Acre
MTE denuncia que senegaleses defecam no chão do órgão e agridem servidores
Com informações do ac24horas
O descaso por parte do Governo Federal com os servidores do Ministério do Trabalho no Acre foi o motivo da paralisação de advertência ocorrida na manhã desta quarta-feira (14). Entre as principais reclamações estão às péssimas condições estruturais da unidade, como infiltrações, sucateamento de mobílias: cadeiras, armários, computadores.
A insuficiência de servidores administrativos e fiscal e os riscos à saúde dos que prestam atendimento aos imigrantes haitianos e senegaleses estão entre os principais pontos da reivindicação, informou o representante do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho no Acre (Sinait), Valdemar Neto Bandeira.
Precariedade e abusos
Segundo servidores, além de enfrentar a precariedade e o sucateamento da unidade, a situação teria se agravado nos últimos meses devido à crescente demanda de atendimentos a imigrantes haitianos e senegaleses.
Em entrevista ao ac24horas, o superintende regional do Ministério do Trabalho no Acre (MT), Manuel Rodrigues Neto, informou que servidoras já foram vitimas de ameaças e tentativa de agressão por parte de senegaleses.
“Já enfrentamos momentos difíceis aqui no atendimento aos imigrantes. Uma servidora quase foi agredida por senegaleses. Eles (senegaleses) são muito agressivos, coisa que não acontece com os haitianos que são pessoas pacificas”, relatou.
Diariamente são emitidas entre 80 a 100 carteiras de trabalho aos Haitianos e outras 90 por meio do atendimento oferecido pela Oca, já que na unidade do MT a prioridade no atendimento é dada aos imigrantes.
Insalubridade
Indignados, servidores relataram que além da falta de condições de trabalho ainda são obrigados a conviver com a falta de higiene dos imigrantes.
“Tem deles que urinam na pia de lavar as mãos. Colocam o órgão sexual para fora e urinam na frente de quem estiver. Eles ainda usam nossos banheiros e fazem fezes por todo lugar, uma verdadeira imundície e temos que ficar caladinhos com medo, porque, não sabemos o que pode nos acontecer aqui dentro”, disse uma servidora.
Manuel Rodrigues, superintendente do MT, relatou que tem tentado uma solução para diminuir os prejuízos e risco aos servidores no atendimento aos imigrantes.
Solidário com os servidores, ele anunciou que está sendo negociado o envio de uma unidade móvel pertencente ao MT de Porto Velho para atender aos imigrantes no abrigo da capital.
“Estamos tentando a liberação dessa unidade móvel para ficar exclusivamente no abrigo. Estou em contato com o secretario de Direitos Humanos para que seja firmada uma parceria no intuito de disponibilizar dois servidores para atenderem na unidade móvel”, explicou.
Quanto à pauta de reivindicação dos servidores, o superintendente afirmou que será repassada a nacional.
Mas demonstrando desanimo, ele disse que nada poderá fazer de imediato, já que obedece as decisões de Brasília e se faz necessário acatar os procedimentos legais e administrativos que envolvem procedimentos de licitação tanto para compra de mobília nova como de reforma do prédio, informou.
Providências
Manuel Rodrigues Neto informou ainda que está sendo realizado a licitação para compra de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para os servidores. Mas a chegada do material pode demorar até 90 dias devido à burocracia e a centralização dos processos em Brasília.
“Estou buscando ainda um Plano ‘B’, que envolve a doação de mobília usada em bom estado de conservação para nossa unidade. Isso é tudo que posso fazer, pois o processo licitatório de compra de mobília esta emperrado em Brasília”, explicou.
Superintendente do Trabalho no Acre defende fechamento da fronteira
Diante da situação critica enfrentada pelo órgão, o superintendente no Acre do Ministério do Trabalho, Manuel Rodrigues Neto, disse a solução mais sensata para o problema e a diminuição dos riscos por contaminação por Ebola e outras doenças infectocontagiosas está no fechamento da fronteira.
