Cotidiano
Ministério Público abre investigação após mulher de coronel da PM ser vacinada contra Covid no Acre
Esposa do coronel Ulysses Araújo, Dayanna Menezes, postou uma foto sendo imunizada na Policlínica da PM-AC. Ela disse que é estudante de psicologia e faz estágio na unidade sem remuneração.

Dayanna Menezes postou nas redes sociais recebendo a primeira dose da vacina — Foto: Reprodução
Por G1 — Rio Branco
Após a estudante de psicologia Dayanna Menezes postar uma foto recebendo a primeira dose da vacina contra Covid-19, o Ministério Público do Acre abriu uma investigação para apurar se a Policlínica da Polícia Militar, em Rio Branco, desviou a finalidade na aplicação das vacinas.
A postagem da esposa do ex-comandante da Polícia Militar do Acre, coronel Ulysses Araújo, causou polêmica nas redes sociais, já que foi apontada como não ser dos grupos prioritários listados no plano de imunização. Porém, ela rebateu informando que fazia estágio na unidade fazendo atendimento psicológicos.
O MP está pedindo um relatório da policlínica com o número de pessoas que receberam as doses, entre outras informações que podem auxiliar na apuração de possíveis irregularidades na aplicação das vacinas. O órgão pede ainda que essas pessoas que não fazem parte da prioridade não recebam a segunda dose da vacina.
“Por intermédio da Promotoria de Defesa da Saúde, o MPAC expediu ainda uma recomendação para que o município de Rio Branco passe a fiscalizar as vacinas aplicadas nas unidades de Saúde para verificar se a ordem de prioridade está sendo seguida, analisando a documentação comprobatória dos servidores contemplados com a vacina, além de verificar a inserção destes no grupo prioritário dos profissionais de saúde”, destaca a nota do órgão.
Postagem
A imagem, divulgada no story do Instagram, mostra Dayanna, que também é empresária, recebendo a vacina de uma profissional de saúde. Ela marcou a localização do lugar e escreveu: ‘1ª dose para conta’.
A reportagem, por mensagem de texto, Dayanna se limitou a dizer que é muito grata pela oportunidade de atuar na unidade e ajudar as pessoas com os atendimentos de psicologia. A empresária acrescentou ainda que deseja ‘que todos os acreanos sejam imunizados, assim também como minha avó de 84 anos, que se pudesse teria colocado ela no meu lugar. Daria meu lugar para minha mãe também, que inclusive testou positivo para a Covid no dia de hoje [segunda, 8]’.
Estagiária na Policlínica
Em nota, enviada pela assessoria de comunicação do governo do Acre, a diretoria de Saúde da PM-AC informou que Dayanna Menezes foi imunizada porque atua como estagiária não remunerada na clínica. A direção afirmou que montou, no início da pandemia, um serviço de atendimento médico de acompanhamento para os militares e os dependentes que tiverem sintomas da Covid-19.
Ao todo, 130 profissionais da unidade, entre médicos, policiais, odontólogos, psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas e profissionais de serviços gerais, estão listados para receber imunizantes. Destes, 69 pessoas já tomaram a vacina
“Dezoito desses profissionais em fase de formação, que cumprem estágio na Policlínica receberam a primeira dose da vacina CoronaVac, dentre eles a formanda em psicologia, estagiária não remunerada da clínica, Dayana Menezes Soares de Araújo. A clínica tem convênio com instituições de ensino superior, em que alunos de odontologia e psicologia atendem como estagiários não remunerados, beneficiando tantos os servidores, quanto seus familiares, ao colocarem em prática seus conhecimentos no período de estágio o que também favorece em muito os atendimentos diários da clínica”, justificou.

