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Mãe de bebê que fraturou clavícula no parto é denunciada ao Conselho Tutelar; entenda

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Depois do nascimento do bebê, família procurou a polícia e foi orientada a sair do hospital sem alta médica. A Prefeitura de São Vicente diz que os todos os casos de evasão de menores de idade, das unidades de saúde, são reportados ao Conselho Tutelar.

Diante da situação, a pediatra solicitou exames de raios-X e constatou que o menino tinha sofrido uma lesão, mas que seria curada, sem intervenção médica, em duas semanas. Foto: cedida

A mãe de um bebê que teve a clavícula esquerda fraturada durante o parto em São Vicente, no litoral de São Paulo, denunciou a falta de assistência no hospital e acabou surpreendida. A unidade de saúde havia reportado a evasão da mulher com o filho ao Conselho Tutelar por ter saído do hospital antes da alta médica.

O caso ocorreu na Maternidade Municipal, no Hospital São José. A mãe, Glória Stefani Rodrigues dos Santos, de 25 anos, contou que a parte abaixo do peito de Noah Gabriel não estava saindo e a obstetra precisou usar a força. Desde então, o bebê não parava de chorar e não mexia o braço esquerdo.

Diante da situação, a pediatra solicitou exames de raios-X e constatou que o menino tinha sofrido uma lesão, mas que seria curada, sem intervenção médica, em duas semanas. “Não tinha condições de ficar lá com ele berrando e a pediatra dizendo que não era nada demais”, afirmou a mãe.

O pai do bebê foi até a Delegacia de São Vicente e foi orientado a ir embora do hospital e procurar atendimento em outro lugar, já que não recebiam tratamento. A família saiu e, no mesmo dia, Noah foi atendido por um ortopedista, que confirmou a fratura na clavícula e imobilizou a região com uma tala.

A família foi até o Conselho Tutelar denunciar a falta de assistência do hospital. A madrinha do bebê, a autônoma Larissa Baptista da Silva, de 23, que acompanhou os pais, contou que o conselheiro informou que o caso já havia sido reportado e o prontuário médico estava lá.

“No prontuário, eles [Maternidade Municipal] não relataram o que aconteceu com o bracinho do bebê. Eles só relataram que ela saiu de dentro do hospital sem amamentar a criança, que saiu perdendo peso e sem mamar”, afirmou a madrinha.

Segundo Larissa, a mãe do bebê afirmou que explicou a própria versão do que aconteceu na Maternidade Municipal ao Conselho Tutelar e aguarda as providências. O menino Noah, por sua vez, se recupera em casa e já recebeu um encaminhamento para acompanhamento com um ortopedista pediátrico.

O que diz a prefeitura?

Em nota, a prefeitura disse que todos os casos de evasão [fuga] de menores de idade são reportados ao Conselho Tutelar. De acordo com a pasta, esta medida é estabelecida para que os direitos e cuidados médicos sejam garantidos, conforme o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA).

A administração municipal acrescentou que Secretaria da Saúde (Sesau) está à disposição para dar o melhor atendimento ao bebê e à família. Enquanto o Conselho Tutelar também acompanha o caso após receber a notificação da Maternidade Municipal e ser procurado pela mãe do bebê.

O caso

A mãe estava cansada e disse não lembrar do momento em que o filho nasceu na segunda-feira (8). Mas, a madrinha do bebê estava acompanhando a amiga e explicou ao g1 que a parte abaixo do peito de Noah não estava saindo, então, a obstetra precisou usar a força.

“A obstetra puxou por baixo dos dois bracinhos dele e, na hora, ela soltou o bracinho esquerdo dele e continuou puxando até sair”, disse Larissa. Em seguida, ainda de acordo com a madrinha, Glória e o bebê foram para o quarto do hospital.

Em nota, a prefeitura afirmou que ocorreu uma distocia no ombro, complicação em que o membro fica preso, dificultando a saída do feto. De acordo com a pasta, a condição ocorre em 50% dos partos normais.

A administração municipal afirmou que, assim que foi levantada a hipótese da distocia no ombro, foi realizado um exame de raios-x, no qual foi constatada a fratura. “Neste tipo de situação, não há a necessidade de realizar exames adicionais”, afirmou a pasta.

No entanto, Noah não parava de chorar e não mexia o braço esquerdo. A madrinha lembrou do momento do parto e pediu para a pediatra exames de raios-x. Segundo Larissa, a médica disse que o bebê tinha sofrido uma lesão, mas que seria curado, sem intervenção médica, em duas semanas.

A madrinha explicou que a dor que o bebê estava sentindo fez com que Glória não conseguisse amamentá-lo e Noah começou a perder peso. Por este motivo também, o hospital não podia dar alta médica para a família. “Elas [equipe médica] não faziam nada em relação ao bracinho dele”, contou.

Sem alta médica

Diante da situação, o pai do bebê foi até a Delegacia de São Vicente, na quinta-feira (11), e questionou o que poderia ser feito, já que o bebê não recebia tratamento. Os policiais disseram que a família poderia ir embora do hospital, sem alta médica.

Eles saíram da unidade de saúde e, no mesmo dia, o bebê foi atendido por um ortopedista em um pronto-socorro no bairro Jardim Rio Branco. Na unidade de saúde, o médico confirmou a fratura na clavícula de Noah, como é possível ver na imagem acima, e imobilizou a região com uma tala.

“Assim que foi imobilizado o bracinho dele, ele já conseguiu mamar e parou de chorar um pouquinho, mais do que estava chorando”, contou a madrinha do menino.

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Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau

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Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada 

A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.

A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.

Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.

A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.

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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal

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Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada 

O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.

O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.

Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).

As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.

Assinatura eletrônica

O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.

A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.

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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho

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Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada 

Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.

Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.

O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

Veja vídeo:

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