“Não entendo o porquê do governo não ter determinado o fechamento da fronteira. Será que será necessário acontecer o pior para que a medida mais correta seja acatada? Do jeito que está à situação vai piorar e nós não temos condições de atender essa crescente demanda de imigrantes. Sem contar o risco que nossos servidores estão expostos. A decisão mais acertada é o fechamento imediato da fronteira para que possamos até oferecer qualidade nos serviços e no atendimento prestado aos imigrantes”, disparou Neto.
MT terá 24 horas para tomar medidas emergenciais, informou sindicalista
Logo após a paralisação de advertência ocorrida na manhã desta terça-feira, 14, servidores se reuniram e colocaram em votação os encaminhamentos que devem ser adotados pelos próximos dias. O representante do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho no Acre (Sinait), Valdemar Neto Bandeira, informou que, por unanimidade. decidiram dar um prazo de 24 horas ao superintendente do Ministério do Trabalho no Acre, Manuel Rodrigues Neto, para que sejam acatadas medidas emergências quanto as principais reivindicações dos servidores.
O sindicalista ressaltou que caso não haja avanços na negociação será realizada uma nova assembleia, desta vez para decidir pela paralisação de 70% das atividades na capital.
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Acre
Baseada em lei federal, Justiça do Acre nega liminar que autorizaria transporte de passageiros por motociclistas de aplicativo
Juíza Zenair Bueno considerou que a abrangência da legislação não inclui os motociclistas. Por conta do impasse, a magistrada e o superintendente da RBTrans foram alvos de ameaças de morte, que serão investigadas pela Polícia Civil.
A Justiça do Acre negou uma liminar que autorizaria o transporte de passageiros por motociclistas de aplicativo nessa quarta-feira (30). A decisão é mais um capítulo no impasse entre os condutores e a Superintendência de Trânsito de Rio Branco (RBTrans) ao redor da legalidade da atuação desses profissionais.
O advogado que representa a categoria, Saulo Ribeiro, havia tentado garantir a legalidade dessa atividade. Porém, a juíza Zenair Bueno, da 2ª Vara de Fazenda Pública de Rio Branco, considerou que a abrangência da Lei 13.640/2018, que trata sobre o transporte de condutores vinculados a plataformas online, não inclui os motociclistas.
“É de se observar que a legislação pertinente ao caso possui natureza restritiva, não podendo ser interpretada de modo a ampliar seu sentido ou alcance. Ressalte-se que a possibilidade da exigência de autorização para o exercício de atividade econômica, trabalho, profissão ou ofício tem assento constitucional (art, 5º, XIII e art. 170, parágrafo único) e, neste caso concreto, a norma que exige autorização está expressa no artigo 11 da Lei 12.587/2012 [alterada pela lei de 2018]”, citou a magistrada.
Após a decisão, o advogado informou que vai entrar com recurso. “Haja visto o indeferimento. iremos manejar um agravo de instrumento para o Tribunal de Justiça, buscando a reforma da decisão do Juízo”, informou.
Ameaças
Sem dar detalhes, a Polícia Civil informou que está investigando ameaças de morte à juíza Zenair Bueno e ao superintendente da RBTrans, Clendes Vilas Boas, em meio ao impasse sobre o transporte de motociclistas por aplicativos.
Por meio de nota assinada pelo delegado geral José Henrique Maciel, a corporação informou que trabalha para identificar os responsáveis pelas ameaças.
“Desde a última quinta-feira, 30, a instituição iniciou as primeiras diligências investigativas para identificar os responsáveis e garantir a segurança das autoridades ameaçadas”, diz o texto.
Impasse
No dia 22, a Prefeitura de Rio Branco publicou uma portaria que regulamenta o serviço de transporte de passageiros por meio de aplicativos. O documento destaca que apenas condutores que possuam Carteira Nacional de Habilitação (CNH) na categoria B ou superior estão autorizados a exercer a profissão na capital acreana, excluindo motociclistas da função.
A regulamentação se baseia na Lei Federal nº 13.640/2018, que proíbe o uso de motocicletas, por meio de aplicativos, para o transporte privado remunerado de passageiros. A medida foi sancionada durante o governo Michel Temer, três anos após a chegada de uma das maiores plataformas desse tipo de serviço ao Brasil.
