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Motorista de ônibus que tombou na BR-364 e vitimou adolescente estava com o direito de dirigir suspenso por embriaguez

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O veículo era novo e pertencia ao Instituto de Educação Profissional e Tecnológica (IPTEC).

Por Marcos Venicios

O motorista Antônio Marques da Costa, de 43 anos, que conduzia o ônibus que tombou na noite desta segunda-feira, 12, com 31 estudantes que se deslocavam de Rio Branco para Cruzeiro do Sul, para participarem da etapa estadual dos Jogos Escolares, na modalidade basquete estava com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa.

O acidente ocorreu a 80 km de Cruzeiro do Sul, após o rio Liberdade. A estudante Kelly Pereira, de 15 anos, foi a única vítima fatal. Mais de 25 estudantes foram atendidos no Hospital do Juruá com escoriações leves e horas depois receberam alta médica e retornaram de avião para Rio Branco. O veículo era novo e pertencia ao Instituto de Educação Profissional e Tecnológica (IPTEC).

Foi apurou que nos últimos três anos Antônio foi notificado três vezes pelo Departamental Estadual de Trânsito do Acre (Detran/AC) por dirigir sob efeito de álcool, conforme o artigo 165 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), listado como causa das infrações. O CTB informa que caso o motorista seja reincidente ele terá seus documento cassado.

A primeira suspensão de 12 meses ocorreu em junho de 2017 quando o Departamento de Trânsito notificou Antônio via Diário Oficial do Estado com suspensão de 12 meses.

Já a segunda notificação ocorreu em março de 2018 por uma autuação ocorrida fevereiro de 2012 e a terceira chamada foi em novembro também de 2018 referente a uma autuação de março de 2013.

Nas duas últimas notificações, o motorista utilizava um carro modelo Toyota Corolla e também foi suspenso por 12 meses em cada chamada. Em todas as notificações do Detran, o artigo 165 que destaca infração gravíssima do condutor por dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência.

Levantamento feito pela reportagem junto ao Tribunal de Justiça do Acre também mostra que Antônio já foi condenado em um acidente de trânsito ocorrido em julho de 2014. Na época, ele conduzia um veículo Corsa Classic que atingiu uma motocicleta de um homem que pediu indenização na justiça por danos estéticos e morais. Uma juíza leiga do 1º Juizado Especial Cível da Comarca de Rio Branco condenou Marques aos pagamento de R$ 1.500,00 referente a indenização por dano material e por dano moral no valor de R$ 2.000,00. A decisão é de maio de 2018.

A reportagem confirmou que Antônio estava com o seu direito de dirigir suspenso desde de abril deste ano. Ele deveria ter entregado sua habilitação ao Detran para cumprir as suspensões a que penalizado, mas até hoje isso não foi feito.

O ac24horas tentou falar diversas vezes nesta terça-feira, 13, com o secretário de Educação, Mauro Sérgio, e com o Chefe de Departamento de Esportes, Junior Santiago, para comentarem sobre o assunto, mas nenhum foi localizado. O gestor da educação ainda chegou a visualizar as mensagens da reportagem, mas não respondeu. Santiago não deu retorno.

PÓS-ACIDENTE

Após o acidente, ainda no Hospital do Juruá, Antônio Marques negou que tenha se distraído no volante e afirmou que estava no máximo a 80 km por hora. Alegando ser também motorista de caminhão, ele disse que ao subir uma ladeira, sentiu o ônibus puxando pro lado esquerdo e ouviu um grito para que prestasse atenção, mas não conseguiu fazer nada para evitar o capotamento do veículo. “Foi tudo muito rápido e o rapaz que chegou primeiro disse que o pneu estourou. Eu senti muita dor, mas ajudei na tentativa de tirar a menina das ferragens”, explicou a reportagem citando ainda que conhece bem a BR-364 e que esteve na semana passada em Cruzeiro do Sul como caminhoneiro.

De acordo com o Comando do Pelotão de Trânsito de Cruzeiro do Sul, Antônio fez teste de bafômetro e deu zero para álcool. O que se sabe é que a carteira de Antônio Marques não foi apreendida, mesmo estando com várias pendências.

Na manhã de terça-feira, 13, Antônio foi encaminhado a Delegacia de Cruzeiro do Sul para prestar depoimento perante o delegado Lindomar Ventura, que preside as investigações. Após as explicações, ele foi liberado para retornar a Rio Branco

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Cortes no orçamento das universidades federais ameaçam funcionamento da UFAC em 2026; redução será de quase R$ 400 milhões

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Por Dell Pinheiro

As universidades federais brasileiras enfrentarão um novo cenário de restrição financeira em 2026, com a redução de quase R$ 400 milhões no orçamento discricionário aprovada pelo Congresso Nacional. Entre as instituições impactadas está a Universidade Federal do Acre (UFAC), que já lida com limitações orçamentárias e vê agravadas as dificuldades para manter atividades essenciais.

