Cotidiano
Mulher procura CAV do MPAC para denunciar coronel da PM por assédio sexual
A adolescente de 15 anos também já teria sido ouvida na promotoria que trata de crimes de abuso contra crianças e adolescentes. Segundo a fonte consultada pela reportagem
O coronel da Polícia Militar Elissandro do Vale, diretor de recursos humanos da Polícia Militar do Acre, que foi exposto na semana passada por um perfil no twitter abordando uma garota de 15 anos na rua, pode ser alvo de uma nova investigação.
Após a divulgação das imagens que mostram coronel pedindo o número de telefone da garota para se “conhecer melhor”, uma mulher procurou o Centro de Atendimento a Vítima do Ministério Público Estadual para denunciar o militar. Ainda não se sabe os detalhes da denúncia [pessoas do MP negam], mas a suposta vítima já teria sido ouvida por psicólogos do CAV, e segundo fontes, estão juntando elementos para auxiliar na possível abertura de um Inquérito Policial Militar. A adolescente de 15 anos também já teria sido ouvida na promotoria que trata de crimes de abuso contra crianças e adolescentes. Segundo a fonte consultada pela reportagem, a negação sobre a apuração das denúncia é porque caso segue em sigilo.
A reportagem apurou que o militar não responde a nenhum procedimento no Grupo de Atuação do Controle Externo da Atividade Policial. Já na corregedoria militar, o que se sabe é que o caso da adolescente de 15 anos deu entrada no setor e desde então segue parado, sem nenhuma deliberação ou oitiva tanto de Elissandro do Vale quanto da suposta vítima.
Entre os colegas de farda, o coronel tem um apelido de “Fome de Amor”, a mesma alcunha exposta por alguns internautas no twitter quando o vídeo da adolescente abordada vazou nas redes sociais. Este mesmo apelido veio à tona durante as oitivas da CPI da Pedofilia que ocorreu na Assembleia Legislativa do Acre, há 11 anos.
Na época, a ativista dos direitos humanos e advogada Joana Darc Valente Santana, centralizou as atenções do Acre em torno de uma série de denúncias contra abuso sexual de menores. A ativista expôs informações a cerca de um suposto abuso sexual em Sena Madureira envolvendo um policial militar que seria “um notório pedófilo conhecido por toda a corporação como Fome de Amor”. A época, Do Vale era capitão. As denúncias, no entanto, não comprovaram que o militar explorava menores por sexo. O máximo que as investigações mostraram era que se tratava de homem namorador, sem vítimas que o apontasse como autor de crimes de pedofilia.
Questionado nesta quinta-feira, 18, o Ministério Público do Acre informou que o militar não responde a nenhum procedimento no órgão.
O ac24horas.com procurou o coronel Do Vale, que negou ter o apelido de “Fome de amor” e também desconhecer que uma mulher teria procurado o CAV do MP do Acre para denunciá-lo. “Eu desconheço tudo isso. Nunca respondi ou fui condenado a nenhum processo criminal. Nunca fui denunciado a nada. Tenho uma carreira exemplar e não autorizo que associem a minha imagem com isso”, disse.
Num primeiro momento, o coronel pediu que tudo que fosse conversado com a reportagem ficasse apenas numa conversa privada, mas no decorrer do diálogo, ele expôs “que quando as pessoas querem lhe atingir, procuram de forma pejorativa, com apelidos e disse não ser ele a pessoa denominada como “Fome de Amor”.
Questionando se tinha ciência que esse apelido havia sido alvo de oitivas na CPI da Pedofilia, Do Vale afirmou que “sim, mas não se tratava de mim”.
Sobre a abordagem da adolescente de 15 anos, o coronel afirmou que de fato ainda não foi ouvido sobre o assunto. “Está na corregedoria militar. Isso demora. Não fui chamado. Deve-se ouvir muitas pessoas, mas eu estou tranquilo, em nenhum momento naquele vídeo a abordagem foi grossa ou tem comprovação de crime praticado. E em nenhum momento ainda dizem que sou eu”, disse o militar que não negou e nem confirmou ser ele a pessoa do diálogo com a menor que ganhou as páginas policiais.
