Acre
Ministério Público estuda proposta de cemitério vertical no Acre
O sistema rotativo resolve a necessidade de novas sepulturas com o passar do tempo, já que os corpos permanecem nas gavetas por três anos, sendo direcionados posteriormente para um ossário com identificação do sepultado.

Itapevi vai inaugurou em janeiro de 2023, cemitério vertical 100% biosseguro. sendo o primeiro com esse formato no Estado de São Paulo. O cemitério se chamará ‘Memorial Parque Itapevi’. Foto: assessoria
O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) realizou nessa semana uma visita técnica ao Memorial Parque Itapevi, em Itapevi (SP), com o objetivo de conhecer soluções inovadoras para o licenciamento e gestão de cemitérios no Acre.
O Memorial Parque Itapevi é referência nacional como o primeiro cemitério público vertical e 100% biosseguro do Brasil, com estrutura que combina práticas de gestão sustentável e tecnologia de ponta. Durante a visita, os integrantes puderam conhecer as instalações, acompanhar os processos operacionais e compreender o protocolo de licenciamento adotado no município.

O sistema rotativo resolve a necessidade de novas sepulturas com o passar do tempo, já que os corpos permanecem nas gavetas por três anos, sendo direcionados posteriormente para um ossário com identificação do sepultado.
Entre os diferenciais do cemitério de Itapevi está o uso de tecnologias que garantem segurança ambiental ao tratar os gases resultantes da decomposição humana. O sistema utiliza lóculos hermeticamente fechados, permitindo que os gases sejam liberados sem causar poluição ao ar, solo ou lençol freático.
A estrutura é feita de materiais sustentáveis, como fibra de coco, bagaço de cana-de-açúcar e resina de garrafas PET, e possibilita uma otimização de espaço significativa, um túmulo convencional equivale a sete sepulturas verticais, além de reduzir o tempo médio para sepultamento.
A visita resultará na elaboração de um relatório técnico para os promotores que atuam naárea, bem como a experiência será apresentada aos prefeitos dos municípios acreanos.

O novo modelo também permite um sepultamento mais rápido, concluído em apenas dez minutos, enquanto no modo convencional, são utilizados cerca de 55 minutos. Foto: assessoria
Alguns diferenciais do cemitério Biosseguro
Instalado na região da Cohab, o equipamento contará com sistemas de gavetas distribuídas em sete andares. A estrutura de concreto armado já foi concluída, assim como a colocação do piso intertravado das ruas e a implantação das gavetas biosseguras.
Essas gavetas, sem emendas, são produzidas em fibra de vidro e resina de garrafas pet. Este sistema permite um sepultamento mais seguro ambientalmente, já que não contamina o ar, o solo ou o lençol freático e reduz o nível de enxofre lançado no ar.
Outra vantagem do cemitério vertical é a otimização do espaço: a proporção é de um túmulo convencional para cada sete sepulturas verticais. O novo modelo também permite um sepultamento mais rápido, concluído em apenas dez minutos, enquanto no modo convencional, são utilizados cerca de 55 minutos.

O sistema rotativo resolve a necessidade de novas sepulturas, já que os corpos permanecem nas gavetas por três anos, sendo direcionados posteriormente para um ossário com identificação do sepultado. Foto: assessoria
Capacidade
De acordo com a Prefeitura, o Memorial Parque terá capacidade para até 4 mil gavetas. O sistema rotativo resolve a necessidade de novas sepulturas com o passar do tempo, já que os corpos permanecem nas gavetas por três anos, sendo direcionados posteriormente para um ossário com identificação do sepultado.
“O novo cemitério será utilizado para os novos sepultamentos e o atual, no Jardim Julieta, que já está no limite da sua capacidade, terá sua manutenção garantida, mas sem novos sepultamentos, na parte pública”, informou o Executivo.
Velórios online
As salas de velório do Memorial Parque estarão equipadas com tecnologia para transmissão ao vivo das cerimônias de despedida. A ação permitirá que parentes e amigos de todo mundo possam participar ao mesmo tempo da última homenagem ao falecido.
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Acre
Fonte interativa da Praça Revolução é desativada para reforma

Imagem/ Reprodução Júnior Nascimento
Inaugurada em 5 de julho de 2024 pela prefeitura de Rio Branco, a fonte luminosa e interativa instalada na Praça da Revolução, no centro de Rio Branco, está passando por reforma pouco mais de um ano depois de aberta ao público.
A estrutura, que se tornou atração turística e ponto de lazer para famílias, foi isolada por tapumes enquanto operários realizam trabalhos de restauração.
O local foi projetado com 50 bicos de água, iluminação de LED e sistema de som sincronizado, permitindo que o público interagisse e até tomasse banho durante as apresentações, conhecidas como “dança das águas”.
Imagens divulgadas nas redes sociais pelo internauta Júnior Nascimento mostram que, atualmente, o piso da fonte apresenta afundamento e rachaduras em vários pontos.
“Aquela fonte interativa que custou meio milhão de reais, enquanto já sofríamos com a falta de água na cidade. Será que esse recurso não teria mais utilidade se aplicado no saneamento básico ou no abastecimento de água?”, questionou o morador em vídeo publicado nas redes sociais.
Com investimento de R$ 400 mil, a fonte apresentou problemas desde os primeiros dias de funcionamento. Logo após a inauguração, foi registrado desnível na estrutura, que provocava desperdício de água em um período de crise hídrica na capital acreana.
Menos de um mês depois, a base precisou ser aberta para reparos emergenciais. Em julho de 2024, uma falha hidráulica subterrânea exigiu nova intervenção, e, em outubro do mesmo ano, apenas 10 dos 50 bicos de água funcionavam, com baixa pressão.
Imagem/ Reprodução Júnior Nascimento
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Acre
Brasileia tem nomes aprovados para Conferência Nacional das Mulheres

