegando que testemunhas consideradas essenciais não haviam sido ouvidas, o que poderia alterar o entendimento dos jurados.
A Câmara Criminal acolheu o recurso e anulou a sentença, determinando um novo julgamento.
Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime ocorreu na noite de 8 de agosto de 2018, em meio a uma disputa entre facções criminosas. Alessandro da Silva Santos foi surpreendido quando chegava em casa, no bairro Tancredo Neves, por um homem armado com uma espingarda de grosso calibre e executado com vários disparos.
Raimundo Fernandes Silva foi indiciado pela Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) e não compareceu à sessão do júri realizada em 2022, quando acabou condenado pela primeira vez.
Fonte: PCAC

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