Acre
Menino morre com pneumonia cinco dias após aniversário de quatro anos; Acre enfrenta emergência por síndromes respiratórias
Kauan Bezerra da Silva morreu na madrugada desta sexta-feira (31) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Criança, em Rio Branco, após 11 dias internado.

Kauan Bezerra na UTI do Hospital da Criança na madrugada desta sexta-feira (31) — Foto: Arquivo da família
Mais uma criança morreu com pneumonia no Acre. Kauan Bezerra da Silva, de 4 anos, foi declarado morto na madrugada desta sexta-feira (31) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Criança, em Rio Branco, após 11 dias internado.
A pneumonia é uma doença inflamatória nos pulmões causada por microrganismos (vírus, bactérias ou fungos) ou a inalação de substâncias que comprometam as estruturas pulmonares
O menino fez quatro anos no último domingo (26), cinco dias antes do óbito. Ele será enterrado neste sábado (1º).
No último dia 14, o governo estadual decretou situação de emergência em decorrência do aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave e da superlotação dos leitos de terapia intensiva. O documento foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) e tem validade de 90 dias.
A mãe da criança, Elisângela de Souza, de 27 anos, contou que levou o filho ao hospital com gripe no dia 16 de maio. Na unidade de saúde, o menino foi diagnosticado com pneumonia, medicado e voltou para casa para tomar antibióticos.
Cerca de dois dias depois, Kauan piorou, apresentou cansaço e muita sonolência. Elisângela foi para o Pronto-Socorro de Rio Branco e o filho ficou internado.
“Me falaram que estava com uma infecção generalizada, um dos rins não estava funcionando e que poderia ser uma síndrome sistêmica pós-Covid. Piorou de sábado [18] para domingo [19]. Foi intubado na terça [21] e levado para a UTI do Hospital da Criança”, relembrou.
Durante a internação, Elisângela conta que a saúde de Kauan piorou e ele teve duas paradas cardíacas na madrugada desta sexta. “Além de tudo, tinha miocardite no coração, que provavelmente pode ter sido da Covid”, lamentou.
A família de Kauan chegou a divulgar um pedido de ajuda financeira para arcar com alguns exames da criança. A esperança era de que o menino melhorasse e pudesse fazer novos procedimentos.
Outras mortes
Duas crianças, uma de 2 anos e 10 meses e outra de 9 anos, morreram com pneumonia em Cruzeiro do Sul, interior do Acre, em menos de dois dias. A Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) disse que as duas crianças deram entrada no pronto socorro da cidade com quadro de pneumonia aguda. Contudo, o laudo que vai confirmar o que provocou a doença ainda não foi concluído.
Uma das vítima foi Isis Emanuelle da Silva Rodrigues, de 2 anos e 10 meses, que morreu no último dia 22. Segundo o pai, o comerciante Francisco Rodrigues, Isis teve uma febre no Dia das Mães, foi levada ao hospital, medicada e voltou para casa no mesmo dia.
Na sexta (17), a menina acordou com febre e muito ruim. A família, então, a levou para o hospital, onde foi diagnosticada com pneumonia e encaminhada para Cruzeiro do Sul. O quadro da menina foi piorando, o médico tentou transferi-la para Rio Branco, contudo, ela morreu antes que fosse possível.
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Acre
Morador em situação de rua é esfaqueado no pescoço em Rio Branco
Um homem de 50 anos, identificado como Edilmo Inácio Pereira, foi vítima de um ataque a faca na noite desta quinta-feira (25) no bairro 6 de Agosto, em Rio Branco. Ele caminhava pela Rua Seis de Agosto quando foi abordado por um homem armado com uma faca, que desferiu um golpe no pescoço da vítima.
Edilmo conseguiu caminhar até um posto de combustíveis próximo, onde desabou com intenso sangramento. O SAMU foi acionado e o levou ao Pronto-Socorro de Rio Branco, onde deu entrada em estado estável, mas com risco de agravamento.
A Polícia Militar esteve no local e iniciou as investigações, que agora seguem com a Polícia Civil, que busca identificar e prender o autor do crime.
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Acre
Acre deve arrecadar R$ 6,4 bilhões em impostos em 2025, aponta Impostômetro
Valor representa 0,16% da arrecadação nacional e supera em R$ 500 milhões o total de 2024; até 25 de dezembro, contribuintes já pagaram R$ 6,3 bilhões