Foto: Secom/Brasileia
O município de Brasileia esteve representado nessa segunda (11), na 5ª Conferência Estadual de Políticas para as Mulheres, realizada em Rio Branco, com delegadas escolhidas na conferência municipal que ocorreu em junho.
O município contou com uma comitiva de cinco delegadas, dentre elas a gerente do Organismo de Política para as Mulheres, Edilania Braga, a representante do governo, Rosimari Ferreira e as representantes da Sociedade civil, Débora Rocha, Catarina Moreira e Laura André.
A conferência estadual teve como objetivo reunir representantes da sociedade civil, dos movimentos de mulheres e do poder público para avaliar, propor e fortalecer políticas públicas voltadas à promoção da igualdade de gênero, à garantia dos direitos das mulheres e ao enfrentamento de todas as formas de violência e discriminação, além de debater os desafios e avanços na implementação das políticas para as mulheres no estado.

Foram formuladas propostas para o plano estadual e nacional de políticas para as mulheres, bem como elaboradas propostas para a 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, que será realizada em Brasília, no mês de setembro.
“Estar na 5ª Conferência Estadual e garantir que Brasileia tenha três representantes na etapa nacional é motivo de muito orgulho. Isso mostra que nosso município está comprometido com a defesa dos direitos das mulheres e com a construção de políticas públicas mais justas e efetivas. Vamos levar para Brasília a voz e as demandas das mulheres de Brasileia, com a certeza de que cada proposta é fruto de um trabalho coletivo e de muita luta”, destacou Edilânia Braga, gerente do Organismo de Política para as Mulheres.

Foto: Secom/Brasileia
Brasileia saiu fortalecida com a participação da delegação na conferência, pois terá três representantes na Conferência Nacional, Edilania Braga, Rosimari Ferreira e Catarina Moreira.
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Acre
Exportação de gado vivo do Acre dispara 85% em 2025, enquanto abate cresce apenas 11%
Dados do Idaf revelam sangria do rebanho para outros estados; comercialização entre proprietários diferentes teve salto de 146%, enquanto transferências caíram 32

Os números mostram que o percentual de crescimento de abate dos frigoríficos do Acre é muito menor do que o crescimento de saída de bovinos vivos. Foto: internet
O Acre vive um paradoxo em sua pecuária em 2025: enquanto a exportação de bovinos vivos para outros estados disparou 85% nos primeiros sete meses do ano, o abate local cresceu apenas 11%, segundo dados oficiais do Instituto de Defesa Agroflorestal (Idaf) analisados pelo Fórum Empresarial de Desenvolvimento e Inovação.
O Fórum, mostra que continua alto o volume de saída de bovinos vivos do Acre para outros estados. Entre janeiro a julho de 2025, houve crescimento de 85% da saída de bovinos vivos do Acre, comparada ao mesmo período do ano passado. A análise de fluxo é assinada pelo professor Judson Valentim, pesquisador da Embrapa/AC.
Os dados do Idaf mostram que não houve nenhum mês de 2025 que tenha havido recuo na saída (comercialização + transferência) de bovinos vivos.
Veja a tabela:
Sangria do rebanho acreano
Os números revelam uma mudança preocupante no fluxo da pecuária:
183.379 cabeças foram comercializadas para outros estados entre janeiro e julho (aumento de 146% em relação a 2024)
25.738 animais foram transferidos para o mesmo proprietário em outros estados (queda de 32%)
88% do gado que saiu do Acre foi vendido para terceiros
“Os dados mostram uma migração acelerada do rebanho para outros estados, com os frigoríficos locais absorvendo apenas parte pequena desse crescimento”, explica o professor Judson Valentim, pesquisador da Embrapa/AC que assina a análise.
Abate local não acompanha ritmo
Enquanto o estado exporta mais animais vivos, os frigoríficos acreanos apresentaram desempenho modesto:
379.885 cabeças abatidas em 2025 (aumento de 11%)
Abril foi o único mês com queda no abate comparado a 2024
Impacto econômico e regulatório
O relatório destaca que as medidas da Sefaz no início do ano não inibiram o comércio interestadual, como demonstra o crescimento recorde das vendas. A disparidade entre os números de exportação e abate local levanta questões sobre:
Capacidade de processamento da indústria frigorífica acreana
Competitividade dos preços praticados nos outros estados
Estratégias para reter mais valor agregado no estado
Com a tendência de alta nas exportações, especialistas alertam para a necessidade de políticas que equilibrem a balança comercial e estimulem o abate local, garantindo maior retorno econômico para o Acre. Os próximos meses serão cruciais para avaliar se o estado conseguirá reter mais seu rebanho ou se continuará como exportador de matéria-prima pecuária.
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