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Mailza participa da gravação do documentário Sementes de Resistência que destaca trajetória de produtoras da Transacreana

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A vice-governadora e secretária de Assistência Social e Direitos Humanos, Mailza Assis, participou neste sábado, 29, da gravação do documentário Sementes de Resistência, produção que integra o estudo de pós-doutorado da professora e ex-reitora do Instituto Federal do Acre (Ifac), Rosana Cavalcante. A pesquisa retrata “O papel das mulheres na conservação da agrobiodiversidade ao longo da Rodovia Transacreana”, sob supervisão da pesquisadora Dra. Viviane Kruel, do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, por meio da Escola Nacional de Botânica Tropical.

O estudo envolve mais de 300 mulheres do Movimento de Mulheres Camponesas da Transacreana e busca compreender como elas preservam práticas agrícolas, mantêm saberes tradicionais, utilizam plantas medicinais e fortalecem a segurança alimentar das comunidades rurais. O documentário, com lançamento previsto para março de 2026, dará visibilidade à força feminina no campo e às histórias de resistência das agricultoras da região.

Roda de conversa com mulheres produtoras

Durante a gravação, a vice-governadora participou de uma roda de conversa com cerca de 30 mulheres produtoras, respondendo perguntas feitas por lideranças da região e ouvindo demandas sobre ramais, acesso à saúde, regularização fundiária, apoio à produção e políticas públicas voltadas às trabalhadoras rurais.

Mailza destacou que o governo tem atuado para ampliar programas voltados às mulheres do campo, como crédito rural, incentivo ao cooperativismo e fortalecimento das políticas de compra pública da agricultura familiar.

“Nosso trabalho é dedicado a essas mulheres, empreendedoras, extrativistas, agricultoras familiares, que sustentam a economia do campo. Vamos buscar meios para fortalecer esse trabalho, garantir renda, dignidade e protagonismo para que cada mulher seja autora da própria história”, destacou.

A vice-governadora destacou ainda a importância de valorizar as agricultoras que movimentam a economia da zona rural e reforçou o compromisso de ampliar políticas públicas voltadas ao campo.

“Quero sempre estar pronta para participar de projetos que transformam vidas. É um privilégio estar aqui, acompanhando um trabalho que dignifica mais de 300 mulheres da Transacreana”, afirmou.

As participantes da roda de conversa relataram suas rotinas, desafios e expectativas. Entre as principais reivindicações, destacaram-se a melhora dos ramais, assistência técnica, acesso à água e apoio para ampliar a produção.

Sheila Camatio é presidente do Polo Wilson Pinheiro, com mais de 130 famílias associadas, e também trabalha em uma feira no bairro Calafate. “Nós mulheres somos multiuso. Trabalhamos no roçado, na horta, vendemos na feira, somos mães e líderes. Participar desse documentário é ver nossa realidade ganhar voz. E falar com a futura governadora, que é mulher e entende nossos sonhos, nos dá esperança de dias melhores”, disse.

A presidente da Associação Amazônia Legal, Waldirene Oliveira, também destacou o sentimento de gratidão.

“Somos cerca de 100 famílias vivendo da agricultura familiar. Nossa maior dificuldade é a água, os açudes. Mas acreditamos que agora o trabalho vai pra frente. Receber essa visibilidade é gratidão, porque mostra a nossa luta”, pontuou.

A missionária Maria Dulcileia representou o ramal da União e falou sobre a força feminina no campo. “Todas nós que estamos aqui somos mulheres virtuosas e batalhadoras. O ramal é esquecido, mas a gente luta por amor. Só queremos ser ouvidas e ter um olhar de cuidado. Batalho lá por aquela população, nosso ramal é carente e precisa de muita coisa. Participar deste momento é muito importante para nós”, disse.

Layane Furtado, presidente da Cooperativa Beija-flor do KM 72 da estrada Transacreana também participou da roda de conversa.

Diálogo sobre políticas para mulheres rurais

Mailza respondeu perguntas das mulheres sobre políticas públicas, inclusão produtiva, o significado de ocupar cargos de liderança e o impacto do projeto Sementes de Resistência para a região.