A legislação estabelece como categoria mínima de habilitação para o motorista exercer a atividade a categoria B, que permite a condução de automóveis. O entendimento diz que motos, que estão na categoria A não são adequadas para o serviço por causa da falta de segurança.
O RBtrans disse que vai cumprir o que determina a lei e que os condutores flagrados no exercício ilegal da profissão, serão autuados e multados.
“Não existe nenhuma contravenção na lei, o que existem são interpretações de alguns leigos. As leis dizem que o transporte por aplicativo tem que ser com veículo de quatro rodas, carteira categoria B acima, em nenhum momento diz categoria A. Enquanto a fiscalização da prefeitura, continua da mesma forma dos últimos quatro anos”, disse o superintendente da RBTrans, Clendes Vilas Boas.
Ele ainda justificou dizendo que apenas uma nova legislação federal poderia mudar a situação. “O que a gente lamenta é que essas pessoas, de fato, são trabalhadoras. É uma legislação da União, não cabe o Município dizer que não vai fiscalizar e nem aplicar a lei podendo responder por prevaricação e omissão”, ressaltou.
Ele acrescentou que, por recomendação do Ministério Público do Acre (MP-AC), as fiscalizações serão intensificadas contra os motoristas irregulares. “Temos nos reunido no MP constantemente, nos reunido também com os legalizados, que são os mototaxistas e motoristas de ônibus, bem como o pessoal do transporte de aplicativo
Penalidades para os motoristas flagrados na ilegalidade:
- Multa gravíssima (R$ 293,47 e 7 pontos na carteira);
- Condução para delegacia;
- Prisão do condutor em caso de reincidência, com abertura de processo criminal e enquadramento nas normas de segurança e transporte público.
Ação contra portaria
O advogado Saulo Ribeiro, que representa alguns motociclistas por aplicativo, disse que ingressou com uma ação judicial com o objetivo de suspender os efeitos da medida imposta, até que haja uma regulamentação que garanta o livre exercício da atividade pelos motoristas de aplicativo.
Ele destacou que a ação é baseada, justamente, pela falta de regulamentação. “A RBTrans não poderia simplesmente excluir a categoria de motorista tipo moto por aplicativo. Hoje temos uma decisão em Rondônia, por meio de mandando de segurança, que assegura a atividade dessa categoria. Posteriormente, o mandado de segurança foi concedido no mérito. Estamos usando também como base legal a Lei nº 12.587/2012 e jurisprudência”, argumentou.
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Acre
Prefeito Jerry Correia se reúne com Deputado Federal Coronel Ulysses para tratar de melhorias para Assis Brasil
O prefeito de Assis Brasil, Jerry Correia, foi recebido pelo deputado federal Coronel Ulysses para discutir investimentos e melhorias para o município, que faz parte da tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Bolívia. Entre os temas abordados, esteve a potencialidade turística da cidade e a possibilidade de uma agenda com o Ministro do Turismo para buscar mais recursos para o setor.
Além disso, o prefeito apresentou os resultados das emendas destinadas para Assis Brasil pelo deputado. Desde segunda-feira, equipes da Prefeitura estão trabalhando na recuperação de ruas do bairro Plácido de Castro, graças aos recursos viabilizados pelo parlamentar. Parte dos investimentos também veio de uma emenda especial, que contemplará melhorias no bairro Bela Vista.
O prefeito Jerry Correia aproveitou a ocasião para convidar o deputado Coronel Ulysses a visitar Assis Brasil e conferir de perto as obras realizadas. “Queremos mostrar o impacto positivo que esses recursos estão trazendo para a cidade e expressar a gratidão da nossa população”, destacou Jerry
A Prefeitura segue empenhada em firmar parcerias para garantir mais investimentos e desenvolvimento para Assis Brasil, fortalecendo a infraestrutura urbana e explorando o potencial turístico do município.