O orçamento discricionário é responsável por custear despesas básicas do funcionamento universitário, como pagamento de água, energia elétrica, segurança patrimonial, limpeza, manutenção de prédios e apoio a atividades acadêmicas. Com o corte, a UFAC poderá ter comprometida a rotina dos campi de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, afetando diretamente o ensino, a pesquisa e as ações de extensão desenvolvidas junto à comunidade acreana.

Uma das áreas mais sensíveis é a assistência estudantil. Programas de auxílio permanência, moradia, alimentação e transporte, fundamentais para estudantes em situação de vulnerabilidade social, correm risco de sofrer redução. Na UFAC, esses auxílios são considerados estratégicos para garantir o acesso e a permanência de alunos do interior do estado, de comunidades indígenas, ribeirinhas e de baixa renda.

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) manifestou preocupação com o cenário e alertou que o orçamento previsto para 2026 será inferior ao de 2025. Segundo a entidade, a queda ocorre em um contexto de inflação acumulada e de reajustes contratuais, o que reduz ainda mais a capacidade das universidades de manter seus compromissos financeiros.

Para a UFAC, os cortes representam um desafio adicional em um Estado onde a universidade federal desempenha papel central na formação de profissionais, na produção científica e no desenvolvimento regional. Gestores e a comunidade acadêmica alertam que a manutenção do ensino público, gratuito e de qualidade depende de um financiamento compatível com as demandas reais das instituições.

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VÍDEO: Segundo envolvido no assassinato de Moisés Alencastro é preso pela DHPP em Rio Branco

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Nataniel Oliveira teve prisão preventiva decretada pela Justiça; outro suspeito já havia sido preso e confessado o crime

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu, no fim da tarde desta quinta-feira (25), Nataniel Oliveira de Lima, apontado como o segundo envolvido no assassinato do colunista Moisés Alencastro, ocorrido no último domingo (22), em Rio Branco.

A prisão aconteceu em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado, durante uma ação de investigadores da especializada. Contra Nataniel havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara Estadual das Garantias, após representação feita pelo delegado Alcino Ferreira Júnior. No mesmo endereço, a polícia também cumpriu um mandado de busca e apreensão.

Ainda na madrugada desta quinta-feira, a DHPP já havia prendido Antônio de Souza Morães, de 22 anos, que confessou a autoria do crime. No entanto, os detalhes sobre a dinâmica e a motivação do homicídio não foram divulgados oficialmente.

Moisés Alencastro, que era servidor do Ministério Público do Acre e atuava como colunista, foi morto dentro do próprio apartamento, localizado no bairro Morada do Sol. O caso causou grande repercussão no meio jornalístico e institucional do estado.

Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação aponta para um crime de natureza passional. As investigações continuam para esclarecer completamente as circunstâncias do assassinato e a participação de cada envolvido.

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PAA: Nova portaria libera R$ 4 milhões para compra direta de alimentos de produtores acreanos

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Por Wanglézio Braga

O Governo Federal destinou até R$ 4 milhões para o Acre executar a modalidade Compra com Doação Simultânea (CDS) do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), voltada à compra de produtos da agricultura familiar para doação a povos indígenas em situação de insegurança alimentar. A medida foi oficializada por portaria do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 23, e terá vigência inicial de 12 meses, com possibilidade de prorrogação.

Pela regra, o Estado deverá priorizar a compra direta de alimentos produzidos pelos próprios povos indígenas. Caso a oferta não seja suficiente, a aquisição poderá ocorrer junto a outras comunidades tradicionais e, em último caso, a agricultores familiares em geral. Os alimentos, in natura ou industrializados, deverão respeitar os hábitos alimentares locais e serão distribuídos diretamente nas aldeias ou em equipamentos públicos instalados nos territórios indígenas.

O pagamento aos fornecedores será feito diretamente pelo Governo Federal, por meio do MDS, garantindo mais segurança ao produtor e evitando atrasos. Para ter acesso aos recursos, o Acre precisa confirmar o interesse no programa em até 30 dias após a publicação da portaria, aceitando as metas no sistema do PAA. Caso o prazo não seja cumprido, o recurso poderá ser remanejado para outros estados.

O Estado terá até 90 dias para cadastrar a proposta no sistema e iniciar as operações, após aprovação do plano operacional e emissão dos cartões dos beneficiários fornecedores.

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