Em comparação até o fim de novembro de 2025, os recursos recolhidos por prefeituras, governo estadual e União somavam R$5,8 bilhões no estado. Foto: captada
A arrecadação de impostos municipais, estaduais e federais no Acre deve alcançar cerca de R$ 6,4 bilhões em 2025, segundo estimativa do Impostômetro, ferramenta mantida pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). O valor corresponde a aproximadamente 0,16% de toda a arrecadação nacional.
Comparativo anual:
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2025 (previsão): R$ 6,4 bilhões
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2024 (realizado): R$ 5,9 bilhões
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Até 25/12/2025: R$ 6,3 bilhões já arrecadados
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Até novembro/2025: R$ 5,8 bilhões acumulados
Principais tributos pagos pelos acreanos:
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Impostos sobre produção e circulação: ICMS e ISS
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Tributos sobre renda: Imposto de Renda (pessoa física e jurídica)
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Impostos sobre propriedade: IPTU e IPVA
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Taxas de comércio exterior e outros encargos
Destinação dos recursos:
Os valores arrecadados são utilizados para:
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Custeio da máquina pública (salários e manutenção)
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Financiamento de obras e infraestrutura
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Execução de programas governamentais
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Pagamento de servidores públicos
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Quitação de dívidas do estado e municípios
O crescimento da arrecadação reflete tanto a expansão da atividade econômica no estado quanto a melhoria na eficiência da cobrança tributária. Entretanto, especialistas alertam que o Acre continua com uma das menores participações na arrecadação nacional, refletindo suas limitações econômicas estruturais e baixa densidade populacional.
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Acre
Cânticos de fé e acolhimento transformam Natal de pacientes no PS

Foto: Cedida
Corredores do Pronto-Socorro de Rio Branco foram tomados por um som diferente do habitual nesta quarta-feira (24). Em meio à rotina intensa da unidade, servidores se reuniram para realizar um cântico natalino, levando música, palavras de fé e gestos de acolhimento a pacientes e profissionais que permanecem em serviço durante a data.
A iniciativa, que já se tornou tradição, tem como propósito aproximar o verdadeiro significado do Natal de quem passa esse período longe de casa. Para muitos pacientes, a internação na véspera da data simboliza medo e solidão. Para os servidores, é o desafio de cumprir o dever de cuidar enquanto a família celebra à distância. O cântico surge, então, como um gesto simples, mas carregado de sensibilidade, capaz de aquecer corações e renovar esperanças.
Para o gerente de Assistência do Pronto-Socorro, Matheus Araújo, a ação representa uma forma de humanizar ainda mais o atendimento e fortalecer os vínculos dentro da unidade.
“O Natal fala sobre amor, cuidado e presença. Sabemos que muitos servidores passam essa data longe de suas famílias e que muitos pacientes gostariam de estar em casa. Esse momento é para lembrar a todos que eles não estão sozinhos, que aqui existe acolhimento, humanidade e compromisso com o cuidado”, destacou.
A programação percorreu diferentes setores do hospital e contou com a participação de servidores da gestão, do corpo de enfermagem, supervisores e colaboradores do Núcleo de Atendimento ao Servidor (NAST). A organização da ação é feita de forma voluntária e colaborativa, com recursos arrecadados entre os próprios profissionais, que se mobilizam todos os anos para tornar o momento possível.
Além do simbolismo, o cântico também revela o outro lado do cotidiano do pronto-socorro: o cuidado que vai além da técnica e alcança o emocional e o espiritual. Em um cenário marcado por desafios e dias difíceis, a iniciativa ajuda a reforçar para a população que, diariamente, a unidade trabalha com dedicação, empatia e compromisso com a vida.
A enfermeira emergencista Jonnyka Lima, que atua na linha de frente do atendimento, ressaltou o impacto do momento tanto para os pacientes quanto para os profissionais.
“Esse momento toca profundamente quem está aqui dentro. Para o paciente, é um alívio no coração; para nós, profissionais, é uma renovação de forças. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ouvir uma música, uma palavra de carinho, sentir que não foi esquecido. O Natal nos lembra exatamente isso: cuidar do outro também é um ato de amor”, afirmou.
Após a apresentação, as reações falavam por si. Olhares emocionados, sorrisos tímidos, lágrimas discretas e palavras de gratidão marcaram o encerramento da ação. Muitos pacientes relataram que precisavam exatamente daquela música ou daquela mensagem. Entre os servidores, o sentimento era de comunhão e fortalecimento coletivo.
Em meio à urgência, ao cansaço e aos desafios diários, o cântico reafirmou que o Natal pode acontecer em qualquer lugar, inclusive dentro de um hospital e que, onde há cuidado, há também humanidade, esperança e amor.





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