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Acre
Deputados e senadores elegem presidentes da Câmara e Senado neste sábado
A um dia da eleição da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, três candidatos já haviam oficializado sua intenção de ocupar a presidência da Casa: Hugo Motta (Republicanos-PB), Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ) e Marcel van Hattem (Novo-RS)
Câmara dos Deputados e Senado Federal vivem momentos decisivos para a grande disputa que ocorrerá neste sábado (1º), data em que os parlamentares escolherão aqueles que comandarão cada uma das duas casas legislativas pelos próximos dois anos.
Serão também escolhidos os ocupantes dos demais cargos das mesas diretoras. A previsão é de que, no Senado, a eleição inicie às 10h. Já a da Câmara está prevista para o período da tarde, às 16h.
Senado
Além de seu presidente, os senadores escolherão dois vice-presidentes e oito secretários – quatro titulares e quatro suplentes. O primeiro passo a ser dado para a escolha do presidente será dado na primeira reunião preparatória. Nela, os pretendentes ao cargo formalizam, por escrito, a candidatura na Secretaria-Geral da Mesa.
Na sequência, o atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, comunica as candidaturas formalizadas ao Plenário. Os candidatos, então, discursarão em defesa de suas candidaturas, seguindo ordem alfabética.
De acordo com as regras da Casa, renúncias de candidaturas podem ocorrer durante o período estipulado para os discursos. Apenas os candidatos à presidência do Senado poderão discursar.
Terminados os discursos, inicia-se a votação, que será secreta, em cabines e em cédulas contendo os nomes dos candidatos, além de rubricas dos atuais presidente e vice-presidente do Senado. O voto, então, será depositado em uma urna instalada na Mesa e, por fim, o parlamentar assina a lista de votação.
Caberá ao atual presidente e auxiliares fazerem a apuração, iniciada com a confirmação do número de cédulas, para, então, fazer a contagem de votos para cada candidato. Terminada a contagem, os votos serão triturados. Vence o candidato que obtiver a maioria absoluta dos votos.
Candidatos
Até o fechamento desta matéria, quatro senadores estão na corrida para ocupar a presidência do Senado para o biênio 2025-2026: Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), Marcos Pontes (PL-SP), Marcos do Val (Podemos-ES) e Eduardo Girão (Novo-CE).
A posse do novo presidente será feita logo após o anúncio do eleito, finalizando a primeira reunião preparatória, dando início à convocação da segunda reunião, prevista para as 11h. Nela, serão formalizados, apresentados e escolhidos, também em votação secreta, os demais integrantes da mesa (dois vice-presidentes, quatro secretários titulares e quatro secretários suplentes).
No caso dos cargos em que haja apenas um candidato inscrito, a votação será por meio eletrônico.
Para a eleição dos integrantes da Mesa, é exigida maioria de votos e presença da maioria dos senadores. “Deve ser assegurada, tanto quanto possível, a participação proporcional das representações partidárias ou dos blocos parlamentares com atuação na Casa”, informa o Senado.
Câmara
A um dia da eleição da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, três candidatos já haviam oficializado sua intenção de ocupar a presidência da Casa: Hugo Motta (Republicanos-PB), Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ) e Marcel van Hattem (Novo-RS).
O prazo para formalização das candidaturas termina às 13h30 do sábado. Já o prazo para a formalização dos blocos parlamentares terminará às 9h do mesmo dia. Duas horas depois, às 11h, está prevista uma reunião de líderes, para a escolha dos cargos da Mesa Diretora.
A inauguração da nova sessão legislativa será em sessão conjunta do Congresso Nacional, prevista para as 15h. Já a primeira sessão preparatória, em que se elegerá o novo presidente, será no Plenário, e tem previsão de iniciar às 16h.
A exemplo do Senado, o vencedor precisará obter maioria absoluta dos votos (257), para ser eleito em primeiro turno. Caso haja necessidade de um segundo turno, bastará ser o mais votado para, enfim, definir quem ocupará a cadeira da presidência pelos próximos dois anos.
Os partidos poderão formar blocos, caso pretendam aumentar sua representatividade e participação na distribuição das presidências de comissões e da Mesa Diretora. O mandato terá duração de quatro anos para as comissões; e de dois anos para a Mesa Diretora.
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