Coronel Ulysses Araújo saiu em defesa da esposa e disse que críticas são para atingir ele e não a mulher — Foto: Reprodução
Coronel sai em defesa da mulher
Após a polêmica envolvendo a esposa, o coronel Ulysses Araújo se manifestou nas redes sociais. Em um longo texto, Araújo diz que a empresária foi vacinada não por ser esposa de um coronel, mas por ter se dedicado, desde outubro de 2020, em atender crianças, filhos de militares e outros pacientes assintomáticos da doença.
Ele começa a postagem dizendo que a esposa é uma mulher honrada, trabalhadora, virtuosa e que tem luz própria.
“Você foi submetida a esse estágio na Policlínica da PM por meio de convênio com sua universidade, nada teve a ver comigo, Coronel Ulysses. Você está trabalhando na policlínica, numa área de saúde que está na linha de frente, correndo risco de contaminação em um ambiente hospitalar que você é obrigada a estar três vezes por semana, e ainda um dia por semana de plantão sem qualquer tipo de remuneração financeira, mas, apenas a remuneração da ética, da moral e do amor ao próprio”, destacou.
O texto do coronel é seguido com críticas aos jornais e afirmações de que as pessoas pretendem, na verdade, atingir ele e não Dayanna. Ele também disse que a esposa dedicou o tempo para ajudar diversas crianças com os atendimentos.
“Não conta para eles porque a finalidade no final das contas não é lhe atingir, mas, sim, atingir a mim, atingir a pessoa do coronel Ulysses (sic). Tanto assim que dezenas de casos semelhantes ao seu não foram divulgados, mas tão somente o seu por ser esposa do coronel Ulysses (sic), que nada faz além de dedicar 30 anos da vida para servir, proteger e cuidar da nossa sociedade no combate ao crime. Fique em paz, querida Dayanna, a inveja e o mal por si só se destrói. Que Deus te abençoe e que você continue seu trabalho junto às crianças que amam ser atendidas por você. Lhe admiro e nossa família ama e sempre vai lhe amar. Conte conosco!!”, concluiu.

Vacinas chegaram em Rio Branco nesta segunda-feira (8) — Foto: Júnior Aguiar/Secom
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Consumidor pagará menos na conta de luz em janeiro
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a adoção da bandeira verde reflete um cenário de segurança energética, no qual não há necessidade de acionamento intensivo de usinas termelétricas

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta terça-feira (23) que o ano de 2026 começará sem custo extra na conta de energia para a população. Em janeiro, será aplicada a bandeira tarifária verde.

A agência reguladora destacou que apesar de o período chuvoso ter iniciado com chuvas abaixo da média histórica, em novembro e dezembro houve no país, de um modo geral, a manutenção do volume de chuvas e do nível dos reservatórios das usinas.
“Em janeiro de 2026 não será necessário despachar as usinas termelétricas na mesma quantidade do mês anterior, o que evita a cobrança de custos adicionais na conta de energia do consumidor”, explicou a Aneel.
Neste mês de dezembro já houve a redução na bandeira tarifária vermelha no patamar 1 para amarela.A medida reduziu em R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (KW/h) consumidos e passou a R$ 1,885.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a adoção da bandeira verde reflete um cenário de segurança energética, no qual não há necessidade de acionamento intensivo de usinas termelétricas. Essas unidades, além de apresentarem custo de geração mais elevado, utilizam combustíveis fósseis e contribuem para a emissão de gases de efeito estufa.
“Apesar da crescente participação de fontes renováveis como solar e eólica na matriz energética brasileira, a geração hidrelétrica segue como base do sistema elétrico nacional. A capacidade de produção das usinas depende diretamente do volume de chuvas que incide sobre as principais bacias hidrográficas, fator que tem se mostrado”, lembra a pasta.
Custos extras
Criado em 2015 pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias reflete os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em cores, as bandeiras indicam quanto está custando para o Sistema Interligado Nacional (SIN) gerar a energia usada nas residências, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias.
Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimo a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumido.
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Prefeitura de Rio Branco assina contratos de R$ 850 mil para auxílio emergencial durante seca
Acordos para cestas básicas e combustível foram firmados em dezembro e publicados no DOE; recursos, autorizados por portaria federal, poderão ser usados até março de 2026