O vídeo viralizou na internet.
Comentários
Cotidiano
Casos de Covid-19 aumentam nas regiões Norte e Nordeste
A atualização destaca haver tendência de aumento dos casos de SRAG por covid-19 em nove estados, todos nas regiões Norte ou Nordeste: Acre, Amazonas, Pará, Amapá, Rondônia, Tocantins, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe
Pelo menos 287 pessoas morreram por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) causada por Covid-19 apenas neste mês de janeiro, no Brasil. O total de casos graves com diagnóstico confirmado da doença se aproxima de 900. Os dados são do Boletim Infogripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e se referem às notificações feitas ao Ministério da Saúde até o dia 25 de janeiro.
O termo síndrome respiratória aguda grave se refere ao agravamento de sintomas gripais com o comprometimento da função pulmonar. A maioria dos casos acontece após uma infecção viral. Por enquanto, quase 52% dos casos registrado este ano, com resultado positivo para algum vírus, foram provocados por Covid-19. Mas o coronavírus causou 78,7% das infecções que levaram a óbito.
Os dados dessa última atualização reforçam um alerta que já têm sido feito há algumas semanas sobre o aumento das infecções pelo coronavírus. O boletim, inclusive, considera a possibilidade de que uma nova variante mais transmissível possa estar se espalhando.
A atualização destaca haver tendência de aumento dos casos de SRAG por covid-19 em nove estados, todos nas regiões Norte ou Nordeste: Acre, Amazonas, Pará, Amapá, Rondônia, Tocantins, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe. A incidência de casos graves é maior entre as crianças pequenas e os idosos, e a mortalidade ocorre majoritariamente em idosos. Mas o levantamento alerta que no Amazonas e em Rondônia tem sido observado um aumento de SRAG também entre jovens e adultos.
De acordo com a pesquisadora Tatiana Portela, as recomendações de praxe permanecem: “Em caso de sintomas gripais, o ideal é ficar em casa em isolamento, evitando transmitir esse vírus para outras pessoas, mas, se não for possível fazer esse isolamento, o recomendado é sair de casa utilizando uma boa máscara. E claro, é muito importante que todas as pessoas estejam em dia com a vacinação contra a covid-19.”
O esquema atual de vacinação no Sistema Único de Saúde (SUS) preconiza duas ou três doses (a depender do imunizante) para todas as crianças de 6 meses a menos de 5 anos. Além disso, idosos e pessoas imunocomprometidas devem receber uma nova dose a cada seis meses. Já as grávidas devem receber uma dose durante a gestação, e as pessoas que fazem parte de algum grupo vulnerável, como indígenas e quilombolas e pessoas com deficiência ou comorbidade, devem tomar um reforço anual.
Comentários
Cotidiano
Polícia faz duas apreensões de drogas e prende cinco pessoas em Tarauacá
Os três homens foram presos na ação, eles foram levados para a delegacia juntamente com todo o material apreendido, para os devidos procedimentos legais
Duas apreensões de drogas foram realizadas pela Polícia Militar nesta quinta-feira, 30, em Tarauacá e cinco pessoas foram presos, sendo quatro por tráfico. Uma indígena foi detida ao ser flagrado comprando droga.
A primeira apreensão aconteceu na rua Lauriete Borges, bairro Triângulo, quando a PM percebeu uma movimentação estranha em um estabelecimento comercial. Um homem que estava no local demonstrou nervosismo ao notar a presença policial e tentou se esconder nos fundos, onde foi flagrado escondendo entorpecentes.
No total, três homens foram presos na ação e admitiram estar envolvidos na venda de drogas há cerca de um ano na região. Eles foram levados para a delegacia juntamente com todo o material apreendido, para os devidos procedimentos legais.
Já na rua Benjamin Constant, a Polícia Militar, por meio do Serviço de Inteligência, prendeu em flagrante Rafael Vasconcelos de Melo, por tráfico de pedra de crack e oxidado. Segundo a PM, ele já tem diversas passagens por furtos, roubos e tráfico. Uma indígena que estaria comprando drogas do traficante também foi presa.
Você precisa fazer login para comentar.