A vice-governadora também destacou as ações do governo para fortalecer as mulheres do campo. “Temos incentivado o cooperativismo, a regularização fundiária, essencial para acesso ao crédito, e as linhas de crédito voltadas à mulher empreendedora e rural. Também fortalecemos políticas como o PAA e o PNAE, que garantem compra da produção das mulheres, gerando renda e permanência no campo. E ampliamos assistência técnica e apoio à produção para transformar o trabalho dessas mulheres em prosperidade”, acrescentou

Pesquisa valoriza saberes tradicionais e economia familiar

O trabalho da professora Rosana Cavalcante busca estudar a atuação das mulheres no manejo da agrobiodiversidade, documentar práticas tradicionais, fortalecer políticas públicas voltadas à ruralidade feminina e dar visibilidade às histórias e desafios das agricultoras familiares.

Segundo a professora, o objetivo do estudo é colocar as mulheres no centro do debate sobre agrobiodiversidade.

“É um trabalho de pós-doutorado, aonde a história das mulheres da Transacreana tomam protagonismo enorme, porque ela mostra a força e a resistência delas, das produtoras rurais, aqui no campo. Quando convidei a Mailza, ela prontamente aceitou e, ao longo desse ano inteiro, a gente fez esse trabalho gravando com as mulheres. Agora, a gente finaliza com a gravação da Mailza, porque uma gestora mulher tem um olhar todo especial pra essa região. Em março de 2026, lançaremos o documentário para todo o estado”, revelou.

Juntos Pelo Acre especial na comunidade

Paralelo à gravação do documentário, a vice-governadora levou uma edição especial do Juntos Pelo Acre à Vila Verde, no km 58, na escola Terezinha Miguéis. A ação, voltada especialmente para as mulheres, ofereceu serviços de saúde (ginecologia, pediatria, clínico geral e outros), atendimentos de direitos humanos e assistência social, emissão de certidões, vestuário social; atividades de autocuidado e beleza, distribuição de mudas, além de recreação para crianças.

“Juntos pelo Acre hoje numa parceria maravilhosa com o projeto de estudo de pesquisa da professora Rosana, Semente de Resistência, e resolvemos juntar o útil ao agradável, que é contemplar mulheres, mostrando, trocando experiências e também trazendo em serviço da Secretaria de Assistência Social, Direitos Humanos, serviços do nosso governo”, disse.

A edição contou com apoio da SEASDH, Associação de Produtoras Rurais da Vila Verde, Santa Casa de Rio Branco e Ifac.

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Cânticos de fé e acolhimento transformam Natal de pacientes no PS

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Foto: Cedida

Corredores do Pronto-Socorro de Rio Branco foram tomados por um som diferente do habitual nesta quarta-feira (24). Em meio à rotina intensa da unidade, servidores se reuniram para realizar um cântico natalino, levando música, palavras de fé e gestos de acolhimento a pacientes e profissionais que permanecem em serviço durante a data.

A iniciativa, que já se tornou tradição, tem como propósito aproximar o verdadeiro significado do Natal de quem passa esse período longe de casa. Para muitos pacientes, a internação na véspera da data simboliza medo e solidão. Para os servidores, é o desafio de cumprir o dever de cuidar enquanto a família celebra à distância. O cântico surge, então, como um gesto simples, mas carregado de sensibilidade, capaz de aquecer corações e renovar esperanças.

Para o gerente de Assistência do Pronto-Socorro, Matheus Araújo, a ação representa uma forma de humanizar ainda mais o atendimento e fortalecer os vínculos dentro da unidade.

“O Natal fala sobre amor, cuidado e presença. Sabemos que muitos servidores passam essa data longe de suas famílias e que muitos pacientes gostariam de estar em casa. Esse momento é para lembrar a todos que eles não estão sozinhos, que aqui existe acolhimento, humanidade e compromisso com o cuidado”, destacou.

A programação percorreu diferentes setores do hospital e contou com a participação de servidores da gestão, do corpo de enfermagem, supervisores e colaboradores do Núcleo de Atendimento ao Servidor (NAST). A organização da ação é feita de forma voluntária e colaborativa, com recursos arrecadados entre os próprios profissionais, que se mobilizam todos os anos para tornar o momento possível.