Os recursos poderão ser utilizados até 15 de março de 2026, conforme estabelecido pela Portaria nº 2.817 do governo federal, que autorizou o repasse de verbas à capital. Foto: captada
A Prefeitura de Rio Branco assinou dois contratos emergenciais, no valor total de R$ 850.875, para atender famílias em situação de vulnerabilidade durante a seca que atinge o Acre. Os acordos foram firmados em dezembro de 2025 e publicados no Diário Oficial do Estado (DOE) na última terça-feira (23/12), após correções de informações.
Destinação dos recursos:
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R$ 825 mil para aquisição de cestas básicas, contratadas com a empresa A. A. Souza Ltda;
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R$ 25.875 para fornecimento de combustível à Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec), firmado com o Jaguar Auto Posto Acre Ltda.
As contratações foram feitas por meio da Dispensa de Licitação nº 06/2025, com fundamento na Lei nº 14.133/2021, que permite procedimento direto em situações de calamidade pública. A justificativa aponta a estiagem prolongada e o risco de desabastecimento de água, reconhecidos por atos municipais, estaduais e federais ao longo de 2025.
Os recursos poderão ser utilizados até 15 de março de 2026, conforme estabelecido pela Portaria nº 2.817 do governo federal, que autorizou o repasse de verbas à capital. A seca foi classificada como desastre natural, levando a prefeitura a decretar situação excepcional em agosto, posteriormente reconhecida pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec).
Os contratos foram firmados pelo secretário municipal da Casa Civil, Valtim José da Silva, pelo coordenador da Comdec, tenente-coronel Cláudio Falcão de Sousa, e pelos representantes das empresas fornecedoras.
Embora as medidas atendam a uma resposta imediata, especialistas apontam a dependência de ações paliativas diante da falta de políticas estruturais para enfrentar os efeitos da estiagem. A cada nova ação emergencial, fica evidente a vulnerabilidade da cidade e a necessidade de planejamento que vá além da lógica da urgência.
A Comdec deverá prestar contas sobre a aplicação dos recursos. Enquanto isso, a população aguarda a implementação de soluções de longo prazo para conviver com os períodos de seca, que têm se intensificado nos últimos anos.
Os contratos emergenciais reforçam a gravidade da crise hídrica no Acre e a necessidade de ações coordenadas entre município, estado e União para mitigar os impactos sobre as famílias mais pobres.
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No Café com Notícias (TV5) Jorge Viana diz que 40 mil pessoas deixaram o Acre por falta de emprego: “Fico triste”
Ex-governador e presidente da Apex disse que 40 mil pessoas deixaram o estado e pediu união dos parlamentares para destinar recursos às rodovias

Ao falar sobre as BR’s 364 e 317, o ex-governador cutucou a bancada acreana ao afirmar que os deputados federais e senadores deveriam destinar, juntos, emendas para a recuperação das rodovias. Foto: captada
O ex-governador e atual presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, defendeu a retomada de investimentos públicos e privados no Acre para conter o êxodo populacional e gerar emprego, durante entrevista ao programa Café com Notícias (TV5) nesta quarta-feira (24). Ele citou que cerca de 40 mil pessoas deixaram o estado nos últimos anos e celebrou a retomada do Minha Casa, Minha Vida no governo Lula.
— 40 mil pessoas foram embora do Acre. Fico triste com essa situação. Para que isso não aconteça você tem que ter investimentos públicos e privados. O Acre não pode deixar de pegar carona nessa fase boa que o Brasil está vivendo — afirmou Viana.
Ele também criticou a bancada federal acreana por não destinar emendas parlamentares para a recuperação das BRs 364 e 317, rodovias essenciais para o estado. Viana lembrou que, em sua gestão, havia articulação conjunta entre deputados e senadores para viabilizar recursos.
— Por que esse pessoal não pega R$ 2, R$ 3 milhões, junta todos eles e põe só nas BRs? Os senadores e os deputados, isso tinha na minha época… eu ia lá, chamava todos, todo mundo assinava — disse.
O ex-governador defendeu a construção civil e os programas habitacionais como geradores de emprego e reforçou a necessidade de o estado aproveitar o momento de crescimento nacionalpara atrair investimentos e reter sua população.


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