Além do simbolismo, o cântico também revela o outro lado do cotidiano do pronto-socorro: o cuidado que vai além da técnica e alcança o emocional e o espiritual. Em um cenário marcado por desafios e dias difíceis, a iniciativa ajuda a reforçar para a população que, diariamente, a unidade trabalha com dedicação, empatia e compromisso com a vida.

A enfermeira emergencista Jonnyka Lima, que atua na linha de frente do atendimento, ressaltou o impacto do momento tanto para os pacientes quanto para os profissionais.

“Esse momento toca profundamente quem está aqui dentro. Para o paciente, é um alívio no coração; para nós, profissionais, é uma renovação de forças. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ouvir uma música, uma palavra de carinho, sentir que não foi esquecido. O Natal nos lembra exatamente isso: cuidar do outro também é um ato de amor”, afirmou.

Após a apresentação, as reações falavam por si. Olhares emocionados, sorrisos tímidos, lágrimas discretas e palavras de gratidão marcaram o encerramento da ação. Muitos pacientes relataram que precisavam exatamente daquela música ou daquela mensagem. Entre os servidores, o sentimento era de comunhão e fortalecimento coletivo.

Em meio à urgência, ao cansaço e aos desafios diários, o cântico reafirmou que o Natal pode acontecer em qualquer lugar, inclusive dentro de um hospital e que, onde há cuidado, há também humanidade, esperança e amor.

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Acre receberá R$ 6,3 milhões para conservação e manutenção de rodovias em 2026

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A Secretaria Nacional de Transporte Rodoviário, vinculada ao Ministério dos Transportes, publicou a Portaria nº 939, de 16 de dezembro de 2025, que aprova os Programas de Trabalho apresentados pelos estados e pelo Distrito Federal para aplicação dos recursos da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide-Combustíveis) no exercício de 2026. O decreto foi publicado na edição do Diário Oficial da União (DOU).

O ato foi assinado pela secretária nacional de Transporte Rodoviário, Viviane Esse, e tem como base a Lei nº 10.336/2001 e a Portaria nº 228/2007, que regulamentam a destinação dos recursos da Cide. A portaria também estabelece que eventuais alterações nos programas deverão seguir rigorosamente as normas previstas na legislação vigente.

No caso do Acre, foi aprovado o Programa de Conservação e Manutenção de Rodovias Estaduais para 2026, conforme processo administrativo nº 50000.029129/2024-53. O plano prevê investimentos voltados à conservação, manutenção e recuperação de importantes trechos da malha rodoviária estadual.

Entre as rodovias contempladas estão a AC-010, no trecho entre Rio Branco e Porto Acre; a AC-040, ligando Rio Branco a Plácido de Castro; a AC-090, no trecho entre Rio Branco e o km 100; além das rodovias AC-475, AC-485, AC-380, AC-445, AC-407 e AC-405, que atendem municípios como Xapuri, Bujari, Rodrigues Alves, Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima.

O valor total destinado ao programa no Acre soma R$ 6.337.978,18, com execução financeira distribuída ao longo dos quatro trimestres de 2026. Os recursos serão aplicados de forma contínua, garantindo a manutenção e recuperação das vias estaduais ao longo de todo o ano.

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No Acre, casamentos duram cerca de 11 anos, ficando abaixo da média nacional

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Os casamentos estão durando menos em todo o Brasil, e o Acre aparece entre os estados com menor tempo médio de duração das uniões, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Enquanto, no país, os matrimônios duram, em média, 13,8 anos, no Acre esse período cai para 11,1 anos, ficando abaixo da média nacional e regional.

No ranking dos estados brasileiros, o Acre ocupa uma das posições mais baixas em relação à duração dos casamentos, ficando atrás apenas de unidades da Região Norte e Centro-Oeste, como Rondônia (11 anos) e Roraima (10,2 anos). Os dados fazem parte da Estatística do Registro Civil, divulgada pelo IBGE em dezembro, e se referem às uniões formalizadas em 2024.

Apesar da redução na duração média dos casamentos, o IBGE registrou, em 2024, a primeira queda no número de divórcios desde 2019, com redução de 2,8% em relação ao ano anterior.

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